sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Cooperativismo

COCAMAR: Cooperativa aposta em gestão profissional
COCAMAR: Cooperativa aposta em gestão profissional
Foto: Divulgação
Uma das mais importantes cooperativas agropecuárias do país, a Cocamar, com sede em Maringá (PR), promoveu alterações em sua estrutura de gestão e implementou práticas de governança corporativa. As mudanças, que vinham sendo debatidas pelos cooperados desde o ano passado, foram oficializadas em assembleia realizada ontem. Conforme Luiz Lourenço, presidente da Cocamar, o objetivo é tentar resolver "um problema" do cooperativismo brasileiro, calcado em "líderes carismáticos". "Tomamos a decisão de mudar a estrutura administrativa para permitir que as sucessões sejam tranquilas, sem solavancos e ou disputas de poder", afirmou ele, à frente da Cocamar há 23 anos. 

Diretoria executiva - Para despersonalizar a gestão, a opção foi criar uma diretoria executiva, que ficará subordinada a um conselho de administração. Lourenço passará a presidir esse conselho, que será formado por 15 membros com mandato de quatro anos. Já a diretoria executiva, formada por profissionais contratados, terá à frente o atual vice-presidente José Fernandes Jardim Júnior. A seu lado estarão dois vice-presidentes: Divanir Higino da Silva, atual diretor-secretário, e José Cícero Aderaldo, que hoje responde pela superintendência de negócios. A ideia é que esses executivos fiquem responsáveis pelo dia a dia da administração, deixando o conselho dedicado a questões políticas e estratégicas. 

‘Experts’ - "Com o nível de complexidade do mercado hoje, não dá mais para que um cooperado assuma a direção da cooperativa. Precisamos de 'experts'", disse Lourenço. Ele afirmou que não há a pretensão de fazer da Cocamar uma S/A, a exemplo do que fez a cooperativa mineira Itambé no fim de 2012. 

A cooperativa - Fundada há 51 anos, a Cocamar conta com 12 mil associados e prevê faturar R$ 2,9 bilhões este ano, quase 10% mais que em 2013. O investimento prioritário em 2014 é na modernização da armazenagem: estão sendo aplicados R$ 200 milhões para ampliar em 150 mil toneladas a capacidade de estocagem, para 1,2 milhão de toneladas, além de melhorias na descarga de caminhões e nas estruturas de secagem de grãos. 

Tendência - Nos cálculos da Ocepar, organização que representa as cooperativas do Paraná, há 22 dessas instituições no Estado com faturamento anual superior a R$ 1 bilhão e o crescimento médio na última década foi de 12,5% ao ano. "Isso mostra que são grandes empresas, e aprimorar a gestão é uma condição necessária", afirmou João Paulo Koslovski, presidente da entidade. Para ele, a mudança promovida pela Cocamar deve se tornar uma tendência. "Podem surgir outros modelos de sucesso, mas o importante é não perder a identidade da cooperativa", concluiu Koslovski. 

Fonte: Valor em 07/02/2014

Cooperativismo

Maior cooperativa do país prevê quebra de safra de soja
Maior cooperativa do país prevê quebra de safra de soja
Soja: Coamo deve receber cerca de 5 por cento da safra brasileira de soja em 2013/14, ou 4,2. Foto: Scott Olson/Getty Images
A seca das últimas semanas vai provocar perdas em áreas de soja cultivas por cooperados da Coamo, maior cooperativa agrícola do país, com sede em Campo Mourão, no Paraná, disse o presidente da entidade. 

"Temos aí uma seca grave. Então tem uma quebra", afirmou o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini. 

A cooperativa tem forte atuação no Paraná, mas também opera unidades de recebimento de grãos em Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. 

Sozinha, a entidade deve receber cerca de 5 por cento da safra brasileira de soja em 2013/14, ou 4,2 milhões de toneladas em uma colheita nacional de 90 milhões de toneladas. A estimativa foi feita ainda sem considerar efeitos do clima nas últimas semanas. 

Segundo Gallassini, a estimativa inicial era de que os cooperados da Coamo conseguissem colher em média 62 sacas por hectare, contra a média nacional de 51 sacas. 

"Se chovesse hoje --e não vai chover-- é uma quebra. Se chover daqui 10 dias, aí a coisa é violenta. Precisamos esperar para ver", disse o executivo. 

A Somar Meteorologia disse nesta sexta-feira que o bloqueio atmosférico que impede a entrada de frentes frias chuvosas no Sul e Sudeste do país vai deixar de atuar em cerca de 10 dias, a partir de 17 de fevereiro. 

"E não é tanto a falta de umidade como é o excesso de temperatura que prejudica a soja", disse ele. 

A temperatura ideal para a oleaginosa é abaixo de 33 graus, segundo Gallassini, engenheiro agrônomo de formação. 

Em todos os dias de fevereiro as temperaturas máximas de Campo Mourão, por exemplo, ficaram acima de 33 graus, segundo a Somar Meteorologia. 

"Acima de 33 graus, a soja quase 'cozinha'. O grão que está se formando, que precisa de muita água, fica miúdo, esverdeado, perde peso." 

Safrinha 

Apesar de a falta de chuvas, neste momento, dificultar o plantio da safra de inverno de milho, Gallassini acredita que até o final de fevereiro a situação esteja normalizada e que toda a área projetada por seus cooperados e para o Paraná seja semeada. 

O plantio do chamado milho "safrinha" pelos cooperados da Coamo deve atingir 1,068 milhão de hectares este ano, alta de 15 por cento ante 2013. Estes produtores estão na contramão da média do Paraná, onde o governo do Estado projeta uma queda geral de 11 por cento no plantio. 

"Se chover nos próximos dias, planta tudo que estava previsto, ainda em fevereiro. O produtor tem semente, tem adubo. Está tudo 'em casa'", disse o presidente da cooperativa. 

Para o plantio de uma segunda safra de soja, Gallassini não vê intenção dos cooperados de aumentar a área na comparação com anos anteriores. 

"Na nossa região, é pouco. Sempre recebemos um pouco, mas o pessoal prefere o milho safrinha." Ele cita a janela do vazio sanitário --que obriga o plantio da soja safrinha em fevereiro, para ser colhida antes do prazo legal de 15 de junho-- e o risco de geadas no inverno como fatores que restringem a aposta neste tipo de cultivo. 

O plantio de duas safras consecutivas de soja numa mesma área, na mesma temporada, é desaconselhado por especialistas porque ajuda na manutenção da população de pragas, mas vem sendo visto como alternativa por alguns produtores uma vez que o milho registra rentabilidade muito mais baixa que a soja, atualmente. 

A Secretaria de Agricultura do Paraná estima que a soja safrinha vai ganhar 25 por cento de área este ano, atingindo cerca de 100 mil hectares.

Fonte: Gustavo Bonato/Reuters em 07/02/2014

Cooperativismo

Unicred João Pessoa realiza incorporação inédita no cooperativismo nordestino

A incorporação envolveu uma cooperativa do Sistema Sicoob.
A Unicred João Pessoa vai incorporar, neste sábado (1º), uma das mais antigas cooperativas de crédito da Paraíba: a Cooperativa dos Empregados das Telecomunicações (Certel). A incorporação será oficializada em uma assembleia geral extraordinária, a partir das 9h, no auditório do Sistema OCB/PB, localizado na Avenida Coremas, no centro da Capital. A operação é inédita no Nordeste, já que envolve cooperativas pertencentes a dois sistemas diferentes (Unicred e Sicoob).
A iniciativa passou por um estudo de viabilidade econômico-financeira, feito pela Unicred Central Norte/Nordeste, e tem a aprovação do Banco Central. Com a incorporação, aproximadamente 500 cooperados ativos da Certel passarão a utilizar os produtos e serviços da Unicred João Pessoa. “O nome Certel não será mais usado, mas a ideologia cooperativista e tudo o que o cooperado tinha acesso lá, ele terá na Unicred João Pessoa”, assegura o presidente da Certel, João Feitoza Neto.
A união da Unicred João Pessoa com a Certel marca um momento histórico no desenvolvimento do cooperativismo nas regiões Norte e Nordeste, segundo o presidente da diretoria executiva da Unicred JP, João Bezerra Júnior. “É a consolidação de um trabalho especial na Paraíba, sobretudo na capital do Estado, que culmina hoje com a integração de duas importantes cooperativas e de dois sistemas diferentes. Nós da Unicred João Pessoa estamos de portas abertas aos cooperados da Certel, oferecendo todos os produtos e serviços, com atendimento personalizado e distribuição de excelentes resultados”, destacou.
A Unicred João Pessoa é a maior cooperativa de crédito da Paraíba, administrando ativos superiores a R$ 550 milhões.
Para André Pacelli, que é presidente do Sistema OCB/PB (Sindicato e Organização das Cooperativas da Paraíba), o apoio da Unicred João Pessoa à Certel mostra a união do setor e incentiva o desenvolvimento do cooperativismo de crédito na região. Fundada há 25 anos, a Certel foi a primeira cooperativa de crédito mútuo da Paraíba e era filiada ao Sicoob, que é o maior sistema de cooperativas de crédito do país.
Privatizações e Déficit
Nos últimos cincos anos, a Certel sofreu um processo de declínio em função de resultados deficitários. Conforme João Feitoza Neto, presidente da cooperativa, os prejuízos começaram após a privatização das telecomunicações no Brasil. “A cooperativa funcionou muito bem e foi rentável durante 20 anos. Depois da privatização, houve um esfacelamento, foram criadas várias empresas terceirizadas e isso baixou o padrão de vida dos cooperados. Houve demissões, baixa nos salários, o que gerou inadimplência na cooperativa”, explica João Feitoza Neto.
Segundo ele, a incorporação evitou um processo de autoliquidação da Certel. “Os dirigentes chegaram à conclusão de que era preciso buscar a incorporação. Como o Sicoob não tinha cooperativa de livre-admissão (aberta a associados a diversas origens e atividades) na Paraíba, procuramos a Unicred JP, que hoje é a maior cooperativa de crédito do Nordeste e está entre as maiores do país”, destacou João Feitoza Neto.
A Unicred João Pessoa ressalta que “não há previsão de quaisquer prejuízos para a cooperativa, uma vez que os recebíveis e o patrimônio líquido são suficientes para cobrir os resultados deficitários que a Certel apresentou nos últimos anos”. A Certel tinha como cooperados empregados de empresas de telecomunicações de quase todos os estados do Nordeste.
Fonte: Paraíba Cooperativo (364)

Cooperativismo

Cooperativa Pindorama retoma atividades do programa Jovemcoop
Previsto para seguir até setembro deste ano, contabilizando uma carga horária de 248 horas, o programa Jovemcoop do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo em Alagoas – SESCOOP-AL está em plena atividade na Cooperativa Pindorama, atendendo cerca de 120 alunos divididos em duas turmas.
As aulas acontecem um final de semana por mês, na sede do Centro de Treinamento Rural de Pindorama (Cetrup), em Pindorama, Coruripe, e enfocam temas como educação, gestão, empreendedorismo e sustentabilidade, tudo sobre os moldes cooperativistas.
Nos dias 25 e 26 de janeiro foi iniciado o segundo módulo da etapa, que começou em junho do ano passado, quando foram aplicadas as disciplinas de Comunicação e Relações Interpessoais, ministradas pelos professores Ana Carolina Carnaúba e Edson Carlos Silva Sá, ambos cedidos pelo Sescoop/AL
Para este ano, a expectativa é participar de visitas aos setores da Cooperativa Pindorama – maior cooperativa agroindustrial do Nordeste brasileiro – bem como, conhecer instituições que atendem a outros ramos do cooperativismo.

Cooperativismo

Aurora Alimentos apura receita de R$ 5,7 bilhões em 2013
Aurora Alimentos apura receita de R$ 5,7 bilhões em 2013
A Cooperativa Central Aurora Alimentos obteve, em 2013, uma receita operacional bruta de R$ 5,7 bilhões, com 23,6% de crescimento em relação ao ano anterior. 

As sobras do exercício foram de 302 milhões de reais (66% de incremento) e tiveram a seguinte destinação: R$ 150 milhões para Fundos de Reservas, R$ 104 milhões capitalizados às 12 cooperativas filiadas e R$ 44 milhões distribuídos às filiadas. 

Os resultados do ano foram apresentados pelo presidente Mário Lanznaster, acompanhado dos diretores Neivor Canton (vice-presidente) e Marcos Antônio Zordan (diretor de Agropecuária) em café da manhã com a imprensa, nesta segunda-feira (dia 3), no Lang Palace Hotel, em Chapecó. 

No conjunto empresarial, o negócio “suínos” representa 49% da receita bruta da Cooperativa Central, o negócio “aves” 33%, o negócio “lácteos” 12% e os demais setores (massas, bovinos, rações etc) 6%. Essa estratificação está expressa na receita bruta por segmento de negócio: suínos – R$ 2,8 bilhões; aves – R$ 1,9 bilhão; lácteos – R$ 653 milhões; bovinos – R$ 60 milhões; massas – R$ 62 milhões; e outros itens R$ 209 milhões.

Fonte: Pan Hotéis em 06/02/2014

Economia Solidária

Festival de Economia Solidária acontece sábado e domingo em Salvador
Quarenta empreendimentos econômicos e solidários de Salvador e região metropolitana participam, sábado e domingo (8 e 9), da terceira edição do Festival Florescer de Economia Solidária. A partir das 16h de sábado, a Praça Wilson Lins, área do antigo Clube Português, no bairro da Pituba, será movimentada com atrações musicais, de dança e teatro, além da comercialização de produtos.
Organizado pela Avante – Educação e Mobilização Social, o evento vai ser realizado por meio de parceria com o Projeto Inter-Territorial de Redes e a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), representada pela Superintendência de Economia Solidária (Sesol).
O festival terá ainda apresentações e dicas de primeiros socorros e sobre a preservação do meio ambiente com os Anjos Mirins – grupo de jovens formados e qualificados pelos Anjos Vermelhos (policiais militares do Corpo de Bombeiros).

Economia Solidária

Feira de Economia Solidária em Curitiba

05 de fevereiro de 2014
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Neste sábado (8) grupos de economia solidária e Clubes de Troca de Curitiba e Região Metropolitana retomam a Feira de Economia Solidária que reúne cerca de 20 empreendimentos solidários, que produzem artesanatos, verduras, pães, queijos, lanches, sucos naturais e confecções.
Desde 2013, as feiras são realizadas no pátio da Paroquia São José das Famílias, no Parigot de Souza, bairro Sítio Cercado, em Curitiba. O objetivo é fortalecer e divulgar os princípios da economia solidária, de produção cooperada, autogestão e consumo solidário.
Local: rua Dr Levy Buquera, 150, na quadra de esportes ao lado da Paróquia São José das Famílias, no Sítio Cercado, Curitiba/PR Horário: das 9h às 17h

Notícias

CEA contrata profissionais para projeto de finanças solidárias

Fonte: Secretaria-Executiva do FBES
O Centro de Estudos e Assessoria - CEA, está em processo de contratação de 03 profissionais para atuar no projeto Finanças Solidárias da Região Centro-Oeste. Estão previstas 03 contratações via CLT para os cargos: Técnico Administrativo, Assistente Administrativo e Gerente de Projetos.
Acesse o edital completo: http://e.eita.org.br/cea+

Cooperativismo

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Notícias

Programa de Segurança Alimentar do Rebanho beneficiará 30 mil agricultores familiares por ano

Trinta milhões de raquetes de palma estão sendo distribuídas para 30 mil famílias de agricultores familiares, em 2014, para plantio em sistema adensado. Esta ação faz parte do Programa de Segurança Alimentar do Rebanho da Agricultura Familiar, idealizado e executado pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), desde setembro de 2011.
 
 
O Programa foi pensado com a finalidade de contribuir para a sustentabilidade da bovinocultura de leite e da ovinocaprinocultura, através da implantação de reserva estratégica de alimentos, por meio do cultivo da palma adensada. “Desta forma asseguramos que o agricultor familiar alimente o seu rebanho com qualidade, durante todo o ano, principalmente no período de estiagem”, declarou o diretor de Pecuária da EBDA, Marcelo Matos.
 
A palma é rica em sais minerais e tem na sua composição 80% de água, o que garante a sua resistência em períodos de seca. A EBDA teve a preocupação de beneficiar o agricultor familiar com uma cultura de palma resistente à cochonilha do carmim - praga que afeta a palma, mas que ainda não chegou à Bahia -. “As mudas estão sendo produzidas em nove Estações Experimentais da EBDA, abrangendo um total de 50 hectares”, reforçou Matos.
 
Segundo o chefe da Divisão de Gado de Corte da EBDA, Emerson Pereira, a cochonilha do carmin é uma praga quarentenária que não é encontrada aqui na Bahia, mas já destrói plantações em outros estados como Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte. “Por isso tomamos uma medida preventiva, para que não alcance nossas plantações”, explicou.
 
A técnica do plantio da palma forrageira, de forma adensada (diminuição do espaço entre as mudas), é disseminada pelos técnicos da EBDA que prestam Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) a agricultores familiares nas diversas regiões da Bahia. “Com essa técnica se consegue uma maior produção em uma menor área, favorecendo ao agricultor que contará com alimento para o seu rebanho por um maior tempo”, garantiu Pereira.
 
Para que o Programa alcance muito mais do que as 30 mil famílias beneficiadas, anualmente, todas as mudas entregues serão reproduzidas pelos agricultores e parte delas serão repassadas para outros agricultores, na própria comunidade. Outra novidade é o fomento à produção de mucilagem do sisal, para utilização na alimentação animal.
 
Resultados e metas
 
Através da implantação de Unidades Técnicas Didáticas (UTDs) de Palma Adensada, de capacitações, de assistência técnica e distribuição de mudas, a EBDA está fomentando o plantio de palma como reserva estratégica de alimentos para o rebanho da agricultura familiar, importante iniciativa para a convivência com o semiárido baiano.
 
Na etapa de implantação do programa, que se deu até o final de 2013, temos como resultados deste trabalho 345 UTD’s, sendo que 278 com área de 1.350 m² e 67 de 5.000 m², beneficiando 5.510 famílias. Outras 1.725 famílias receberam, cada, mil raquetes de palma. “Mesmo em fase de implantação do programa, já beneficiamos 7.235 famílias e ainda estão em fase de implantação 155 UTDs, que abrangerá mais 2.490 famílias, além da distribuição das 30 milhões de mudas”, finalizou o diretor, Marcelo Matos.
 
Fonte:
Assimp/EBDA, 04/02/2014
(71) 3116-1907
ebda.imprensa@ebda.ba.gov.br
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Notícias

Mapa desmistifica prática de uso de hormônios na criação de aves
 
Segundo pesquisa, 72% dos brasileiros acreditam que essas substâncias sejam utilizadas na produção avícola.
 
Um dos grandes mitos brasileiros está autorizado a ser desmentido em embalagens. Empresas produtoras de carne de aves que possuem o registro do Serviço de Inspeção Federal (SIF) podem inserir no rótulo a informação sobre a não utilização de hormônios durante a criação de aves. A decisão do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Dipoa/Mapa) tem o objetivo de desmistificar esta prática junto à população brasileira.
 
De acordo com o diretor substituto do Dipoa, Leandro Feijó, esta autorização se constitui em um "divisor de águas" para o setor: “Os consumidores precisam ser informados adequadamente e ter a segurança de que não existe este procedimento no país, considerando os avanços e investimentos realizados pelo setor produtivo de aves para aprimoramento da genética, nutrição e manejo desses animais”, destaca.
 
As empresas poderão utilizar a seguinte frase: "SEM USO DE HORMÔNIO, COMO ESTABELECE A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA". A informação é de caráter facultativo, sendo que a empresa deverá atentar para a inserção da mesma no painel secundário da embalagem, conforme disposto na Instrução Normativa nº 22/2005 em seu item 2.18.3.
 
Segundo pesquisa encomendada pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef) a um instituto de referência, que tratou sobre hábitos de consumo do brasileiro, cerca de 72% da população ainda acredita que hormônios sejam utilizados na criação de frangos.
 
Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social
(61) 3218-2205/2203
Carol Oliveira
ana.carolina@agricultura.gov.br
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Notícias

Produtores rurais contratam R$ 91,2 bilhões na safra 2013/14
 
Com um total de R$ 91,2 bilhões contratados entre julho e dezembro do ano passado, os empréstimos para a agricultura empresarial atingiram 67% dos R$ 136 bilhões previstos pelo Plano Agrícola e Pecuário 2013/14. O resultado representa um crescimento de 50,8% em relação à igual período de 2012, quando foram aplicados R$ 60,4 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nesta terça-feira, 4 de fevereiro.
 
Os empréstimos de custeio e comercialização superaram em 69,3% os R$ 97,6 bilhões programados, somando R$ 67,6 bilhões entre julho e dezembro de 2013. Referente aos financiamentos de investimento, as contratações superaram 61,3 % dos R$ 38,4 bilhões previstos, somando R$ 23,5 bilhões.
 
De acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, o resultado é a prova de que o setor está crescendo junto as políticas implementadas pelo governo federal ao agronegócio brasileiro.
O Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK) foi um dos destaques, somando de julho a dezembro de 2013 o montante de R$ 6,9 bilhões para a aquisição de máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação e estruturas de armazenagem. O resultado dessa modalidade representa 47,2% comparado ao mesmo período de 2012.
 
Pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), os financiamentos de custeio atingiram R$ 6,09 bilhões, enquanto as aplicações para operações de investimento totalizaram R$ 3,26 bilhões.
 
As cooperativas também ampliaram a contratação de recursos entre julho e dezembro do ano passado, com R$ 495,8 milhões por meio do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), alta de 27,6% sobre o mesmo período de 2012.
 
A avaliação atualizada mensalmente das contratações do crédito agrícola é realizada pelo Grupo de Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa.
 
Mais Informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação
(61) 3218-2178
Michelle Moura
michelle.moura@agricultura.gov.br
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Notícias

Futuro do pequeno citricultor em xeque

A forte crise que atinge a citricultura brasileira parece não ter fim. Cinco anos após o início das turbulências na economia mundial que intensificaram a dramática - e quase ininterrupta - queda da demanda global por suco de laranja, São Paulo passou por um ajuste que já reduziu em mais de 15% o número de pés de laranja no Estado. O processo, é claro, afetou principalmente os produtores de menor porte.
 
Apesar de um enxugamento da oferta de tamanha proporção, obter renda não é e nem será um desafio trivial para a citricultura, indica um estudo da consultoria MBAgro encomendado pela CitrusBR, entidade que representa as três maiores indústrias de suco do Brasil.
 
O estudo, antecipado ontem pelo Valor PRO, serviço em tempo real do Valor, foi protocolado no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na semana passada, no âmbito das discussões para a criação do Consecitrus, entidade que vem sendo costurada há anos para ordenar as relações na cadeia produtiva.
 
"A avaliação criteriosa dos custos de produção tornou claro que a cadeia não consegue remunerar a produção agrícola se não for tomado um nível tecnológico elevado", aponta o estudo da consultoria. Pelas projeções da MBAgro, seria necessário aumentar a produtividade média em São Paulo para cerca de 1 mil caixas de laranja por hectare. Só a partir desse nível seria possível tornar a produção rentável, diz o economista Alexandre Mendonça de Barros, sócio-consultor da MBAgro.
 
Atualmente, cerca 60% da área plantada com laranja no cinturão citrícola de São Paulo e Triangulo Mineiro têm baixa produtividade, com média de 593 caixas por hectare, conforme o estudo. Em contrapartida, há um grupo de produtores - notadamente, os de grande porte e os pomares próprios da indústria - que ocupa 41% da área e obtém uma produtividade média de 1.215 caixas por hectare.
 
Conforme o estudo, a crise da citricultura só pode ser explicada por uma conjunção de fatores que nem sempre estão sob o controle do segmento. "A cadeia agroindustrial da laranja sofreu uma perda de competitividade alheia aos esforços dos produtores e das indústrias que fez com que o nível tecnológico tivesse que subir para reduzir o custo unitário de produção", afirma a MBAgro, no documento.
 
Entre os principais fatores está a valorização da moeda brasileira, que só começou a ser revertida nos últimos dois anos. "Os custos em reais subiram muito", diz Mendonça de Barros. Basicamente, o economista se refere ao aumento dos custos com mão de obra e à forte elevação dos preços de agrotóxicos. Não bastasse isso, os pomares tiveram maior incidência de doenças, o que ampliou os gastos com tratos culturais.
 
De certa forma, argumenta o economista, o setor não conseguiu reagir. No caso da laranja, a produtividade do trabalho não evolui, devido à impossibilidade de mecanizar a colheita, diz. Nesse contexto, estratégia para tentar compensar o custos foi elevar o preço de laranja, que até hoje está acima da média histórica na bolsa de Nova York. "Com o real valorizado e o aumento de custos, o preço em dólar subiu muito para compensar", afirma.
 
Mas a estratégia de elevar preços foi um tiro no pé. Deflagrada no auge da crise econômica global, intensificou a queda da demanda nos países desenvolvidos - principais clientes do suco de laranja produzido no Brasil - e impediu a chegada do suco aos países emergentes, que apresentavam maior dinamismo econômico à época.
 
Ao elevar o preço do suco, o Brasil abriu uma "janela para a entrada de concorrentes no mercado internacional de sucos que em uma década já foi invadido pela oferta chinesa a preços competitivos de laranja e suco de maçã", constata o estudo. De 2003 a 2012, o consumo global em equivalente de suco de laranja congelado e concentrado (FCOJ, na sigla em inglês), caiu 12,3%, para 2,1 milhões de toneladas, segundo o centro de pequisa paulista Markestrat.
 
Não à toa, o processo resultou na redução do número de produtores de laranja no Estado. Conforme os dados da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, que têm como base o relatório de inspeção de greening, o número de pés de laranja no Estado caiu 16,25% entre 2008 e 2013, para 181,4 milhões. Num indicativo de que os produtores de menor porte foram os que mais sofreram, o número de propriedades que produzem caiu ainda mais - 31,3% - a 13,4 mil.
 
Na avaliação de Mendonça de Barros, esse "ajuste estrutural" está perto do fim. "Acho que já passamos da fase mais difícil. Estamos perto de um equilíbrio entre oferta e demanda", afirma. Isso não significa, porém, que o produtor conseguirá rentabilidade se tiver um nível de produtividade abaixo de 1 mil caixas por hectare. "O fundo do poço já passou, mas isso não muda em nada a exigência de um nível de produtividade mínimo", pondera.
 
É nesse ponto, aliás, que reside aquele que talvez seja o principal entrave para o futuro e para harmonizar as relações entre produtores e indústria no Consecitrus - até semana passada, havia a expectativa de que a criação da entidade fosse avaliada pelo Cade na sessão de amanhã, mas fontes do setor já admitem que a decisão final do órgão antitruste pode atrasar.
 
Afinal, seria possível ampliar a produtividade da maior parte da citricultura nacional para o nível mínimo considerado no estudo da MBAgro? "Não sei se você tem espaço para uma oferta ainda maior", responde Alexandre Mendonça de Barros, num indicativo de que tendência é que mais produtores deixem a atividade. Não bastasse esse entrave, a tarefa de elevar a produtividade exigiria investimentos, o que boa parte dos citricultores hoje está impedida de fazer por estar descapitalizada.
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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Cooperativismo

Aglutinações entre cooperativas: uma salutar e tempestiva alternativa!

Decorrência do processo de internacionalização da economia e do acirramento da concorrência interna, o mercado financeiro nacional já há algum tempo vem colocando em prática a fórmula do crescimento por aquisições, ao lado da expansão orgânica. A iniciativa, como se sabe, em termos mais globais, visa ao fortalecimento das instituições para o concurso – ou mesmo a simples sobrevivência – em cenário de altíssima competição.
 
Os efeitos – sendo alguns imediatos e outros mediatos – mais visíveis dos processos de incorporações são a redução de custos, pela diminuição do corpo diretivo/de comando e também das estruturas de retaguarda, e o ganho de escala, representado pelo fortalecimento dos limites técnicos e pela ampliação do número e valor das operações. Assim, os preços das soluções podem ser ajustados, melhorando as condições comerciais. Em resumo, significa aumento de produtividade, segundo a consagrada fórmula de Taylor: E=P/H.
 
No cooperativismo de crédito, diferente não é. O setor está inserido nesse contexto, e de acordo com ele há que se conduzir, mesmo porque à sua volta estão concorrentes de peso. As entidades cooperativas precisam, portanto, seguir os passos de entidades coirmãs da Europa (Alemanha, Holanda, França, entre outros países) e da América do Norte (EUA e, especialmente, Canadá) e também dos concorrentes domésticos, que compõem o sistema bancário convencional. A propósito destes, as incorporações contribuíram fortemente para uma considerável e preocupante concentração de mercado. Os cinco maiores bancos do país já respondem por: cerca de 80% dos depósitos, empréstimos e ativos do sistema financeiro nacional (dados de 30-6-12).
 
Apesar da inquestionável procedência técnica da solução das incorporações, há no ambiente cooperativo alguns obstáculos que impedem uma maior vazão desse movimento, situados fora do plano institucional/organizacional. O desafio mais difícil, parece, é superar o apego aos interesses pessoais. Na hora “H”, quando se vai falar, por exemplo, sobre quem irá presidir ou ocupar as vagas nos conselhos e na diretoria e compor os principais cargos executivos da nova entidade, as objeções e dificuldades imediatamente se manifestam. Normal! Sabe-se que não é nada fácil abrir mão do status de dirigente, ou mesmo gerente, de uma instituição financeira, mormente em pequenas comunidades. A perda dessa condição equivale a “renunciar” aos inúmeros convites para participar, como líderes e homenageados, de eventos socioesportivo-culturais, ou de frequentar clubes e outros fóruns com forte apelo popular ou social.
 
É isso que, normalmente, faz com que a iniciativa fique apenas no plano do “discurso”, lembrando que é raro alguém, de princípio, manifestar-se contra tal providência.
 
Contudo, a bem de propósitos mais nobres, é preciso vencer os empecilhos de ordem não-institucional e negociar prerrogativas individuais, não convergentes com os interesses dos associados. Partir para a ação é o que se espera. Nesse sentido, até mesmo o BACEN vem empreendendo medidas de incentivo, entre elas a permissão para a convivência de associados de diferentes origens econômico-profissionais.
 
Com as uniões, de um lado, há sensível redução de despesas pela diminuição do número de conselheiros de administração e fiscais; de diretores, de contadores e de outros profissionais de retaguarda, além da economia com custos de observância (supervisão interna e externa – Bacen, auditoria independente, controles internos…), e, de outro, agregam-se solidez e credibilidade ao empreendimento, sem contar os ganhos em negócios pela realocação de colaboradores para a linha de frente.
 
Os dirigentes e gerentes que remanescem, normalmente os mais produtivos, conseguem transmitir suas estratégias vitoriosas aos novos colegas. Com um patrimônio mais substantivo, e limites operacionais mais generosos, as entidades conseguem captar mais recursos, inclusive de terceiros (bancos), emprestar mais e em maior volume e assim atender a um contingente mais representativo de associados, inclusive atraindo novos cooperados. Ao administrarem um volume mais significativo de recursos, isso combinado com a redução dos gastos com pessoal (o que diminui os custos fixos da entidade), as cooperativas conseguem operar com preços e tarifas menores nas suas soluções de crédito e de prestação de serviços, além de poderem remunerar melhor os investidores.
 
Pode até ocorrer que, num primeiro momento (transitoriamente) – considerando a circunstância de as cooperativas menores ostentarem melhor desempenho nos índices de eficiência –, os custos fixos, inclusive quando comparados aos ativos, se elevem um pouco. O acréscimo temporário justifica-se também pelo fato de o processo de transformação/reorganização, em si, reclamar, ocasionalmente, investimentos/gastos mais expressivos.
 
Importante, ainda, aduzir que a reunião de forças não significa solução de continuidade no atendimento às comunidades, pois haverá simples mudança de status nas dependências (de sede para “agência”). Isso é hoje possível porque as cooperativas, no geral, já adotam apresentação visual e marca padronizadas. Para os associados, portanto, não há qualquer diferença sob esse ângulo.
 
Além disso, com a prevalência do estilo de trabalho dos profissionais mais preparados e comprometidos, costuma melhorar em muito a qualidade da prestação de serviços aos associados e clientes. Essa nova filosofia de trabalho, mais empreendedora, combinada com a estrutura patrimonial mais densa, também faz com que se ampliem rapidamente os pontos de atendimento, explorando-se em maior dimensão a área de atuação estatutária, com o que mais pessoas e mais comunidades farão parte da cooperativa. Além disso, mais empregos serão criados.
 
Para conferir o êxito da associação de empreendimentos, basta comparar os números do “depois” (cooperativas unidas pela incorporação) e do “antes” (cooperativas atuando isoladamente). Muitos são os exemplos de iniciativas bem sucedidas. E, ainda que haja situações, remotas, em que a melhora não tenha sido tão representativa, é preciso ponderar sobre como se encontrariam essas entidades se mantivessem o caminho da singularidade/individualidade. Por certo, em muitos casos, o quadro seria de grande ou mesmo irreversível adversidade.
 
O ideal, para uma aglutinação harmônica, é que as tratativas e negociações se estabeleçam, enquanto as cooperativas estiverem numa situação “normal”/equivalente (como no casamento: quando os pretendentes são jovens, bonitos e sadios, a união é desejada, tranquila, descontraída, equilibrada…). É sempre traumático o processo de aglutinação entre uma cooperativa “sadia” e outra que esteja em situação de desiquilíbrio econômico-financeiro. Esta, invariavelmente, fica em posição de inferioridade, tendo que se submeter às condições da cooperativa incorporadora. O papel das centrais, aqui, é fundamental, cumprindo monitorar as filiadas de perto, antevendo a “curva descendente” e tomando medidas preventivas para evitar a descontinuidade dos empreendimentos.
 
Muito mais que uma necessidade, as uniões devem ser vistas como uma oportunidade de fortalecimento das cooperativas envolvidas. Os receios relacionados à dispensa de pessoas devem ser deixados de lado, pois os bons profissionais têm cadeira cativa, especialmente considerando que o setor deverá manter forte ritmo de crescimento por muito tempo. Da mesma forma, a preocupação com o tamanho excessivo das cooperativas, que sugeriria distanciamento dos sócios, é algo que não se justifica. Para manter a proximidade com os associados, basta estruturar mecanismo de nucleação do quadro social e instituir o modelo de assembleia por delegados. Adicionalmente, com a adequada representação das comunidades no conselho de administração da cooperativa, deve-se buscar um maior ativismo para os conselheiros, de modo que atuem mais intensivamente nas suas áreas de origem. É muito provável que o relacionamento com os cooperados melhore nesses termos.
 
O que vale para as cooperativas de crédito singulares, em boa medida, aplica-se também às cooperativas centrais. Com efeito, há inúmeras razões a justificarem a redução da quantidade de entidades de segundo piso atualmente existentes, de um lado pela desnecessidade de estruturas duplicadas num mesmo estado ou numa mesma região, e, de outro, pela incapacidade de pequenas centrais darem as respostas pretendidas pelas cooperativas nelas representadas. Aliás, a melhor motivação para as cooperativas singulares intensificarem as unificações seria o exemplo a ser dado pelas respectivas centrais. Nesse âmbito, há de se louvar recente decisão pela unificação – já concretizada – das cooperativas centrais do Paraná e de São Paulo, ligadas ao Sistema Sicredi.
 
Já numa perspectiva intersistêmica, a medida pode/deve, no futuro – em 5, 10 ou 15 anos… –, alcançar as confederações, os bancos cooperativos e as empresas especializadas a serviço dos sistemas! Nesse âmbito, por sinal, a unificação ou associação, ainda que parcial, promoveria ganhos de escala consideráveis. Tomando-se como exemplo os investimentos em tecnologia de cada sistema, tem-se que são gastos, no total, cerca de R$ 500 milhões anuais. Se esse valor fosse aplicado em uma única base de dados, poder-se-ia, em poucos anos, construir uma das melhores tecnologias do país.
 
Aqui, as dificuldades de avanço e os desafios a serem superados serão os mesmos que atualmente dificultam o progresso mais acelerado em sede de cooperativas singulares. Contudo, considerando que para o conjunto dos associados a medida é mais do que óbvia, e seria muito bem-vinda, o tema precisa ficar ativo na agenda estratégica do setor.
 
Por fim, como argumento de reforço a atitudes mais efetivas nesse particular, há de se invocar o 6o princípio universal do cooperativismo, que proclama a intercooperação ou a cooperação entre cooperativas.

”Dirigir uma organização não é vê-la como ela é, mas como ela será.” (John W.Teets)

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Ênio Meinem  advogado; pós-graduado em direito e em gestão estratégica de pessoas; autor de vários livros sobre cooperativismo de crédito – área na qual atua há 29 anos -, entre eles “O cooperativismo de crédito ontem, hoje e amanhã”. Atualmente, é diretor de operações do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob).

Cooperativismo

Belo Horizonte conquista Lei Municipal de apoio ao cooperativismo
 
O cooperativismo tem a grande capacidade de impulsionar não somente setores da economia, mas também de provocar uma grande transformação social ao despertar e incentivar nos indivíduos a sua capacidade de ser solidário. E ao atuarem de maneira cooperada em busca de seus objetivos, os cidadãos passam a ter a capacidade de lutar por seus direitos e ampliar e consolidar o seu sentimento de cidadania plena. Além disso, o cooperativismo é uma ferramenta importante nas políticas de inclusão social, de coparticipação onde cada indivíduo se sente plenamente integrado ao assumir responsabilidades e compromissos perante a comunidade onde atua”. Essa afirmação do prefeito de Belo Horizonte (MG), Marcio Lacerda, foi feita por ocasião da sansão à Lei (PL) 773/13, que dispõe sobre a Política Municipal de Apoio ao Cooperativismo. A cerimônia de assinatura foi realizada na sede do Sistema Ocemg, em Belo Horizonte, simbolizando a parceria entre o governo e o órgão de representação das cooperativas em Minas Gerais, em 21 de janeiro de 2014.

Belo_horizonteO Projeto de Lei foi pensado de forma a reconhecer a contribuição dessas instituições na geração de emprego e renda na capital. Segundo o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, a iniciativa demonstra a importância das cooperativas no dia a dia da população mineira e belo-horizontina. “A sanção da Lei Municipal de Apoio ao Cooperativismo é resultado de um esforço conjunto do Sistema Ocemg, cooperativistas, da Câmara Municipal e do poder executivo e trará ainda muito mais benefícios ao nosso segmento. Estamos muito felizes porque agora temos a regulamentação federal, estadual e municipal”, enfatiza Scucato.
 
Aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal no dia 12 de dezembro, o normativo tem o objetivo de fomentar a criação de cooperativas na cidade, bem como apoiar aquelas já atuantes no município. Estão também entre as finalidades do PL, ações de capacitação dos associados e pretendentes à criação de uma cooperativa e a divulgação de políticas governamentais em prol do setor.
 
A fim de efetivar a Política Municipal de Apoio ao Cooperativismo, a Lei propõe apoiar a criação de instrumentos e mecanismos, inclusive financeiros, que estimulem o desenvolvimento das cooperativas; a colaboração na prestação de assistência técnica e educativa às instituições, além da criação de ferramentas que facilitem a troca de informações das cooperativas entre si e com seus parceiros.
 
Por fim, o documento autoriza a sociedade cooperativa, regularmente constituída, a participar de processos licitatórios promovidos por órgãos ou entidades da Administração Pública Direta ou Indireta do município, em igualdade com os demais licitantes. E apoia, ainda, o desenvolvimento de um fundo de apoio ao cooperativismo, a fim de financiar ações de capacitação, estudos, pesquisas, publicações, além de fomentar projetos de desenvolvimento sustentável do segmento.
 

Notícias

 Crescimento da economia será moderado em 2014, diz pesquisa da FEBRABAN


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As previsões de analistas do mercado financeiro para 2014 e 2015 apontam para a manutenção do ritmo de crescimento da economia registrado em 2013 – estima-se que o PIB deve ter alta de 2,3% em relação a 2012. Em 2014, a atividade econômica deve crescer 2,1% e, em 2015, 2,3%, impulsionada pelo aumento do PIB Agropecuário, Industrial e de Serviços. Os dados fazem parte da Pesquisa FEBRABAN de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado, que consultou 28 analistas de bancos entre os dias 23 e 28 de janeiro.
 
Crescimento esperado do crédito também segue tendência de moderação, com recuo na previsão geral para 13,2% em 2014 e expansão um pouco menor para 2015, de 12,7%. A previsão para o crédito direcionado caiu para 18,7% em 2014, ante 19,5% na pesquisa anterior, e se espera um aumento de 17,2% para 2015, ante 24,5% em 2013. No crédito com recursos livres, as projeções são de expansão de 10,5% para 2014 e de 11,2% em 2015, ante 7,8% em 2013.
 
Após a publicação da última ata do Copom,  84% dos economistas consultados pela pesquisa decidiram elevar o ajuste esperado para a Selic. A taxa prevista para o final de 2014 subiu para 11% a.a., de 10,5% a.a. na pesquisa anterior. Ainda não há um consenso entre eles. Para 60% dos economistas, a Selic encerrará 2014 em patamar igual ou superior a 11% a.a., enquanto que 36% preveem apenas mais uma nova elevação de 0,25 p.p. na próxima reunião do Copom, o que poderia levar o ano de 2014 a encerrar com uma taxa em torno de 10,75% a.a.. Para 2015, as provisões para a Selic giram em torno de 11,5% a.a.
 
A pesquisa mostrou que 60% dos economistas acreditam que a economia global pode apresentar um crescimento maior este ano e sua influência também poderá ser mais inflacionária para a economia doméstica. Previsões do PIB dos EUA elevaram-se para 2,9% em 2014, de 2,6% na pesquisa anterior, e deverá manter-se neste patamar em 2015.
 
A desvalorização cambial esperada também deve exercer papel inflacionário neste ano. A taxa de câmbio prevista segue movimento atual dos mercados e avança para R$ 2,46 ao fim de 2014, de R$ 2,41 na pesquisa anterior e, em 2015, poderá ficar em R$ 2,50.
 
As previsões apontam que a inflação oficial, medida pelo IPCA, deve ser de 6% em 2014. Para 2015, espera-se um recuo no índice, para 5,7%.
 

Cooperativismo

Cooperativa de recicladores de Uberlândia recebe verba de R$ 280,5 mil
Segundo Marcos Donizete Ferreira, verba vai permitir aumento no número de cooperados (Foto: Marcos Ribeiro)
Cooperativa de recicladores de Uberlândia recebe verba de R$ 280,5 milA Cooperativa dos Recicladores de Uberlândia (Coru) recebeu verba de R$ 280,5 mil, na semana passada, que será destinada à compra de máquinas, caminhão e material de escritório. A verba foi viabilizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) por meio de projeto de ampliação realizado pelo Centro de Incubação de Empreendimentos Solidários da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em 2009, intermediado pelo Banco do Brasil (BB).

O BB fez as orientações necessárias sobre o plano de sustentabilidade da cooperativa para ser apresentado ao BNDES. Para o recebimento do dinheiro foi necessária a regularização de alguns documentos da Coru, inclusive o alvará de funcionamento, que só foi possível depois da construção do galpão, em 2012, onde hoje funciona a cooperativa.

Atualmente, a Coru trabalha com 11 cooperados e, depois da compra das máquinas, vai poder ampliar esse número em mais 14. Para o presidente da Coru, Marcos Donizete Ferreira, o dinheiro era esperado com ansiedade. “É um jeito de melhorar o trabalho e a renda, pois vamos poder vender mais e também para fábricas de outras cidades.”

De acordo com o coordenador do Centro de Incubação de Empreendimentos Solidários da UFU, Gabriel Palafox, a melhoria de vida das pessoas catadoras de materiais recicláveis é um compromisso governamental. Por isso, além da verba adquirida, a Coru ainda vai tentar aderir ao programa “Bolsa Reciclagem”, criado pelo Governo de Minas para dar incentivo financeiro às cooperativas e associações de catadores.

Parceria com empresas garante material

Algumas empresas em Uberlândia fazem doação de material reciclável para a Cooperativa dos Recicladores de Uberlândia (Coru). São doados, em sua maioria, papéis, latas, plásticos e garrafas PET. Hoje, além de escolas e universidades, cinco empresas são parceiras da entidade. Uma delas é a Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub), que, desde o ano passado, somou 400 kg de papel em doações. “Precisamos muito dessas parcerias para dar continuidade ao nosso trabalho e melhorar a condição do meio ambiente”, disse o presidente da Coru, Marcos Donizete Ferreira.

Telefone para empresas interessadas em doar material reciclável à Coru: – 9199-0625 / 9260-5128

Fonte: Correio de Urbelândia em 31/01/2014

Economia Solidária

Sebrae paraibano organiza evento para agricultores familiares
                     
Sebrae paraibano organiza evento para agricultores familiaresCompradores e fornecedores do Programa Nacional de Alimentação Escolar participaram no último dia 27 de janeiro, em João Pessoa (PB), de uma ação organizada pelo Sebrae paraibano para capacitar empreendimentos agrícolas familiares no fornecimento de merenda escolar e ampliar o acesso dos agricultores ao mercado de compras públicas.

Cerca de 900 pessoas participaram do evento, entre professores, produtores rurais e empresários. Durante o evento, foram transmitidas informações para facilitar a participação dos agricultores nas licitações.

As ações fazem parte do programa Compra Legal, criado pelo Sebrae em 2012 para facilitar o acesso de pequenos empreendedores ao mercado de compras públicas.

Fonte: Unisol Brasil Com informações da Agência Sebrae em 31/01/2014

Cooperativismo

Governo do Acre compra produção de rapadura para as escolas e apoia cooperativa
                     
João Ferreira salienta que quem produz a rapadura tem renda mensal de R$ 2 mil (Foto:Angela Peres/Secom)
Governo do Acre compra produção de rapadura para as escolas e apoia cooperativaOs investimentos do governo do Estado na área de produção estimulam o crescimento da rentabilidade da população rural. Quem está aproveitando o incentivo é a Cooperopção, cooperativa localizada no km 18 da BR-317 que está vendendo toda a produção de rapadura para o governo e complementando a alimentação escolar.

Para o processo de produção, os cooperados dispõem de uma agroindústria equipada, com capacidade de produzir e embalar até 12 mil rapaduras por dia. O destino da produção do ano de 2014 já está certo para escolas da rede estadual de ensino de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Sena Madureira.

Com o nome de “rapadurinha”, o produto é embalado de forma atrativa para os alunos. “O objetivo é que possamos dobrar a produção para que os alunos possam ter a rapadura mais vezes no cardápio”, explicou o presidente da cooperativa, João Evangelista Ferreira.

No momento, a agroindústria possui cinco pessoas na parte de produção e outras três para cortar a cana nas propriedades. Desde a fase que começa no moedor e decantador ao momento de empacotar e fazer a distribuição, os cooperados receberam o apoio do governo em equipamentos próprios, além de um caminhão disponível para operacionalizar.

Composta por 53 pessoas, a Cooperopção abrange a produção de milho, café, cana-de-açúcar e outras culturas. Segundo João, quem produz as rapaduras ganha em média até dois mil reais por mês. “Nessa produção cinco famílias são beneficiadas com essa renda boa, pra nós isso é a melhor coisa que tem”, salienta.

Fonte: Agência de Notícias do Acre em 31/01/2014

Economia Solidária

Cooperativas da economia solidária anunciam criação da Unicopas
                     
Cooperativas da economia solidária anunciam criação da UnicopasAs três maiores centrais de cooperativas de economia solidária do Brasil – Unicafes, Unisol e Concrab anunciam quarta-feira (29), em Brasília, a União Nacional das Cooperativas Solidárias, a Unicopas. A iniciativa vai facilitar a aprovação do Projeto de Lei nº 3, de 2007, que regulamenta agricultura familiar e está parado na Comissão de Agricultura do Senado desde 2012.

Os ministros Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Pepe Vargas, do Desenvolvimento Agrário, participaram do evento. Carvalho afirmou, em entrevista à TVT, que o acordo deve facilitar o trabalho do governo junto ao Congresso Nacional de modo a agilizar a votação do projeto, que tem como avanço admitir a convivência de "dois sistemas de cooperativas no país" – além da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), que agrega as tradicionais grandes cooperativas, e agora a Unicopas, cuja formação segue conceitos de gestão da chamada economia solidária.

O texto da lei prevê ainda novos incentivos para a produção de agricultura familiar, a exemplo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que só no ano passado distribuiu R$ 20 bilhões para o segmento.

O presidente da Unisol, Arildo Mota Lopes, observou que o processo de construção da Unicopas durou cinco anos, e que o momento representa um "fortalecimento da agricultura familiar, da economia solidária campo-cidade".

Fonte: Redação Rede Brasil Atual em 31/01/2014

Cooperativismo

Cooperativas se unem para fortalecer agricultura familiar em todo o país
                      
Cooperativas se unem para fortalecer agricultura familiar em todo o paísUnião Nacional das Organizações Cooperativistas Solidárias - Unicopas - Foto MDA
Entidades que representam a agricultura familiar no Brasil se uniram, na última quarta-feira (29), para congregar as cooperativas e a economia solidária em todo o país. Três grandes organizações formam, agora, a União Nacional das Organizações Cooperativistas Solidárias (Unicopas), que teve seu estatuto aprovado e o conselho diretor definido durante o evento, na quinta-feira (30), em Brasília (DF).

A União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), a Confederação das Cooperativas da Reforma Agrária do Brasil (Concrab) e a Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol) formam a Unicopas, que terá a missão de fortalecer, cada vez mais, a agricultura familiar.

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, representante da presidenta Dilma Rousseff, ressaltou a importância dessa união entre as cooperativas. “Os agricultores familiares agora podem sobreviver com mais dignidade. É uma iniciativa que o Brasil precisa conhecer melhor. Precisamos mostrar a importância desse país ainda desconhecido. O nosso sentimento com o cooperativismo é de gratidão, pela persistência que todos tiveram em se unir”, disse.

O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, reafirmou que a participação dessa parcela da sociedade é fundamental para o crescimento e fortalecimento do País. “Esse é um dia importante e histórico para nós, mas somente mais para frente teremos a dimensão de tudo isso. Precisamos ainda de grandes avanços em diversos setores, sim, mas é inegável que nesses últimos 12 anos levamos inclusão, políticas públicas, renda e trabalho a tantas pessoas”, comentou. “O nosso desafio com a Unicopas é fazer com que tantos agricultores que ascenderam social e economicamente sejam cidadãos que fortaleçam ainda mais essas organizações cooperativistas”, definiu.

Integração

O presidente da Unicopas, Luiz Possamai, mostrou-se confiante com a união das entidades e lembrou que as portas estarão abertas para a integração de outras cooperativas. “Esse é um namoro de mais de cinco anos que se transformou em casamento. A ação vai fortalecer o cooperativismo e facilitar até mesmo o diálogo com o Governo Federal. Espero que tenhamos grandes conquistas neste ano, que é especial por ser o Ano Internacional da Agricultura Familiar, e ganhar o espaço que é devido para essas entidades”, argumentou.

Alessandra Dunas, secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), representou as mulheres durante o ato e destacou que a Unicopas será fundamental na construção de um uma economia mais solidária e justa. “Somos todos parceiros nesse desafio de concretizar esse desenvolvimento de ações no campo e, também, na cidade, para avançarmos cada vez mais.

O cooperativismo é fundamental nesse sentido”, garantiu. Nesta quinta-feira (30), segundo dia de reunião, os participantes farão um aprofundamento no formato organizacional da Unicopas, além de definirem as primeiras ações e propostas de interação e estratégias entre os três órgãos.

Fonte: MDA em 31/01/2014

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Cooperativismo

C.Vale amplia sobras e faturamento
O aumento da produção de frangos ajudou a incrementar a receita. A cooperativa alcançou a marca de 400 mil aves/dia
O desempenho do segmento grãos foi o principal responsável pelo crescimento da C.Vale em 2013. A soja, com quase 26 milhões de sacas, volume 45% maior que o do ano anterior, foi a principal responsável pela ampliação do faturamento. A receita bruta da cooperativa aumentou 29,5%, totalizando R$ 4,18 bilhões. "Uma data histórica com um desempenho extraordinário", resumiu o presidente Alfredo Lang, lembrando que em 2013 a cooperativa completou 50 anos de fundação.

O grande volume de produção aliado à valorização do grão fez da soja a alavanca do crescimento da C.Vale, mas outra atividade também apresentou grande contribuição. O aumento da produção de frangos ajudou a incrementar a receita. A cooperativa alcançou a marca de 400 mil aves/dia.

Em assembleia, no dia 31 de janeiro, na Asfuca de Palotina, Lang revelou que o crescimento da receita foi acompanhado pela expansão das sobras aos produtores em 45%. A cooperativa propôs e os associados aprovaram o pagamento de R$ 31,8 milhões em sobras e juros sobre o capital social. O pagamento começa na segunda-feira, dia 3 de fevereiro, em todas as unidades de grãos da C.Vale.

Para 2014, as principais metas da cooperativa são a melhoria da estrutura de recebimento de cereais e a construção de uma nova unidade em Terra Roxa. A previsão para este ano é de um faturamento de R$ 5 bilhões.

(Fonte: C.Vale)

Economia Solidária

No país, 67 empresas passaram a ser geridas por funcionários após falir
 
De empregado a patrão de si mesmo. Essa é a realidade de funcionários de 67 empresas no Brasil. São companhias que faliram e foram recuperadas por trabalhadores, para evitar o desemprego.
 
Hoje, são geridas pelos ex-funcionários coletivamente. Decisões e eleição dos diretores ocorrem em assembleias.
 
O levantamento, publicado em 2013 por pesquisadores de dez universidades, buscou todos os casos do país.
 
OS 67 CONFIRMADOS TÊM 11,7 MIL TRABALHADORES. MAIS DA METADE ESTÁ NO SUDESTE E BOA PARTE SÃO METALÚRGICAS LOCALIZADAS NO ABC PAULISTA. A MAIORIA PASSOU À MÃO DOS TRABALHADORES NO FIM DOS ANOS 1990 E INÍCIO DOS ANOS 2000.
 
"Antes o funcionário era preparado só para obedecer, hoje tem que planejar e executar", diz o presidente da Coopertrim, Efigênio Avelino.
 
A cooperativa, de Raul Soares (MG), nasceu da falência da Tarza, produtora de ferramentas para construção civil e agricultura, que chegou a ter 380 empregados em 2006. A partir desse ano, a companhia começou a demitir e fechou em 2008, quando Avelino já tinha 21 anos de casa.
 
Já em 2009 os trabalhadores começaram a se organizar, mas só com a falência da Tarza, no fim de 2011, puderam assumir seu comando.
 
A fábrica foi recuperada com R$ 150 mil doados pela CUT (Central Única dos Trabalhadores). Por autorização judicial, a Coopertrim aluga a empresa, repassando parte do faturamento à massa falida.
Segundo Avelino, a receita atingiu agora R$ 120 mil. Em 2008, era de R$ 2,5 milhões.
 
Hoje, a cooperativa tem 40 funcionários --"com direitos e deveres iguais"-- produzindo 35 mil ferramentas por mês, um décimo da capacidade. Cada um tira cerca de R$ 1.000 por mês. "Tem mais gente agora querendo voltar. Mas temos que ter crescimento sustentável. Não podemos repetir os erros do passado."
 
CONSULTORIA
 
A Coopertrim contou com a consultoria da Uniforja, outra empresa tocada por ex-funcionários. Ela nasceu em 1997, com a iminente falência da Conforja, de Diadema (SP).
 
Primeiro, os trabalhadores arrendaram a metalúrgica. Em 2003, compraram-na num leilão, com financiamento de R$ 20 milhões do BNDES. Hoje a cooperativa fornece para grandes, como a Petrobras, e fatura R$ 160 milhões ao ano.
 
Dos 470 trabalhadores, 200 são contratados e 270 são cooperados. Mas, antes da crise, em 2008, a Uniforja chegou a ter 650 trabalhadores. Mesmo gerida por eles, não deixou de demitir. "Temos que manter a empresa equilibrada", diz o presidente João Trofino.
 
Situação menos estável é a da Flaskô, do ramo plástico. A empresa, que chegou a ter 600 trabalhadores nos anos 1990, agora tem 70. A jornada caiu para 30 horas semanais em 2008, sem reduzir salários, que vão até R$ 3.000.
 
A remuneração é abaixo do mercado, mas a autonomia compensa, diz Fernando Martins, que trabalha na empresa. "São seis horas por dia, não tem patrão enchendo o saco."
 
A empresa opera por autorização judicial, mas seu futuro é incerto. O sonho dos trabalhadores, que assumiram a Flaskô no primeiro ano do governo Lula, é que a empresa seja estatizada pela União, maior credora.
 
O governo do PT não abraçou a proposta, e um projeto de lei nesse sentindo, do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), dorme no Congresso.
 

Economia Solidária

Unicafes, Concrab e Unisol lançam frente pelo cooperativismo solidário

Por Daniela Rueda (Secretaria-Executiva do FBES)
 
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À noite do dia - 29/01/2014 - foi marcada por um acontecimento histórico, através da criação da União Nacional das Organizações Cooperativistas Solidárias - UNICOPAS. A solenidade ocorreu na sede da Contag em Brasília, através das falas da Diretoria da Unicopas: Luiz Ademir Polsamai (Presidente-Unicopas / Unicafes), Arildo Lopes (Tesoureiro-Unicopas / Unisol), Chico Dalgiovan (Secretário-Unacopas / Concrab). Os convidados foram: Ademar Bertuci (FBES), Alessandra Duras (Contag), Chico de Oliveira (BNDES), João Vintini (CONAB), Paul Singer (SENAES / MTE), Ministro Gilberto Carvalho (SGP), Ministro Pepe Vargas (MDA), Assis do Couto (PT/PA) e José Caetano de Andrade (FBB).
 
A União Nacional das Organizações Cooperativistas Solidárias tem por objetivo lutar pela concepção do cooperativismo solidário no Brasil. Segundo destaques da mesa, Ademar Bertuci chamou de “casamento” essa parceria e disse que em 2003, num momento de grande afirmação do movimento social com a criação do FBES, que naquele momento se tinha clareza que cooperativismo seria uma das saídas importantes para a construção da economia solidária. “Daqui pra frente vamos avançar nesta luta e da afirmação, sobretudo na mudança da legislação que acompanha a economia solidária”.
Chico Dalgiovan coloca que não cabe a esta organização obrigar qualquer cooperativa a se filiar a ela, porque o primeiro princípio é o absoluto respeito a adesão livre e voluntária. “Nós seremos grandes pela nossa capacidade de organização que nós exerceremos a partir também desta articulação. Sem dúvida alguma temos o desafio de buscar a unidade política. […] Aqui se configura outra questão – existem dois fatores fundamentais para uma organização dessa natureza avançar – a necessidade e a vontade. Esta organização nasce desses dois elementos fundamentais. Espero que consigamos nesse período histórico vencer esses desafios e que possamos criar uma grande organização de cooperativas porque hoje pelo desenvolvido do capitalismo não existe mais espaço para o pequeno individualmente. Não existe como criar uma pequena empresa para cada um. Só cresceremos e nos juntarmos, no campo a mesma coisa.[...].”
 
O evento marcou a criação da Unicopas e o desafio seguinte é sua estruturação e regimento.