Um projeto da ITCP (Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares), da CoppeUFRJ, vai inaugurar a primeira cooperativa do Rio para tratamento de lixo eletrônico - o chamado e-lixo - durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada entre os dias 13 e 22.
Até o fim do ano, o projeto prevê a formação de uma rede de 22 cooperativas na cidade. Através de catadores, eletroeletrônicos fora de uso serão coletados junto à população. Depois, nas cooperativas, recicladores vão separar os componentes dos equipamentos em três segmentos: placas, plásticos e metais, que serão vendidos separadamente.
“Essa articulação tem tudo para dar certo, pois tem muito apelo junto à população. Todo mundo quer dar fim a algum tipo de equipamento e não sabe o que fazer. Só a UFRJ tem três toneladas de equipamentos esperando destinação”, afirmou o pesquisador Gonçalo Guimarães, coordenador geral da ITCP.
A iniciativa já nasce com uma parceria. Segundo o pesquisador, a empresa Recyclar já oficializou participação e vai comprar todas as placas eletrônicas obtidas pelas cooperativas. Delas se retiram ouro, platina, prata e cobre, que serão exportadas para a Europa.
A unidade pioneira começa a funcionar no bairro Maria das Graças e o primeiro coletor de e-lixo será instalado na sede da CoppeUFRJ, na Ilha do Fundão. Posteriormente, o projeto vai espalhar pela cidade outros pontos de coleta. “Vamos fazer uma campanha para mobilizar as empresas e a sociedade durante a Rio+20”, explicou Guimarães.
O projeto também gera emprego e renda para os trabalhadores que participam das cooperativas. Enquanto plásticos e metais serão vendidos a centavos de reais, as placas eletrônicas serão comercializadas a R$ 7 por unidade.
Fonte: Metro RJ em 04/06/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado! Sua opinião é muito importante.