sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cooperativismo

Cooperativas Aurora e Languiru: intercooperação Languiru fabricará produtos para Aurora
                     
A Cooperativa Languiru, com sede no município sul-rio-grandense de Teutônia, passa a produzir, a partir deste mês, produtos cárneos processados para a Coopercentral Aurora Alimentos, de Chapecó (SC), um dos cinco maiores grupos agroindustriais do País. O contrato que formaliza essa ação de intercooperação foi assinado nesta terça-feira à tarde, em Chapecó, pelos presidentes Mário Lanznaster e Dirceu Bayer.

A Languiru produzirá apresuntados, linguiças cozidas, salsichas e mortadelas em volumes que não foram revelados.  Utilizará matéria-prima própria e seguirá os rigorosos protocolos de produção da Aurora. Toda a produção será entregue à cooperativa catarinense que fará a comercialização e distribuição no mercado nacional, com prioridade para o mercado gaúcho.

O valor do contrato não foi revelado. Lanznaster destacou que essa operação permitirá à Aurora atender a crescente procura por seus produtos e, à Languiru, otimizar sua capacidade produtiva. “A Aurora tem demanda para seus produtos e precisa ampliar a oferta de processados de suínos para consumo no mercado interno, enquanto a Cooperativa Languiru tem capacidade ociosa de produção. Foi um casamento perfeito”, resumiu Mário Lanznaster.

O presidente da Languiru, Dirceu Bayer, declarou ser “um orgulho manter parceria de produção com a Aurora, empresa que detém elevado conceito junto aos consumidores do Brasil e do exterior”. Destacou que “parceria entre cooperativas é fácil, porque a gente fala a mesma linguagem”.

Acompanharam a assinatura do contrato os diretores da Cooperativa Languiru Renato Kreimeier (vice-presidente), Mário Stolkmann (diretor industrial) e Décio Erri Leonhardt (diretor administrativo) e, pela Aurora, Neivor Canton (vice-presidente), Marcos Antonio Zordan (diretor de agropecuária) e Leomar Somensi (diretor comercial).

PARCEIROS

Com 58 anos de atuação, a Languiru possui um mix de produtos nos segmentos de aves, laticínios, suínos e embutidos. Foi fundada em 13 de novembro de 1955, em Teutônia por 174 agricultores liderados por Elton Klepker. Tem 4.600 associados e 2.200 empregados. Faturou 641 milhões de reais em 2012 e projeta 840 milhões de receita operacional bruta em 2013.

A base produtiva da Cooperativa Languiru é formada por indústrias frigoríficas de abate e processamento de aves e suínos, fábrica de rações, indústria de laticínios, matrizeiros e incubatórios, cabanhas de genética de suínos e unidades produtoras de leitões, além de supermercados e departamento agropecuário para assistência técnica aos associado.

Com 44 anos de fundação, a Coopercentral Aurora Alimentos, por outro lado, é a terceira marca mais referenciada em todo o Brasil no segmento de carnes. Os números da Aurora são grandiosos. Possui 17.800 colaboradores e deve chegar a 20.000 neste ano. Abate 700.000 aves por dia, mas deve chegar a 1 milhão de aves/dia até o fim deste ano. Abate 14.500 suínos/dia, processa 1,5 milhão de litros/dia de leite. Tem mais de 100.000 clientes em todo o Brasil e exporta para 60 países. Suas ações sociais/assistenciais atingiram 130.000 pessoas em 2012. Obteve importantes premiações pela sua responsabilidade social e ambiental.

Fonte: MB Comunicação em 17/04/2013

Economia Solidária

UNISOL Brasil auxilia na organização dos catadores em Curitibanos-SC
 
 
UNISOL Brasil auxilia na organização dos catadores em Curitibanos-SCA UNISOL Brasil foi convidada pela Prefeitura de Curitibanos-SC para participar de um encontro entre gestores públicos de oitos municípios da região, que compõem o COINCO (Consórcio Intermunicipal do Contestado), formado para a utilização de um aterro sanitário comum. A proposta foi de auxiliar no processo de organização dos catadores da região.

A atividade foi realizada na Secretaria de Assistência Social do Município de Curitibanos. Participaram da atividade gestores, o presidente da COINCO, Altamin J. Porkio, e 25 catadores de oito municípios. De Curitibanos também participaram o prefeito, José Antonio Guidi, o vice-prefeito, Aldo Dolberth, a presidenta da Câmara de Vereadores, Vilma Natália Fontana Maciel, o vereador Valdir A. Traliari, e o secretário da assistência social João Carlos Martins.

Após a fala das autoridades locais, o diretor secretário geral da UNISOL Brasil, Gilson Gonçalves, fez uma apresentação institucional e destacou a importância dos catadores estarem organizados em cooperativas e associações. Apresentou o conceito da ECOUNI e os produtos que fazem parte do catálogo desta marca. Salientou que a organização dos catadores em cooperativas ou associações junto a UNISOL Brasil possibilitará o acesso a estas iniciativas.

Na sequência, o assessor técnico da UNISOL Brasil, Daniel Tomazoni, convidou os catadores a relatarem como se articulam em Curitibanos. Eles destacaram que há uma associação formada por catadores que coletam e triam os materiais. Esta associação também compra os materiais de catadores não associados. Eles apontaram a necessidade de investimentos públicos e de melhorias para o setor, tal qual a ampliação e reforma de seu galpão de triagem.

Ficou estabelecida a realização de uma reunião mensal entre os catadores e o poder público para a organização desta iniciativa. Além disso, a UNISOL Brasil se comprometer em enviar um manual de passo a passo para a criação de cooperativas e também irá acompanhar o processo.

Fonte: Unisol Brasil - http://migre.me/eaDWl em 18/04/2013

Notícias

Inflação faz Copom elevar Selic a 7,5%, primeira alta desde 2011
 
Inflação faz Copom elevar Selic a 7,5%, primeira alta desde 2011Para tentar conter a inflação elevada, o Comitê de Política Monetária ( Copom ) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (17) elevar a taxa de juros de 7,25% para 7,5% ao ano. Trata-se da primeira elevação da Selic desde julho de 2011 – quando a taxa subiu de 12,25% para 12,5%.

A decisão, já esperada por parte dos analistas de mercado, interrompe o período de juros na mínima histórica, que nos últimos meses havia levado ao barateamento do crédito, com consequente aumento do consumo pelas famílias brasileiras. A taxa de 7,25% era o menor patamar histórico da Selic e vigorava desde outubro de 2012.

“O Comitê avalia que o nível elevado da inflação e a dispersão de aumentos de preços, entre outros fatores, contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta política monetária”, diz nota divulgada pelo Banco Central na noite desta quarta, após o fim da reunião do Copom, e que justifica a elevação da Selic.

“Por outro lado, o Copom pondera que incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com cautela”, completa a nota, indicando a explicação para a alta de apenas 0,25 ponto percentual, a menor praticada pelo Banco Central.

A alta dos juros não foi unânime entre os membros do colegiado: foram seis votos a favor e outros dois pela manutenção da taxa em 7,25%. Votaram pela elevação: Alexandre Tombini (presidente do BC), Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques. Já pela manutenção em 7,25%, votaram os membros Aldo Luiz Mendes e Luiz Awazu Pereira da Silva.

Inflação

O aumento da Selic ocorre num momento em que cresce o temor de descontrole da inflação em 2013. Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) divulgou que o IPCA acumula alta de 6,59% em 12 meses até março, acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo BC para o ano.

Com a alta dos juros, o Banco Central mira justamente a inflação. A decisão deve levar a um encarecimento do crédito, o que deve levar as famílias a frearem o consumo. Com menos compras, a tendência é que o preço dos produtos caia.

Fonte: G1 em 18/04/2013

Notícias

Cooperativas relatam andamento da safra 2012/13 de soja
  
Cooperativas relatam andamento da safra 2012/13 de sojaTécnicos das cooperativas agropecuárias paranaenses relataram os problemas e soluções encontradas para fazer o controle de pragas de doenças que afetaram as lavouras de soja na safra 2012/13. 

Foi durante a reunião do grupo Treino&Visita, realizada nesta terça e quarta-feira (16 e 17/04), na sede da Embrapa Soja, em Londrina, Norte do Estado. Houve a apresentação da Coagru, Copacol, Coopavel Coamo, Cvale, Nova Produtiva e Integrada. Representantes da Emater e de empresas de planejamento também discorreram sobre as situações enfrentadas com a oleaginosa. 

A programação contemplou ainda a apresentação de um prognóstico climático para o outono/inverno, com o meteorologista Luiz Renato Lazinski, e uma palestra sobre o controle das lagartas Heliothis e Helicoverpa, ministrada pelo pesquisador Daniel Ricardo Sosa Gomez, da Embrapa Soja. A reunião foi encerrada no final da manhã desta quarta. O analista técnico e econômico da Ocepar, Robson Mafioletti, também participou do encontro.

Fonte: Ocepar em 18/04/2013

Notícias

Desoneração já atinge setores cuja soma da receita vale 50% do PIB
 
 
Desoneração já atinge setores cuja soma da receita vale 50% do PIBA desoneração de folha de pagamentos já beneficia 56 setores. Eles são responsáveis por uma receita bruta anual de aproximadamente R$ 1,9 trilhão no mercado interno, valor equivalente a metade do Produto Interno Bruto (PIB) do país, antes dos impostos. O valor da receita foi obtido a partir dos dados informados pelo Ministério da Fazenda em cada anúncio de desoneração. Na sexta-feira, o governo anunciou mais 14 beneficiados, ampliando a desoneração para todo setor da construção (inclusive obras de infraestrutura) e de transportes, e incluindo o segmento de comunicação, entre outros.

A economia fiscal obtida com a troca da contribuição previdenciária por uma alíquota de 1% a 2% sobre o faturamento varia conforme o setor. Entre os setores que aproveitarão o benefício a partir de 2014, o transporte metroferroviário de passageiros terá redução de 78% no desembolso com a contribuição, enquanto o ferroviário de cargas deve economizar 8,8%.

Representantes dos novos setores beneficiados dizem que a medida favorecerá a manutenção e formalização do emprego. Economistas e empresários consideram o benefício positivo, mas argumentam que a estrutura de custos das empresas é mais ampla - para as indústrias, o incentivo abate entre 1% e 1,5% do custo de produção, em média - e relatam preocupação com os efeitos fiscais.

A desoneração de todos os setores, segundo o secretário de Política Econômica, Marcio Holland, representará renúncia fiscal de R$ 24,7 bilhões em 2014. Em entrevista na sexta-feira, ele disse que espera efeitos positivos já neste ano - como a manutenção dos postos de trabalho - pela perspectiva que a medida traz às empresas beneficiadas.

O governo usa o critério de receita bruta interna para estimar o valor que cada setor terá que pagar como proporção do faturamento em troca da antiga contribuição previdenciária. No cálculo, as empresas abatem a receita com vendas no exterior, o que torna a desoneração mais vantajosa para quem exporta. Sozinhos, o comércio varejista representa 5% do PIB e o peso dos setores de transportes e construção, que ficarão totalmente desonerados a partir de 2014, é de 4,8% e 4,5%, respectivamente. O cálculo do PIB é diferente do critério de receita bruta, pois o PIB considera o valor adicionado em cada setor para evitar dupla contagem de produção ou consumo.

Sérgio Castejon Garcia, diretor do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) no Distrito Federal, acredita que a medida vai incentivar a formalização. Dos 310 mil funcionários que trabalham no setor no país, quase um quarto, 80 mil, não possui carteira assinada, diz ele. "Elo inicial da cadeia de construção civil", o segmento fatura mais de R$ 58 bilhões por ano.

A desoneração de R$ 598 milhões, segundo Castejon, contribuirá também para a exportação de serviços - especialmente para a África, onde há uma concentração de construtoras brasileiras - e ajudará as companhias a fazer frente à concorrência estrangeira, que tem aumentado no ritmo do anúncio de novas obras de infraestrutura.

No setor de transporte ferroviário de cargas o benefício deverá permitir capacitação e contratação de novos empregados, diz o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça. De acordo com ele, 7,1 mil pessoas devem ser capacitadas ao longo de 2013 e 5 mil contratadas, fazendo com que os empregados diretos do setor saltem dos quase 46 mil funcionários atuais para 51 mil.

O presidente da Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga (ABTC), Newton Jerônimo Rodrigues, afirma que a desoneração da folha de pagamento do setor dará uma injeção de capital de giro nas empresas e ajudará a melhorar a atividade nos próximos anos. A economia com a desoneração no transporte rodoviário de cargas é significativa, segundo ele, e chega a R$ 986 milhões, segundo dados do Ministério da Fazenda.

Fonte: Valor Econômico. Por Marta Watanabe, Camila Motta e Denise Neumann. Colaboraram Guilherme Soares Dias e Rodrigo Pedroso em 18/04/2013

Cooperativismo

Banco das cooperativas passará a emitir Cartão BNDES
 
 
Banco das cooperativas passará a emitir Cartão BNDESO Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) firmou parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que vai permitir às cooperativas, pela primeira vez, emitirem o cartão de crédito do banco público de fomento a partir do próximo mês.

O lançamento do Cartão BNDES, com emissão pelo Bancoob (braço financeiro do Sicoob) e bandeira Cabal, foi realizado nesta quinta-feira em Brasília. O Bancoob é o banco comercial controlado pelas próprias cooperativas. A Cabal Brasil é uma joint venture entre o Bancoob (51%) e a argentina Cabal Cooperativa de Provisión de Serviços (49%).

O Bancoob passa a ser a sexta instituição financeira a emitir o cartão, juntamente com Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Caixa e Banrisul. A Cabal entra para o grupo seleto de empresas fornecedoras da bandeira do cartão de crédito ao lado de Mastercard e Visa.

A parceria para a bandeira Cabal foi anunciada em outubro do ano passado pelo BNDES. Como era esperado já que também controla a empresa, o Bancoob é o primeiro fornecedor credenciado pela empresa. Os Cartões BNDES do banco das cooperativas poderão realizar compras somente em estabelecimentos filiados à Cabal Brasil.

No Bancoob, o crédito pré-aprovado do cartão tem limite de até R$ 1 milhão. O presidente do Sicoob, José Salvino de Menezes, fez o desafio aos associados de que até o fim do ano, o banco das cooperativas consiga emitir 5 mil cartões, marca atual do Itaú. O líder no segmento é o Banco do Brasil, com mais de 411 mil cartões emitidos. Menezes acredita que esses 5 mil cartões que estima que vão ser emitidos pelo Bancoob movimentem R$ 3,2 milhões até o fim do ano.

A expectativa é que o ticket médio das transações com o Cartão BNDES Sicoob seja maior do que nos outros emissores porque foi estabelecido um teto para a taxa de administração, fixada em 2%, no valor de R$ 1 mil para a cobrança nas compras acima de R$ 50 mil. Ou seja, proporcionalmente, o valor do lojista será menor quanto maior for o valor da venda.

Poderão adquirir o Cartão BNDES Sicoob as empresas micro, pequeno ou de médio porte associadas ao Bancoob, cujo faturamento bruto anual não ultrapasse R$ 90 milhões. Segundo informações do Sicoob, dos 300 mil associados, 90% se encaixam nesse perfil. De acordo com Menezes, a metade dos empresários cooperados no país é associada ao Bancoob.

“O BNDES nasceu para financiar grandes projetos, mas aos poucos o banco foi descobrindo que também tinha que financiar pequenos projetos”, disse Maurício Borges Lemos, diretor de Administração, Financeira e Operações Indiretas do BNDES. “Financiamento das empresas de pequeno porte é uma questão de desenvolver uma democracia inclusiva e uma economia eficiente”, discursou.

A projeção do BNDES é de que todos os bancos emissores liberem, via cartão, R$ 12 bilhões neste ano, ante R$ 10 bilhões do ano passado. Segundo o banco de fomento, 95% desse valor é direcionado a micro e pequenos negócios.

Fonte: Valor Econômico em 19/04/2013

Cooperativismo

Cooperativa educa para a cidadania
 
Cooperativa educa para a cidadaniaThais Rosseto Silva, 9 anos, causou surpresa a sua mãe, ao anunciar a sua candidatura a prefeita da Minicidade criada pela Cooperativa Educacional Magna de Concórdia (SC) – Colégio CEM. Discreta, e de poucas palavras, a garota tem um discurso afinado ao falar do projeto que há cinco anos vem fazendo a diferença, na cidade de Concórdia (SC). “Minha mãe dizia que eu era quieta, e quando eu disse que ia me candidatar ela pensou que eu não conseguiria. Aí, quando ganhei, ela ficou feliz. Agora a minicidade está crescendo e vamos aprender sempre com ela. A minicidade está aberta para vocês”, afirma a jovem que cursa a 5ª série.

Trata-se da minicidade cooperativista do Colégio CEM, um projeto educacional inovador que proporciona que as crianças vivenciem experiências reais de cidadania e vida comunitária. Os próprios alunos são os responsáveis pela condução da pequena comunidade. Por meio de uma eleição, que envolve toda a escola, são eleitos o prefeito, o vice e os vereadores. Os pequenos cidadãos discutem, elaboram projetos e executam ações importantes para a manutenção e o desenvolvimento da minicidade. Todas as atividades estão alinhadas com a filosofia cooperativista e permitem que os alunos aprendam (na prática) como funciona uma cidade e quais os princípios que devem norteá-la. 

O projeto possibilita que os estudantes conheçam os setores básicos para o funcionamento de uma sociedade organizada, incluindo: Prefeitura, Câmara de Vereadores, Sistema Financeiro, Casa Cultural, Livroteca, Centro de Convenções, Secretarias de Meio Ambiente e Turismo, Horta e Praça. Cabe aos alunos, o papel de gerir cada uma dessas áreas. Para isso, os professores sugerem atividades que contemplem um mundo mais humano, solidário e sustentável. A minicidade funciona como uma cidade normal, mas com conceitos diferenciados de cidadania.

Segundo a presidente da Cooperativa Educacional Magna, Elizeth Pelegrini, “o eixo norteador é a vivência em valores humanos e cooperativistas, fazendo com que o aluno perceba e tenha condições de efetivar a mudança de comportamento, paradigma e transformação de sua realidade política e social”. As crianças experimentam na prática importantes demonstrações de associativismo e cidadania, participam e atuam nas várias funções dentro da cidade, o que faz com que se sintam parte do corpo gestor.


Fonte: MB Comunicação em 19/04/2013

Notícias

Colegiado de Economia da FACAPE promove curso de extensão

O colegiado do Curso de Economia da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (FACAPE) promoverá o curso de extensão “A Economia política Crítica de Marx” ministrado pelo professor doutor Fernando Cardoso Pedrão livre docente da Universidade Federal da Bahia (UFBA) nos próximos dias 02, 03 e 04 de maio no auditório da faculdade.
Os interessados devem procurar a coordenação do curso de Economia da FACAPE no horário de 14h às 22h ou pelos telefones (87) 3866-3228 ou (87) 8855-2505. O valor da inscrição para estudante é de R$ 60,00, para profissionais R$ 80,00. As vagas são limitadas.
 
Programação
02 e 03 de maio – 14h30 às 17h30
04 de maio – 08h30 às 11h30 e 14h30 às 17h30

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Economia Solidária

Quando o PAC se transforma em programa de aceleração da pobreza 

Por Maria J. Costa, Afonso G. Galvão, Maria A. G. Carvalho*

Ao visitar as obras da transnordestina na região de Paulistana no Piauí, qualquer cidadão do mundo irá concluir que será imensurável os estragos sociais, culturais e agrícolas, gerados por essa obra. Quanto ao que trará de bom, será preciso antes de tudo perguntar para quem? O Piauí vem sendo considerado como uma fronteira pra mineração, com uma diversidade de minérios considerável, desde minério de ferro, diamantes, fósforo, níquel, mármore, calcário e argila. As pesquisas sobre esses minérios vêm sendo feitas a muito tempo, mas não bastava saber que havia minérios no estado que oscila entre 1º e 2º lugar na escala da pobreza nacional. Era necessário um governo popular e solidário para possibilitar a infraestrutura necessária para garantir a exploração dessa riqueza. O que as pesquisas não quiseram mostrar foram às inúmeras e seculares comunidades quilombolas existentes no percurso dessa obra.

A obra

As obras da transnordestina iniciaram em 2006, com um orçamento de 4,5 bilhões para construção de 1728.km, interligando Eliseu Martins no PI aos portos de Suape-PE e Pecém-CE, devendo estar finalizada em 2010. A obra que geraria milhares de empregos diretos hoje emprega em torno de 2 mil trabalhadores nos 3 estados e vai custar 7,5 bilhões. O seu maior custo será desempregar e desterritorializar dezenas de comunidades camponesas e quilombolas que garantem a produção de alimentos de parte da região semiárida. Além de Eliseu Martins, a Transnordestina também passa pelos municípios piauienses de Pavussú, Rio Grande do Piauí, Itaueira, Flores do Piauí, Pajeú do Piauí, Ribeira do Piauí, São José do Peixe, São Miguel do Fidalgo, Paes Landim, Simplício Mendes, Bela Vista do Piauí, Nova Santa Rita, Campo Alegre do Fidalgo, Paulistana, Betânia do Piauí, Curral Novo do Piauí e Simões.

A obra não irá interligar pessoas, culturas, saberes, experiências produtivas, até porque não serão transportadas pessoas, do contrário, está destruindo essa riqueza histórica que a muito custo comunidades e quilombos mantiveram, muitas vezes escondidas e vivenciadas nos recantos das caatingas, pois foi o que lhes sobrou na busca pela sobrevivência. Pensavam que ninguém os incomodaria nessas terras de carrascos de pedras com pequenas faixas de terra macia. Ledo engano, pois sob seus pés repousava o que a natureza produziu em milhões de anos e que agrada as transnacionais – minério = lucro=ganância.

Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho é ignorada Visitando algumas comunidades é fácil concluir que houve um total desrespeito aos ditames da convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho que trata de povos indígenas e tribais (incluídos nestes, as comunidades quilombolas), que em 1989 inscreve como necessária para qualquer ação do estado a) consulta prévia; b) determinação das consequências aos interesses das comunidades; c)participação nos benefícios gerados e d) indenizações plenas. Alem disso nenhuma medida adotada pode ser contraria ao desejo expressado livremente por essas comunidades e que esse desejo deve ser expressado através da consulta prévia, não cabendo ao estado ou empresas interpretar o que é prejuízo para as comunidades, mas que isso é uma decisão livre das próprias comunidades. Não podendo haver pressão, intimidação política ou qualquer tipo de ameaças externas e que as decisões das comunidades devem ser baseadas no conhecimento pleno daquilo que venha a lhes afetar. Sob pena de que, qualquer ocultamento de informações ou enganos por parte do estado ou empresas fará com que qualquer consentimento seja anulado posteriormente.

Exatamente por isso lideranças estão sendo chamadas a depor na delegacia de Paulistana, por ocuparem o canteiro de obras da Odebrech e questionarem as indenizações oferecidas as mesmas que vão de R$ 5,00 não sendo superior a R$ a 1.000,00, portanto é este o tratamento que vem sendo dado a quem tenta minimamente ver os seus direitos respeitados.

Seu Raimundo morador do quilombo Barro vermelho perderá 4,5 há de terras e está indignado, pois em 2010 estava fazendo um tratamento de vista em Petrolina e quando chegou encontrou suas cercas ao chão e a terra rasgada ao meio pela ferrovia. “tomaram minha terra de baixão, onde eu produzia meu sustento e criava meus bichinho. Destruíram meu barreiro de 20 caxis e 2 barraginhas e eles vem me oferecer R$ 276,60, eu não quero essa esmola”. O quilombo Barro Vermelho é reconhecido e titulado desde 2007 pela Fundação Palmares, nele todas as famílias foram atingidas, tendo suas casas e cisternas rachadas pela utilização da dinamite. “desde de 2010 que ninguém aqui tem sossego, aqui não se dorme nem didia nem dinoite, didia é as explosão e dinoite é o gerador”. Relata seu Edivaldo presidente da associação do quilombo.

Seu Nelson representa o caso mais emblemático da comunidade, com mais de 70 anos, ele irá perder mais ou menos um hectare de terras, chamado para uma reunião na cidade de Paulista, onde pagou R$ 7,00 pelo deslocamento, recebeu da empresa a proposta de R$ 5,00 a título de indenização.

Como seu Raimundo, seu Edilberto e seu Nelson tem centenas de famílias atingidas pela mineração e pela transnordestina. Só em Paulistana são 6 quilombos reconhecidos pela fundação Palmares e atingidos pela obra.

“Falta dinheiro pra manter nossas escola abertas, falta médico nos postos de saúde, e os homens da obra reclamam, dizendo que eles tem dado tudo aos quilombolas, o que mais nós queremos, e eu digo que eles estão tirando tudo de nós, até o sossego ” diz dona Jucélia liderança do quilombo Barro Vermelho, completa dizendo que “pra fechar as rachaduras das casas, eles dão o material e nós fazemos o serviço de graça pra eles, é uma humilhação”.

A indignação de dona Jucélia aumenta quando nos aponta a escola da comunidade fechada com o argumento de falta de dinheiro.

As percas são incalculáveis, até os animais que entram na área da ferrovia morrem em fossos que chegam a mais de 10 metros de profundidade e às vezes são jogados próximo das casas das famílias. A obra altera completamente o modo de vida e a liberdade das famílias e chega a cercear o direito de ir e vir. Famílias que anteriormente andavam 500 metros para ir de sua casa até o roçado, agora terá de andar todos os dias 20 km, pois as cancelas para atravessar a ferrovia serão de 5 em 5 km, o que compromete inclusive a continuidade da atividade agrícola, visto que poucos tem transportes para se deslocarem até as roças.

Enquanto as organizações sociais pautam nas suas reivindicações: Reforam Agrária popular, reconhecimento das áreas quilombolas e indígenas, minha casa minha vida, o programa 1 milhão de cisternas, o P1 + 2 (1 terra 2 águas), o garantia safra, crédito subsidiado, educação do campo com escolas abertas nas comunidades. As grandes corporações transnacionais pautam no mesmo estado e no mesmo governo a retirada de nossas terras, a destruição de nossas casas e cisternas, o desrespeito das áreas tradicionais reconhecidas pelo mesmo estado, o que nos leva a afirmar que o estado está sempre a serviço da classe dominante – quem tem dinheiro – e o governo pode até não ser nosso inimigo, mas é muito amigo dos nossos inimigos.

Não será difícil concluir que com essa dualidade do governo brasileiro está garantida, para com os quilombolas, indígenas, sem terra e camponeses, a máquina de gerar miseráveis, já que o Brasil é um canteiro de obras do PAC. Sem consulta prévia, sem indenizações plenas, sem participação nos lucros da empresa, sem terras, sem cisternas, sem casas, sem escola, sem médico, sem dignidade, sem respeito, sem quilombos, sem, sem, sem nós. Brasil para quem?

Economia Solidária

 Desenvolvimento solidário

Fonte: Adital (www.adital.org.br)
Por Marcus Eduardo de Oliveira*

Valorizar as pessoas em primeiro lugar é sinônimo de desenvolvimento solidário e humano. Deveria ser esse o objetivo precípuo dos modelos econômicos cujo intuito desejável seria fazer com que a economia fosse usada para servir as pessoas, e não o contrário como, lamentavelmente, é prática corriqueira.

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Os modelos econômicos deveriam ser desenhados a partir de políticas públicas no sentido de buscar a consolidação de uma economia mais humana, mais social e menos mecânica, a partir da transformação social tão necessária em épocas cujo predomínio do capital financeiro globalizado dita todas as regras e, por isso, interfere substancialmente na vida das pessoas, em especial dos grupos sociais mais necessitados que habitam os não poucos bolsões de pobreza.

É sabido, contudo, que elaborar modelos econômicos especificamente centrados na valorização das pessoas e dos grupos sociais, cuja temática de cooperação (solidariedade) faça o embasamento das ações tanto dos próprios indivíduos, quanto dos agentes executores de políticas públicas, não é tarefa das mais fáceis, mas, é, todavia, exequível.

É exequível a partir do momento em que o modelo econômico (por exemplo, a prática da economia solidária ou da economia de comunhão) seja desenhado para promover o desenvolvimento de todos e para todos; numa sintonia de total inclusão, de incorporação, solidário em sua essência, que alcance os mais necessitados por meio de ajudas coletivas e com firme atuação do Estado.

Diante disso, inevitavelmente uma pergunta se apresenta como pertinente: Como fazer isso? Tomando o exemplo da economia solidária, Paul Singer, em "A economia solidária no Brasil: a autogestão como resposta ao desemprego” nos apresenta sete passos importantes para se alcançar esse modelo. Vejamos: 1. A autogestão para a solidariedade; 2. O fortalecimento das iniciativas econômicas cooperativadas e associativas; 3. O desenvolvimento de redes de apoio mútuo, de intercâmbios diversos; 4. A criação de formas alternativas de crédito e poupança; 5. O desenvolvimento de capacidades técnicas e científicas por meio de pesquisas e técnicas cada vez mais adequadas à satisfação das necessidades e aspirações humanas; 6. O desenvolvimento da capacidade de identificação dos potenciais e dos limites da natureza e o condicionamento do crescimento econômico a tais limites; 7. A criação de novos espaços sociais através da constituição de Conselhos, Assembleias e Fóruns permanentes.

A matriz de construção desse modelo descrito por Singer faz ressaltar para efeito de melhor explicação as diferenças entre dois capitais: o social e o humano. Ambos têm a finalidade suprema de dar suporte ao próprio modelo. Na esteira desse comentário é oportuno pontuar então as diferenças entre ambos, ou, dito de outra forma, ressaltar a essência de cada um deles. Por capital social deve-se entender a participação de grupos sociais nas relações que envolvem a cooperação e a confiança entre as pessoas, reforçando os laços de sociabilidade e solidariedade entre os pares. O capital humano se relaciona ao fortalecimento das competências e habilidades (é o saber fazer) das pessoas.

De todo modo, a junção desses capitais faz reforçar a parceria (cooperação, partilha de esforços) entre os grupos. Essa seria a base de apoio para uma economia social e humana, fraterna e solidária que põe, impreterivelmente, as pessoas em primeiro plano visando unicamente atender as necessidades mais prementes dos participantes. Em suma, tal prática de atividade e conduta econômicas leva a organizar, integrar, participar e, no bojo, cooperar e partilhar. Em outras palavras é um tipo de economia de inclusão (que soma), longe da habitual exclusão (que subtrai). Esse tipo de modelo econômico tão desejado e alcançável, ainda que muitas forças atuem em sentido contrário, deve carregar as cores do desenvolvimento humano, social, sustentável e solidário, fazendo desses pressupostos objetivos a serem buscados diuturnamente. Suas essencialidades seriam: 1) humano, porque prioriza as pessoas em primeiro lugar; 2) social, pois envolve a teia de relações estabelecidas nos grupos sociais e, por fim, 3) sustentável, porque tende a perpetuar os ganhos estendidos a todos ao longo do tempo. Concluindo: esse modelo de economia que põe uma grande lupa na questão do desenvolvimento solidário prioriza e valoriza o maior de todos os princípios: a vida. E a Economia – enquanto ciência social - tem tudo a ver com as relações que enaltecem a qualidade de vida das pessoas, com o bem viver.

* Marcos é Economista, professor e especialista em Política Internacional pela Universidad de La Habana - Cuba.

Economia Solidária

ITCp UCSal capacita técnicos dos centrospúblicos de economia solidária

 
A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares - ITCP UCSal - realizou em março de 2013 o primeiro módulo do curso em Viabilidade Econômica e Sustentabilidade dos Empreendimentos da Economia Solidária para os técnicos dos Centros Públicos de Economia Solidária, vinculados à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esportes - SETRE - do governo do estado da Bahia.
 
O curso tem por objetivo capacitar agentes multiplicadores para utilizar e desenvolver conhecimentos, instrumentos e práticas adequados à sustentabilidade dos empreendimentos econômicos solidários. A viabilidade desses empreendimentos possui características peculiares que os distinguem da empresa tradicional. É no tratamento dessa questão que reside a originalidade do curso realizado pela ITCP UCSal.
 
Além de dois módulos presenciais, o curso abrange atividades práticas realizadas em campo e um acompanhamento pedagógico individualizado para cada participante. O conteúdo programático, a metodologia e o material didático especialmente preparado para o curso, resultam de 16 anos de pesquisa e extensão realizadas pela UCSal no campo da economia dos setores populares.
 
Com esse curso, a ITCP UCSal fornece o suporte teórico metodológico aos “multiplicadores” que irão treinar 135 técnicos e agentes de 9 Centros Públicos de Economia Solidária, localizados na Região Metropolitana de Salvador e nos Territórios de Identidade da Bacia do Jacuípe, do Recôncavo Baiano, Sertão Produtivo, e do Baixo Sul. A instalação dos Centros Públicos amplia de forma inédita o alcance das ações voltadas para a promoção da sustentabilidade dos empreendimentos da economia solidária, beneficiando milhares de famílias de trabalhadores urbanos e rurais.