domingo, 29 de dezembro de 2013

Cooperativismo

Cooperativas de crédito tem crescimento expressivo em 2013 no Centro Oeste
O Sicredi MT/PA/RO projeta fechar 2013 com R$ 5,5 bilhões em ativos, crescimento de 30% sobre o ano anterior. Igualmente expressivo foi o aumento do patrimônio líquido da cooperativa que, ao final de dezembro, deve chegar a R$ 960 milhões, quantia 30% acima da registrada no final de 2012.
 
O cooperativismo de crédito é um modelo que vem se consolidando como promotor do desenvolvimento socioeconômico de forma sustentável e inclusiva“, frisa João Carlos Spenthof, presidente do Sicredi MT/PA/RO.
 
Prova deste fortalecimento está no aumento do número de associados que deve chegar ao final deste ano a 282 mil. Eles serão contemplados com os R$ 200 milhões em sobras previstas, um aumento de 26% sobre o valor computado no ano passado. Em operações de crédito o ano se encerra com cerca de R$ 4,3 milhões, o que representa 23% a mais do totalizado no ano anterior.
 
“O Sicredi MT/PA/RO caminha para completar 25 anos com a satisfação de saber que faz parte do crescimento de Mato Grosso”, observa Spenthof. “Podemos dizer, com toda segurança, que vamos continuar expandindo as atividades no estado no próximo ano”.
 
Em Mato Grosso a cooperativa está presente em mais de 80% dos municípios do estado com cerca de 135 pontos de atendimento sendo que, em algumas cidades, ela é a única instituição financeira presente.
Fonte: Sicredi MT/PA/RO (19)

Cooperativismo

Convênios entre EBDA e cooperativas favorecerão assentamentos agrários
 
Foto: Assimp/EBDA
A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (Ebda), vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), e cooperativas do Estado assinaram, na última sexta-feira (20), quatro convênios para aquisição de insumos e equipamentos para implantação de pastagens, plantação de palma forrageira, milho para silagem, e entrega de 400 animais para reprodução.  A ação firmada durante o 26º Encontro Estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Parque de Exposições de Salvador, contou com a presença do governador do Estado, Jaques Wagner.
 
Mais de mil famílias de assentamentos agrários das regiões da Chapada Diamantina, Vitória da Conquista, Boa Vista do Tupim e Iramaia serão favorecidas diretamente, com matrizes bovinas da raça girolando, oito unidades de despolpadores de café e aquisição de 16 estufas para secagem do grão. Os projetos visam atender aos agricultores assentados, dotando-os de ferramentas, e ações dinâmicas e eficazes para aumento da produção”, disse o presidente da Ebda, Elionaldo de Faro Teles.
 
O convênio firmado garantirá aproximadamente seis milhões de reais para o desenvolvimento dos projetos. “Os benefícios gerados a partir dessas assinaturas são inúmeros, e vão desde a reorganização dos trabalhos da cooperativa até a maximização da produtividade com o melhoramento genético do rebanho”, afirma o presidente da Cooperativa Central dos Assentamentos da Bahia (CCA), Jeivã Santos.
 
O secretário de Agricultura do Estado, Eduardo Sales, destacou o trabalho de melhoramento genético do rebanho, desenvolvido pela Seagri/Ebda nos assentamentos. “Os melhores animais da Ebda foram selecionados para realizar inseminação artificial, com o objetivo de melhorar a eficiência dos rebanhos, respondendo, assim, ao pedido do governador em colocar os assentamentos agrários da Bahia como referência no Brasil”, frisou.
 
De acordo com o governador Jaques Wagner, “nestes sete anos de governo, mais de 50 milhões de reais foram investidos em ações direcionadas ao MST; a relação entre o Movimento e o Governo do Estado foi desenvolvida pela identidade da Bahia, onde queremos construir uma terra com igualdade de oportunidades, mais justa e mais forte pela inclusão do nosso povo".
 
Fonte:
Assimp/EBDA, 26/12/2013

Contato: (71) 3116-1907
Ebda.imprensa@ebda.ba.gov.br
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Notícias

Aproveitamento do Açude Jacurici pode melhorar a vida de milhares de pescadores
 
Fotos: Imprensa SEAGRI
(Itiúba - BA) –
O aproveitamento com maior intensidade do Açude Jacurici, localizado no município de Itiúba, no Território de Identidade do Sisal, pode mudar a realidade da região, impulsionar a aquicultura e beneficiar até oito mil famílias, gerando renda mínima mensal familiar de R$ 900 reais. Esta é uma das conclusões do I Seminário Regional de Pesca e Aquicultura, realizado nesta quinta-feira (26), pela Colônia de Pescadores Z69, no distrito de Rômulo Campos, Itiúba, com apoio da Superintendência Estadual da Pesca do Ministério da Pesca (MPA) e da Federação dos Pescadores do Estado (FEPESBA).
 
“O potencial é fantástico, e o melhor aproveitamento do açude pode mudar a vida de milhares de pescadores a aquicultores”, disse o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, assumindo com o superintendente do Ministério da Pesca em Salvador, Marcos Rocha, e o presidente da Federação dos Pescadores do Estado da Bahia, José Carlos da Pesca, o compromisso de discutir com Josafá Marinho, coordenador do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) na Bahia a utilização do açude, bem como a recuperação de uma unidade de beneficiamento de pescado construída há alguns anos próxima ao açude e nunca utilizada. Além de Salles, Marcos Rocha e José Carlos, participaram do seminário o assessor técnico da Seagri, Jorge Figueiredo, centenas de pescadores, presidentes de colônias, associações e sindicatos, e prefeitos da região.
 
O Açude Jacurici, implantado no rio Jacurici, a 32 quilômetros de sua confluência com o rio Itapicuru, foi construído pelo DNCOS em 1956. Possui dois mil hectares de espelho d'água e, segundo cálculos de técnicos especialistas, usando apenas 1% da área intensivamente seria possível produzir até 40 mil toneladas de tilápia por ano, beneficiando oito mil famílias, cada uma com quatro tanques-rede e renda estimada em R$ 900 reais.
 
Até poucos dias, depois de longa estiagem, o açude estava com somente 4% da sua capacidade, mas depois da chuva dos últimos dias chegou a aproximadamente 30%. A expectativa é de que continue chovendo na região, aumentando ainda mais a capacidade do açude.
 
 
 
Fonte:
Ascom Seagri – 27 de dezembro de 2013
Josalto Alves DRT- BA 931
(71) 3115-2794  9975.2354
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Notícias

Região do São Francisco já conta com Assistência Técnica da Bahia Pesca 
 
As 2.500 famílias de pescadores artesanais de Casa Nova, Remanso e Pilão Arcado já podem contar com os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) da Bahia Pesca, órgão vinculado à Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri). O início efetivo das ações de campo ocorreu esta semana em Juazeiro, após a conclusão dos processos licitatórios, contratação do corpo técnico, elaboração de planejamento estratégico e aquisição dos equipamentos, totalizando R$ 11,4 milhões em investimentos nos três municípios.
 
O contrato assinado entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a Bahia Pesca terá duração de 24 meses. “Trata-se de um projeto inovador para a empresa e pescadores, uma vez que terá a participação de agentes de Ater com formação multidisciplinar das áreas de ciências biológicas, agrárias e humanas”, explica o Presidente da Bahia Pesca, Cássio Peixoto, lembrando que a iniciativa está sendo possível com a parceria da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (Ebda), órgão também vinculado à Seagri, do Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA) e do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).
 
Prefeituras, Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) e Universidade do Estado da Bahia (Uneb), também fazem parte do projeto, contribuindo com a identificação e localização das comunidades que abrigam o maior número de beneficiários do Projeto Brasil Sem Miséria nos respectivos municípios. “O trabalho de campo se intensificará a partir de uma reunião em Casa Nova nos dias 7 e 8 de janeiro  e em Remanso,  nos dias 9 e 10, quando será elaborada uma Síntese do projeto e em seguida apresentada às comunidades”, acrescenta o Coordenador do Projero pela Bahia Pesca, Jackson Ornelas, ressaltando que a mobilização das famílias, os eventos para Apresentação do projeto às comunidades e a seleção das unidades familiares que serão atendidas, deverão se repetir durante os próximos três meses, conforme cronograma definido pelo MDA.
 
Fonte:
Jan Penalva (DRT/BA 3672)
ASCOM Bahia Pesca 
Tel: (71) 3116-7154 / 9729-1043
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Notícias

Caixa Econômica planeja oferecer linha de crédito a pescadores baianos
 
Em 2014 pescadores e piscicultores baianos terão mais crédito para realizar suas atividades produtivas. Representantes da Bahia Pesca, órgão vinculado à Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), e da Caixa Econômica Federal se reuniram nesta quinta-feira (26), a fim de construir um plano de trabalho para integrar a instituição financeira às ações de crédito intermediadas pela Bahia Pesca.
 
“Hoje já temos o Banco do Nordeste e o Banco do Brasil com linhas de crédito destinadas aos pescadores. A entrada da Caixa Econômica no processo é um caminho natural. O objetivo é utilizar as informações do CadCidadão (base de dados com potenciais beneficiários do programa Vida Melhor) para mapear e atender às famílias com projetos viáveis financeiramente e alto impacto social, especialmente nas Regiões Metropolitana de Salvador e no Território de Itaparica", explica o presidente da Bahia Pesca, Cássio Peixoto, lembrando que também poderão ser financiados equipamentos para a pesca, permitindo assim verticalizar ainda mais a produção.
 
Histórico
 
A cadeia produtiva da pesca vem sendo atendida pelo Programa Crédito Assistido, do governo do Estado, desde novembro deste ano. No caso do Banco do Nordeste, a linha de crédito pode chegar até R$ 15 mil, com juros a partir de 3,5% ao ano. De acordo com o diretor técnico da Bahia Pesca, Anttonio Almeida Júnior, apenas no último trimestre de 2013 foram concedidos cerca de 80 empréstimos. Outras 115 operações estão sendo analisadas pelas instituições financeiras.
 
Fonte:
ASCOM BAHIA PESCA
Telefone: (71) 3116-7154
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Economia Solidária

Natal com cidadania , comércio justo e solidário
 
Fonte: Moradia e Cidadania Paraná ( moradiaecidadaniaparana@gmail.com Este endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo )
Esta é a proposta encontrada na ‘’CASA DA ECOSOL’’, aberta pela Moradia e Cidadania/PR para atender a uma das maiores demandas dos grupos da economia solidária que buscam espaços para divulgar o trabalho coletivo e vender os produtos para geração de renda, inclusão e desenvolvimento social.
 
O espaço reúne artesanato, reciclagem ,atelier e oficinas, estabelecendo um ponto de referência para a interação desse segmento de trabalhadores e a sociedade, com informações e práticas de consumo ético e consciente.
 
Seguindo os princípios da economia solidária, a Casa da Ecosol é administrada no sistema de auto-gestão pelos empreendimentos solidários de Curitiba e região metropolitana que fazem parte do projeto.
 
Presente de Natal pode ter significado maior quando comprado de Empreendimentos Solidários inclusive quando os produtos são certificados pelo Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário - SNCJS.
 
Venha conhecer esta iniciativa, de segunda a sexta-feira das 9h às 18h e nos sábados 9h00 às 13h
Rua Mateus Leme nº 651 Curitiba- PR.
 
Consumo ético, comércio justo e solidário.
 
Pratique esta idéia!

Economia Solidária

UFRB inaugura Centro Público de Economia Solidária do Território do Recôncavo da Bahia
 
 
A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), inaugurou na última quarta-feira (12), no campus de Cruz das Almas, o Centro Público de Economia Solidária do Território do Recôncavo da Bahia (CESOL). Estiveram presentes, na solenidade de inauguração, o reitor Paulo Gabriel Nacif, a diretora do Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (CETENS), Tatiana Velloso, a chefe de gabinete da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia (SETRE), Olivia Santana, representantes da Superintendência de Economia Solidária, da Comissão Ecumência dos Direitos da Terra (CEDITER), da Secretaria de Planejamento do Estado da Bahia, do Fórum de Economia Solidária, entre outros. - See more at: http://bahiareconcavo.com.br/site/ufrb-inaugura-centro-publico-de-economia-solidaria-do-territorio-do-reconcavo-da-bahia/#sthash.0hEtis2h.dpuf
 
O local será utilizado para oferecer apoio técnico, de formação e articulação a empreendimentos econômicos e solidários, durante dois anos, aos municípios de: Cabaceiras do Paraguaçu, Cachoeira, Castro Alves, Conceição do Almeida, Cruz das Almas, Dom Macedo Costa, Governador Mangabeira, Maragogipe, Muniz Ferreira, Muritiba, Nazaré, Santo Amaro, Santo Antonio de Jesus, São Felipe, São Félix, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passe, Sapeaçu, Saubara e Varzedo. Além de Cruz das Almas, estão em operação os centros públicos de Pintadas, Juazeiro, Itabuna, Guanambi e, em Salvador nos bairros da Barra, Mares e Sussuarana - See more at: http://bahiareconcavo.com.br/site/ufrb-inaugura-centro-publico-de-economia-solidaria-do-territorio-do-reconcavo-da-bahia/#sthash.0hEtis2h.dpuf
 

Economia Solidária

Sala lotada no Curso de Cooperativismo Social
 
 
 
O eixo Autogestão no Trabalho contou no I Encontro Nacional da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) dias 04, 05 e 06 de Dezembro em Pinhais – PR um conjunto de atividades, com cursos, mesas de debate e rodas de conversa com experiências de Inclusão Social pela Cultura e Trabalho de todo o país.
 
Nossa REDE esteve presente com diversos técnicos e usuários que participam e impulsionam projetos, oficinas e empreendimentos solidários que promovem a Inclusão Social pelo Trabalho. A maioria de nossa representação foram de usuários representando nossas associações.
 
Nesses debates, rodas de conversa e nos Cursos ficou claro a necessidade de consolidar uma política pública de apoio e fomento a oficinas, projetos e empreendimentos solidários na perspectiva do cooperativismo social e também que exista um reconhecimento, financiamento e ampliação da experiência dos Centros de Convivência e Cultura e dos Centros de Convivência e Cooperativismo. Medidas urgentes para a ampliação dos direitos e da contratualidade social dos usuárias (os), oficineiros (as) e trabalhadoras (es) de nossos projetos, oficinas e empreendimentos solidários.

Cooperativismo

Índia quer ampliar negócios com empresas e cooperativas do Paraná
Ashok Tomar lembrou que há espaço naquele país para a entrada de maior quantidade de produtos paranaenses de valor agregado
Curitiba (20/12) - Representantes do setor produtivo paranaense estiveram reunidos com o embaixador da Índia, Ashok Tomar, na terça-feira, em Curitiba. No encontro, organizado pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), o embaixador e demais empresários indianos conheceram as oportunidades de negócios existentes no Estado.

Ashok Tomar lembrou que há espaço naquele país para a entrada de maior quantidade de produtos paranaenses de valor agregado. Em 2012, o Brasil exportou cerca de US$ 5,6 bilhões para a Índia, dos quais 62% foram de derivados de petróleo e produtos afins. Outros 23% corresponderam a açúcar, óleo de soja e minério de ferro.

Em contrapartida, a Índia vende para o Brasil uma quantidade significativa de maquinários agrícolas e agroquímicos, por exemplo. Indianos e paranaenses querem ampliar essa relação comercial. O Paraná está entre os quatro estados brasileiros que mais exportam produtos para o país, entre eles a soja, o açúcar, bombas injetoras de combustíveis, feijão e madeira.

A Índia ocupa a 27º posição no ranking dos países para os quais o Paraná mais exporta. Atualmente há 100 empresas paraenses que comercializam produtos para os indianos e 400 que adquirem itens de lá.

POTENCIAL – Atualmente, há entre 400 e 500 milhões de pessoas que integram a classe média na Índia. O país é um dos mais populosos do mundo, com 1,21 bilhão de habitantes e um PIB de US$ 4,78 trilhões. Nos últimos anos, a economia indiana tem registrado crescimento médio anual de 8,5%, que deve ser um pouco menor em 2013, mas ainda é superior ao da maioria dos países ao redor do mundo. O Food Security Bill, que visa subsidiar alimentos para a população carente da Índia, foi apontado como outra oportunidade de negócios para o Paraná.

DELEGAÇÃO – Como um dos resultados do encontro, foi decidido que no ano que vem serão organizadas visitas de empresários paranaenses à Índia para que eles possam conhecer com mais detalhes a realidade daquele país e, assim, dar continuidade ao estreitamento das relações comerciais entre a Índia e o Paraná. (Assimp do Sistema Ocepar)

Cooperativismo

Agricultores discutem Central de Cooperativas
Representantes do cooperativismo agropecuário se reúnem para criar Central de Cooperativas para dar mais força aos negócios agrícolas dos cooperados
Fortaleza (19/12) - Lideranças de 12 cooperativas singulares da agricultura familiar, participantes do Projeto Desenvolvimento da Competitividade e Profissionalização de Cooperativas do Ramo Agropecuário no Estado do Ceará, se reuniram ontem, na sede do Sistema OCB/CE, para discutir a criação de uma Central de Cooperativas.

A ideia é que a produção seja vendida diretamente ao consumidor. “Antes, a cooperativa vendia para terceiros, que chamamos de atravessador, e só depois revendia. Hoje, vamos comercializar diretamente com o cliente. Isso vai deixar o produto mais barato e com a qualidade que todos querem”, explica Francisco Alves Queiroz, representante do ramo agropecuário do Sistema OCB/CE.

De acordo com Rubenildo Mélo, Técnico de Monitoramento do Sistema OCB/CE e um dos gestores do Programa, a reunião é um passo importante para se concretizar um sonho antigo das cooperativas agropecuárias.

O Projeto, patrocinado pelo Fundo Solidário de Desenvolvimento Cooperativo (Fundecoop), receberá investimento de mais de R$ 3 milhões, nos três anos de execução. Os principais produtos oriundos das cooperativas da agricultura familiar a serem comercializados são: frutas e hortaliças tropicais, mel de abelha, mel de engenho, castanha de caju, polpas de fruta, rapadura, batida, queijo de leite de cabra, dentre outros. Esses produtos movimentarão cerca de R$ 10 milhões em 2014, evoluindo nos anos subsequentes.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Notícias

Milhares de barragens subterrâneas vão viabilizar convivência com o semiárido
 
(Lapão – BA) - O pequeno município de Lapão, no Território de Identidade de Irecê, um dos mais castigados pela pior seca da história do Nordeste foi, na noite desta quinta-feira (19), palco de um dos mais importantes e históricos acontecimentos visando a convivência com o semiárido. O governo do Estado entregou 26 das 98 retroescavadeiras que serão doadas aos municípios da área de atuação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), destinadas especificamente à construção de barragens subterrâneas, limpeza e abertura de aguadas. Com recursos oriundos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Ministério da Integração, seriam construídas apenas 1.300 barragens, mas o governo do Estado através da Secretaria da Agricultura, Companhia de Desenvolvimento e Ação Social (CAR/Sedir) e Casa Civil encontraram uma fórmula para maximizar os recursos e assim serão construídas cinco mil barragens subterrâneas.
 
“Essas máquinas mudarão a vida de milhares de agricultores” disse o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, afirmando que “hoje estamos realizando um sonho e dando passos largos para alcançar a convivência com o semiárido e evitar no futuro sofrimentos como os de agora com essa seca prolongada. O evento, realizado no centro cultural da cidade, contou com a presença dos 26 prefeitos que receberam as máquinas, centena de produtores, do vice-governador Otto Alencar, do secretário da Casa Civil, Rui Costa, do presidente da Codevasf, Elmo Vaz, e do diretor-executivo da CAR, José Vivaldo de Mendonça Filho, dentre inúmeras outras autoridades.
 
As atuações da Seagri e da CAR para concretizar a entrega das máquinas foram destacadas por Otto Alencar, Rui Costa e pelo presidente da Codevasf. Há um ano e meio, na condição de presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura (Conseagri), Salles, acompanhado por todos os secretários de Agricultura do Nordeste e o de Minas Gerais, foi à Brasília e apresentou ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho, um projeto estruturante de convivência com o semiárido, reivindicando a liberação de recursos não reembolsáveis para a construção de milhares de barragens subterrâneas no nordeste brasileiro. “Ele e sua diretoria ficaram sensíveis à nossa proposta e o Banco, em parceria com o Ministério da Integração, liberou R$ 100 milhões para o Nordeste, sendo desse total R$ 26 milhões para a Bahia, liberados através da Codevasf”.
 
Se o governo contratasse empresas para construir as barragens, o valor liberado só seria suficiente para fazer 1.300, fato que levou o governo a buscar alternativas para maximizar os recursos. Salles explicou que “depois de diversas reuniões com o presidente da Codevasf e da CAR, concluímos que era mais viável comprarmos 98 retroescavadeiras e doá-las aos municípios com todo material necessário para as construções de milhares de barragens subterrâneas, ficando os municípios com a responsabilidade de tocar a construção das barragens, com capacitação e acompanhamento da Seagri, Car e Codevasf”.
 
De acordo com os termos do convênio, as retroescavadeiras serão empregadas na construção de barragens subterrâneas que proverão água à produção de agricultores familiares. Após a conclusão dessa meta, as prefeituras poderão utilizar as máquinas em outras ações. As barragens represam cursos d'água e fazem com que o solo de áreas adjacentes retenha umidade. O solo molhado alimenta as plantações dos agricultores em períodos do ano em que não há chuva.
 
De acordo com o secretário Eduardo Salles, a seleção dos municípios foi feita depois de criteriosos estudos técnicos, realizados por um grupo de trabalho constituído por técnicos da Codevasf, Seagri/Superintendência de Irrigação, e Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), considerando-se, dentre outros critérios, a favorabilidade do solo para este tipo específico de barramento.
 
Elmo Vaz, presidente da Codevasf destacou a articulação feita entre os governos estadual e federal e anunciou que a Codevasf está trabalhando a revitalização dos rios Verde e Jacaré, “que são as grandes veias do platô de Irecê. Ele disse também que “transformar a possibilidade de construir 1.200 barragens em cinco mil foi uma sábia decisão do governo baiano, que vai atender a milhares de agricultores”.
 
Municípios contemplados
 
Os municípios que receberam as 26 máquinas são América Dourada, Barra do Mendes, Barro Alto, Cafarnaum, Canarana, Central, Gentil do Ouro, Ibipeba, Ibititá, Ipupiara, Irecê, Itaguaçu da Bahia, João Dourado, Jussara, Lapão, Mulungu do Morro, Presidente Dutra, São Gabriel, Uibaí e Xique-Xique, todos esses no Território de Identidade de Irecê. Barra e Brotas de Macaúbas, no Território de Identidade Velho Chico. Bonito, Novo Horizonte e Souto Soares no Território de Identidade da Chapada, e Buritirama, no Território da Bacia do Rio Grande.
 
Para o prefeito de Ipupiara, Davi Ribeiro, a doação da máquina representa muito para o município, que “com recursos próprios não teria condições de comprar um equipamento como esse, tão importante para prevenirmos dramas futuros com a seca, como o que estamos vivendo”. Ele conta que muitas famílias já migraram para grandes centros. Segundo ele, serão construídas mais de 350 barragens no município.
 
Prefeito de América Dourada, Joelson Cardoso do Rosário, disse que o equipamento chega em bom momento e que vai fazer cerca de 300 pequenas barragens, destacando que o município tem a hortifruticultura como uma de suas principais atividades, que foi muito prejudicada com a seca.
Para Cristina Sodré, prefeita de Brotas de Macaúbas, a limpeza e abertura de novas aguadas serão de grande valia para a agricultura familiar do seu município.
 
Fonte:
Ascom Seagri
Josalto Alves – DRT-Ba 931
Tel.:(71)9974-2354/3115-2794
 

Cooperativismo

Convênios entre EBDA e cooperativas beneficiam trabalhadores rurais
 
Foto: Manu Dias/GOVBA
Quatro convênios entre a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e cooperativas do estado foram assinados na manhã desta sexta-feira (20), durante o 26º Encontro Estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Parque de Exposições de Salvador, com a presença do governador Jaques Wagner. 
 
Os convênios entre a EBDA e as cooperativas são para plantação de palma forrageira, milho para silagem, pastagem, e entrega de 400 animais para reprodução. 
 
Para o governador Jaques Wagner, "a relação entre o MST e o Governo do Estado foi construída pela identidade da Bahia, que o Movimento e nós queremos construir, uma terra com igualdade de oportunidades, mais justa e mais forte pela inclusão do nosso povo."
 
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domingo, 1 de dezembro de 2013

Notícias

Agricultura familiar é destaque no espaço da EBDA na Fenagro 2013
 
Aproximadamente 70% dos alimentos que chegam à mesa das famílias brasileiras são provenientes da agricultura familiar, segmento que, na Bahia, tem 665 mil famílias. Para apresentar essa extensão da zona rural na capital baiana, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), órgão oficial de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), vinculado à Secretaria da Agricultura (Seagri), montará o Espaço do Agricultor Familiar, na Fenagro 2013, entre os dias 30 de novembro e 08 de dezembro, no Parque de Exposições de Salvador.
 
Durante os nove dias de evento, os visitantes do estande da EBDA terão contato com as principais tecnologias de convivência com a seca, que amenizam as dificuldades do homem do campo no Semiárido baiano. Serão dispostas as alternativas de alimentação animal, plantio diversificado de culturas, metodologias de irrigação, entre outras tecnologias. “O ano de 2013 não foi fácil para o agricultor familiar, que enfrentou uma das maiores secas, das últimas décadas. Entretanto, existem alternativas que auxiliam na convivência com esses tempos difíceis. O papel da EBDA é levar tecnologia, assistência técnica e resultados de pesquisas para estas famílias”, afirmou o presidente da EBDA, Elionaldo de Faro Teles.
 
Apresentação
 
O estande abarcará uma área especial dedicada às crianças, que funcionará diariamente, a partir do dia 01 de dezembro, das 10h às 22h, contando com programação interativa, apresentação teatral, leitura de contos, brincadeiras e desenhos. “Esse é o primeiro ano do Espaço Infantil, e desde já, acho que será um sucesso entre a garotada. Buscaremos, de uma forma lúdica, ensinar para as nossas crianças a importância de uma alimentação saudável e os valores da agroecologia”, comentou Teles.
A Central de Laboratório da Agropecuária (CLA), pertencente à EBDA, vai expor mostras de pesquisas em diversas áreas. Estarão disponíveis estudos referentes à biologia molecular, doenças em plantas, mosca das frutas, além de classificação vegetal, que analisa alimentos como feijão, arroz, trigo, dentre outros, para emissão de laudos e certificação de produtos.
 
Ainda na programação da empresa, será realizado o lançamento do livro “A Palma Forrageira no Estado da Bahia: diagnóstico, recomendações técnicas e uso na alimentação animal e humana”, de autoria dos técnicos da EBDA, Jorge de Almeida, Clovis Pereira Peixoto e Carlos Alberto da Silva Ledo. Na obra, os autores apresentam o resultado de uma pesquisa descritiva, realizada em 130 municípios da região semiárida do Estado, onde é comprovada a importância econômica do cultivo da palma, além de trazer recomendações técnicas para o cultivo, preparo do solo, colheita, utilização na alimentação animal, receitas culinárias que permitem inserir o cacto na alimentação humana.
 
Outro evento que movimentará o Espaço do Agricultor Familiar será a homenagem a um técnico da empresa, cerimônia que comemora o Dia do Extensionista Rural, com data em 6 de dezembro. Os extensionistas são os agrônomos, técnicos agrícolas, veterinários, sociólogos, zootecnistas, assistentes sociais e outros profissionais dedicados à tarefa de disseminar conhecimento entre os agricultores familiares, respeitando os conhecimentos, saberes e culturas dos agricultores.
 
A participação da EBDA não fica restrita ao estande. A empresa também demonstrará, de forma interativa e dinâmica, as diversas fases de 12 cadeias produtivas do estado, dentre elas a mandioca, cana-de-açúcar, guaraná, algodão, mamona, sisal, dendê, ovinos e caprinos e borracha. A EBDA ainda promoverá caravanas de agricultores familiares vindos dos municípios de Ribeira do Pombal, Esplanada, Barra, Teolândia, Itanagra, Ipirá, Arembepe e Mata de São João, que conhecerão a feira, o Espaço do Agricultor, além de participar de cursos, oficinas, seminários, palestras e reuniões que debaterão temas importantes sobre agroecologia, o uso da palma da alimentação animal, dentre outros assuntos importantes para o desenvolvimento da agricultura familiar baiana.
 
Comercialização de produtos da agricultura familiar
 
A EBDA também trabalha, no campo, com a formação dos agricultores familiares, em diversas áreas, a exemplo de artesanato, produção de alimentos, extrativismo e outros, acompanhando o produtor rural em todas as etapas da cadeia produtiva. Por isso, a empresa é uma das apoiadoras da Feira Baiana de Economia Solidária e Agricultura Familiar (Febasfes), que está em sua quarta edição, na Fenagro, e visa incentivar e ampliar a comercialização dos produtos da Agricultura Familiar.
 
Neste ano, os visitantes da Fenagro 2013 poderão conhecer e adquirir mais de 200 produtos oriundos da agricultura familiar, como achocolatado, doces, frutas, mel, cachaça e muitos outros, que serão comercializados em uma loja da Cesta do Povo, montada na Feira.
 
“A Fenagro é uma excelente oportunidade para divulgarmos e apresentarmos os produtos da agricultura familiar, que desde o mês de julho são vendidos em todas as lojas da Cesta do Povo, nos quatro cantos da Bahia”, disse o diretor de Agregação de Valor e Acesso a Mercados da Seagri/Suaf, Jeandro Ribeiro, enfatizando que o objetivo da Febasfes é criar oportunidade de negócios e campo de comercialização para as cooperativas e associações de agricultores familiares.
 
Segundo Ribeiro, a Fenagro contará com uma praça de alimentação, com 20 empreendimentos da agricultura familiar, onde será possível consumir produtos como beijus, sucos, mariscadas, maniçoba e tilápia.
 
A Febasfes é uma iniciativa da União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado da Bahia (UNICAFES Bahia), com o apoio da Superintendência de Agricultura Familiar da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (SUAF/SEAGRI), da (EBDA) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
 
Fonte:
Assimp/EBDA – 06/07/2012
Tel.: (71)3116-1907
ebda.imprensa@ebda.ba.gov.br
- See more at: http://www.seagri.ba.gov.br/noticias/2013/11/29/agricultura-familiar-%C3%A9-destaque-no-espa%C3%A7o-da-ebda-na-fenagro-2013#sthash.9N6HhJ2s.dpuf
 

sábado, 30 de novembro de 2013

Economia Solidária

Feira da Economia Solidária realiza última exposição de 2013 na Ufal                
Em dezembro os produtos ficarão à mostra durante duas semanas, de 2 a 13 de dezembro             
 
Deriky Pereira – estudante de Jornalismo
 
A Universidade Federal de Alagoas receberá, na próxima semana, mais uma edição da Feira da Economia Solidária. Esta, que será a última do ano de 2013, será realizada de forma diferenciada: os produtos ficarão expostos por duas semanas, entre os dias 2 e 13 de dezembro, na Praça dos Bancos, ao lado da Caixa Econômica Federal, situada no Campus A.C. Simões, em Maceió.
 
A iniciativa é do Núcleo de Incubação de Empreendimentos Solidários (Unitrabalho), coordenado pelo professor César Nonato, do Centro de Educação (Cedu) e pretende divulgar os trabalhos de artesanato feitos pelos grupos incubados pelo núcleo, como sandálias, roupas, bijuterias e artigos de decoração para as comunidades acadêmica e circunvizinha.
 
Outro diferencial desta última edição do ano será mostrado na segunda semana de feira, quando outros grupos estarão presentes, trazendo diversidade aos produtos já oferecidos. Participarão do evento os empreendimentos Guerreiros de Alagoas (Maceió), Cooperartban (Marechal Deodoro), Artemix e Fibrart (Atalaia)”, explicam os organizadores do projeto.
 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Economia Solidária

Autogestão é um desafio para quem não deixou de ser jovem

Por Luigi Verardo (publicado em http://www.agenciajovem.org/wp/?p=18223)
 
ImageA Economia Solidária tem a virtude de poder integrar diversos elementos constitutivos da vida na sociedade humana. Ela tem a potencialidade de agregar o que foi e está sendo pulverizado e fragmentado pela trajetória mais recente da história. A Economia Solidária nasce como expressão de uma inconformidade com o mundo em que vivemos e, ao mesmo tempo, não deixa de apresentar e realizar alternativas econômicas e sociais para o mundo que queremos: mostra que uma outra economia e outra forma de organização e relacionamento social é possível. Atua na área do negócio e combina-a com a área organizacional, de forma que uma não sobreponha a outra.
 
Isto é, se a atividade econômica (produção, serviço, comercialização, consumo, finanças) constitui o elemento básico, ela não prescinde, mas requer afluência de nova cultura, visão ambiental e relacionamento solidário e adequados ao trabalho humano. Isto porque não se trata de uma atividade econômica convencional, mas de economia baseada na solidariedade e organizada de forma autogestionária.
 
Quando definimos os empreendimentos solidários como atividades coletivas, de cooperação e autogestionárias estamos pressupondo a existência de autonomia, o que requer investimento na construção dos elementos de caráter objetivo e subjetivo necessários para que, em última instância, se crie uma cultura avessa à dependência, à exploração, ao preconceito (de raça e de gênero) e à política de dominação. Sabemos que superar os entraves que tanto nos impedem de promover a solidariedade e autogestão requer que se considere as determinações que pesam sobre cada um de nós tanto individual como coletivamente. Afinal, na nossa existência nos encontramos em um mundo que não escolhemos (preferíamos outro e melhor, não é verdade?). Além disso, nos encontramos em uma forma muito louca de relacionamento em sociedade. Vivemos com muitas pessoas que não escolheríamos conviver. Vivemos numa sociedade que usa determinada forma de organização social e cultural que nos precede; contudo, estes são apenas os elementos externos que demarcam nossa existência.
 
Os obstáculos e as cadeias que sequestram nossas almas e nossas alegrias não estão distantes de nós: também estão em nós mesmos. Isto é, fomos educados (desde a infância, na família, nas escolas, nas empresas, nas catequeses e pelos meios de comunicação) para o individualismo, competitividade e dureza nas relações. As heranças culturais e psíquicas não nos abandonam de graça: são heranças, são marcas. Por conta disso, é necessário saber o que queremos e que projeto de vida nos interessa. E, a partir disto, é saber o que podemos e devemos rejeitar ou deixar para trás. Com isso teremos chance de construir o que queremos. Só seremos nós mesmos a partir do que fizermos daquilo que os outros fizeram de nós.
 
Sem dúvida que há necessidade de se desenvolver espírito crítico e promover novas atitudes e sensibilização para novos valores. Contudo, nuvens escuras não se desfazem com simples brisas e tampouco aquelas coisas mais preciosas à vida não são trazidas pela aragem matinal do novo dia que tanto desejamos. É possível que as marcas individuais e coletivas nunca nos abandonem, mas identificá-las e tratá-las permite que se construa o desejável para o amadurecimento individual e para o desenvolvimento do coletivo.
 
O processo de libertação das determinações e de construção voltada à autonomia não se dá pela via teórica ou de forma abstrata. São resultados de novas atitudes e de novas práticas. São frutos que nascem de novo relacionamento no trabalho, no controle coletivo das atividades econômicas. É neste sentido que a Autogestão na Economia Solidária é uma escola não apenas para a economia, mas para a sociedade e para o indivíduo.
 
A promoção de novas formas de relacionamento e de administração envolve necessariamente uma gama enorme de elementos que de alguma forma interferem na vivência das pessoas e dos grupos. É necessário trabalhar os conceitos, preconceitos, informações, juízos de valores que estão incorporados como naturais, assim como atitudes e gestos inconscientes. Por conta disso, afirmamos que a construção de novas relações e novas atitudes exige que se trabalhe com saberes, desejos e fantasias.
 
Constituir alternativas solidárias implica em mexer em escalas de valores. Elas têm a ver com as alterações no comportamento e nas práticas de interação dos indivíduos com o grupo em que convivem e trabalham no dia-a-dia. A economia solidária e a autogestão não são categorias absolutas: são processos de construção em que um rol muito amplo de elementos deve confluir para seu desenvolvimento e para a sua constituição.
 
Combater a dependência é mais do que se dizer “independente” (etimologicamente, dependente de si mesmo). Resta, contudo, saber das dependências conscientes ou inconscientes que herdamos internamente. Contudo, se, de alguma forma, somos determinados pelo nosso meio, isso não nos isenta de responsabilidades. Aliás, devemos ter responsabilidades (responder pelas palavras e ações) de ordem social (relacionais), política (poderes) e ideológica (mentalidades). Quando falamos que desde o começo temos compromisso com a solidariedade, na sua acepção social, cultural e política, estamos nos referindo, antes de tudo, à solidariedade para com os que vivem do seu próprio trabalho, e não de forma geral ou abstrata. Aliás, a solidariedade não se dá apenas com o presente (com as pessoas de hoje) porque a humanidade continua e não é nada solidário gerar hoje um passivo ambiental para as gerações futuras pagarem.
 
Constituir empreendimentos de economia solidária e de autogestão significa, antes de tudo, construir alternativas, pressupondo um incessante trabalho crítico tanto no sentido de negar (na teoria e na prática) o que se quer superar, quanto no de construir o novo a que se propõe. Significa realizar um processo vivo no qual tanto o trabalho quanto o relacionamento interpessoal devem caracterizar-se como atividade essencialmente humana de forma que os sujeitos possam exercer sua atividade de forma prazerosa, sem que se dissociem a produção e a deliberação. Afinal, produzir e decidir sobre o destino do que se produz são partes integrantes do processo de trabalho e da vida humana.
 
As atividades solidárias e de autogestão como gestão democrática requerem um investimento incessante à promoção da inteligência coletiva. Incentivo tanto no sentido de capacitar os trabalhadores e garantir a sustentabilidade do empreendimento, quanto no sentido de sensibilizar o conjunto dos trabalhadores para as novas relações de trabalho e de organização coletiva. Tudo isto sem perder de vista a inserção no mercado. Investir na organização dos trabalhadores e simultaneamente na gestão do negócio significa que é necessário que se distingam, de forma clara, as duas áreas. Significa que se deve tratar de forma distinta, porém combinada, a esfera da gerência e administração do negócio e a área de relação e organização autogestionária. Pois, o espaço das relações cooperativas e o espaço do relacionamento competitivo do mercado constituem duas esferas que são de caráter distinto e contraditório. As diferenças e os conflitos, por sua vez, requerem um tratamento permanente e adequado de forma que possam servir de elemento gerador não só de consciência, mas de estímulo no sentido de se buscar a superação através de novas perspectivas e novas dimensões de relações de trabalho e de vida.
 
Há um tempo acreditou-se que quando os trabalhadores pudessem assumir coletivamente seu próprio negócio iriam fazê-lo de forma muito mais interessante que a mera reprodução daquilo que viviam no mundo do trabalho. Contudo as experiências das centenas de empreendimentos e empresas de autogestão mostrou que o peso da herança da cultura da dominação (principalmente, subalternidade e dependência) e do preconceito persiste nas “novas” relações de trabalho. No caso das empresas recuperadas observamos o quanto a trajetória de lutas e de reivindicações dos períodos anteriores determinava o destino do futuro do empreendimento solidário e de autogestão. Das experiências bem sucedidas ou que redundaram em resultados satisfatórios, nenhuma delas contava com trabalhadores sem experiência de luta (de greve, por exemplo) sem experiência que provasse a importância da solidariedade de classe naquelas ações trabalhistas.
 
Além da história de lutas também a questão etária mostrou sua importância. Se além da ausência da vivência solidária acrescentasse o fator etário, a perspectiva do novo projeto poderia estar toda comprometida. Aliás, daqueles empreendimentos assumidos pelos próprios trabalhadores nenhum se deu com pessoas com idade próxima da aposentadoria e com pouca trajetória de luta e de busca de mudanças e inovações.
 
Quando se trata de constituir projeto de autogestão o segmento jovem apresenta potencialidade superior. Além do gregarismo¹ que expressam em diversas de suas ações possuem de forma menos cristalizada as heranças da dominação. Tiveram menos oportunidade de serem adestrados pelo taylorismo e fordismo. Por fim, pode-se dizer que o jovem possui maior disponibilidade, mais espírito de abertura para vivência de novas realidades.
 
Depois, no processo de implantação sob a gestão direta dos trabalhadores persistem elementos culturais e psíquicos que dificultam o amadurecimento individual e coletivo necessário às práticas autogestionárias. Existem atitudes que fazem lembrar a expressão bíblica: “saudades das cebolas do Egito” porque, por exemplo, o trabalhador antes tinha garantia da Carteira de Trabalho. Agora, não. Antes não precisava conhecer outras áreas de trabalho senão as atividades de sua seção ou de sua profissão. Agora precisa se responsabilizar pela administração do negócio. Aliás, o conceito de “profissão” passa a ter maior abrangência. Mesmo quando o sujeito começa a assumir a gestão muitas vezes faz pela metade de forma que continua se sentindo empregado para cobrar e reclamar e, ao mesmo tempo, acha-se com poderes (de ser chefe) para dar ordem e mandar.
 
Por ser um processo em construção e de inovação o desenvolvimento do empreendimento autogestionário requer inteligência e energia para cuidar da partilha das informações, disponibilidade para participação integral da gestão e vigilância para acompanhar as decisões, os encaminhamentos e resultados. Como se pode observar este caminho não é para qualquer pessoa. As tarefas não são para pessoas burocratizadas e acomodadas com rotinas: são desafios que precisam de jovens para avançar.
Envolva-se:
 
Para conhecer um pouco mais do assunto recomendamos: VERARDO, Luigi. Economia Solidária e autogestão. http://www.fase.org.br/projetos/vitrine/admin/Upload/1/File/Proposta98/luigiverardo98.pdf
¹ “O gregarismo é uma estratégia protetora observada em diversos grupos de animais, que se agrupam em sociedades mais ou menos estruturadas, permanentes ou temporárias, visando a proteção dos indivíduos que a compõem”. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Greg%C3%A1rio

Notícias

Abatedouro frigorífico de Morro do Chapéu vai garantir carne saudável para a região
 
 
(Morro do Chapéu/BA) - Garantir carne saudável, livre de doenças como a brucelose, salmonelose e tuberculose, é o que pretende o secretário da Agricultura, Engenheiro Agrônomo Eduardo Salles, ao assinar ordem de serviço para a construção do abatedouro frigorífico municipal de Morro do Chapéu, na noite da última sexta-feira (22), na prefeitura da cidade. Também assinaram o documento, o prefeito Cleová Oliveira Barreto e o representante da empresa SZ Construtora, vencedora de licitação para a construção da obra.
 
“Em nome de toda população de Morro do Chapéu eu agradeço ao governo do Estado, ao senador Walter Pinheiro, que deu o pontapé inicial para conseguirmos essa obra, que vai mudar a realidade do consumo saudável de carne de toda região”, destacou o prefeito Cleová, acrescentando que como contrapartida o município viabilizou o terreno, realizou a pavimentação e garantiu projeto de energia elétrica.
 
O secretário Eduardo Salles destacou que esta é uma das maiores obras da Secretaria Estadual da Agricultura, em um período difícil para a economia do Estado, mas imprescindível para a Bahia. “Mesmo com o momento de recessão pelo qual o estado passa, o governador Jaques Wagner teve a sensibilidade para entender que esta é uma obra estruturante para esta região. Serão investidos quase R$ 5 milhões, e serão abatidos 100 animais/dia. O equipamento que estamos trazendo para este município é de primeiro mundo e se adéqua à portaria nº 304 do Ministério da Agricultura”, disse Salles, agradecendo ainda o apoio do secretário de Planejamento Sérgio Gabrielle, dos senadores Walter Pinheiro e Lídice da Mata, e do deputado federal José Carlos Araújo.
 
O secretário ainda anunciou que outros investimentos estão previstos para Morro do Chapéu, a exemplo de um laticínio que será construído, mas os equipamentos já estão garantidos, e o centro de comercialização de animais, que é um desejo dos criadores da região. “Estamos trabalhando com projetos sustentáveis para toda zona rural no interior da Bahia, e todas as lideranças de Morro do Chapéu sonham com o funcionamento do Parque de Exposições do município”, pontuou.
 
Além de Morro do Chapéu, também já foram assinados contratos para a construção de abatedouros frigoríficos em Valença, Remanso e Bom Jesus da Lapa, com capacidade para abate de 100 animais/dia. Na semana passada também foram assinados contratos para a construção de nove outros abatedouros frigoríficos, com capacidade para 30/100 animais/dia nos municípios de Araci, Barra, Iguaí, Itaberaba, Itanhém, Medeiros Neto, Paramirim, Santa Rita de Cássia e Valente.
 
A cerimônia de assinatura contou com a presença de secretários municipais, vereadores, do deputado federal José Carlos Araújo, do presidente da Assopel, Odilésio José Gomes, dentre outros representantes de instituições locais.
 
Fonte:
Imprensa Seagri
Jornalista: Lívia Lemos/ 3461
Contato: (71) 3115-2794

Notícias

Secretário da Agricultura alerta que questões trabalhistas podem inviabilizar a cafeicultura na Bahia e no Brasil
 
Fotos: Aurelino Xavier
A burocratização das questões trabalhistas inviabiliza a atividade cafeeira no Brasil e na Bahia. Essa afirmação foi feita pelo secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, durante a palestra que marcou a abertura do VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, com o tema “Atividade Cafeeira com Sustentabilidade e Inclusão Social”, nesta segunda-feira (25). Além de apresentar o panorama atual da situação da cafeicultura na Bahia, o secretário afirmou, com a experiência de quem foi diretor, vice-presidente, presidente por duas vezes da Assocafé e criador do concurso de cafés especiais na Bahia com grãos selecionados premiados nacionalmente e internacionalmente, que a sustentabilidade do setor cafeeiro está diretamente relacionada à questão trabalhista. “Tenho uma história dedicada à cafeicultura, participei dos grandes eventos nacionais e internacionais do café e conheço de perto as dificuldades enfrentadas pelos cafeicultores do Estado. A inclusão social passa pela deburocratização trabalhista. Muitas fazendas de café estão fechando por conta desse problema”, enfatizou.
 
O simpósio acontece num momento importante para os produtores de café do Brasil, em que o Conselho Monetário Nacional aprovou a renegociação e o adiamento do pagamento de dívidas de cafeicultores com vencimento entre julho de 2013 e junho do próximo ano, transferido para 2015. A medida, aprovada na última sexta-feira (22), está restrita aos produtores de café da variedade arábica e suas cooperativas. “É evidente que demos um passo importante, mas é um absurdo que o café conillon não tenha sido contemplado, porque essa variedade está passando por um momento muito complicado que precisa ser revertido”.
 
Eduardo Salles lembra que no período em que esteve à frente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), propôs o “Simples” para a cafeicultura, (regime tributário diferenciado semelhante ao aplicado em Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), sem perdas para trabalhadores e produtores. “Atualmente o trabalhador que recebe por produtividade atua na colheita de uma fazenda e vai migrando de uma para a outra de acordo com a remuneração. O objetivo é formalizar essa prática, fazendo com que o empregador possa recolher os recursos e encargos baseando-se no tempo trabalhado, sem precisar assinar a carteira do trabalhador apenas por alguns dias. Essa burocracia trabalhista faz com que os trabalhadores percam seus empregos”, disse Salles destacando que, a cafeicultura é uma das atividades que mais empregam na Bahia e no Brasil, mas para dar sustentabilidade ao setor é preciso desburocratizar a questão trabalhista, sem ferir os direitos do trabalhador. “Para isso é necessário o apoio dos deputados estaduais, federais e dos senadores empunhando essa bandeira, para que dessa maneira, avancemos nas questões trabalhistas”, afirmou.
Na condição de presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), o secretário Eduardo Salles vai colocar em pauta, na próxima reunião de da entidade, no dia 6 de dezembro deste ano, durante a Fenagro, em Salvador, as condições trabalhistas na cafeicultura. “Vamos encaminhar ofícios aos deputados federais e senadores pleiteando questões como a desburocratização das condições trabalhistas, a inserção do Conillon na renegociação e o aumento do preço mínimo dessa variedade. “O preço mínimo do café arábica subiu e o do conillon permaneceu o mesmo, ficando muito abaixo do preço de produção, enfatizou Salles.
 
“A medida contempla apenas os produtores do café arábica, por conta dos grandes estoques do grão, com preços em queda há três anos. A situação do conillon é menos crítica, os estoques vêm se acumulando há dois meses. No entanto, temos atualmente os piores preços da história do café, na última atualização de preços feita pela Conab, o café arábica foi reajustado para R$ 307,00 a saca, e o conillon, que não sofreu reajuste, permaneceu com o valor de R$ 157,00 a saca ”, destacou o presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes, ressaltando que a renegociação num momento de crise é sempre bem recebida, mas ainda não é o suficiente.
 
Carta da Bahia
 
Diante da situação crítica enfrentada pela cafeicultura no Brasil e na Bahia, agravada pela estiagem prolongada que atinge o Estado, cafeicultores das regiões Sul e Extremo Sul e representantes do setor produtivo estiveram reunidos na Secretária de Relações Internacionais (Serin), para debater e estabelecer medidas emergenciais de superação desse momento difícil da produção.
 
As demandas levantadas foram documentadas e encaminhadas ao governador Jacques Wagner, que contatou de imediato os ministros da Agricultura e da Fazenda, para discutir o assunto. Ficou estabelecida também, uma reunião extraordinária da Câmara Setorial do Café, prevista para acontecer no dia 28 de novembro, para finalizar um documento denominado “Carta da Bahia”, contendo todas as reivindicações dos cafeicultores da Bahia, que será formalmente entregue pelo secretário Eduardo Salles, ao governador do Estado durante a Fenagro, no Parque de Exposições de Salvador.
 
Fonte:
Ascom Seagri – 26 de novembro de 2013
Jornalista: Viviane Cruz
Tel.:(71) 3115.2737 / 2767

Notícias

Desenvolvimento da piscicultura no Território de Irecê surge como alternativa na diversificação da produção

Secretário da Agricultura percorre diversos municípios durante dois dias, para discutir os problemas enfrentados por produtores rurais durante a pior seca dos últimos anos na Bahia.

(Cafarnaum, América Dourado, Mulungu do Morro e Central /BA) – Avançar na produção de peixes no semiárido baiano. Essa é uma das ações estruturantes, proposta pelo secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, para diversificar e potencializar a produtividade dos agricultores familiares, durante debates realizados nos municípios de Cafarnaum, América Dourado (distrito de Previnido), Mulungu do Morro e Central. Os municípios fazem parte do Território de Irecê, região fortemente afetada pela pior seca dos últimos anos.

Recebido em Cafarnaum por agricultores familiares, na Câmara de Vereadores, Salles indicou um projeto de piscicultura que está surtindo bons resultados em outras regiões da Bahia, a exemplo do Oeste, que consiste na instalação de tanques-rede onde serão cultivados peixes da espécie tilápia, e a água será reutilizada para irrigação. O Assentamento Conquista e Olhos D´água, poderão ser inseridos nesse projeto, bem como a Associação Policultivo, Comunidades de Beca, Lagoa das Pedras e Lagoa Agostina.“A expectativa é tornar os municípios de Carfanaum e América Dourado, cidades pólos de produção de tilápia em viveiros escavados”, destacou o secretário.

O projeto prevê que cada tanque produza em torno de 1.000 quilos de peixes por ano. Esses tanques são revestidos com lona, já utilizadas em projetos de silagem no Oeste da Bahia, o que barateia o custo do investimento, passando de R$ 18,00 o metro quadrado, para R$3, 00 e a durabilidade fica em torno de cinco ou mais anos.

Salles traçou um panorama da agropecuária baiana e chamou a atenção para projetos estruturantes elaborados pela Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), a exemplo do Leite Bahia, que possui todas as condições de ser implementado na região. “Este é um programa que está em fase final de testes e em breve essa região vai estar inserida nesta iniciativa”, disse.

A Bahia possui o terceiro maior rebanho leiteiro do País, mas é o 25º no ranking nacional de produtividade, com a marca de 540 litros/ano por vaca ordenhada, enquanto que em estados como Pernambuco e Alagoas a produtividade é de 1.500 litros/ano por vaca ordenhada. “É essa realidade que queremos mudar, e vamos alcançar esse objetivo com o plano estadual do leite, que lançaremos assim que concluirmos os testes que estamos realizando com as unidades demonstrativas”, afirmou. O plano visa também promover o desenvolvimento econômico e social da cadeia produtiva do leite no Estado.

Terra Fértil

Agricultores familiares de todo Território de Irecê, que tem na agricultura de sequeiro a principal economia, através de ofício entregue ao secretário Eduardo Salles em Cafarnaum, reivindicaram atenção especial para solucionar o problema das dívidas adquiridas junto às instituições financeiras, por conta do Programa Estadual Terra Fértil, criado em 2002. “Pedimos socorro, pois muitos estão descapitalizados e ainda precisam regularizar suas dívidas e contrair novos financiamentos agrícolas. Queremos o perdão da dívida, ou pelo menos que inclua nas leis, que seja abatido 85% do valor da dívida”, explicou a presidente da Associação dos Produtores Verticalizados do Programa Terra Fértil do Povoado de Lagoa de Agostinho (Aprovert), Jaqueline Novais.

“O programa não foi bem estruturado, o processo de produção não estava bem articulado, então os produtores contraíram dívidas, em sua maioria com o Banco do Brasil, gerando inadimplência que vem crescendo e se arrastando a cada dia. Os produtores não têm culpa, porque o programa não ofereceu condições para que eles tivessem um retorno do investimento, e consequentemente, quitarem suas dívidas”, destacou Salles ressaltando que, na condição de conselheiro do Fundo do Desenbahia, está tentando solucionar o problema com o presidente da instituição. “Estou lutando na busca de solução para esse grave problema, assim como o senador Walter Pinheiro”, garantiu o secretário Eduardo Salles.

O prefeito de Cafarnaum, Wilson Macambira, comemorou a visita de Eduardo Salles ao município. “Pela primeira vez na história desse município temos um secretário da Agricultura do Estado aqui, com toda a sua equipe percorrendo a região e levantando de perto as necessidades do homem do campo”, destacou.

Para o secretário da Agricultura de Carfanaum, o apoio da Seagri vem sendo fundamental para o aumento da produtividade na região. “Senti esse apoio na audiência realizada pela Seagri em Salvador, momento em que todos os secretários municipais da Bahia estiveram reunidos para levar os problemas da agropecuária de cada região. Estamos colhendo os resultados e sentindo o retorno desse encontro, por termos potencial para abrigar os criatórios de peixes que serão implementados pela Seagri, tenho a expectativa de ver futuramente o município de Cafarnaum como um polo na produção de tilápias”, disse.

Unidade de processamento de frutas

Ainda em Cafarnaum, o secretário visitou uma pequena unidade de processamento de frutas, na manhã de quinta-feira (21), que possui grande potencial para expansão. “Agroindustrializar para agregar valor aos produtos, gerar emprego e renda para a população desta região é o nosso sonho, principalmente da Associação dos Produtores de Cafarnaum, que com a assistência técnica da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e com os recursos do Ministério da Agricultura, conseguiram montar esta estrutura de primeiro mundo”, ressaltou.

A associação, presidida por Osmar Ramos Souza, está atualmente testando os produtos processados, incluindo o extrato de tomate. “O umbu é farto na região, por isso utilizamos como base de processamento, mas sabemos que outras frutas e até mesmo a cebola pode ser explorada aqui”, explicou o técnico da EBDA, Ariel dos Reis Souza.

Segundo Osmar, as frutas processadas são cultivadas sem o uso de agrotóxicos e a produção ainda é de subsistência. “Quando comprovarmos a qualidade dos produtos em laboratório, precisaremos de mais equipamentos e treinamento para avançarmos. Estamos muito felizes com essa unidade”, disse.

O secretário, entusiasmado com o empreendimento, disse que apresentará ao Sebrae esse projeto para que seja feito um estudo de negócio, visando expandir a produção e dar sustentabilidade para a região. “A associação pode se tornar uma cooperativa, com análises positivas dos processamentos e mais investimentos, como a aquisição de uma câmara fria. Podemos, inclusive, fazer polpas de frutas para vender a granel. Existem muitas possibilidades”, informou Salles.

América Dourado

Em America Dourado, Salles debateu com produtores da região questões ligadas à irrigação e recebeu ofício solicitando kits de irrigação para as Associações dos Pequenos Produtores Rurais de Maximino e para a Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Campo Alegre, esta com 1 hectare de área.

Outra reivindicação foi a instalação de poço artesiano para a Associação Comunitária dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do município, demanda encaminhada à Cerb.

O vereador José Nilton ainda pediu ao secretário apoio para viabilizar o projeto Cacimbão, no distrito de Prevenido, local rico em água, mas por conta da seca a situação está muito difícil para criadores que antes levavam seus rebanhos de bovino para beber água. “A nossa idéia é construir um coxo grande para atender aos pequenos criadores, com bomba para puxar água do Cacimbão. Na mesma área, queremos desenvolver a piscicultura e utilizar a água para irrigar horta orgânica, gerando emprego e renda”, disse o vereador.

Mulungu do Morro

Em Mulungu do Morro, o secretário Eduardo Salles foi recebido na Câmara de Vereadores, na tarde de quinta-feira (22), onde aconteceu o I Seminário de Agricultura, e aproveitou para ouvir as dificuldades enfrentadas por agricultores da região, fortemente afetada pela seca. O secretário municipal de agricultura, Genisvaldo Martins, fez um breve balanço da agropecuária e solicitou o zoneamento do café e do sisal, além da inclusão do município no Programa Leite Bahia, quando estiver implementado, e apoio para o desenvolvimento de projetos de piscicultura. “Esta é uma região que precisa ser olhada com atenção. Os técnicos da Seagri farão um diagnóstico do potencial da piscicultura, junto com a secretaria municipal” disse o secretário.

Atualmente a principal fonte de renda é proveniente da agricultura irrigada, portanto, a implantação de tanques para a criação de alevinos poderá mudar a realidade da população. “A expectativa aqui não é utópica, mas sim de realização. Temos terra fértil, e o que precisamos é de mais incentivo”, destacou o prefeito Fredson Cosme.

Fonte: Imprensa Seagri
Contato: (71) 3115-2794

Cooperativismo

COOPERATIVISMO AGROPECUÁRIO E DESENVOLVIMENTO LOCAL NA REGIÃO DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO: O CASO DA COOPEVASF NO MUNICÍPIO DE OROCÓ-PE1 
Resumo 

Este artigo tem por objetivo mostrar como o trabalho associativo pode contribuir para o desenvolvimento local sustentável, principalmente pela modo pelo qual as cooperativas agropecuárias vem desempenhando papel de elemento de transformação social junto às comunidades onde encontram-se inseridas, dinamizando as economias locais através da geração de renda dos atores envolvidos no processo. Utilizou-se como metodologia a pesquisa de campo, mediante adoção de procedimentos das técnicas de coleta e análise dos dados, junto a cooperativa, objeto do estudo, e seus cooperados. Os resultados apresentados pela pesquisa pode-se constatar os benefícios gerados pelo empreendimento associativo, além de mencionar as vantagens de motivar os cooperados para que eles aumentem a produção deles e os rendimentos da própria cooperativa. 

Palavras-chave: Geração de renda. Desenvolvimento Local. Cooperativa. 
Ver artigo: http://revistaopara.facape.br/index.php/opara/article/view/107/56

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Notícias

Jovens da zona rural de Pernambuco são qualificados por Projeto Amanhã
Jovens da zona rural do município de Petrolina, no semiárido pernambucano, receberam o diploma de padeiro e confeiteiro, curso profissionalizante realizado pela Codevasf por meio do Projeto Amanhã - iniciativa que há duas décadas oferece a jovens de comunidades rurais com idade entre 14 e 26 anos uma oportunidade de inserção no mercado de trabalho.

Jovens da zona rural de Pernambuco são qualificados por Projeto Amanhã
O curso, que aconteceu na comunidade do Serrote Pelado, interior de Petrolina, teve duração de 200 horas, foi realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e capacitou vinte jovens em técnicas de panificação e confeitaria. “Foi um curso bem-vindo em nossa comunidade”, disse Dionísia Brito, 22, uma das participantes do curso.
 
Com o diploma em mãos e conhecimento adquirido, Dionísia já coloca o que aprendeu a serviço de sua comunidade. “Nós poderemos usar o que aprendemos no curso para produzir pães e bolos para aniversários, festas. Inclusive, já estamos com encomenda”, disse Dionísia.
 
Ao longo do ano, este é o quarto curso profissionalizante oferecido pela 3ª Superintendência da Codevasf. “Já oferecemos o curso de eletricista predial e de mecânico de motos no município de Cabrobó e, em Petrolina, estamos finalizando um curso de eletricista predial de baixa tensão, que está sendo realizado na Agrovila Massangano e deve ser encerrado em meados de novembro. Ao todo, a Codevasf ofereceu cerca de 900 horas de curso ao longo deste ano”, disse o coordenador do Projeto Amanhã em Pernambuco e analista em desenvolvimento regional da Codevasf, José Antônio Aquino. 
 
Projeto Amanhã
 
A Codevasf, por meio da Gerência de Desenvolvimento Territorial, vem atuando no desenvolvimento de ações de apoio, estímulo e aprimoramento da capacidade técnica do jovem rural, valorizando o aproveitamento das potencialidades da região e proporcionando a aproximação da realidade dos jovens e de suas famílias, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e da renda dos agricultores familiares.
 
O Projeto Amanhã completou, em 2013, 20 anos de existência com a marca de quase 26 mil jovens capacitados. Criado em maio de 1993 pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), o projeto busca inserir jovens da área rural no mercado de trabalho, complementando as atividades educativas com cursos, palestras, dias de campo, práticas de empreendedorismo e associativismo.
 

Cooperativismo

Cooperativas dos países do BRICS discutem aproximação comercial
Missão brasileira apresentou produtos de cooperativas, com destaque para grãos e carnes; Já o diretor da OCB, Petrucio Magalhães, apresentou o Sescoop como referência em capacitação de lideranças cooperativistas
África do Sul (28/10) – Lideranças cooperativas do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – componentes do bloco econômico BRICS – debateram hoje  formas de cooperação e de fortalecimento dos fluxos comerciais. Os diálogos acontecem na terceira edição do Encontro das Lideranças Cooperativistas dos Países do Agrupamento BRICS (BRICS Coop), realizado na Cidade do Cabo, África do Sul.

Cada delegação teve a oportunidade de apresentar os casos de sucesso e principais desafios internos em seus países de origem. O Brasil –  representado pelo diretor da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e presidente do Sistema OCB/AM, Petrúcio Magalhães Junior – apresentou o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) como referência em capacitação de lideranças cooperativistas. O líder da missão, também falou sobre programas de cooperação internacional, além do perfil das cooperativas exportadoras brasileiras.

A delegação brasileira também apresentou a produção de cooperativas especializadas em carne suína, soja, trigo, café, produtos agropecuários e açúcar. Esses são os itens nacionais mais exportados pelas cooperativas brasileiras aos outros quatro países do BRICS.

CARTA OFICIAL – De acordo com representantes a missão brasileira, uma carta oficial do evento deve ser divulgada ao final do Encontro. O conteúdo do documento deve girar em torno das metas a serem atingidas pelo grupo até a próxima reunião, que acontecerá no Brasil, no ano que vem.

A cônsul-geral do Brasil na Cidade do Cabo, embaixadora Débora Barenboim, prestigiou o evento representando o Itamaraty e recebeu a delegação brasileira para tratar de formas de divulgação dos produtos das cooperativas, na África do Sul.

O BRICS Coop termina amanhã e contou com a participação de mais de 300 lideranças cooperativistas destes países. As cooperativas brasileiras estão sendo representadas por uma comitiva organizada pelo Sistema OCB.

Cooperativismo

Cooperativismo brasileiro é destaque na África do Sul
Missão brasileira visita cooperativas na África e constata que o Brasil – mesmo com muito a ser feito – tem um dos sistemas de apoio mais eficazes para o setor
África do Sul (29/11) – O modelo cooperativista brasileiro é um dos mais completos dentre os países do BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul). Essa é uma das constatações da missão do Brasil, que participa do 3º Encontro das Lideranças Cooperativistas dos Países do Agrupamento BRICS (BRICS Coop). O evento termina hoje e contou com a participação de uma missão técnica, organizada pelo Sistema OCB.

Ontem, os oito membros da comissão brasileira visitaram duas cooperativas sul-africanas e viram o quanto o Brasil é avançado no setor. “As cooperativas aqui da África do Sul ainda carecem de apoio do governo. No Brasil, muito há para se fazer ainda, mas somos uma referência entre os membros do BRICS”, comenta o líder da missão, Petrucio Magalhães Junior, diretor da OCB e presidente do Sistema OCB/AM.

TIBONGO - As delegações do Brasil e da Índia visitaram a Tibongo Co-operative, uma pequena cooperativa de pescadores com cinco associados. Ela é responsável por abastecer grandes redes de supermercados da Cidade do Cabo. A principal queixa dos cooperados é a falta de apoio por parte do governo, que impede seu desenvolvimento.

FINGERPRINT - Em seguida, os delegados tiveram a oportunidade de conhecer a Fingerprint Worker's Co-operative, uma cooperativa de produção gráfica, fundada há 25 anos e que, por sua tiragem mensal – 50 mil livros por mês – é tida como referência em gestão naquele país.

Jacobus Smith, presidente da Fingerprint, explicou à delegação que o governo da África do Sul ainda apoia pouco as cooperativas. “Em 25 anos de existência, o único crédito cedido pelo governo veio no ano passado. Mesmo assim, só foi possível comprar uma impressora mais sofisticada”, observa o sul-africano, dizendo que a legislação da África do Sul, ainda não ampara as cooperativas.

VISITA - O modelo de cooperativismo brasileiro foi citado como exemplo. Em função disso, os líderes cooperativistas da África do Sul demonstraram muito interesse em conhecer as ações realizadas pelo Sistema OCB, em prol do desenvolvimento do cooperativismo brasileiro. A visita ainda não tem data marcada.
 

Notícias

Doação de Cestas de Alimentos beneficia 371 mil famílias carentes

Entre janeiro e setembro deste ano a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) distribuiu 1.186 mil de cestas de alimentos para 371 mil famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional. As doações ocorreram no âmbito da Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Específicos (ADA), coordenada pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e operacionalizada pela estatal. Essa quantidade de cestas corresponde a 29.338 t de alimentos.

As cestas foram entregues a acampados (478 mil), quilombolas (168 mil), terreiros (67 mil), atingidos por barragens (78 mil), indígenas (264 mil), marisqueiras/caranguejeiras/pescadores artesanais (47 mil), vítimas de calamidades (34 mil) e outras comunidades tradicionais (50 mil). A operação vem sendo executada desde 2003 e é fruto de parceria firmada entre a Conab e o MDS. (Antônio Marcos da Costa / Conab)

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