sábado, 13 de abril de 2013

Notícias


Vendas no comércio varejista baiano apresentou retração de 4,9% em fevereiro
O comércio varejista da Bahia em fevereiro de 2013 registrou queda de 4,9% nas vendas, em relação a igual mês do ano de 2012. A retração apresentada demonstrou que o setor passa por um período de ajustes nas vendas, ao se observar uma variação acentuada de 8,9% no mesmo mês do ano anterior. Na comparação entre fevereiro e janeiro de 2013 o indicador também apontou retração, com variação negativa de 3,8% no volume de vendas. Nessa comparação o efeito base foi moderado, uma vez que janeiro em relação a dezembro de 2012 cresceu apenas 0,7%. Também contribuíram para o resultado de fevereiro a elevação dos preços em determinados segmentos, redução do dinamismo do mercado de trabalho e a retração do rendimento real.
Em fevereiro de 2013, os dados do comércio varejista do estado da Bahia, quando comparados com fevereiro de 2012, revelam que quatro de oito ramos que compõem o Indicador do Volume de Vendas apresentaram resultados positivos: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (27,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria (15,3%), Tecidos, vestuário e calçados (7,2%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,0%). Em sentido oposto, observou-se retração nos seguintes segmentos: Combustíveis e lubrificantes (-22,3%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-18,8%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-4,0%); e Móveis e eletrodomésticos (-2,9%).
Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.


Análise por ramo de atividade
O comportamento das vendas no mês de fevereiro foi determinado principalmente, pelos segmentos de Combustíveis e lubrificantes (-22,3%) – com aumento dos preços de itens deste segmento, como a gasolina, que cresceu 5,28%, e combustíveis, 3,6%; e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-18,8%) – reflexo da antecipação das compras que foram realizadas no final do ano de 2012.
O segmento Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apontou arrefecimento mensal de 4,0%, em relação a igual mês de 2012, impulsionada pela compressão do poder de compra da população, decorrente da retração do rendimento real médio, e da persistente elevação dos preços, principalmente pelos produtos in natura. Em função disso, segundo dados do Dieese o valor dos itens básicos de alimentação passou de R$ 267,65 para R$ 270,04. Já o segmento de Móveis e eletrodomésticos, que registrou retração de 2,9%, teve seu resultado atribuído aos aumentos dos preços no setor, resultado da atual política do governo de reposição gradual da alíquota de IPI para a linha branca, que vai voltar ao patamar original em junho de 2013.
 
Comércio Varejista Ampliado - O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, apresentou em fevereiro redução de 2,8% nas vendas. No acumulado dos últimos 12 meses a expansão no volume de negócios foi de 10,4%.
O segmento de Veículos, motos, partes e peças registrou variação negativa de 0,4%, resultado do aumento no preço dos automóveis em decorrência da contração dos estoques das unidades sem o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que voltou a ser cobrado gradualmente a partir do dia primeiro desse mês.
No que tange ao segmento Material de Construção, este apresentou em fevereiro o crescimento de 7,8% nas vendas em relação a igual mês do ano passado. O comportamento positivo do segmento no mês em análise reflete as reformas e ampliações realizadas pelos consumidores em suas residências, bem como a redução do IPI para uma cesta de produtos do setor.

Cooperativismo

Taxistas se articulam para criar cooperativa em Paraisópolis
                     
Taxistas se articulam para criar cooperativa em Paraisópolis
Taxistas da companhia de táxi local, na praça Dr. Humberto Delboni, em Paraisópolis
 
 
Eram exatamente 20h quando o telefone instalado numa pequena cabine na parede tocou: mais um cliente solicitando um táxi para buscar um passageiro. Dessa vez, no aeroporto de Congonhas. Minutos depois, um casal de namorados se aproxima do ponto onde fica a frota. “Tá livre?”, perguntou o rapaz. Em seguida, os dois entraram no carro. O destino: o Shopping Morumbi, zona sul de São Paulo.

Com uma população que beira os 100 mil habitantes, demandas como essas fazem parte do cotidiano de Paraisópolis, a segunda maior favela de São Paulo, também na zona sul. Desde a semana passada, a comunidade passou a contar com uma cooperativa de táxi fixa dentro da favela.

O ponto fica na praça Dr. Humberto Delboni, perímetro que divide as mansões do Morumbi de Paraisópolis, e a poucos metros do ponto final da linha de ônibus que leva os moradores ao terminal Princesa Isabel, na região central.

“Hoje em dia, as pessoas estão preferindo desembolsar R$ 20, para chegar no local desejado em 3 minutos, por exemplo, a pagar R$ 3, e enfrentar um ônibus lotado, e demorar quase uma hora para chegar onde quer”, afirma Bruno Santos, um dos taxistas da frota formada por 13 veículos, que há dois meses deixou a manutenção de banheiras de hidromassagem para transportar passageiros.

Erisvania da Costa Barros, 29, moradora de Paraisópolis, que trabalha no departamento de marketing de uma empresa área em Congonhas, afirma que já passou situações desagradáveis por não conseguir um táxi para sua casa. “Sempre viajo a trabalho na empresa. Uma vez precisei voltar para casa mais tarde e quando eu disse que iria a Paraisópolis o taxista me pediu para descer do carro”.

Em outra situação, o taxista de um hipermercado se recusou a levá-la à comunidade. “Primeiro eles olham se o destino é ao menos alguma das ruas principais da comunidade”, conta. Agora, diz, é difícil até mesmo de agendar um horário com os taxistas locais.

É o que garante Waldomyro Silva, que afirma ser crescente a demanda. Os veículos estão disponíveis de domingo a domingo –chegam a rodar por 24 horas durante alguns dias da semana. “Paraisópolis tem uma população enorme, realmente não damos conta”, diz. Para atender ao volume de solicitações, ele planeja dobrar a frota nos próximos dois anos. “Queremos chegar a 30 carros”.

Entre os pedidos dos passageiros estão itinerários que vão desde os chamados “pescocinhos”, que, na gíria dos taxistas, são percursos curtos –como é o caso da pessoa que precisa ir com urgência ao posto médico ou levar uma compra para casa– até mesmo aos trajetos mais longos, normalmente aos terminais rodoviários.

Para Silva, a frota está ajudando não apenas a encurtar o caminho da população, mas contribuindo ainda para diminuir preconceitos. “Quando o destino informado é Paraisópolis, muitos taxistas não querem entrar na comunidade com medo de serem assaltados”, diz.

Segundo ele, a companhia de táxi tem contribuído para quebrar esses estereótipos. “Parece que na comunidade tem aumento o fluxo de taxistas vindos de outras localidades”.

Fonte: Portal Nova Paraisópolis em 10/04/2013

Cooperativismo

Tecnologia da Informação a serviço do cooperativismo brasileiro
                     
Tecnologia da Informação a serviço do cooperativismo brasileiro
O superintendente do Sescoop, Luís Tadeu Prudente Santos / Foto por: Eliezer Favacho/Coopcom
 
 
A informática deixou de ser uma área meramente técnica dentro do sistema cooperativista para se tornar parte das estratégias de negócio. Por isso, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) reuniu hoje, em Brasília, 41 profissionais de Tecnologia da Informação (TI) de todo o Brasil com o objetivo de apresentar os novos sistemas e serviços desenvolvidos pela unidade nacional para facilitar o trabalho de todos os estados junto às cooperativas. O evento aconteceu durante o II Encontro dos Profissionais de Tecnologia da Informação do Sescoop, realizado na Casa do Cooperativismo.

“Temos o compromisso de repassar todas as boas iniciativas produzidas pela  Unidade Nacional às unidades estaduais, a fim de alinhar processos e evitar custos altos e desnecessários na base”, explica o superintendente do Sescoop, Luís Tadeu Prudente Santos. “As UEs são livres para replicar ou não nossos sistemas, mas nós temos a obrigação de pelo menos oferecer projetos inovadores e eficientes”.

Na abertura do evento, ele sugeriu a criação de um Comitê Nacional de Tecnologia da Informação, para alinhar processos, definir prioridades para política de investimento e trocar experiências. “Esse comitê teria a função extra de possibilitar a melhoria de equipamentos e programas, de acordo com a realidade de cada unidade estadual”, completou.

Data Center – o gerente de TI da unidade nacional, Carlos Washington Menezes, também defende a criação de um Comitê Nacional de TI e explica que uma das funções do grupo seria avaliar uma proposta ousada da unidade nacional: criar um único Data Center para todo o Sescoop.

“Esse ambiente possibilitaria uma economia em escala para o sistema, porque as unidades estaduais não precisariam substituir equipamentos ou treinar funcionários com tanta frequência”, exemplificou.

Plácido da Silva Júnior, representante da TI da Ocepar, é outro entusiasta da iniciativa: “Temos muito interesse no Datacenter, pois esse tipo de serviço gerará, entre outros pontos positivos, maior segurança de informação”.
Palestras – a equipe da Gerência de TI da unidade nacional proferiu uma série de palestras sobre os projetos da Casa e sobre as tendências do mercado. Além deles, o encontro contou com a participação do professor e consultor Carlos Jacobino Lino discorreu sobre “Plano Estratégico de Tecnologia da Informação (Peti), com foco no negócio”.

Na opinião dele, um plano bem estruturado possui os seguintes passos: estratégia, alinhamento, decisão, organização, priorização, planejamento, monitoramento, controle e gestão.

“Cada um desses passos possui seus processos e precisam ser analisados sob o ponto de vista do Balanced Scorecard (BSC), uma teoria da Administração que possibilita a visualização de riscos, oportunidades, ameaças, além de pontos fracos e fortes”, declarou Lino.

Fonte: Sistma OCB/Sescoop-AM em 11/04/2013

Cooperativismo

Crise financeira de cooperativa no RS está preocupando os agricultores
                     
Crise financeira de cooperativa no RS está preocupando os agricultores
Foto: Reprodução TV/Globo Rural
 
 
A Cotrijuí, Cooperativa Agropecuária e Industrial, tem 20 mil associados e deve mais de R$ 270 milhões para produtores e fornecedores.

O principal temor dos agricultores é que os grãos depositados sejam confiscados e usados para o pagamento dessas dívidas.

Na semana passada, muitos produtores fizeram fila com caminhões para retirar os grãos que já tinham sido estocados em duas unidades de recebimento da cooperativa.

Depois de muitas tentativas, a cooperativa conseguiu na Junta Comercial do Rio Grande do Sul, que nove, das 22 unidades da Cotrijuí, passassem a operar na modalidade de armazém geral. Com a mudança, o grão estocado passa a ser de propriedade dos agricultores e não da cooperativa, o que impede a retirada de produtos por credores.

Segundo a atual direção, a dívida existe há mais de 15 anos, mas só foi divulgada no fim de março, quando mudou a gestão, conforme explica o novo presidente da cooperativa, Vanderlei Fragoso. “Pelas nossas contas, esses débitos iniciaram em 1997 e foi uma dívida que não foi tendo manutenção de débito", diz.

Segundo a assessoria de comunicação da Cotrijuí, a diretoria está se reunindo com várias entidades agrícolas do estado para estudar como proceder diante da crise.

Fonte: Globo Rural em 10/04/2013

Economia Solidária

São Francisco do Conde funda associação cooperativa de artesãos                     
 
 
São Francisco do Conde funda associação cooperativa de artesãosHá décadas, os artesãos de São Francisco do Conde almejam fortalecer a categoria e valorizar a profissão; na atual gestão municipal eles encontraram apoio para isso. Nesta quarta-feira, 03 de abril, houve uma reunião na Secretaria Municipal de Cultura (SECULT), na qual foi instituída a Associação dos Artesãos de São Francisco do Conde – um sonho que se tornou realidade para esses profissionais.

Em seu corpo técnico, a Associação será formada pelos seguintes membros: Presidente, Vice-Presidente, 1ª e 2º Tesoureiros, 1º e 2º Secretários, e, Conselho Fiscal. O objetivo é organizar as ações e promover uma elevação nas atividades desta categoria, a exemplo da realização de exposições no município e participação em feiras e/ou festividades para comercialização de seus produtos.

“Até o ano passado trazíamos artesãos de fora para trabalhar no São João, porque não tínhamos um cadastramento e não sabíamos como fazer para atrair os daqui. A partir deste ano será diferente, quem ficará com as barracas para comercializar artesanato serão os profissionais da nossa cidade”, ressalta a secretária de Cultura, Sandra Pitanga.

Hoje, 10 de abril, às 13h30, acontecerá um novo encontro na sede da secretaria e os membros da Associação dos Artesãos vão votar para a escolha do Presidente. A SECULT está situada na Travessa Castro Alves, S/N, Centro. Telefone para contato: (71) 3651-3072.

Fonte: Bahia Já em 10/04/2013

Cooperativismo

Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo em SC
 
Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo em SCA Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, na manhã desta quarta-feira (10), o Projeto de Lei 49/13, que cria a Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo, e o PL 50/13, que institui o Fundo Estadual de Cooperativismo. Proposições apresentadas pelo deputado Dirceu Dresch (PT) visando que cooperativas de agricultores familiares também fossem contempladas na proposta foram aprovadas. Antes de ir a plenário, as matérias ainda serão examinadas pelas comissões de Finanças e Tributação e de Economia, Ciência, Tecnologia, Minas e Energia.

   O texto original do projeto que cria a Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo abrangia apenas as cooperativas registradas na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) ou na Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catariana (Ocesc). Com a modificação proposta por Dresch, a lei vai abranger também as cooperativas registradas na Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc).  Outra mudança defendida pelo parlamentar e aprovada na comissão garante  uma vaga no Conselho Estadual do Cooperativismo (Cecoop), que será criado pela lei, a um representante das cooperativas da agricultura familiar.

Dresch comemora as modificações, citando como exemplo as entidades associativas registradas na União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Santa Catarina (Unicafes), que envolve 108 cooperativas familiares, com cerca de 100 mil filiados, as quais não seriam beneficiadas se o texto original do projeto fosse aprovado. “Conseguimos um bom acordo na comissão. Muitas cooperativas não registradas na OCB estão oficialmente constituídas e é justo que sejam contempladas no projeto”, analisa.  

 O objetivo dos dois projetos, conforme consta nas justificativas, é estimular a atividade cooperativista por meio de um conjunto de diretrizes e regras que compreendem, entre outras coisas, a criação do Conselho Estadual do Cooperativismo (Cecoop) e do Fundo Estadual de Apoio ao Cooperativismo (Facoop). O fundo, formado por recursos estaduais e federais, servirá para financiar ações de capacitação e pesquisas e será gerido pela Secretaria da Agricultura.

Fonte: Portal Santa Catarina 24 Horas em 11/04/2013

Economia Solidária

A Economia Verde é imediatista
 
Camila Nobrega
Repórter do Canal Ibase

Durante mais de um século, multiplicaram-se teorias econômicas que não levavam em conta a natureza em cálculo algum. Atualmente, porém, só cresce o número de economistas que começam a olhar para a economia não como um sistema isolado, mas como parte de um todo, submetida às leis da natureza e aos impactos que causa nos homens. São os chamados economistas ecológicos, que propõem uma visão mais ampla do sistema. Entre as principais referências do tema no país está o economista e professor da Universidade de São Paulo (USP) José Eli da Veiga, autor de 21 livros, que assina a abertura do livro "O Decrescimento – entropia, ecologia, economia", lançado mês passado pela editora Senac. É primeira tradução em português da obra do matemático e economista romeno Georgescu-Roegen, cujo pensamento foi renegado por décadas entre os círculos da área e, agora, está sendo retomado. Nesta entrevista, José Eli fala não apenas da teoria de Georgescu, como do crescimento da Economia Ecológica em si, em oposição à Economia Verde.
 
Qual o significado da chegada da obra de Georgescu-Roegen ao Brasil? Muitos jovens ainda hoje saem das faculdades de Economia do país sem ter lido a obra dele. Na década de 1970, Roegen publicou livros e artigos importantes que não foram reconhecidos pela academia. A incorporação da Lei da Entropia (2ª lei da termodinâmica, cuja essência é a degradação da energia em sistemas isolados) na economia, proposta pela primeira vez por ele, não foi bem aceita e Georgescu foi posto de lado. Nos últimos tempos, ele tem sido revisto, mas no Brasil só havia obras circulando em francês, o que dificultava o acesso de alunos. Consegui, finalmente, que este autor fosse publicado em português. Ele foi um gênio, precisa ser mais lido.
 
Embora ele mesmo nunca tenha usado essa denominação, Roegen foi uma das principais inspirações para o movimento da Economia Ecológica. Como o pensador via a questão do limite da natureza para o crescimento da economia?
 
José Eli da Veiga, economista ecológico e professor da USP / Foto: Kenji Honda
 
Não se trata exatamente de limites, como alguns economistas falam hoje. O foco dele era outro. Georgescu teve, ainda nos anos 1960, um estalo sobre a Lei da Entropia. Ele jogou luz sobre o fato de que os economistas lidavam com a produção econômica como algo independente, isolado. Os recursos naturais eram vistos como infinitos, e por isso não entravam na conta. Só que este romeno percebeu a relação de interdependência entre ambos. A Lei da Entropia não pode simplesmente ser descartada, porque ela age sobre a economia.
 
Ou seja, ele percebeu que existe uma perda de energia associada aos processos econômicos, certo? E há energia dissipada que nunca se recupera?
 
Sim, o foco dele não é sobre o esgotamento de recursos. Ele é anterior à discussão sobre mudanças climáticas, que está em voga hoje. Georgescu se debruçou sobre o fato de que os recursos naturais têm uma energia que se dissipa, à medida que são usados pela economia. No início da carreira, ele tinha o foco de estudo voltado para o consumo. Depois, percebeu que precisava se dedicar à questão da produção. E concluiu que, uma vez utilizados para a produção de algo, os recursos terão uma parte de energia que nunca mais será utilizada. É uma parte que se perde no processo. Mas os cálculos de produção na economia não levam isso em conta. Tomemos como exemplo as energias fósseis. Para Georgescu, o limite do crescimento se daria ao passo que a utilização delas reduziria a quantidade de energia inicial do processo.
 
Mas o pensamento dele ainda não chegou à esfera prática da economia. Em conferências internacionais sobre o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, como a Rio+20, Conferência da ONU realizada ano passado, esta abordagem não passou nem perto das salas de conferência?
 
Eu não esperava mesmo que um encontro como a Rio+20 discutisse esse tipo de assunto. Ocorre que os prazos dessa discussão proposta por Georgescu talvez sejam séculos. Não sabemos quando vai acontecer, mas a perda gradual desses recursos naturais vai levar a um ponto máximo. Na Rio+20, discutem-se soluções mais imediatas. A transição de que se fala nessas salas de conferência é outra, que as Nações Unidas chamaram de Economia Verde. Já Georgescu foi um dos pais da Economia Ecológica, que defende uma outra transição, não apenas tecnológica. Ele acredita também que, em algum momento, haverá decrescimento. A economia, segundo ele, não poderá se manter apenas estável.
 
E, dentro da Economia Verde, as propostas são de adequações mais simples. Não há uma grande mudança de paradigma econômico, certo?
 
É outro foco. Na discussão atual, existe uma crença de que vai haver descolamento entre crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, a medida de riqueza mais utilizada como parâmetro de comparação no mundo) e os impactos ambientais. A ideia é que o avanço tecnológico vai permitir a manutenção do crescimento econômico. Ou seja, a tese da Economia Verde é que, em determinado momento, o PIB poderá continuar aumentando e os impactos vão diminuindo. Para isso, economistas desta corrente apresentam dados sobre queda de emissões de carbono por unidade de produção. Na prática, significa que para cada unidade produzida, a quantidade de carbono usada diminuiu. Mas isso só serve em termos relativos. Quando pegamos o conjunto total, como a produção aumenta, a quantidade absoluta também cresce. O impacto na atmosfera, portanto, continua aumentando e muito. O único argumento novo que deve ser analisado ainda é em relação à Inglaterra. Estudos recentes mostram que o país está conseguindo manter o PIB em crescimento, reduzindo as emissões.
 
Mas, nesse caso, estamos falando de um país com um desenvolvimento mais avançado, e com condições de apostar em inovações tecnológicas. No entanto, se as nações mais pobres dependerem de tecnologias que não podem bancar, sem que haja transferência, como elas farão?
 
Aí está o problema. Será que a humanidade resolverá os novos desafios tratando o problema com as mesmas receitas antigas. Nesse caso, não se atacam os sintomas. A Inglaterra é um caso de economia madura, e parece que o mesmo processo pode estar acontecendo também na Holanda. Mas o cenário encontrado lá não é o mesmo de países pobres. Será possível apostar nesse modelo, e que todos os países alcançariam uma maturidade que os permitiria crescer, reduzindo, por meios tecnológicos, os impactos ambientais?
 
Ainda assim, este pensamento não leva em conta os impactos sociais associados ao crescimento econômico desenfreado. Estas questões fazem parte da Economia Ecológica?
 
Sim, a economia não pode ser vista como um sistema isolado nem das questões ambientais, nem sociais. Estamos falando sempre de uma mesma coisa. No caso da Inglaterra, por exemplo, estamos falando de uma economia madura em vários sentidos. É uma sociedade cujo acesso a serviços é outro, onde há um parâmetros de educação, saúde mais elevados e compartilhados pela população. Não é a economia em si, isoladamente, que levará nações a reduzirem impactos socioeconômicos significativos.
 

Notícias

Piauí realiza VI edição da Feira Agroecológica da Agricultura Familiar e Economia Solidária
 
Fonte: Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional do Piauí
( willyspt@hotmail.com Este endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo )
 
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Cerca de 140 agricultores/as participam da VI Edição da Feira Agroecológica da Agricultura Familiar e Economia Solidária, expondo e comercializando seus produtos. No dia 26/04/2013 6:00h ás 12:00h na Praça do CRESAN – Centro de Referência de Economia Solidária e Segurança Alimentar e Nutricional Josué de Castro (antigo Parque Curumim) na Av. Aderson Alves Ferreira - Piripiri - PI
    

Economia Solidária

Prorrogado prazo para participar da chamada cultural coleção FBES 10 anos - Construindo o Bem-Viver
 
Por Secretaria Executiva do FBES
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Foi prorrogado até 10 de maio a Chamada Cultural Coleção FBES – 10 Anos Construindo o Bem-Viver, para envio de imagens e ilustrações.
 
Use sua criatividade na composição de uma imagem que ilustre a economia solidária e a trajetória dos 10 anos do Fórum Brasileiro de Economia Solidária. As imagens selecionadas ilustrarão os materiais da campanha e as/os ganhadoras/es também terão retribuição de 5% dos valores arrecadados!
 
Os interessados devem encaminhar ficha de inscrição para o e-mail forum@fbes.org.br Este endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo . Acesse em http://www.fbes.org.br/index.php?option=com_docman&task=doc_details&Itemid=18&gid=1721
E saiba mais desta campanha!
 

Notícias

Empreendimentos da Unisol formam parceria em prol da inovação
Monofilamentos produzidos pela UNIPOL
Empreendimentos da Unisol formam parceria em prol da inovaçãoUma empresa recuperada e um empreendimento recém-formado por estudantes. Trajetórias diferentes que se encontraram pelo anseio de inovar. A UNIPOL (Cooperativa dos Trabalhadores na Indústria de Polímeros de Joinville), que comemorou cinco anos de atividade em setembro, produz perfis técnicos e atua nos segmentos automobilístico, refrigeração, programação visual, construção civil, moveleiro, tecnologia em materiais de engenharia, alta performance e nanotecnologia. No ano de 2012, investiu na inovação de seus produtos e foi uma das pioneiras a ter produtos catalogados na Ecouni, marca de produtos sustentáveis da UNISOL Brasil.

No mesmo ano, a cooperativa iniciou aproximação da Metamáquina, empreendimento que produz impressoras 3D, baseado em projeto de software livre e hardware aberto. A impressora 3D usa plástico derretido para imprimir, camada por camada, qualquer objeto em três dimensões projetado em um sofware de modelagem na tela do computador. Além disso, cada impressora 3D pode imprimir as partes plásticas necessárias para a construção de outra impressora 3D, como o próprio nome do empreendimento.

Atualmente, os dois empreendimentos são filiados à UNISOL Brasil e discutem como buscar soluções sustentáveis e inovadoras para a Ecouni, ao mesmo tempo em que comercializam entre si. A UNIPOL está produzindo monofilamentos de diferentes cores e matérias-primas, como PLA (bioplástico) e ABS (acrilonitrila butadieno estireno). Por sua vez, a Metamáquina negocia a venda de uma impressora 3D para a UNIPOL, que possibilitará otimização do tempo de modelagem de protótipos.

Fonte: Unisol Brasil - http://migre.me/e5DyE em 12/04/2013

Cooperativismo

Capal investe R$ 60 milhões em Arapoti
                     
Capal investe R$ 60 milhões em ArapotiCom o início da construção prevista para três meses, fábrica terá capacidade de produzir 120 toneladas de ração por hora, gerando 60 empregos diretos e 1.660 indiretos.

A Capal Cooperativa Agroindustrial irá construir uma fábrica de ração em Arapoti. Com um investimento total estimado em R$ 60 milhões, o início das obras está previsto para os próximos 90 dias. 

A nova unidade fabril da cooperativa será construída no próprio complexo industrial da Capal, em Arapoti, e deverá entrar em operação dentro de 18 meses, gerando, ao final da segunda fase, 60 empregos diretos e mais de 1.650 indiretos. A intenção com a fábrica é atender a demanda interna dos cooperados em relação à ração suína e bovina, sem comercialização no varejo.

Na primeira fase, o investimento será de R$ 30 milhões, sendo R$ 12 milhões somente em equipamentos.

Fonte: Jornal da Manhã em 12/04/2013

Notícias

O Momento Cooperar

Troca de experiência na doutrina cooperativista é conhecida como Intercooperação e se constitui um dos princípios básicos do cooperativismo, assim como a união.   Enquanto única publicação nacional independente direcionada à divulgação do movimento cooperativista brasileiro, a revista MundoCoop abre um espaço para contar histórias de sucesso de cooperativas.

Trata-se do Momento Cooperar, que objetiva inspirar, encorajar, formar e cultivar os cooperados e seus associados na certeza de que juntos – eles e as cooperativas – são o melhor caminho para o crescimento do País, com consequente desenvolvimento de oportunidades para os cidadãos.   Mais do que uma seção na edição impressa, o Momento Cooperar é uma marca, tanto que o projeto mereceu um selo e um site www.momentocooperar.com.br, onde estão disponibilizadas ferramentas de trabalho, vídeos educativos, reportagens e palestras inspiradoras, entrevistas com cooperativas de sucesso e cooperados que se destacam no setor, além de ideias, soluções e experiências concretas passíveis de auxiliar no desenvolvimento, no fortalecimento e na condução dos negócios cooperativos.

No Momento Cooperar, cooperação é convicção de que ninguém pode chegar à meta sozinho, mas verdadeiro elemento de transformação de pequenos em um conjunto forte e poderoso.