sábado, 2 de março de 2013

Economia Solidária

Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia reunirá três mil mulheres no município de Solânea
 
Fonte: Correio ()
Por Redação
 
ImageNo dia 8 de março, a Marcha pela vida das mulheres e pela Agroecologia chegará a sua quarta edição. Mais de três mil mulheres agricultoras da região da Borborema se encontrarão no município de Solânea (PB) para denunciar as desigualdades e a violência contra mulher e afirmar, a uma só voz, a luta por direitos e por relações mais justas na agricultura familiar.
 
O ato terá início às 9h, em frente à sede do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Solânea, localizado à rua Josefa Crispim, 50 com a apresentação da peça “Zefinha vai casar”, encenada pelo Grupo de Teatro do Polo da Borborema. Na trama da peça, Margaridaprepara sua filha para se casar e Zefinha sentirá a perpetuação das relações patriarcais nos caminhos previamente traçados para sua própria vida.
 
Após a peça, as agricultoras sairão em marcha pelas ruas do centro da cidade até a Praça 26 de Novembro, onde se realizará uma feira de exposição de experiências e produtos frutos do trabalho das mulheres. A feira trará a público os resultados do amplo movimento de inovação promovido por uma rede de agricultoras-experimentadoras que estão ampliando e fortalecendo suas formas de inserção social, econômica e política.
 
A marcha é organizada pelo Polo Sindical e das Organizações da Agricultura Familiar da Borborema.O Polo é um fórum articulador de organizações de 15 municípios e mais de cinco mil famílias do Agreste da Borborema,contando com a assessoria da Organização Não Governamental AS-PTA Agroecologia e Agricultura Familiar.
 
Polo e AS-PTA acreditam que as desigualdades entre homens e mulheres e a violência, comoexpressão mais cruel dessas desigualdades, constituem um forte bloqueio para que a agricultura familiar de base ecológica se consolide como modo de produção e de vida para as famílias agricultoras.
 
Como em todos os anos, a marcha marca o encerramento de uma série de eventos promovidos com lideranças e agricultoras, em que é feita uma leitura crítica dos papéis sociais e sexuais reservados às mulheres e das condições de vida a que estão submetidas num contexto de persistência histórica da cultura patriarcal. Os eventos buscam também reformular, construir e valorizar estratégias de superação desse quadro, a partir das práticas e vivências das mulheres agricultoras,tanto no ambiente familiar como nas esferas públicas. Esses eventos são ainda oportunidades de afirmação do protagonismo das mulheres na construção do projeto agroecológico para a região. A grande inovação desse anofoi o estímulo à capilarização do debate para as comunidades por meio da utilização do vídeo A vida de Margarida,permitindo que mais mulheres possam refletir sobre sua condição.
 
A marcha contará com a participação de caravanas de várias regiões que compõem a Articulação do Semiárido Paraibano (ASA Paraíba), o Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais (MMTR) e o Coletivo Estadual de Mulheres do Campo e da Cidade que se juntam ao Polo da Borborema e a AS-PTA para fortalecer esta luta.

Economia Solidária

BNDES e CONAB lançam edital para apoiar iniciativas produtivas da agricultura familiar
 
 
A Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES tornaram público Edital para selecionar e apoiar projetos que contribuam para o fortalecimento social e econômico de organizações produtivas rurais de base familiar que fornecem alimentos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) ou para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), ou que operem a Política de Garantia de Preço Mínimo dos Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio).
 
Valor máximo para cada organização proponente: R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
 
Podem ser proponentes cooperativas ou associações de produtores rurais de base familiar, formalmente constituídas, caracterizados de acordo com a Lei n° 11.326, de 24/07/2006, que estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais.
 
Inscrições: de 01/04/2013 a 30/04/2013

Economia Solidaria

Sanidade de caprinos e ovinos é tema de teatro voltado à Agricultura Familiar
Fotos: Divulgação

A Secretaria da Agricultura Irrigação e Reforma Agrária do Estado da Bahia - SEAGRI, por meio de sua Superintendência de Agricultura Familiar – SUAF e da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB promoveram durante o Dia da Agricultura Familiar do Território de Irecê, realizado em 07 de maio de 2010, uma peça teatral sobre sanidade dos caprinos e ovinos apresentada pelo Grupo de Teatro Encenação, de Irecê.

O tema foi abordado de forma descontraída e adequada à realidade local, enfocando o impacto negativo causado pelas doenças que acometem os caprinos e ovinos a exemplo da Linfadenite Caseosa e da Raiva, e o papel da ADAB enquanto aliada do Agricultor Familiar na prevenção e controle dessas enfermidades. Na peça, o Sr. Sebastião Oliveira, um Agricultor Familiar do Território, mais conhecido como Tião, se queixa à sua esposa, Dona Zefinha, sobre os prejuízos que tem tido na criação de cabras e ovelhas por causa das doenças que vinham surgindo recentemente. No ano anterior havia perdido parte da criação por conta de um surto de Raiva na localidade, e nesse ano já não agüentava mais de tanto caroço que estava aparecendo em seus animais (abscessos causados pela Linfadenite Caseosa). Até que surge o Edilan, Técnico em Agropecuária da Assistência Técnica e Extensão Rural - ATER que fala sobre a ADAB ao Sr. Tião e sua esposa, e após certo esforço consegue convencê-los a irem até o escritório da ADAB mais próximo para abrir seu cadastro e solicitar o atendimento à sua propriedade e comunidade para diagnosticar os problemas que estavam ocorrendo e orienta-los quanto aos procedimentos que deveriam seguir. Ao final do teatro o técnico da ADAB e músico Luiz Carlos Mendes apresentou a música Crie Ovelha e Cabra com Saúde, de sua autoria, reforçando os cuidados com a saúde do rebanho que o criador precisa observar.

O evento contou também com a presença da Unidade Móvel do Programa Sertão Produtivo, onde uma equipe da SUAF e da ADAB prestavam informações sobre o Programa de Sanidade dos Caprinos e Ovinos e sobre o próprio Sertão Produtivo. Na oportunidade, foi divulgado também a Campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa, que até o dia 30 de maio deste ano deverá cobrir todo o rebanho bovino e bubalino do Estado da Bahia. Os caprinos e ovinos não devem ser vacinados para Febre Aftosa.

O Dia da Agricultura Familiar do Território de Irecê foi uma realização do Banco do Nordeste - BNB e do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, com apoio da Coordenação do Território de Identidade Irecê, Prefeitura Municipal de Irecê, SEAGRI, SUAF, EBDA, Bahia Pesca, CDA, ADAB, Centro de Assessoria do Assuruá - CAA, entre outros órgãos e entidades, e representou uma grande oportunidade para aproximar e valorizar a Agricultura Familiar perante a sociedade, enquanto principal fornecedora de alimentos para mesa do brasileiro, entre outros produtos. Por fim, cabe ressaltar o papel que eventos como esse exerce para integração entre as entidades da Agricultura Familiar e as Instituições.
Imagens anexadas.

Fonte:
Antonio Lemos Maia Neto
Coordenador do Programa Estadual de Sanidade dos Caprinos e Ovinos – PESCO / ADAB
Carina Moreira Cezimbra
Coordenadora do Programa Sertão Produtivo e da Câmara Temática de Caprinos e Ovinos da Bahia / SUAF-SEAGRI

Notícias

Ministério da Educação aprova Doutorado em

Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social da Católica

O Doutorado em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social, da Universidade Católica do Salvador, foi aprovado pelo Conselho Técnico-Científico da Educação Superior do Ministério da Educação. É o segundo da UCSal, que já oferece o Doutorado em Família na Sociedade Contemporânea desde 2008, com conceito 5 na CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

Segundo a Superintendência de Pesquisa e Pós-Graduação da UCSal, o novo curso começa a funcionar no segundo semestre deste ano. Nas próximas semanas a Católica vai abrir o edital de inscrição do doutorado contendo toda a sua regulamentação.

O Planejamento Territorial está na pauta do dia, não só pelo crescimento desordenado das cidades com todas as suas consequências nefastas, como pelo aspecto jurídico dessa expansão. Em Salvador, por exemplo, o Tribunal de Justiça da Bahia suspendeu, no ano passado, a Lei de Ordenamento de Uso do Solo (Louos) aprovada no final de 2011 pela Câmara Municipal de Salvador. A suspensão da Louos ocorreu porque o Ministério Público entrou com uma ação na Justiça argumentando não ter havido discussão da Lei com a comunidade. O novo doutorado chega para ajudar a formar especialistas para essa área tão importante.

Além dos doutorados, a Católica dispõe de quatro mestrados. Na área de urbanismo e meio ambiente, o Mestrado em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social e o Mestrado Profissional em Planejamento Ambiental.

Já o Mestrado em Políticas Sociais e Cidadania e o Mestrado em Família na Sociedade Contemporânea estudam o comportamento humano nos dias de hoje.

Saiba mais sobre os mestrados e doutorados da Católica:



domingo, 24 de fevereiro de 2013

Cooperativismo

Unisol mostra o cooperativismo brasileiro em evento internacional
 
Unisol mostra o cooperativismo brasileiro em evento internacionalA Unisol Brasil (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários) participará da 2ª Cúpula Internacional de Cooperativas, que será realizada em Quebec, no Canadá, em outubro de 2014. A instituição já articula com os filiados adotar ações para fortalecer o cooperativismo no País e dobrar a participação no PIB (Produto Interno Bruto) nos próximos 10 anos. A Central participou da 1ª Cúpula no ano passado, no mesmo local, e busca cumprir algumas metas estabelecidas.

O evento no Canadá foi organizado pelo Grupo Desjardins e ACI (Aliança Cooperativa Internacional) em outubro de 2013. Reuniu 2.800 representantes de 91 países para discutir o fortalecimento do cooperativismo no mundo. A Unisol Brasil levou o exemplo da empresa recuperada em Diadema, a Uniforja, como case de sucesso de cooperativismo no País. “A 1º Cúpula Internacional de Cooperativas trouxe uma contribuição importante para o planejamento da Década das Cooperativas”, explica Dame Pauline Green, presidente da ACI. A “Década das Cooperativas” foi um conjunto de metas para os próximos 10 anos no mundo, definido em outubro. As metas estabelecidas pela ACI são: ampliar a participação, sustentabilidade dos empreendimentos, identidade cooperativista, avançar nas legislações e aumentar o capital.

No Brasil, o presidente da Unisol, Arildo Mota Lopes, disse que os principais eixos a construir são: avançar nas legislações mais modernas, investir em infraestrutura e a desburocratização do acesso ao crédito para viabilizar a expansão dos empreendimentos. “Estamos ampliando o diálogo com o governo federal e com os empreendimentos para articular esses avanços e chegar no próximo evento com algumas metas já cumpridas”. A Unisol participou de uma das mesas de discussões com entidades da Espanha e Itália sobre a importância do apoio de sindicatos no fortalecimento das cooperativas de empresas recuperadas.

Cooperativismo

De acordo a organização do evento, há um milhão de cooperativas no mundo que geram 100 milhões de empregos. As 300 maiores cooperativas, entre todos os setores, geraram US$ 1,6 bilhão em receita global, este valor é comparável à nona maior economia do mundo. De acordo com Arildo Lopes, o cooperativismo no Brasil representa 6% do PIB e a meta em 10 anos é dobrar essa participação. “Temos exemplos de que é possível alcançar essas metas e fortalecer o cooperativismo no País”, disse.

Unisol

A Unisol Brasil surgiu a partir de uma iniciativa do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC no 3º Congresso da categoria em 1999. Atualmente apoia empreendimentos em 27 estados, em 11 setores. Em 2004 atuava com 82 empreendimentos no País, chegando em 2013 com cerca de 750 grupos, que beneficiam cerca de 70 mil famílias do Brasil.

Fonte: Unisol (http://www.unisolbrasil.org.br/2013/02/20/unisol-mostra-o-cooperativismo-brasileiro-em-evento-internacional/) em 21/02/2013

Cooperativismo

Cooperativa ajuda a melhorar vida de catadores de lixo de Imperatriz

                    
Cooperativa ajuda a melhorar vida de catadores de lixo de ImperatrizA reciclagem está ajudando a mudar a vida de catadores de imperatriz. Eles se uniram, criaram uma associação, e agora têm mais renda e maior qualidade de vida.

Após anos trabalhando como catador, José Ferreira Lima passou a ganhar mais e se cansar com a associação. Antes, ele e outros catadores empurravam o material o dia inteiro por vários bairros. Agora, os recolhem em 22 pontos espalhados na cidade.

“A gente se junta e vende o material. Às vezes há um catador que não consegue juntar uma carrada. Além disso, podemos ter um preço melhor”, explicou o presidente da Associação de Catadores de Imperatriz.

No terreno onde funciona a sede da entidade, com mais de dois mil metros quadrados, os associados fazem a separação do material que é revendido para 13 empresas de reciclagem. O quilo do plástico é vendido a R$ 0,60; papel, R$ 0,27; e o cobre, R$ 11.

A associação existe há aproximadamente três anos e reúne 47 pessoas.

Fonte: G1 Ma, com informações da TV Mirante em 22/02/2013

Economia Solidária

Projeto cria política nacional e fundo específico para economia solidária
                    
Projeto cria política nacional e fundo específico para economia solidária
Paulo Teixeira: proposta vai dar o "impulso que falta" aos empreendimentos de economia solidária.
 
 
 
Proposta em tramitação na Câmara confere personalidade jurídica a empreendimentos da chamada economia solidária para que organizações desse tipo tenham acesso a políticas públicas específicas do governo federal, incluindo o acesso a fontes de financiamento.

A medida está prevista no Projeto de Lei 4685/12, de autoria do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) e de outros sete deputados da base do governo.

O projeto institui a Política Nacional de Economia Solidária e o Sistema Nacional de Economia Solidária, além de criar o Fundo Nacional de Economia Solidária (FNAES).

Pela proposta, os empreendimentos econômicos solidários serão classificados como sociedades de caráter econômico sem finalidade lucrativa, podendo ser organizados sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras.

Paulo Teixeira ressalta que os empreendimentos caracterizados pela autogestão coletiva e pela igualdade dos seus integrantes terão acesso a linhas de financiamento do governo federal e a programas, projetos e ações voltadas à educação, formação e qualificação de profissionais da economia solidária.

“A existência de uma política pública apoiada nos recursos que comporão o citado fundo, além das diversas atividades de governo voltadas para o desenvolvimento da economia solidária, darão o impulso que falta para que esses empreendimentos possam deslanchar e progredir”, argumenta Teixeira.

Economia solidária

O texto define economia solidária como o conjunto de atividades de produção, comercialização, distribuição, consumo, poupança e crédito que tem por base a cooperação, a autogestão participativa e a distribuição equitativa das riquezas produzidas. Nesse tipo de empreendimento, as decisões costumam ser tomadas em assembleias de sócios, em que "cada cabeça” é um voto de igual peso, independentemente da função ou posição administrativa na organização.

Além disso, segundo o projeto, para ser considerada de economia solidária a organização deve ter como foco o desenvolvimento local, regional e territorial integrado e sustentável, o respeito aos ecossistemas e a valorização do ser humano, do trabalho e da cultura por meio de relações igualitárias entre diferentes. Esse modelo se opõe à lógica capitalista de simples exploração do trabalho e dos recursos naturais.

Financiamento público

O projeto define como um dos objetivos da Política Nacional da Economia Solidária a democratização do acesso a fundos públicos, instrumentos de fomento, meios de produção, mercados e às tecnologias necessárias ao desenvolvimento de práticas econômicas e sociais solidárias. Pela proposta, o acesso a serviços de finanças e de crédito envolverá linhas de crédito para capital de giro e para custeio e aquisição de bens móveis e imóveis.

A política também prevê ações de educação, formação, assistência técnica e qualificação social e profissional nos meios rural e urbano para empreendimentos com perfil de economia solidária. Essas ações serão realizadas prioritariamente de forma descentralizada e por instituições de ensino superior, entidades da sociedade civil sem fins lucrativos e governos estaduais e municipais.

Beneficiários

Os principais beneficiários da política são os empreendimentos econômicos solidários, que podem assumir diferentes formas societárias, incluindo a de grupos informais. A política pública poderá atender ainda aos beneficiários de programas sociais governamentais, com prioridade para aqueles que vivem em situação de vulnerabilidade social, desde que se organizem em empreendimentos econômicos solidários.

Fonte: Agência Câmara em 22/02/2013

Cooperativismo

Fusões de cooperativas de crédito – Crescimento por aquisições

Autor de vários livros sobre cooperativismo de crédito, Ênio Meinen, diretor de operações do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob) defende que as cooperativas coloquem em prática a fórmula do crescimento por aquisições, ao lado da expansão orgânica. A iniciativa visa ao fortalecimento das instituições para o concurso – ou mesmo a simples sobrevivência – em cenário de altíssima competição. Sua semelhante tem Roberto Rodrigues, embaixador para o cooperativismo da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
 
Na opinião do diretor do Bancoob, os efeitos do processo são a redução de custos, pela diminuição do corpo diretivo/de comando e também das estruturas de retaguarda, e o ganho de escala, representado pelo fortalecimento dos limites técnicos e pela ampliação do número e valor das operações, sendo que o cooperativismo de crédito está inserido nesse contexto, como já comprovaram entidades da Europa (Alemanha, Holanda, França) da América do Norte (EUA e Canadá) e também dos concorrentes domésticos, que compõem o sistema bancário convencional.
 
Enio MeinenEmbora seja “de inquestionável procedência técnica a solução das incorporações” há no ambiente cooperativo, segundo sua percepção, obstáculos que impedem maior vazão desse movimento, situados fora do plano institucional/organizacional. O desafio mais difícil, parece, é superar o apego aos interesses pessoais. Sabe-se que não é nada fácil abrir mão do status de dirigente, ou mesmo gerente, de uma instituição financeira, mormente em pequenas comunidades. É isso que, normalmente, faz com que a iniciativa fique apenas no plano do discurso.
 
Mas, a bem de propósitos mais nobres, é preciso vencer os empecilhos de ordem não-institucional e partir para a ação. Com as uniões, garante Meinen, há, de um lado, sensível redução de despesas pela diminuição do número de conselheiros de administração e fiscais; de diretores, de contadores e de outros profissionais de retaguarda, além da economia com custos de observância e, de outro, agregam-se solidez e credibilidade ao empreendimento, sem contar os ganhos em negócios pela realocação de colaboradores para a linha de frente.
 
Roberto Rodrigues, embaixador para o cooperativismo da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) também trabalha pela unificação das cooperativas de crédito. De acordo com ele, essa já uma realidade no mundo inteiro onde o cooperativismo de crédito é muito mais forte. No Brasil, ao contrário, ao contrário existem várias instituições e sistemas atuando de forma dividida. “Se esse sistema continuar assim, não seremos fortes nunca”, assinala.
Rodrigues lembra que hoje quase 4 bilhões de pessoas estão ligadas a alguma cooperativa o que demonstra que é um sistema que realmente funciona como desenvolvedor social. Para ele, o cooperativismo é promotor da igualdade social, da sustentabilidade e equidade, o que resulta na promoção da paz social entre as pessoas e os países.

Cooperativismo

Exportações do agronegócio atingem US$ 96,66 bilhões no acumulado do ano
 
As exportações brasileiras do agronegócio, entre fevereiro de 2012 e janeiro de 2013, somaram US$ 96,66 bilhões, o que representa um crescimento de 1,1% sobre os doze meses anteriores. As importações alcançaram US$ 16,37 bilhões. O saldo da balança comercial do setor foi positivo em US$ 80,28 bilhões. As informações são da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e foram divulgadas em 18 de fevereiro.
 
Os setores que mais contribuíram para o crescimento de US$ 1,09 bilhão foram: cereais, farinhas e preparações (crescimento de US$ 3,27 bilhões), complexo soja (crescimento de US$ 1,04 bilhão), fibras e produtos têxteis (crescimento de US$ 396,93 milhões), fumo e seus produtos (US$ 274,01 milhões) e animais vivos (crescimento de US$ 185,99 milhões).
 
O principal setor, em termos de valor exportado, foi o complexo soja com US$ 25,53 bilhões, o que representou um crescimento de 4,2% em relação aos doze meses anteriores. O produto destaque em vendas no setor foi a soja em grãos, com 16,98 bilhões, 66,5% do valor exportado. As exportações de farelo de soja foram de US$ 6,55 bilhões ou 13,85 milhões de toneladas, enquanto de óleo de soja foi de US$ 1,99 bilhão ou 1,69 milhão de toneladas.
 
As carnes somaram US$ 15,83 bilhões no período. A carne de frango foi o principal produto em vendas do setor, com US$ 7,18 bilhões, ou 3,7 milhões de toneladas. Destacam-se ainda as exportações de carne bovina (US$ 5,86 bilhões, ou 1,27 milhões de toneladas) e carne suína (US$ 1,49 bilhão ou 578,76 mil toneladas). Já o açúcar foi responsável por 84,9% desse montante, com US$ 13,21 bilhões. As exportações de álcool totalizaram US$ 2,34 bilhões.
 
RESULTADOS DO MÊS 
    
As exportações atingiram a cifra recorde para o mês de janeiro, atingindo os US$ 6,58 bilhões, o que correspondeu a um aumento de 14,7% em relação ao mesmo mês de 2012. O saldo da balança comercial do agronegócio atingiu US$ 5,12 bilhões.
 
Devido à expansão das exportações do agronegócio em 14,7% e diminuição nas vendas externas dos demais produtos em 9,8%, o agronegócio teve aumento de participação nas exportações totais no Brasil, passando de 35,6% em janeiro de 2012 para 41,2% em janeiro de 2013.
 
O complexo sucroalcooleiro foi o principal valor exportado, alcançando US$ 1,34 bilhão em janeiro (63,2%), com o açúcar ocupando posição de destaque, US$ 1,11 bilhão em vendas (48,4%).
 
As carnes ficaram na segunda posição em valor exportado, aumentando de US$ 1,18 bilhão em janeiro de 2011 para US$ 1,27 bilhão em janeiro de 2012 (7,7%). A quantidade exportada subiu 35,8%, de 86 mil toneladas para 117 mil toneladas, enquanto a cotação média de exportação caiu 4,8. Dessa forma, as vendas externas de carne bovina atingiram US$ 515 milhões em janeiro de 2013 (29,2%). Houve aumento também nas exportações de carne suína. As exportações passaram de US$ 97 milhões em janeiro de 2012 para US$ 104 milhões em janeiro de 2013 (7,6%).
 
Os cereais, farinhas e preparações ficaram na terceira posição como principal setor de exportação no agronegócio em janeiro de 2013. As vendas do setor atingiram US$ 1,12 bilhão, com aumento de 200,5% em relação a janeiro de 2012. O principal produto do setor é o milho, que atingiu de US$ 221 milhões em janeiro de 2012 para US$ 947 milhões em janeiro de 2013 (327,5%). A quantidade embarcada de milho subiu para 3,37 milhões de toneladas em janeiro de 2013, o que significou uma expansão de 297,8% em relação às 847 mil toneladas exportadas em janeiro de 2012. Os produtos florestais tiveram expansão de venda de 1,0%. As exportações subiram de US$ 703 milhões em janeiro de 2012 para US$ 709 milhões em janeiro de 2013.
 
COOPERATIVAS PAULISTAS AUMENTAM EM 115% EXPORTAÇÕES DE AMENDOIM, CAFÉ E SUCOS
 
As cooperativas paulistas aumentaram em 115% o valor das exportações de amendoim, café e sucos de frutas industrializados em 2012. O faturamento com esses produtos saltou de US$ 39,40 milhões em 2011 para US$ 85 milhões no ano passado. Esses itens respondiam por apenas 1,89% do valor das exportações cooperativistas paulistas em 2011. Hoje, representam praticamente 5%.
 
“Esse cenário mostra a verticalização de nossas cooperativas agropecuárias, que estão investindo cada vez mais em capacitação, tecnologia e conquista de novos mercados”, analisa Flávia Maria Sarto, consultora do ramo de Agronegócio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop-SP). Segundo ela, as exportações tendem a melhorar em 2013, com o reconhecimento cada vez maior do país como potência agropecuária.
 
A consultora explica que as cooperativas paulistas mantêm a liderança das exportações em comparação com as cooperativas de outros estados, com aumento de 6% na quantidade embarcada em relação a 2011. No Brasil, as exportações das cooperativas cresceram em média 16% no mesmo período. Porém, em relação a valores, as cooperativas paulistas exportaram 3,3% a menos que 2011, e as cooperativas brasileiras, 4,7% a menos.
 
Flávia avalia que o cenário de aumento da quantidade exportada e diminuição do valor recebido mostra que os preços das principais commodities exportadas pelas cooperativas apresentaram redução em relação a 2011, apesar da alta generalizada dos preços dos grãos no segundo semestre de 2012. “Percebe-se, segundo as estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que o setor sucroalcooleiro, com os principais produtos de exportação do estado de São Paulo, teve os preços depreciados de 2011 para 2012, com uma redução média de 5% nos valores do açúcar e do álcool etílico”, explica.

Notícias


Cresce o número de admissões em janeiro, mas Bahia registra saldo negativo de 628 postos de trabalho
 
De acordo com as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), cinco setores da economia mostraram recuperação em relação a dezembro de 2012 e tiveram saldos positivos, contribuindo para um maior número de admissões no estado em janeiro: Construção Civil (+855 postos), Agropecuária (+427 postos), Serviços (+399 postos), Extrativa Mineral (+74 postos) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (+12 postos). No entanto, o setor de Comércio, que apresentou saldo positivo em dezembro de 2012, registrou uma redução de postos no mês (-2.244 postos), por conta, principalmente, dos empregos temporários de final de ano, o que influenciou diretamente no saldo de postos de trabalho em janeiro de 2013, negativo em 628.
Tal resultado expressa a diferença entre o total de admissões (64.977 postos) e desligamentos (65.605 postos). O saldo registrado em janeiro situou-se em um patamar inferior ao contabilizado em igual período do ano anterior (6.861 vagas) e superior ao do mês de dezembro de 2012, que contou com 50.074 pessoas admitidas e 66.605 desligadas (saldo de -16.273 postos). As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).
Entre o mês de dezembro de 2012 e janeiro de 2013, a Bahia saiu da nona colocação quanto aos saldos do Nordeste para a segunda. Todos os estados da Região Nordeste obtiveram resultados negativos no mês de janeiro de 2013: Sergipe (-23 postos), Bahia (-628 postos), Piauí (-1.028 postos), Alagoas (-2.093 postos), Paraíba (-2.699 postos), Maranhão (-3.233 postos), Rio Grande do Norte (-3.265 postos), Ceará (-4.700 postos), Pernambuco (-11.531 postos).
Interior se destaca na geração de empregos - De acordo com os dados referentes aos saldos de emprego para a distribuição intra-estadual no mês de janeiro de 2013, o resultado no interior do estado foi positivo, com 50 vagas de emprego formal criadas. Em janeiro de 2013, Mata de São João, São Desidério e Lauro de Freitas destacaram-se na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia. Mata de São João gerou 373 empregos, São Desidério registrou a criação de 367 empregos e Lauro de Freitas apurou um saldo de 341 novas contratações formais.
Na Região Metropolitana de Salvador, o saldo foi negativo, com 678 postos de trabalho eliminados. Entre os municípios que tiveram os menores saldos de empregos em janeiro de 2013 ressaltam-se: Salvador (-1.229 postos), Feira de Santana (-508 postos) e Casa Nova (-416 vagas).
Ascom SEI
3115-4729 / 9259-8607