sexta-feira, 8 de julho de 2011

Notícias

Cooperativismo destaca papel da juventude no movimento e no país.
“Fazer um Brasil melhor, com mais juventude e mais cooperativismo. Este é o nosso objetivo, por isso estamos hoje reunidos, para refletir sobre o papel dos jovens no futuro do movimento e do nosso país”. Assim, o presidente do Sistema OCB/Sescoop, Márcio Lopes de Freitas, deu início ao Seminário “Juventude: o futuro do cooperativismo”, na tarde desta quarta-feira, no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Freitas ressaltou que o cooperativismo precisa de inovação e busca isso justamente no espírito empreendedor e ousado das novas gerações. “Nossas cooperativas precisam estar renovadas e aptas a brigar por seu espaço no mercado. Para isso, precisamos permanentemente oxigenar o nosso negócio. E o caminho está no investimento às ações voltadas à juventude”.

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Mais cooperativas terão acesso aos recursos da agricultura familiar

As cooperativas de agricultores familiares terão maior acesso aos recursos para a safra 2011/2012, e esses valores poderão ser acessados por um número maior de associados. Isto porque propostas apresentadas pelo sistema cooperativista ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) foram contempladas no novo Plano Safra da Agricultura Familiar.
O destaque está na Linha de Crédito para Cotas-Partes de Agricultores familiares Cooperativados (Pronaf-Cotas-Partes). Houve flexibilização do enquadramento, ou seja, mais cooperativas serão beneficiadas, especificamente as que têm patrimônio líquido mínimo entre R$ 25 mil e R$ 100 milhões. Antes era de R$ 50 mil a R$ 70 milhões.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Notícias


FACAPE receberá Medalha do Mérito Educacional
Yuri Oliveira
O Conselho Estadual de Educação de Pernambuco – CEE/PE, em sessão plenária na manhã da última segunda-feira, 06 de Junho, outorgou a condecoração do Mérito Educacional Professor Paulo Freire à Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina - FACAPE por suas iniciativas pioneiras no campo educacional.
A condecoração é dada a pessoas físicas ou entidades, reconhecidas socialmente pelo exercício docente; pela contribuição de sua atuação, ou cujo histórico indique uma trajetória no campo da educação, coerente com o propósito da homenagem. O objetivo é valorizar e reconhecer ações relevantes na área educacional, a partir de iniciativas pessoais ou institucionais.
A comenda é um reconhecimento do CEE/PE à atual gestão da Autarquia Educacional do Vale do São Francisco, pelos serviços prestados à sociedade na defesa e promoção da educação. A FACAPE foi selecionada entre todas as Instituições de Ensino Superior do Estado de Pernambuco, para receber a homenagem. Para o Presidente da AEVSF, professor Rinaldo Remígio, este título é fruto do trabalho desenvolvido. ”Ficamos imensamente gratos em receber esta honraria. É o reconhecimento do trabalho realizado pelos servidores, pela direção, corpo docente, todos que construímos diariamente a FACAPE” agradeceu.
A solenidade de condecoração acontecerá na cidade do Recife, em data a ser definida. Na oportunidade, será conferido diploma e medalha, contendo a efígie do Professor Paulo Freire, ao Governador do Estado de Pernambuco, Eduardo Campos, e os ex-presidentes do CEE-PE, Maria Ieda Nogueira e Antonio Inocêncio Lima também serão agraciados com o título.

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XVI ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA POLÍTICA

Carta de Uberlândia
O segundo mandato do governo Lula encerrou-se sem que os principais problemas econômicos e sociais do país tenham sido enfrentados. Apesar disso, naquele momento, o índice de aceitação do presidente atingiu 86%, para o qual contribuíram fortemente, o crescimento do PIB em 2010, a recuperação parcial, mas expressiva, do valor do salário mínimo e os programas sociais assistenciais, principalmente o Programa Bolsa Família. Boa parte dos brasileiros que votou em Dilma Roussef para presidente o fez para garantir essa continuidade.
Iniciado o governo Dilma, o que estamos assistindo? De um lado, a repetição da manutenção quase exclusiva da prioridade do regime de metas para a inflação, o que supostamente provocou a elevação da taxa de juros básica, cortes e contingenciamento do orçamento da União, a restrição ao crédito e o recrudescimento do processo de apreciação cambial. De outro, o retorno da política de privatizações e das parcerias público-privadas, conforme eufemismo governamental, e a manutenção de vultosos superávits primários.
Em suma, no plano econômico, continuamos com uma das taxas de juros mais elevadas do mundo, o que torna o país presa fácil dos especuladores, nacionais e internacionais, fragilizando sua situação na conta de transações correntes. Por sua vez a valorização do real, que em alguns momentos atingiu níveis antes impensáveis, começa a colocar em risco a viabilidade econômica de vários setores industriais, o que não pode ser contrabalançado indefinidamente com reduções tributárias e expõe o país à possibilidade de uma crise de balanço de pagamentos em um futuro próximo.
E tudo isso em meio a uma crise econômica internacional que está longe de ter terminado, vide a situação da maioria dos países do continente europeu, onde segmentos crescentes de sua população têm ido às ruas se manifestar contra as “políticas de ajuste” impostas pelo FMI, com aumento de desemprego e reduções de salários e pensões dos aposentados. A Europa, à deriva, mostra quão frágil é a situação da economia brasileira, sujeita aos humores do capital especulativo e fortemente dependente da valorização das commodities.
Tomado em conjunto, o atual momento expressa à perfeição quão estreitos são os limites colocados pelas escolhas feitas pelos últimos governos, que procuraram fazer a economia crescer e a distribuição de renda melhorar sem resolver seus problemas estruturais e sem alterar a distribuição da propriedade e a relação entre salários e lucros, ou, em poucas palavras, acreditando que era possível servir simultaneamente a dois senhores.
É preciso começar a construir uma política econômica que supere esse quadro. Mas, no plano econômico, isso somente poderá ser feito com o abandono da camisa de força em que se constitui o regime de metas para a inflação e com o enfrentamento dos interesses daqueles que se beneficiam dos juros elevados e da insensata valorização de nossa moeda. Ademais, o tripé metas para a inflação, metas de superávit fiscal e câmbio flexível, com livre mobilidade de capital, com o crescente predomínio da produção agroindustrial e da exportação de commodities, não permite um desenvolvimento econômico pujante e sustentável econômica e ambientalmente. Muito pelo contrário, nos últimos anos a economia brasileira cresceu a taxas insuficientes para superar nossas carências econômicas e sociais históricas, e perseguir os desafios de uma sociedade avançada do século XXI. No plano geral e social, é preciso enfrentar os determinantes da pobreza absoluta e relativa, que não podem ser eliminados tão somente com políticas de transferência de renda, muito embora estas minimizem as agruras sofridas pelas famílias em pior situação.
Para que o Brasil caminhe na direção de um projeto de desenvolvimento nacional, autodeterminado politicamente e fraterno socialmente, é fundamental o aprofundamento radical da democracia política e econômica, com redistribuição do poder político, da renda e da riqueza, especialmente da propriedade da terra. Para isso é necessária a alteração das políticas econômicas neoliberais predominantes nos últimos governos, como bem demonstraram as discussões e os trabalhos apresentados neste XVI Encontro da Sociedade Brasileira de Economia Política.
Uberlândia, 24 de junho de 2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Notícias

Desenvolvimento Regional será abordado em programa de rádio no vale do São Francisco

Dando continuidade ao programa Panorama Econômico da rádio Ponte FM - 91,5. O tema de hoje, dia 07/07/2011, abordará a temática do Desenvolvimento Regional, tendo como debatedores os professores da FACAPE, Márcio Araújo e Romilson Moreira, ambos possuem curso de mestrado na área que será discutida.
O programa Panorama Econômico iniciou no dia 01/06/2011, tendo como responsável o professor Doutor Genival Ferreira da Silva (http://www.genival.com.br/) sempre trazendo para discussão temas relacionados à economia.  O programa acontece semanalmente, todas as quartas-feiras das 13 às 14h; a comunidade pode participar enviando mensagens SMS, por email ou por ligações telefônicas.
É importante a participação de todos.

Por
Kleber Ávila, economista e professor universitário.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Cooperativismo

PRINCÍPIOS

Os sete princípios do cooperativismo são as linhas orientadoras por meio das quais as cooperativas levam os seus valores à prática. Foram aprovados e utilizados na época em que foi fundada a primeira cooperativa do mundo, na Inglaterra, em 1844. São eles:

1º - Adesão voluntária e livre - as cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e assumir as responsabilidades como membros, sem discriminações de sexo, sociais, raciais, políticas e religiosas.

2º - Gestão democrática - as cooperativas são organizações democráticas, controladas pelos seus membros, que participam ativamente na formulação das suas políticas e na tomada de decisões. Os homens e as mulheres, eleitos como representantes dos demais membros, são responsáveis perante estes. Nas cooperativas de primeiro grau os membros têm igual direito de voto (um membro, um voto); as cooperativas de grau superior são também organizadas de maneira democrática.

3º - Participação econômica dos membros - os membros contribuem eqüitativamente para o capital das suas cooperativas e controlam-no democraticamente. Parte desse capital é, normalmente, propriedade comum da cooperativa. Os membros recebem, habitualmente, se houver, uma remuneração limitada ao capital integralizado, como condição de sua adesão. Os membros destinam os excedentes a uma ou mais das seguintes finalidades:
  • desenvolvimento das suas cooperativas, eventualmente através da criação de reservas, parte das quais, pelo menos será, indivisível;
  • beneficios aos membros na proporção das suas transações com a cooperativa; e
  • apoio a outras atividades aprovadas pelos membros.

4º - Autonomia e independência - as cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos seus membros. Se firmarem acordos com outras organizações, incluindo instituições públicas, ou recorrerem a capital externo, devem fazê-lo em condições que assegurem o controle democrático pelos seus membros e mantenham a autonomia da cooperativa.

5º - Educação, formação e informação - as cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. Informam o público em geral, particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e as vantagens da cooperação.

6º - Intercooperação - as cooperativas servem de forma mais eficaz aos seus membros e dão mais - força ao movimento cooperativo, trabalhando em conjunto, através das estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais.

7º - Interesse pela comunidade - as cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentado das suas comunidades através de políticas aprovadas pelos membros.

http://www.ocb.org.br/site/cooperativismo/principios.asp

Cooperativismo

VALORES HUMANOS

Cooperativa é uma organização de pessoas que se baseia em valores de ajuda mútua e responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Seus objetivos econômicos e sociais são comuns a todos. Os aspectos legais e doutrinários são distintivos de outras sociedades. Seus associados acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante.
Os conceitos que dão identidade ao cooperativismo são:
Cooperar – unir-se a outras pessoas para conjuntamente enfrentar situações adversas, no sentido de transformá-las em oportunidade e bem-estar econômico e social.
Cooperação – método de ação pelo qual indivíduos ou familiares com interesses comuns constituem um empreendimento. Os direitos são todos iguais e o resultado alcançado é repartido somente entre os integrantes, na proporção da participação de cada um.
Sócios – indivíduo, profissional, produtor de qualquer categoria ou atividade econômica que se associa a uma cooperativa para exercer atividade econômica ou adquirir bens de consumo e/ou duráveis.

Cooperativismo

EVOLUÇÃO DO COOPERATIVISMO NO BRASIL

No Brasil, a cultura da cooperação é observada desde a época da colonização portuguesa. Esse processo emergiu no Movimento Cooperativista Brasileiro surgido no final do século 19, estimulado por funcionários públicos, militares, profissionais liberais e operários, para atender às suas necessidades.
O movimento iniciou-se na área urbana, com a criação da primeira cooperativa de consumo de que se tem registro no Brasil, em Ouro Preto (MG), no ano de 1889, denominada Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto. Depois, se expandiu para Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, além de se espalhar em Minas Gerais.
Em 1902, surgiram as cooperativas de crédito no Rio Grande do Sul, por iniciativa do padre suíço Theodor Amstadt. A partir de 1906, nasceram e se desenvolveram as cooperativas no meio rural, idealizadas por produtores agropecuários. Muitos deles de origem alemã e italiana. Os imigrantes trouxeram de seus países de origem a bagagem cultural, o trabalho associativo e a experiência de atividades familiares comunitárias, que os motivaram a organizar-se em cooperativas.
Com a propagação da doutrina cooperativista, as cooperativas tiveram sua expansão num modelo autônomo, voltado para suprir as necessidades dos próprios membros e assim se livrarem da dependência dos especuladores.
Embora houvesse o movimento de difusão do cooperativismo, poucas eram as pessoas informadas sobre esse assunto, devido à falta de material didático apropriado, imensidão territorial e trabalho escravo, que foram entraves para um maior desenvolvimento do sistema cooperativo.
Em 2 de dezembro de 1969 foi criada a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e no ano seguinte, a entidade foi registrada em cartório. Nascia formalmente aquela que é a única representante e defensora dos interesses do cooperativismo nacional. Sociedade civil e sem fins lucrativos, com neutralidade política e religiosa.
A Lei 5.5764/71 disciplinou a criação de cooperativas, porém restringiu a autonomia dos associados, interferindo na criação, funcionamento e fiscalização do empreendimento cooperativo. A limitação foi superada pela Constituição de 1988, que proibiu a interferência do Estado nas associações, dando início à autogestão do cooperativismo.
Em 1995, o cooperativismo brasileiro ganhou o reconhecimento internacional. Roberto Rodrigues, ex-presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, foi eleito o primeiro não europeu para a presidência da Aliança Cooperativista Internacional (ACI). Este fato contribuiu também para o desenvolvimento das cooperativas brasileiras.
No ano de 1998 nascia o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). A mais nova instituição do Sistema “S” veio somar à OCB com o viés da educação cooperativista. É responsável pelo ensino, formação, profissional, organização e promoção social dos trabalhadores, associados e funcionários das cooperativas brasileiras.
O cooperativismo brasileiro entrou no século 21 enfrentando o desafio da comunicação. Atuante, estruturado e fundamental para a economia do País tem por objetivo ser cada vez mais conhecido e compreendido como um sistema integrado e forte.

Cooperativismo

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

No século 18 aconteceu a Revolução Industrial na Inglaterra. A mão-de-obra perdeu grande poder de troca. Os baixos salários e a longa jornada de trabalho trouxeram muitas dificuldades socioeconômicas para a população. Diante desta crise surgiram, entre a classe operária, lideranças que criaram associações de caráter assistencial. Esta experiência não teve resultado positivo.
Com base em experiências anteriores buscaram novas formas e concluíram que, com a organização formal chamada cooperativa era possível superar as dificuldades. Isso desde que fossem respeitados os valores do ser humano e praticadas regras, normas e princípios próprios.
Então, 28 operários, em sua maioria tecelões, se reuniram para avaliar suas idéias. Respeitaram seus costumes, tradições e estabeleceram normas e metas para a organização de uma cooperativa. Após um ano de trabalho acumularam um capital de 28 libras e conseguiram abrir as portas de um pequeno armazém cooperativo, em 21-12-1844, no bairro de Rochdale-Manchester (Inglaterra).
Nascia a Sociedade dos Probos de Rochdale, conhecida como a primeira cooperativa moderna do mundo. Ela criou os princípios morais e a conduta que são considerados, até hoje, a base do cooperativismo autêntico. Em 1848, já eram 140 membros e, doze anos depois chegou a 3.450 sócios com um capital de 152 mil libras.

Finanças pessoais