sábado, 31 de dezembro de 2011

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ONU declara 2012 como Ano Internacional de Energia Sustentável para Todos
segundo as na��es unidas, cerca de 1,4 bilh� de pessoas ainda n� t� acesso a fontes modernas de energia
Segundo as Nações Unidas, cerca de 1,4 bilhão de pessoas ainda não têm acesso a fontes modernas de energia

A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2012 como o Ano Internacional de Energia Sustentável para Todos. O objetivo da iniciativa é chamar a atenção para a importância de se aumentar o acesso à energia renovável em todas as partes do mundo. Segundo a ONU, cerca de 1,4 bilhão de pessoas ainda carece de acesso a fontes energéticas modernas. Além disso, 3 bilhões dependem de recursos da “biomassa tradicional”, a exemplo do carvão, para atividades diárias como aquecimento e cozimento de alimentos.

Os serviços de energia têm um efeito profundo na produtividade, na saúde e na educação, além da segurança alimentar e serviços de comunicação.

De acordo com especialistas, a falta de acesso à energia limpa e barata impede o desenvolvimento socioeconômico e humano de comunidades inteiras.

O acesso à energia sustentável é também uma das ferramentas para que o mundo alcance os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

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Foto: Divulgação


Tomada ejeta plugue de dispositivos ao serem desligados
Para reduzir os gastos com consumo de energia os designers Seong Soyeon, Kim Seonmi, Lee Jeongjae, Park Jihye e Lee Yeontaek desenvolveram uma tomada batizada PumPing Tap. Projetada para aquelas pessoas que esquecem de retirar os eletro-eletrônicos da rede elétrica após uso.
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Foto: Divulgação
Inicialmente, quando algum dispositivo é desligado sem que seja desplugado da tomada, um círculo vermelho é ligado em sinal de alerta para que aquela conexão elétrica seja desfeita. Caso não seja desconectada o PimPing Tap aciona a sua segunda ferramenta, que possui em seu centro um sistema com mola, capaz de ejetar o plugue da tomada.

A PumPing Tap foi premiada como vencedora do concurso de design Red Dot 2011, e não tem previsão de quando poderá ser encontrada nas lojas.

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Atualizada, "lista suja" do trabalho escravo chega a 294 nomes    

Cadastro de empregadores flagrados com escravos atinge número recorde e reflete impacto indesejado do avanço da monocultura e de grandes projetos. Em Mato Grosso, os destaques são o ex-prefeito de Peixoto de Azevedo, Edmar Koller Heller, Fernando Jorge Peralta pela exploração de escravos na Fazenda Peralta, em Rondolândia e o médico de Cáceres, José Palmiro Da Silva Filho.

"lista suja" do trabalho escravo, cadastro de empregadores pegos em flagrante na exploração de trabalhadores em condições análogas à escravidão, nunca teve tantos nomes. Atualizada nesta semana, a relação cresceu com a entrada de 52 novos registros e chegou ao recorde de 294 nomes.
Entre os que entraram estão alguns dos principais grupos usineiros do país, madeireiras, empresários e até uma empreiteira envolvida na construção da usina hidrelétrica de Jirau. A lista inclui ainda médicos, políticos, famílias poderosas e casos de exploração de trabalho infantil e de trabalho escravo urbano, que será tema de reportagem especial da Repórter Brasil nos próximos dias.

Após serem flagrados explorando mão-de-obra escrava, todas as pessoas e empresas tiveram chance de defesa em processos administrativos. Somente depois de esgotados todos os recursos, foram incluídas no cadastro. Entre os novos registros, há casos como o de Lidenor de Freitas Façanha Júnior, cujos trabalhadores, sem opções, bebiam água infestada com rãs, e o do fazendeiro Wilson Zemann, que explorava crianças e adolescentes no cultivo de fumo.

Entre os estados com mais inclusões nesta atualização estão novamente o Pará e o Mato Grosso, com nove e oito nomes inseridos, respectivamente. A incidência do problema no chamado arco do desmatamento demonstra que a utilização de trabalho escravo na derrubada da mata para a expansão de empreendimentos agropecuários segue presente.

A inclusão na "lista suja" limita o acesso a crédito em instituições públicas e privadas, e também dificulta negociações comerciais. As empresa signatárias do Pacto Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, dentre as quais estão alguns dos principais grupos empresariais do país, assumiram o compromisso de não comprar mais de fornecedores cujos nomes estejam no cadastro.

Os empregadores permanecem na lista por pelo menos dois anos, período no qual serão monitorados. Após este prazo, somente aqueles que sanarem as irregularidades, quitarem as multas e não reincidirem na exploração de escravos serão excluídos. Nesta atualização, apenas dois nomes foram retirados do cadastro (Dirceu Bottega e Francisco Antélius Sérvulo Vaz), o que pesou para que a relação chegasse a quase 300 registros

Escravos da cana

Entre os destaques da atualização estão libertações que chamam a atenção pelo grande número de escravos resgatados em plantações de cana-de-açúcar. Só na Usina Santa Clotilde S/A, uma das principais de Alagoas, foram flagrados 401 trabalhadores em situação degradante em 2008. Este não é o único caso de falta de condições de trabalho adequadas em frentes de trabalho organizadas para o corte em latifúndios especializados em monocultivo.

Também entra nesta atualização a Usina Paineiras, que utilizou 81 escravos em Itabapoana (RJ) em 2009. Um ano após o flagrante que resultou nesta inclusão, a empresa comprou a produção da Erbas Agropecuária, onde foram flagrados 95 trabalhadores escravizados. Em seu site, a usina afirma ter preocupação com os empregados e faz propaganda do seu "Plano de Assistência Social".

Mesmo com o aumento da preocupação social por parte das usinas, real ou apenas declarado, o setor ainda emprega mão-de-obra escrava. Recentemente, foram encontrados escravos até mesmo em colheitas mecanizadas de cana.

Além das usinas, outras empresas incluídas nesta atualização também têm o costume de apregoar ações sociais na internet. É o caso da Miguel Forte Indústria S/A, flagrada explorando 35 trabalhadores, incluindo três adolescentes, na colheita de erva-mate em Bituruna (PR). A madeireira, que mantinha o grupo em barracões de lona sob comando de "capatazes", anuncia na sua página que "o apoio a projetos sociais que promovem a cidadania e o bem-estar, principalmente entre a população carente, mostra o comprometimento da Miguel Forte com os ideais de uma sociedade mais justa e humana". À frente da empresa, Rui Gerson Brandt, acumula o cargo de presidente do Sindicato das Indústrias de Papel e Celulose do Paraná (Sindpacel).

Hidrelétrica de Jirau

Não é só na monocultura ou no campo que os flagrantes acontecem. As condições degradantes em projetos bilionários do país têm sido uma constante e, nesta atualização, uma das empreiteiras envolvidas na construção de uma hidrelétrica também entrou na lista. A Construtora BS, contratada pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil (Enersus), foi flagrada utilizando 38 escravos na construção da Usina Hidrelétrica de Jirau.

Além de enfrentarem problemas relacionados aos alojamentos, segurança no trabalho e saúde, os empregados ainda eram submetidos a escravidão por dívida, por vezes em esquemas sofisticados que envolvem até a cobrança por meio de boletos bancários, conforme denunciado pela Repórter Brasil.

Mesmo após o flagrante, as condições de trabalho não melhoraram, segundo denúncias recentes. Em abril deste ano, um grupo de 20 trabalhadores procurou o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rondônia (Sticcero) alegando que a BS não havia pago o aviso prévio e eles estavam dormindo no galpão da Construtora, sem ter como voltar para casa. Uma liminar chegou a bloquear os bens da empresa em 2011.

O isolamento, aliás, continua sendo utilizado como ferramenta para escravizar pessoas. Nesta atualização da lista, foi incluído Ernoel Rodrigues Junior, cujos trabalhadores estavam em um local de tão difícil acesso que foi necessário um helicóptero para o resgate dos trabalhadores.

Entre os libertados estavam dois adolescentes de 15 e 17 anos e uma de 16 anos. Para chegar no local em que o grupo estava, foi necessário percorrer a partir de São Félix do Xingu (PA) por 14 horas um caminho que contava com uma ponte de madeira submersa, balsa e estradas de terra em condições tão ruins que foi necessário o uso de tratores para desatolar alguns dos veículos. De acordo com os relatos colhidos pela fiscalização, todos tinham medo de reclamar porque o fazendeiro e o segurança da propriedade andavam armados. Para que conseguisse fazer a denúncia, um trabalhador explorado conseguiu fugir e teve de caminhar durante seis dias pela mata e por estradas de terra.

Família Peralta

Outro destaque na atualização da "lista suja" neste ano é a inclusão de Fernando Jorge Peralta pela exploração de escravos na Fazenda Peralta, em Rondolândia (MT). O Grupo Peralta é um conglomerado empresarial poderoso, do qual fazem parte a rede de supermercados Paulistão, a Brasterra Empreendimentos Imobiliários, as concessionárias Estoril Renault/Nissan (em Santos, Guarujá e Praia Grande), os shoppings Litoral Plaza Shopping e Mauá Plaza Shopping (cuja construção, na época, envolveu uma denúncia de propina), a Transportadora Peralta (Transper) e a PRO-PER Publicidade e Propaganda, só para citar os principais ramos de atividade do grupo.

Os Peralta começaram os negócios na década de 1950 em Cubatão (SP). Em 2006, o escravagista Fernando Jorge foi um dos homenageados pela Câmara de Cubatão na comemoração dos 50 anos da família no Brasil. O flagrante que levou Fernando Jorge à "lista suja" aconteceu em 2010 e envolveu a libertação de 11 trabalhadores de sua fazenda.

Inclusões e Exclusões da "Lista Suja" do Trabalho Escravo

Entraram em 31/12/2011
Os integrantes da família Peralta não são os únicos que receberam homenagens após denúncias de uso de escravos. Luiz Carlos Brioschi e Osmar Brioschi, que também entram na lista nesta atualização, foram flagrados se aproveitando de 39 trabalhadores na colheita do café em Marechal Floriano (ES). Eles mantinham os empregados em regime de escravidão por dívidas e em condições extremamente precárias de trabalho e vida. Dois dias após a libertação ter sido divulgada, Osmar Brioschi esteve entre os homenageados com placas e diplomas na Assembleia Legislativa do Espírito Santo pelo "trabalho realizado em favor do campo capixaba", por iniciativa do deputado Atayde Armani (DEM-ES).

Devastação ambiental

Outro aspecto reforçado pela atualização da lista é o elo entre escravidão e devastação ambiental. O uso de escravos em grandes projetos de desmatamento e em áreas com conflitos agrícolas é bastante comum. Desta vez, foi incluído na relação Tarcio Juliano de Souza, apontado como responsável pela destruição de milhares de hectares de floresta amazônica nos últimos anos.

Ele é considerado pela Polícia Federal (PF) responsável por montar um esquema para desmatar cerca de 5 mil hectares de floresta nativa na região de Lábrea (AM), onde mantém a Fazenda Alto da Serra. Ele já chegou a ser preso em Rio Branco (AC) pelos crimes de redução de pessoas a condições análogas à escravidão, aliciamento de trabalhadores e destruição de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e foi denunciado por tentar comprar um fiscal. Na época, o superintendente regional do trabalho Dermilson Chagas declarou que Tárcio estava à frente de um "consórcio de fazendeiros" do Acre formado para transformar grandes áreas de Lábrea (AM) em pastos, com a utilização criminosa de escravos para o desmate, para criar gado bovino.

Também consta na inclusão a empresa Manoel Marchetti Indústria e Comércio Ltda, pelo uso de 15 escravos em Porto Velho (RO). Trata-se de um grupo empresarial que, no começo da década de 2000, no comando da Fazenda Ipê, em José Boiteux (SC), envolveu-se em disputa por terras com uma comunidade indígena da reserva Duque de Caxias. Na ocasião, a Funai acusou exageros por parte da Polícia Militar na expulsão dos índios do território em disputa. Mesmo após o flagrante de trabalho escravo em Porto Velho e o histórico de conflito com índios em Santa Catarina, o Senado aprovou, em novembro de 2010, outorga para a a Associação Recreativa e Esportiva Grupo Manoel Marchetti para uma rádio comunitária por dez anos em Ibirama (SC), com voto favorável do senador Flávio Arns (PSDB-PR).

Doutores em escravidão

Um ex-prefeito, um ex-secretário municipal do Meio Ambiente e dois médicos estão entre os que entraram na relação nesta atualização. O ex-prefeito Edmar Koller Heller foi flagrado em 2010 explorando mão-de-obra escrava em um garimpo na Fazenda Beira Rio, que fica em Novo Mundo (MT), a 800 km da capital mato-grossense Cuiabá (MT), próximo à divisa com o Pará. Edmar foi prefeito de Peixoto de Azevedo (MT) em 2000, pelo extinto PFL (hoje DEM). Teve seu mandato cassado após ser acusado de desvio de recursos públicos, contratação de pessoal especializado sem licitação e contratação ilegal de veículos automotores de auxiliares de confiança.

Em 2007, ele se envolveu em outro escândalo político e chegou a ser preso. Como secretário de Administração da prefeita Cleuseli Missassi Heller, sua esposa, ele foi considerado responsável por improbidade administrativa, configurada pelo favorecimento de uma única empresa em processos licitatórios do município. Em 2009, a Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso manteve a condenação.

Outro político que passa a fazer parte da lista é Evanildo Nascimento Souza, flagrado com escravos quando ainda era secretário de Meio Ambiente de Goianésia do Pará (PA). O homem que deveria zelar pela natureza foi flagrado explorando escravos justamente no corte e queima de madeira para produção de carvão. De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), foram encontrados na Fazenda RDM (onde se localiza a Carvoaria da Mata), em julho de 2009, nove trabalhadores laborando em condições degradantes no corte de madeira, transporte, empilhamento, enchimento dos fornos, vedação do forno com barro e carbonização.

Os trabalhadores não possuíam equipamentos de proteção individual (EPIs) e estavam alojados em um barraco em péssimas condições, sujo com detritos, restos de maquinário e peças de veículos, armazenamento de combustível, sem separação para homens e mulheres, nem ventilação e iluminação.

Os médicos incluídos na relação são José Palmiro Da Silva Filho, CRM 830, flagrado com cinco escravos na Fazenda São Clemente, em Cáceres (MT), e Ovídio Octávio Pamplona Lobato, CRM 3236, flagrado com 30 escravos na Fazenda Tartarugas, em Soure (PA). O primeiro assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) acertado com o procurador do trabalho Roberto Portela Mildner, pelo qual se comprometeu a doar R$ 20 mil para o Hospital Bom Samaritano de Cáceres. Em caso de reincidência, o acordo prevê multa de R$ 10 mil por escravo encontrado.  

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Missões empresariais brasileiras aumentaram exportações em US$ 363 milhões este ano

Segundo o coordenador de Imagem e Acesso aos Mercados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Ricardo Santana, a inserção em novos mercados e a consolidação de intercâmbios existentes garantem ao Brasil a posição de “mercado estratégico” no cenário econômico mundial.

“As missões comerciais brasileiras têm sido extremamente positivas. A cada comitiva, o país consolida a dinâmica bilateral do comércio existente ou inicia intercâmbio comercial. Hoje o Brasil se posiciona como mercado atrativo. No passado tínhamos muitas necessidades e hoje temos solução.”

O momento econômico de incertezas em relação à crise faz com que o governo federal se interesse cada vez mais pela prospecção de mercados não tradicionais para ampliar os destinos das exportações brasileiras. A pauta diversificada diminui a dependência das vendas para o exterior em mercados tidos como tradicionais. “Temos sempre que monitorar novos mercados. Não somos os únicos a estar interessados em novos negócios. Tudo está cada vez mais competitivo”, destacou o coordenador.

A Arábia Saudita e os Emirados Árabes são os próximos destinos brasileiros para intensificar a relação comercial. A missão empresarial ocorrerá em fevereiro de 2012. Santana destacou que a linha de consolidação de mercados deve ser seguida no ano que vem. “Vamos colher os frutos deste ano para fortalecer a marca do país e expandir ainda mais os negócios.”

As missões empresariais brasileiras são organizadas pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e das Relações Exteriores e pela Apex-Brasil.

http://dilma.pt/missoes-empresariais-brasileiras-aumentaram-exportacoes-em-us-363-milhoes-este-ano/?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

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Empresa cria barco que utiliza água como combustível
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Luxury MIG675/

A empresa francesa Quimperié criou o novo barco MIG 675, projetado com um gerador de hidrogênio que é o responsável por todo abastecimento elétrico do veículo, o intuito é reduzir a emissão de poluentes e utilização de combustíveis.

A água utilizada para gerar o hidrogênio, que abastece os compartimentos elétricos, também funciona como o combustível utilizado pelo barco que chega a uma velocidade máxima de 113 km/h com um motor de 500 HP.

Essa tecnologia faz com que o veículo seja abastecido conforme for sendo utilizado, além de somente emitir o próprio vapor produzido pela água para a natureza.

Há uma estimativa de que o MIG 675 chegue ao mercado em 2012, custando em torno de US$ 329.000.

veja abaixo o vídeo demonstrativo do novo Luxury MIG 675.


Notícias

Rio+20 deve gerar parcerias para ações concretas, defende economista
cria��o de empregos verdes dever�ser discutida
Criação de empregos verdes será amplamente discutida na Rio+20

O Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (Desa), que gerencia a realização da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), aposta em novas parcerias para projetos concretos, como a criação de empregos verdes. A afirmação é do economista e chefe de comunicação do Desa, Nikhil Chandavarkar. Ele comentou à Rádio ONU, em Nova York, a respeito dos preparativos para a realização da cúpula, marcada para junho de 2012, no Rio de Janeiro.

“O que torna esta conferência concreta, em termos da realidade mundial, são sete temas, entre eles empregos verdes, agricultura e alimento sustentáveis, cidades sustentáveis, oceanos e energia. São temas que afetam o mundo inteiro. Em cada uma dessas áreas, já há muitas iniciativas acontecendo, atualmente, seria talvez uma maneira de levar a novas parcerias, novas iniciativas anunciadas no Rio", projetou o economista.

Nikhil Chandavarkar ressaltou ainda que a diferença entre a Rio+20 e a ECO-92, realizada também no Rio, há 20 anos, é a participação popular.


As Nações Unidas investem na campanha O Futuro que Queremos, lançada em novembro em canais de redes sociais. Por meio da iniciativa, os usuários podem dizer a líderes internacionais o que esperam da Rio+20 e de um futuro sustentável.


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Cooperativismo

Com o objetivo de reduzir o impacto ambiental, o Grupo MIKE estabeleceu com a Cooperlimpo – cooperativa de Bebedouro especializada na coleta de resíduos sólidos – uma parceria de oportunidades e desenvolvimento humano.

Essa parceria resultou em 98,879 toneladas de material reciclável destinados de maneira correta somente no ano de 2011, sendo eles:

TIPOS DE RESÍDUOS
QUANTIDADE (kg)
PERCENTUAL
PAPEL
13.843
14%
PAPELÃO
40.540
41%
PET
13.844
14%
PLÁSTICO FILME
11.865
12%
VIDRO
10.877
11%
ALUMINIO
7.910
8%
TOTAL
98.879
100%


Os resultados são significativos e fazem muita diferença. Apenas na parte ambiental, essa iniciativa contribuiu com a economia de 213.240 litros de água, 116.400 litros de petróleo evitou o corte de 2.134 árvores e ajudou a economizar 543 metros cúbicos de aterro sanitário.

Já na social a coleta seletiva, gera emprego e renda aos cooperados, despertando o empreendedorismo e transformando-os em protagonistas da sua própria história.

ICDH

O Instituto de Compromisso com o Desenvolvimento Humano – ICDH é uma associação sem fins lucrativos que congrega forças de diversas empresas, entidades e pessoas com objetivo de promover o desenvolvimento humano em diversos âmbitos.

Sua finalidade é promover, apoiar, incentivar e patrocinar atividades relacionadas direta ou indiretamente com a educação, formação profissional, cultura, música, informação, esporte, meio ambiente e com o desenvolvimento de tecnologias sociais, especialmente que vise a melhorar as condições de vida da comunidade.

Estas atividades podem ser conduzidas isoladamente ou em parceria com outras instituições sociais, órgãos públicos e empresas.

Notícias

Relação entre Estado e cooperativismo: o papel das entidades representativas no paradigma do Direito Reflexivo.

Mario De Conto, mestre e doutorando em Direito/ Unisinos, gerente jurídico do Sistema Ocergs-Sescoop/RS

A concepção clássica de Estado, compreendido enquanto centro único de poder e de imposição denormativos, passa por profundas transformaçõesna contemporaneidade. As noções clássicas de poder e de soberania, tornadas anacrônicas, não correspondem mais aos atributos de um Estado que necessita adaptar-se, por um lado, aos influxos da globalização e, por outro, à necessidade de diálogocom a sociedade civil. Nesse contexto de mudança e de crise dos modelos tradicionais de representação, novas formas de participação da sociedade civilno processo de produção normativa são os novos desafios das entidades representativas.

Tal fenômeno tem se intensifi cado nos últimos anos, migrando de um sistema de negação da participação da sociedade civil para um momento em que o Estado cria instâncias participativas, oportunizando novos espaços de diálogo com a sociedade. Tal modelo, denominado por Chevallier

Na análise do caso específico da relação entre o cooperativismo e o Estado, o sistema cooperativista, com o advento da Lei 5.764/71, possui o Sistema OCB como seu organismo nacional de representação, a partir de quando iniciou-se a construção de uma política de interlocução com o Estado para o atendimento de suas demandas normativas. Em especial, no que concerne às relações com o Estado do Rio Grande do Sul, verifica-se que o cooperativismo passou, recentemente, por algumas fases bastante peculiares, que perpassam:

(1) pelo reconhecimento do cooperativismo pela
 Lei Estadual 11.995/2003, que define a Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo, foi instituído o Conselho Estadual de Cooperativismo, em cujas atribuições consta, segundo seu art. 4o, I, “coordenar as políticas de apoio ao cooperativismo” e é constituído, segundo seu art. 5o, “por 18 membros efetivos, com representação paritária de órgãos públicos e entidades da sociedade civil organizada;
(2) pela
 Decreto 47.956/2011 que instituiu Grupo de Trabalho para a realização de estudos sobre políticas de cooperativismo rural no Estado do RioGrande do Sul, cujos estudos realizados subsidiaram a elaboração de proposições normativas, de iniciativa do Poder Executivo Estadual, consubstanciados no Projeto de Lei 333/2011 que, entre outros objetivos, cria o Programa de Cooperativismo e no Projeto de Lei 335/2011, que introduz modificações na legislação do Fundopem/RS;
(3) pelo
 Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Rio Grande do Sul e, especificamente na Câmara Temática “Economias do Campo”.
(4) pela participação do sistema cooperativista no

Com efeito, a discussão nesses colegiadosapresenta-se decisiva para o acolhimento, pelo Poder Executivo Estadual, de diversas sugestões no que concerne a proposições legislativas que afetam diretamente o setor, no sentido de seu estímulo e incentivo. Nesse sentido, a interlocução do sistema cooperativo com o Estado gera efetivamente resultados, no sentido da contribuição para a produção de normativos de interesse do setor.

1 de “neocorporativista”, reconhece os movimentos sociais e os integra ao projeto estatal, promovendo o diálogo permanente entre Estado e sociedade civil. Tratam-se de espaços que integram a estrutura do Estado (geralmente como órgãos consultivos vinculados ao poder Executivo), caracterizados pela participação de representantes do Estado e de movimentos sociais.Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, em seu art. 160, como um modelo econômico a ser estimulado, por parte do Estado, considerando-se como instrumento de geração de desenvolvimento econômico e social;

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Cooperativismo

Cooperativas de reciclagem, uma alternativa ao desemprego e à geração de renda.
 
A indústria da reciclagem é o novo motor do emprego e renda no país. Através do reaproveitamento da sucata que chega pelas mãos dos catadores, somente o setor de plásticos gerou 20 mil postos formais de trabalho em quatro anos e faturou R$ 1,8 bilhão. São 780 empresas que reprocessam o plástico e revendem para os fabricantes de brinquedos, acessórios, móveis, material de limpeza, além dos setores automotivo e de eletroeletrônicos. Enquanto o mercado de resina virgem registra crescimento de 30%, o de plástico reciclado chega a 55% no período de 2003 a 2007. Os números da pesquisa do Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida) revelam o potencial do setor, que pode ser impulsionado ainda mais com a ampliação da coleta seletiva do lixo.

São pequenos empreendedores espalhados de Norte a Sul do país que se instalam para reciclar o plástico e revender. A pesquisa da Plastivida mostra que em 2007 foram recicladas 780 mil toneladas de plástico contra apenas 492 mil em 2003. Uma taxa de crescimento anual de 14,6%. No mesmo período, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 3,4%. O preço médio de venda por tonelada para a indústria após o reprocessamento saltou de R$ 1.749 para R$ 2.644 no mesmo período. Sinal de lucratividade do negócio que surfa na onda do desenvolvimento sustentável com respeito ao meio ambiente.

Francisco de Assis Esmeraldo, presidente do Plastivida, está otimista com o crescimento da reciclagem mecânica de plástico no Brasil, cuja taxa média de 21% do consumo pode ser comparada à média de 18,5% da União Européia. Ele aponta alguns fatores que contribuem para boom do setor. Primeiro, a redução dos custos de produção na indústria de bens semiduráveis e duráveis. O plástico reciclado fica entre 5% e 15% mais barato do que o plástico virgem. A qualidade entre o virgem e o reciclado é igual. Outro diferencial é a qualidade e técnica mais apurada usada pelas indústrias de reciclagem de material plástico. "Uma prova é que a indústria automotiva e de eletroletrônicos já começa a usar o reciclado", cita.

Em Pernambuco, a Frompet Indústria e Comércio Importação e Exportação entrou no mercado de reciclagem de plástico há cinco anos. Reprocessa mais de 1.000 toneladas de plástico por mês, o que equivale ao faturamento de cerca de R$ 1 milhão. A empresa prioriza as garrafas de PET e compra o produto das cooperativas e associações de catadores de lixo. A diretora sócio-ambiental da empresa, Maria Botelho, coordena as ações de apoio aos catadores, através da doação de equipamentos e da formação de mão-de-obra. Segundo ela já foram doadas doze prensas - equipamento fundamental para a prensagem do plástico usado - e são oferecidos cursos de capacitação.

Maioria de mulheres

Além dos empregos formais, a cadeia da reciclagem gera emprego e renda para os catadores. Em todo o país são 550 mil e perto de 6 mil na Região Metropolitana do Recife (RMR) que tiram o sustento do lixo. Na cooperativa dos catadores profissionais do Recife (Pró Recife), 41 pessoas, majoritariamente mulheres, sobrevivem da renda que ganha com a venda dos produtos para reciclagem. O trabalho durante oito horas no galpão onde é separado o lixo coletado nas ruas e prédios da Zona Sul da cidade é duro, mas gratificante. Para quem está desempregado, a renda mensal entre R$ 350 e R$ 415 é bem-vinda.

Ainda mais quando é dada a oportunidade que pode mudar uma vida. É o caso da catadora Edvânia de Souza Andrade, 19 anos, que terminou o ensino médio e conseguiu uma bolsa para fazer vestibular e cursar administração numa faculdade privada. "É a chance da minha vida. Estava procurando emprego e conheci uma pessoa na rua que me chamou para trabalhar aqui. Estou satisfeita", diz. "Na rua é dureza, mas vale a pena porque consegui o meu objetivo que é estudar", comemora. O presidente da cooperativa, José Cardoso, explica que a bolsa é uma doação de uma instituição para apoiar a qualificação dos catadores.

Roberta Pessoa tem 34 anos e desde os sete trabalha como catadora. Ela conta que no começo foi difícil porque os catadores vendiam para os atravessadores e ganhavam pouco. Agora sem a intermediação - a cooperativa vende direto às fábricas - a renda dos catadores melhorou.

Chefe de família, Maria José da Silva, 27 anos entrou na cooperativa depois que ficou desempregada há dois anos não conseguia trabalho. Com três filhos para criar, ela decidiu ser catadora. Dependendo do movimento e das venda Maria José tira por semana entre R$ 50 e R$ 100. "Gosto do que faço aqui. Separo o material e levo para a prensa, mas também vou para a rua. Dá para sustentar os meus filhos", diz.

Reciclagem de plásticos

 
São 780 empresas recicladorasR$ 1,8 bilhão é o faturamento bruto

R$ 2.644 é o preço médio de venda por tonelada

1,5 milhão de toneladas é a capacidade instalada

20 mil postos de trabalho diretos

962.566 toneladas são recicladas

Sudeste lidera com 577.540 toneladas (60%)

Nordeste vem em terceiro com 115.508 toneladas (12%)

14,6% é a taxa de crescimento anual da indústria

Dos 5.564 municípios somente 7% contam com coleta seletiva


Fonte - Pesquisa Monitoramento dos Índices de Reciclagem de Plástico/Plastivida

Cooperativismo

EUA: Banker Transfer Day leva 210 mil novos para as cooperativas de crédito.

A CUNA (Associação Nacional das Cooperativas de Crédito), órgão do cooperativismo norte-americano, divulgou a informação de que durante o período chamado de Bank Transfer Day 210 mil pessoas associaram-se às Cooperativas de Crédito nos EUA. Além disto foram abertas 400 mil novas contas correntes neste período.

Os dados foram divulgados na internet (link) com base nas informações repassadas pelas cooperativas de crédito.
O movimento chamado Bank Transfer Day ocorreu no dia 05/11/2011, e foi desencadeado por um negociante de arte após o Bank Of America divulgar que iria cobrar US$ 5,00 por mês de seus usuários de cartão de crédito. O movimento ganhou força através das mídias sociais e fez inclusive que o Bank of America revisse sua decisão. A essência do movimento era o incentivo de que as pessoas encerrassem suas contas correntes em bancos e transferissem os recursos para uma cooperativa de crédito.

Fonte: Credit Union Times

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Comissão do Senado aprova exclusão de juros sobre o capital próprio da base de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins.

Aprovada em caráter terminativo, sem necessidade de votação pelo plenário do Senado, a matéria segue agora para a apreciação da Câmara dos Deputados.

Projeto aprovado hoje (13) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado prevê que os juros recebidos ou creditados, a título de remuneração do capital próprio, poderão ser excluídos da base de cálculo da contribuição para os programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e também da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

O relator da matéria, senador Eduardo Suplicy (PT-SP), apresentou parecer pela rejeição, mas a maioria dos membros do colegiado votou pela aprovação do projeto, de autoria do senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Com isso, o senador Cyro Miranda (PSDB-GO) foi designado para elaborar um novo relatório pela aprovação.

Em sua justificativa para a apresentação da proposta, Raupp argumentou que a doutrina do direito tributário identificou, nos juros sobre o capital próprio, a natureza de lucro ou dividendo. Por essa razão, justifica-se a exclusão dos juros sobre o capital próprio da base de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins, como já ocorre com os lucros e dividendos.

Aprovada em caráter terminativo, sem necessidade de votação pelo plenário do Senado, a matéria segue agora para a apreciação da Câmara dos Deputados.

Fonte: Agência Brasil, por Ivan Richard

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Agricultura familiar fatura R$ 1,4 bilhões em oleaginosas para biodiesel.

O Programa Nacional de Uso e Produção do Biodiesel (PNPB) fecha 2011 com números expressivos para a agricultura familiar. A estimativa é de que o ano termine com R$ 1,4 bilhão em faturamento da agricultura familiar em vendas de oleaginosas para as usinas de biodiesel. O valor representa um crescimento de 32% em relação ao ano de 2010 (com faturamento de R$ 1,058 bilhão). A aquisição de matéria prima do combustível (grãos e óleos) atingiu R$ 1,15 bilhão nos três primeiros trimestres deste ano.

Mercado institucional

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), por seu turno, beneficiou cerca de 204 mil agricultores familiares. Para este ano, o orçamento disponibilizado pelo Governo Federal para o PAA chegou a R$ 793 milhões, que corresponde a R$ 138 milhões a mais do que o disponibilizado em 2010. Neste final de 2011, cerca de 364 mil agricultores familiares participam do programa.

Em 2011, foram disponibilizados Rid="mce_marker" bilhão para a a aquisição de produtos da agricultura familiar para atender à alimentação escolar no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Além disso, o Projeto Nutre consolidou suas ações na região Nordeste, com a metodologia de ATER que atua com as organizações econômicas da agricultura familiar e com os gestores dos municípios para garantir a execução da Lei da Alimentação Escolar. Este ano essa metodologia foi implantada nos estados do Pará, de São Paulo, do Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

A Lei da Alimentação Escolar determina que no mínimo 30% dos recursos repassados pelo FNDE no âmbito do PNAE deverão ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações.

Fonte: MDA

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Material eletrônico tem destinação correta

Analista de informática João Batista aposta em uma ideia inovadora, com empresa de reciclagem de material eletrônico.

A logística reversa consiste em extrair de bens já utilizados insumos para a produção de novos produtos. Essa é a técnica adotada pelo analista de informática João Batista de Barros, 53 anos, para reciclar material eletrônico. O empresário criou a empresa DIOXL em 2009 e contou com a ajuda do Sebrae no DF para colocar a ideia em prática. Em menos de três anos de existência, o negócio já começa a se expandir.
A empresa que, no início, reciclava apenas as partes de ferro e plástico, já começa a dedicar-se a placas de memória e processadores. "Vamos dar início à nova fase em janeiro. Já temos 12 toneladas de material estocado. O ideal é processar oito toneladas por mês", explica João.

Por meio da logística reversa, a DIOXL extrai, além do plástico e do ferro, substâncias poluentes como manganês, zinco e cloreto de amônia de equipamentos obsoletos. Essas substâncias podem ser utilizadas na produção de outros produtos. "São materiais muitos pesados que, se não tiverem a destinação adequada, contaminam o meio ambiente, principalmente o lençol freático", alerta o empreendedor.
João teve a ideia de abrir a empresa após assistir uma palestra sobre os problemas ambientais provocados pelo lixo eletrônico quando terminou o curso de tecnólogo em redes. "A minha monografia foi focada no tratamento de resíduos eletrônicos pelo processo de reverter a matéria prima de um equipamento usado em insumo para outra máquina", reitera.
O trabalho passou pela banca do curso, mas João não se deu por satisfeito. Apresentou a ideia ao Sebrae no DF que avaliou a possibilidade de execução do projeto. Depois, recorreu de novo à instituição para elaborar o plano de negócios da empresa. "Foi o Sebrae também que ajudou a fazermos o registro da empresa e nos incentivou a alugar um espaço físico para a empresa que, antes, funcionava virtualmente e em salas compartilhadas", lembra João. Hoje, a DIOXL realiza a reciclagem dos produtos em um galpão alugado em Ceilândia.

"No começo foi tudo muito difícil. Não tínhamos recursos financeiros e nem parâmetros para estruturar a empresa e dar início às atividades de reciclagem. Graças ao apoio do Sebrae conseguimos levar a ideia inovadora adiante", conta. Atualmente, a empresa tem parcerias com cooperativas de material reciclado e conta com a ajuda de professores das universidades de Brasília e Federal do Rio Grande do Sul para dar início à reciclagem de circuitos internos de eletrônicos.
Fonte: Agência Sebrae [Foto: Coletivo Verde]


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Cooperativismo

Mais vitórias para o cooperativismo


OCB
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) alcançou bons resultados em 2011, nas principais articulações feitas no Congresso Nacional em defesa do setor. O trabalho realizado em conjunto com a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) resultou na aprovação do novo Código Florestal e no Projeto de Lei 40/2011, que dá o acesso das cooperativas de crédito aos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), no Senado Federal. No próximo ano, o foco é conseguir a validação dos dois textos na Câmara dos Deputados e a sanção presidencial.

“É fato que não podemos mais continuar como estamos. Precisamos devolver aos produtores a sensação de segurança e tirar da ilegalidade grande parte das propriedades rurais brasileiras. Aprovar o novo Código Florestal significa definir uma legislação que seja realmente conectada à realidade do nosso país e consiga contemplar a continuidade da produção com a preservação do meio ambiente”, ressalta o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

O acesso das cooperativas de crédito aos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) é outra conquista que deve ser destacada. “A proposição foi apresentada em fevereiro pela senadora Ana Amélia e, não há dúvida, de que o comprometimento dos parlamentares membros da frente foi determinante para que a tramitação fosse célere”, comenta Freitas. Já o o gerente do ramo crédito da OCB, Sílvio Giusti, enfatiza que a capilaridade do segmento na distribuição de recursos beneficiará um número maior de pessoas. “Isso se evidencia quando avaliamos os índices de acesso ao crédito rural do último ano. Em 2010, as cooperativas responderam por 19% dos contratos de custeio”. Ele ainda chama a atenção para o ganho na dinâmica e agilidade do processo.

Este ano, no início da nova legislatura, a OCB iniciou o projeto de Apoio às atividades da Frencoop, dando ênfase ao desenvolvimento e ao fortalecimento da frente no Congresso. A entidade também atuou no estímulo à criação de Frencoops estaduais e municipais, a partir do Programa Brasil Cooperativo. Ao todo, são 11 Frencoops estaduais espalhadas por quatro regiões do país e 78 municipais instaladas nas Câmaras de Vereadores.

Frencoop

Hoje, a Frencoop é composta por 255 parlamentares, sendo 224 deputados e 31 senadores. De acordo com pesquisa realizada no Congresso Nacional sobre temas referentes ao cooperativismo, ¼ dos deputados são associados a cooperativas e, portanto, possuem uma visão positiva da prática cooperativista. Todo esse esforço tem se concretizado na definição de marcos regulatórios determinantes para o cooperativismo. A meta é intensificar as ações e continuar trabalhando para garantir um ambiente político e legal favorável para o crescimento do setor.

Fonte: Federalcred Central

sábado, 24 de dezembro de 2011

Notícias

Cenário de preços reduzidos e crescimento para 2012

Carta de Conjuntura apresenta e analisa dados do terceiro trimestre de 2011 e faz projeções para o próximo ano

A inflação está controlada no Brasil, uma boa notícia, apesar de seus vilões frequentes: os preços de serviços (como água, luz, gás) e transportes, por conta da contaminação do aumento do preço dos combustíveis, ocorrido em trimestres anteriores. “É apenas um reflexo da política monetária corretamente adotada anteriormente”, afirmou Roberto Messenberg, coordenador do Grupo de Análises e Previsões do Ipea, durante a apresentação da 15ª Carta de Conjuntura, na última quinta-feira, 15, no Rio de Janeiro. A outra boa notícia presente no documento é a desaceleração do repasse da alta dos preços no atacado aos preços ao consumidor. Tudo indica que nos próximos meses ocorrerá uma desinflação, por conta das políticas adotadas pelo Banco Central na atual gestão.

Apesar dos dados divulgados recentemente pelo IBGE – Produto Interno Bruto (PIB) com crescimento nulo entre o segundo e o terceiro trimestres de 2011 –, o Brasil apresentou crescimento positivo e dentro do esperado ao longo do ano. “Mesmo que este último trimestre apresente crescimento zero, na média anual o crescimento seria da ordem de 2,8% a 3,0%, mas esperamos chegar aos 3,3%”, disse o economista Leonardo Carvalho, membro do GAP e um dos colaboradores da Carta de Conjuntura.

O resultado do PIB no terceiro trimestre, o pior desde o primeiro trimestre de 2009, significou uma forte desaceleração em relação ao período imediatamente anterior, quando o mesmo havia crescido 0,7%. As medidas macroprudenciais adotadas em dezembro de 2010 tinham como principal objetivo conter o ritmo de crescimento da economia, diagnosticado como excessivo, diante da deterioração da inflação e do cenário favorável no mercado de trabalho – com a manutenção do rendimento médio real em patamares elevados e dos baixos níveis de desocupação registrados.


Entre o terceiro e o segundo trimestres de 2011, a contenção do ritmo de crescimento da atividade econômica atingiu, principalmente, a indústria (-0,9%) e, secundariamente, o setor de serviços (-0,3). A agricultura, por sua vez, foi o único setor a registrar crescimento positivo (+3,2%), em função do aumento do acesso ao crédito no terceiro trimestre.

Desalinhamento
Segundo Messenberg, a crítica à atual política econômica se deve à histórica falta de alinhamento entre as políticas fiscal e monetária. Numa perspectiva histórica, declarou o coordenador, “o Plano Real foi uma boa tacada, mas deixou sequelas que sofremos até hoje”. Messenberg fez uma comparação da política econômica do governo Fernando Henrique Cardoso com a trajetória do personagem de Paul Newman no filme The Hustler (Desafios à Corrupção), do cineasta norte-americano Robert Rossen. “Tínhamos, então, uma política econômica sem personalidade. O personagem do filme, como a política econômica daqueles anos, torna-se um grande jogador internacional, mas sem crescimento – no caso do Brasil, econômico, e no caso do personagem, emocional.”

O desenvolvimento econômico no Brasil só ocorreu de fato, segundo Messenberg, após as políticas adotadas durante o governo Lula, e que se estendem até hoje, com o governo atual, principalmente com gestão do Banco Central. Nesse sentido, acrescentou, “a política econômica não deve olhar só para as metas de inflação, mas fazer como se faz hoje, analisar as trajetórias dos preços dos ativos, da inflação, do emprego, dos níveis do crédito e de atividade, entre outras variáveis.” De acordo com o coordenador, “ainda levará tempo para que a política fiscal ajuste-se à condução da monetária, mas estamos no caminho correto e não há nada nele que possa assustar os trabalhadores ou os consumidores”.

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Parceria do Brasil com a África é foco de estudo
Relatório foi lançado nesta terça-feira, em Brasília, por especialistas do Ipea, MRE, Banco Mundial e UnB

Para analisar a crescente participação política e econômica do Brasil em vários países africanos, principalmente os subsaarianos, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) desenvolveu, em Parceria com o Banco Mundial (BM), o relatório Ponte sobre o Atlântico – Brasil e África Subsaariana: parceria Sul-Sul para o crescimento, lançado nesta terça-feira, 13, na sede do Instituto, em Brasília. O documento representa, de acordo com o diretor de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais (Dinte), Marcos Cintra, o esforço pra se tentar entender as inúmeras relações entre Brasil e África (cooperação, política externa, investimento e comércio).

O ministro Marco Farani, diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores (MRE), afirmou que o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, estabeleceu acordo de cooperação financeira com países daquele continente, para que eles possam solicitar empréstimos, com juros de aproximadamente 2% ao ano, para a compra de mini tratores voltados à agricultura familiar. “A cooperação brasileira se dá no campo da capacitação técnica. O Brasil quer ter papel importante também no campo da cooperação financeira”, apontou.

Desafios

Farani considerou que a relação com a África transcende a cooperação técnica e que a priorização da região sul do continente vem ocasionando a abertura de novas oportunidades comerciais e investimentos. “Lula, durante o período de sua presidência, viu que o Sul será importante para desenvolver relação política e discurso mais uniforme, e o Brasil tem um papel importante na construção de uma agenda internacional nessa perspectiva”, disse.

A ABC tem procurado qualificar a sua cooperação nessas duas áreas (técnica e financeira). “Isso não se dá por escolha, mas porque o Brasil não tem ainda uma agência estruturada, assim o trabalho fica ao sabor do movimento política; o segundo ponto é pelo nosso orçamento, muito pequeno, e não podemos nos lançar em projetos que financiem projetos de maior assistência, mais estruturantes.

Ele garante que se esses atuais obstáculos forem resolvidos isso, o Brasil poderá trabalhar de forma mais efetiva. “O que fazemos hoje é muito bom, mas os resultados são de longo prazo. Poderíamos fazer muito mais se o Brasil tivesse uma visão mais clara de como trabalhar no campo da cooperação internacional”, alertou.

Outro ponto importante elencado pelo ministro é que se o Brasil mostrar ainda mais engajado nos processos de cooperação internacional, países desenvolvidos que dispõem de recursos podem se interessar e colaborar. “Gostaria que o BM fizesse novo relatório em cerca de três anos, para analisar se as coisas avançaram, pois o estudo vai nos ajudar a ter clareza sobre o futuro”, afirmou. Em 2010, concluiu ele, o Brasil gastou 0,04% do PIB em cooperação internacional e precisa fazer crescer essa parcela de contribuição com a comunidade internacional.

Elos

Tânia Malinski, do Departamento da África do MRE, ressaltou que o continente é uma área geográfica de permanente interesse para o país. “O período colonial nos uniu de forma trágica e isso ainda nos une, portanto, temos o desafio de superar as marcas da escravidão, que ainda se fazem sentir”, iniciou. Ela lembrou que a migração maciça involuntária de africanos nos faz o segundo maior país em descendência africana.

O que une essas duas margens do Atlântico Sul na política internacional, de acordo com Tânia, são fatos emblemáticos, como o apoio do Brasil aos processos de emancipação política dos países africanos; o esforço conjunto na superação do subdesenvolvimento; o Brasil ter condenado o regime de apartheid na África do Sul; e por fim, o movimento importante das décadas de 1960 e 70 para se tentar conferir mais dinamismo na relação Brasil-África.

Os interesses mútuos dessa parceria são a agricultura tropical e familiar, agroexportação, reaparelhamento de hospitais, combate à malária, à AIDS e à anemia falciforme, diversificação do comércio, interconectividade por rotas marítimas e aéreas.

Já o grande interesse convergente destacado por Tânia é o trabalho político para tornar os países do Hemisfério Sul mais presentes e estruturados na política internacional, “na advocacia por uma nova ordem mundial”.

Quem também participou da cerimônia de lançamento do relatório foram: o coordenador geral de Operação do Banco Mundial, Boris Utria; Keith Martin, Susana Carrillo e Eduarda Hamann, integrantes do BM envolvidos na elaboração do documento; a técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Fernanda Lira Goes e o professor da Universidade de Brasília, José Flávio Sombra Saraiva, ambos também participantes da equipe.

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Estudo confirma que desenvolvimento baiano avança nos Objetivos do Milênio

Fonte: SECOM / BA

O primeiro Relatório de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) na Bahia, trabalho que apresenta o desempenho do estado em relação aos oito objetivos do milênio estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2015, foi lançado no Hotel Golden Tulip, em Salvador, nesta segunda-feira (19), pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan). O relatório está disponível para download na internet.

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A SEI levantou 70 indicadores para acompanhar o desempenho do estado quanto ao cumprimento dos oito objetivos e 18 metas dos ODM. O estudo aponta que a Bahia avança no cumprimento do compromisso. Dois exemplos são a redução da pobreza, objetivo número um, cujo indicador até 2008 já havia caído para menos de um quarto do observado em 1990, e a redução da mortalidade infantil para crianças até cinco anos, indicador traçado pela ONU que na Bahia, em 1990, estava em 60 por mil e agora é de 21 a cada mil crianças.

O trabalho é coordenado nacionalmente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que, além da Bahia, conta com a parceria de mais dez estados. O documento realizado pela SEI foi apresentado para gestores governamentais e sociedade civil em forma de relatório, dividido em oito capítulos correspondentes ao monitoramento das metas de cada um dos oito objetivos.

Segundo o secretário nacional de Estudos e Políticas Institucionais da Secretaria Geral da Presidência da República, Wagner Caetano, a Bahia, como o Brasil, melhorou muito os seus indicadores nos últimos anos, por meio de políticas públicas de educação, saúde, nas questões ambientais e no combate à fome. “Mas a Bahia evoluiu mais rápido. Enquanto o Brasil melhorou bastante seus indicadores, o Nordeste, especialmente a Bahia, alcançou indicadores chineses, entre os melhores do mundo”.

Para Caetano, esse avanço é muito importante, porque a desigualdade no país é muito grande. “Então é preciso que os estados do Nordeste e do Norte cresçam mais do que os outros, porque sempre cresceram menos. E isso é o que vai tornando o Brasil mais igual. Nesse sentido, a Bahia é um exemplo para o restante do país”.

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Caetano explicou que o sucesso da Bahia é o resultado, primeiro, de um compromisso com as políticas sociais, demonstrado nos últimos anos. “Segundo, é saber fazer o diagnóstico correto – quais são verdadeiramente os nossos problemas e quais são as políticas para corrigi-los. Esse diagnóstico e a decisão política de se combater as desigualdades e a pobreza são essenciais, porque é à luz desses compromissos que a gente trabalha no dia-a-dia”.

Ainda de acordo com o secretário, o Brasil já produziu quatro relatórios nos últimos quatro anos. “Quando a Bahia produz o seu primeiro relatório mostra que o país está no caminho certo. É importante que cada um dos 27 estados tenha o seu relatório, vamos poder identificar os reais problemas de cada um e trabalhar as políticas públicas para essas especificidades de cada região. A iniciativa é extraordinária para se reduzir a miséria e as desigualdades”.

Inclusão social é marcante na Bahia
Para o secretário estadual do Planejamento, Zezéu Ribeiro, os principais desafios vividos hoje pela Bahia estão nas áreas históricas – saúde, educação, segurança –, onde as necessidades públicas são mais efetivas. “O processo que o Brasil todo vivenciou e que a Bahia tem um traço marcante é o da inclusão. Temos o programa Viver Melhor, de inclusão produtiva, que promove a desconcentração de renda para que seja possível criar um mercado interno e um círculo virtuoso de desenvolvimento efetivo com sustentabilidade”.
O superintendente da SEI, Geraldo Reis, disse que, de uma forma geral, as políticas de transferência de renda e as ações de caráter social que atingem o interior do estado, como o programa Água para Todos, outros trabalhos de inclusão produtiva e as ações nas áreas de saúde e educação, contribuem para que o estado se aproxime das metas do milênio.

O coordenador de Pesquisas Sociais da SEI, Armando Castro, responsável pelo projeto no estado, ressaltou que o relatório traz um panorama de como está a Bahia, por meio de gráficos, tabelas, com todos os indicadores pensados pela ONU e outros indicadores adicionais. “O relatório vai ajudar não só na avaliação, mas vai apontar as áreas mais carentes, onde há entraves sociais consideráveis, que é onde devem ser aplicadas com mais cuidado as políticas públicas”.

O secretário da Educação, Osvaldo Barreto, informou que a meta de universalização da educação básica na Bahia está praticamente atingida. “O governo aceitou o desafio e está desenvolvendo projetos importantes nessa área. O ensino médio com intermediação tecnológica, dirigido à população do campo, por exemplo, hoje se encontra com 16 mil alunos. Outros 3,65 mil jovens concluíram o ensino este ano, através desse projeto, além dos programas de colaboração com os municípios”.

De acordo com Barreto, o Pacto com os Municípios envolve 329 cidades e pretende assegurar que toda a criança que entre nas redes de educação, tanto dos municípios como do estado, esteja plenamente alfabetizada e letrada até os oito anos. “Já estamos atingindo a meta quantitativa. O grande desafio agora é buscar a qualidade, evitar a repetência, a reprovação, corrigir as distorções idade/série e possibilitar que nossas crianças tenham um percurso normal nas nossas redes de educação”.

Na opinião do secretário de Promoção da Igualdade Racial, Elias Sampaio, todos os objetivos do milênio têm espaço para que a questão da igualdade racial seja incluída. “A discussão sobre as desigualdades de raça deve ser tratada de forma transversal. Se você verificar no relatório, as três primeiras metas já incorporam a questão racial como um dos elementos que estão sendo observados e intrínsecos às ações para que se possa alcançar os objetivos do milênio”.

Os objetivos do milênio são: acabar com a fome e a miséria, educação básica de qualidade para todos, igualdade entre os sexos e valorização da mulher, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde das gestantes, combater a Aids, a malária e outras doenças, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente e todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento.

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SIPS revela percepção do brasileiro sobre a pobreza
Para brasileiros, desemprego e falta de acesso à educação são principais causas da pobreza.


Para a maior parte da população brasileira, desemprego e falta de acesso à educação são as principais causas da pobreza. Essa constatação está no Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS): Assistência Social - percepção sobre a pobreza: causas e soluções, divulgado nesta quarta-feira, 21, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O SIPS ouviu 3.796 pessoas em todo o país, entre os dias 08 e 29 de agosto deste ano, sobre causas da pobreza e possíveis soluções. As opiniões colhidas mostraram ainda se os brasileiros percebem ou não uma redução nos níveis de pobreza nos últimos anos e como eles classificam a importância deste problema em relação a outros como violência, desemprego, educação, saúde, etc.

O desemprego foi apontado por 29,4% dos entrevistados como o fator que mais influencia os níveis de pobreza, seguido pelo item educação sem qualidade/acesso ao ensino, com 18,4%. Outras causas muito citadas foram corrupção (16,8%) e má distribuição de renda (12%).

“As razões apontadas pela população indicam que existe a percepção de que o problema da pobreza é estrutural e não uma questão individual, apenas 2,8% dos entrevistados mostraram acreditar que as pessoas são pobres por preguiça ou comodismo”, analisou Jorge Abrahão de Castro, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea.

Violência e saúde

O SIPS revelou ainda que fome e pobreza não são consideradas os principais problemas do país. Os entrevistados pela pesquisa indicaram violência/insegurança e saúde como preocupações que mais os afligem (23% e 22,3%, respectivamente). Apenas 6% apontaram pobreza/fome.

Essa percepção, no entanto, variou de acordo com a renda. Entre os mais pobres, saúde e violência continuaram com os mais importantes, e a pobreza teve 7,5% das indicações. Nas faixas mais ricas, a corrupção foi mais citada, e a pobreza teve referências residuais.

O diretor do Ipea acredita que a redução dos níveis de pobreza nos últimos anos contribui para a menor percepção dela como problema nacional. “Essa questão perdeu importância relativa em função do aumento do poder aquisitivo do assalariado e dos programas sociais, tivemos um crescimento recente que gerou muitos empregos e reduziu a desigualdade”.

De acordo com a pesquisa, 41,4% dos brasileiros acreditam que a pobreza teve uma redução nos últimos anos, enquanto 29,7% creem que houve aumento. Para os entrevistados, pode ser considerada pobre uma família com renda familiar per capita inferior a R$ 523,00, valor próximo ao salário mínimo atual (R$545,00).

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Economia Solidária

Campanha: Somos contra Cisternas de Plástico!


Por José Carlos Zanetti*

Senhores eleitos pelo povo e pelo povo observador,

Olhem só na lista abaixo o tamanho do absurdo conflito provocado pelo gestor governamental de plantão, ao desprezar a pedagogia de um dos mais exitosos programas públicos tocados pela formidável rede social - uma verdadeira teia de pequenas e grandes articulações coordenadas pela ASA. Um programa que, inclusive, recebeu de Lula - centenas de milhares de cisternas depois - o Prêmio Direitos Humanos. Agora desprezado em nome de "metas" e ainda reverberando o charmoso termo "segurança hídrica", injustamente menosprezando quem mostrou o caminho. Cabeça arrogante de quem prefere apoiar-se no milagre corporativo de empresas de ocasião.

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Será que neste caso valerá a experiência mínima de 3 anos no "negócio" das cisternas? Não se trata, no âmbito da ASA, de grupos institucionalizados tratando de proteger "reserva de mercado", mas de quem inventou, construiu e protagonizou socialmente uma estratégia local de convivência com o semiárido, e hoje em pleno estado de mobilização social. Por traz de cada associação ou cooperativa, sindicato ou federação, grupos de famílias ou de cada liderança comunitária, existe em comum um projeto de sociedade, de um novo "bem viver", de eleitores-cidadãos que pela tradição na educação popular ou internetemente ao conquistarem sua inclusão digital, darão seu troco no processo da luta política.

A miopia é tanta, que o esperto estrategista desta alternativa de cisternas plásticas (que poderia ser testada concomitantemente ao comprovado e mais barato sistema de placas, e até mesmo experimentando a inovação tecnológica em pilotos com empresas do ramo, sem tirar o protagonismo e a comprovada competência da ASA), não se dá conta do quanto está perdendo politicamente ao se desgastar com atores politicamente maduros, calejados por anos de tinhosa luta sertaneja em defesa de um Nordeste que já está dando certo - porque mais justo, democrático e sustentável.

Que o momento natalino ilumine no govenante o exercício da humildade, que antes de empinar o nariz, de se portar como juiz, aceite-se aprendiz.

A campanha lançada nacionalmente em novembro pela Articulação do Semiárido (Asa Brasil) tem o objetivo de alertar a sociedade brasileira sobre o impacto e efeitos negativos da disseminação de cisternas produzidas com plástico/PVC para o fortalecimento da estratégia de convivência com o Semiárido, no qual as organizações que fazem a articulação têm investido seus esforços nos últimos anos.

A Cáritas Brasileira é uma das instituições que atuam junto a Asa Brasil.