domingo, 11 de novembro de 2012

Notícias

Países adotam táticas diversas para metas de inflação
Brasil, México, Chile e Turquia têm seguido trilhas diferentes na implementação do regime de metas de inflação nos últimos anos, evidenciando as divergências na condução da política monetária no pós-crise. Enquanto México e Chile se mantêm bastante fiéis às regras tradicionais do sistema e preservam o câmbio flutuante, a Turquia optou por uma trilha bem menos convencional desde o fim de 2010 - há uma banda para os juros, que variam de 5% a 9,5% ao ano, e um câmbio que pouco oscila.
O Brasil fica num meio termo. O Banco Central baixou os juros com força desde agosto de 2011, não há preocupação em trazer a inflação a ferro e fogo para o centro da meta, de 4,5%, e o câmbio passou a flutuar num intervalo estreito, entre R$ 2 e R$ 2,10. Mas, diferentemente da Turquia, a inflação no Brasil não tem estourado o teto e a política monetária é bem menos heterodoxa que a do BC turco (ver abaixo).

O México e, principalmente, o Chile têm obtido melhores resultados em termos de inflação e crescimento do que a Turquia, país que vê neste ano uma combinação de alta de preços ainda forte e um crescimento baixo, com elevado déficit em conta corrente. No Brasil, a inflação tem ficado acima do centro da meta, a despeito do fraco crescimento, embora abaixo do teto, de 6,5%.
 
Chefe de pesquisa para mercados emergentes das Américas da Nomura Securities, Tony Volpon diferencia a atuação dos bancos centrais no auge da crise, no momento que se seguiu à quebra do Lehman Brothers, em setembro de 2008, e nos anos mais recentes. No período de maior turbulência, disseminaram-se estratégias menos ortodoxas, diz ele. Passado o período mais agudo da crise, os BCs de países como Chile e México a voltaram a um modelo "bastante ortodoxo" do regime de metas. "Não há uma grande mudança se você comparar como eles atuam hoje e como atuavam antes da crise."
 
O câmbio permanece flutuante nos dois países, o que ajuda a absorver eventuais choques externos, como oscilações de commodities, diz o chefe de pesquisa para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos. No Brasil, lembra ele, há quase seis meses a moeda flutua entre R$ 2 e R$ 2,10.
 
Há diferenças entre a condução da política monetária no México e no Chile. No caso mexicano, a taxa básica, que terminou 2008 em 8,25%, recuou para 4,5% em sete cortes consecutivos ao longo de 2009. Permanece desde julho daquele ano nesse nível, mesmo com a inflação rodando sempre acima do centro da meta, de 3%, e muitas vezes acima do teto, de 4%. No Chile, o juro mergulhou dos 8,25% em dezembro de 2008 para 0,5% ao ano em julho de 2009, nível em que ficou até maio de 2010. Em junho daquele ano passou a subir, batendo em 5,25% em junho do ano passado. Em janeiro deste ano, caiu para 5% e aí ficou, mesmo com a inflação abaixo de 3% no acumulado em 12 meses desde junho.
 
Segundo o analista-sênior para a América Latina da Economist Intelligence Unit (EIU), Robert Wood, "o México definiu um centro do alvo ambicioso há alguns anos, de 3%, mas na prática foi incapaz de ancorar as expectativas de inflação nesse nível". Nos 12 meses até outubro, a inflação "cheia" mexicana ficou em 4,6%, em grande parte devido à alta dos preços agrícolas, que começaram a perder força. O núcleo - que exclui alguns itens como alimentos - está em 3,6% em 12 meses e os serviços, um pouco acima de 2%, o que ajuda a entender por que o BC mexicano não eleva os juros apesar de o índice "cheio" estar acima do teto. Já o crescimento do país neste ano deve ficar um pouco abaixo de 4% - o FMI projeta 3,8%.
 
Mesmo sem elevar os juros desde 2009, o BC do México mantém uma retórica de atenção em relação à trajetória dos preços. "Nos comunicados, o BC sempre se mostra preocupado com a inflação", diz Ramos, que, em comparação, vê com reservas o tom adotado pelo BC brasileiro, que pinta um quadro inflacionário favorável mesmo quando as previsões para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) contidas no seu relatório trimestral de inflação não indicam a convergência para os 4,5%.
 
O BC do Chile não tem hesitado em fazer mudanças bruscas nos juros, para cima ou para baixo. País com elevado grau de abertura comercial, o Chile tem uma inflação muito mais influenciada pelo cenário externo, lembra Ramos. A inflação, que bateu em 9,85% nos 12 meses até outubro de 2008, fechou 2009 em queda de 1,5%. Dois anos depois, aumentou para 4,4%, o que levou à reação do BC chileno.
"A instituição tem a maior credibilidade entre os BCs da América Latina. Com isso, os cortes agressivos depois da quebra do Lehman Brothers não preocuparam os mercados", diz Wood, avaliando, contudo, que em 2008 o BC chileno demorou para elevar os juros num quadro em que o choque de preços de alimentos e combustíveis contaminou a inflação.
 
O Chile tem uma combinação bastante saudável de crescimento e inflação. Em 2012, o PIB crescerá 5%, segundo o FMI, e a expectativa é que os preços ao consumidor tenham alta um pouco inferior a 3%.
 
Os três analistas destacam, no caso chileno, o papel da política fiscal para a sustentação do crescimento robusto com inflação sob controle. Ramos lembra que o país gera superávits expressivos em momentos de fartura e eleva gastos no período de vacas magras.
 
Ao comparar o regime de metas de inflação brasileiro com o mexicano e o chileno, os analistas enfatizam outra diferença. Enquanto no Chile e no México o alvo é de 3%, com 1 ponto porcentual de tolerância para cima ou para baixo, a meta brasileira é consideravelmente mais alta - o centro é de 4,5%, com 2 pontos de intervalo.
 
Para Ramos, mesmo com um alvo mais alto, a autoridade monetária brasileira tem se mostrado confortável com um IPCA entre 5% e 5,5%, tendendo a reagir apenas se o indicador se aproximar de 6%. E o mais provável, segundo ele, é que o primeiro instrumento a ser usado pelo BC nessa situação não será a taxa de juros, mas uma eventual valorização do câmbio e medidas fiscais e de restrição ao crédito.
 
Para Wood, vários fatores têm impedido a adoção pelo Brasil de um arcabouço de controle da inflação mais próximo de países como México, Chile e Colômbia. "Eles incluem um maior nível de indexação, uma dívida mais pesada e uma infraestrutura financeira construída num cenário de alta inflação e juros elevados que ainda não foi totalmente desmontada", afirma ele, ressalvando, a importância das mudança nas regras de remuneração da poupança. Gargalos estruturais resultantes de uma baixa taxa de investimento também atrapalham, diz Wood, que destaca a necessidade de contenção dos gastos correntes.



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Cooperativismo

Cooperativas brasileiras no encerramento do Ano Internacional das Cooperativas
Cooperativas brasileiras no encerramento do Ano Internacional das CooperativasUma comitiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) – chefiada pelo diretor do Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural, Erikson Chandoha – participou do encerramento oficial das celebrações do Ano Internacional das Cooperativas, realizado em Manchester, na Inglaterra, entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro de 2012, durante a terceira edição da ICA EXPOCOOP, Feira Internacional de Cooperativas da Aliança Cooperativa Internacional (ACI).

A participação do Mapa na ICA EXPOCOOP 2012 é resultado da parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário (SDC) e a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), com apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Na feira, o Mapa teve um estande institucional, onde cinco cooperativas agropecuárias terão a oportunidade de apresentar seus produtos (café, mel, amendoim, arroz, cacau).  As participantes são: a Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso (Cooparaiso/MG), a Cooperativa Nacional de Apicultura (ConapAP/MG), a Cooperativa Agroindustrial (Coplana/SP), a Cooperativa Arrozeira Extremosul (Extremosul/RS) e a Cooperativa de Produtos Orgânicos da Amazônia (Copoamo/PA).

Entre as ações desenvolvidas na ocasião, no dia 31 de outubro, o Denacoop realizou o workshop “Gênero nas Cooperativas Brasileiras: desafios, oportunidades e o papel do Estado”, com palestras da coordenadora e do técnico do Denaccop, Vera Lucia Oliveira e Eduardo Mello Mazzoleni, respectivamente.


Fonte: Mundo Coop em 09/11/2012

Economia Solidaria

Representantes do MDA debatem economia solidária
Representantes do MDA debatem economia solidária Representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) participam, até esta quinta-feira (8), do Seminário Nacional de Entidades Parceiras da Economia Solidária. O evento, no auditório do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), é organizado pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes/MTE).

O seminário discute assuntos relacionados aos principais eixos da economia solidária (educação, comercialização e crédito), além de esclarecer dúvidas sobre a execução de convênios e prestação de contas e, também, tem o intuito de fortalecer o diálogo com outros programas do governo federal.

A secretária de Desenvolvimento Territorial do MDA, Andrea Butto, participou da abertura do seminário, que contou com a presença do secretário nacional de Economia Solidária, Paul Singer. Também estiveram na abertura do evento a secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, e representantes da Rede Brasileira de Gestores Públicos em Economia Solidária.

Territórios da Cidadania

Segundo Andrea Butto, a Secretaria Nacional de Economia Solidária trabalha com programas estratégicos do governo federal, entre eles o Programa Territórios da Cidadania, que possui mais de 20 ações no campo da economia solidária. “A participação da SDT no evento visa expor as ações do Territórios da Cidadania, apresentando as atividades do programa em 2012 e fazendo um chamamento da consolidação da estratégia territorial em articulação com a economia solidária”, afirmou.

Durante o seminário, Andrea lembrou que o objetivo do Territórios da Cidadania é superar a pobreza rural e reduzir as desigualdades. “O programa vem gerando uma força e deixou de ser de redução da pobreza para se tornar um programa de desenvolvimento rural. A prioridade tem sido o processo de iniciativa popular para construir o desenvolvimento rural. O programa Territórios da Cidadania inclui a população rural num circuito virtuoso de desenvolvimento”, explicou ela.

Desafios

Segundo Andrea, entre os desafios está o fortalecimento de gestão dos territórios e integrar o Programa Territórios da Cidadania, que cuida da pobreza rural, com o Plano Brasil Sem Miséria, que combate a pobreza extrema.

Para Rosângela Gomes de Sousa, da Cooperativa Central dos Catadores e Catadoras do ABC, a proposta do seminário é interessante.  “Em geral, há uma dificuldade na articulação destas políticas. Os ministérios precisam de uma ação mais integrada e o seminário traz isso”, destacou.

Durante o seminário são abordados temas sobre a política de economia solidária, desafios e perspectivas, ações, assistência técnica, créditos e finanças solidária, comercialização, orientações e esclarecimentos dos processos de gestão dos convênios celebrados com as entidades nacionais.


Fonte: Jornal Dia a Dia em 09/11/2012

Cooperativismo

Tendências/Debates: Cooperativismo e bem-estar
Tendências/Debates: Cooperativismo e bem-estarJá há algum tempo a academia discute a eficiência do PIB como indicador adequado do desenvolvimento, bem como o uso das médias. A renda per capita brasileira é R$ 668. Mas o brasiliense tem uma renda de R$ 1.404. O piauiense, de R$ 367. De que vale para este último a média do país se ele recebe 55% dela?

É o mesmo que dizer que a precipitação pluviométrica do norte do país é boa. No Amazonas chove por volta de 2500 mm ao ano. No Ceará, cerca de 800 mm. A média é excelente, mas o Ceará continua seco.

Estudiosos se debruçam sobre essas questões em busca de um índice equilibrado que associe o progresso ao bem-estar da população.

Renda alta, claro, ajuda: as pessoas se alimentam e se vestem bem, tem acesso a boa educação e planos de saúde, moram bem, têm carro e os aparatos eletrônicos e de comunicação contemporâneos, tiram férias na praia, vão ao cinema e ao teatro, têm lazer. Tudo isso torna a vida mais leve e fácil, embora não garanta automaticamente bem-estar.

Esse só é real --sobretudo coletivamente-- quando existe coesão entre os cidadãos, confiança recíproca, tranquilidade nas relações humanas, justiça e equidade.

Esses itens compõem o que Amartya Sen, Prêmio Nobel de Economia (1998) chamou de capital social.

Antes dele, o grau de desenvolvimento de um país era dado pelo quadrilátero dos capitais: o natural (terra, água, clima), o físico (bens imóveis e duráveis como construções, veículos), o financeiro (dinheiro, ações) e o humano (educação, saúde).

Examinando países em que esses quatro capitais eram distribuídos com harmonia, Sen e seus companheiros verificaram que em algumas regiões havia mais progresso, pois lá havia maior capital social.

Talvez seja esse o modo para medir o bem-estar de um povo, o seu capital social. Não basta o PIB, não basta o IDH, não bastam os esforços para avaliar a felicidade de uma sociedade. Bem-estar é a soma de desenvolvimento econômico com o social e todas as variáveis que interferem com ambos e entre ambos.
Bom, e as cooperativas com isso?

Desde a fundação da primeira cooperativa, em Rochdale (Inglaterra), em 1844, como resposta à exclusão social da revolução industrial, o cooperativismo (enquanto doutrina) foi chamado de terceira via para o desenvolvimento socioeconômico, entre o capitalismo e o socialismo.

Isso durou até que caiu o muro de Berlim, em 1989. As profundas mudanças no socialismo e no capitalismo eliminaram a ideia de terceira via, e por um bom tempo o cooperativismo ficou perplexo procurando sua nova identidade.

Por isso, em 1995, a Aliança Cooperativa Internacional (que representa mais de um bilhão de cooperados no mundo) realizou uma conferência para revisar seus princípios.

Criou um novo princípio, o seu sétimo: a preocupação com a comunidade. Desde então, as cooperativas, empresas baseadas em valores, transcendem a prestação de serviços apenas a seus associados para servir também às pessoas da localidade onde se encontra. O conceito é claro: não existe uma ilha de bem estar cercada de iniquidade.

Isso mudou a representação gráfica de cooperativismo. Até a queda do muro, era um rio fluindo entre duas margens, o socialismo e o capitalismo. Depois, virou uma ponte unindo outras margens: o mercado, onde as cooperativas devem estar inseridas com eficiência de gestão, competitivas e focadas, e o bem-estar da coletividade. E isso só acontece por causa do capital social, matéria prima essencial para o sucesso de uma cooperativa.

Em outras palavras: cooperativa é a síntese do capital social, base do bem-estar coletivo.


Fonte: Agência de Noticias Jornal Floripa em 09/11/2012

Notícias

Para Ibre, não há sinais de alta forte do PIB no ano que vem
 
Os economistas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), a divisão da Fundação Getulio Vargas (FGV) que cuida do acompanhamento e dos estudos macroeconômicos, não estão otimistas com as perspectiva de crescimento econômico neste quarto trimestre de 2012 nem com as expectativas para 2013. A Carta do Ibre, editorial da revista "Conjuntura Econômica" de novembro que ainda vai circular, diz no título que "não há sinais claros de crescimento vigoroso em 2013". O artigo prevê um Produto Interno Bruto (PIB) de 3,4% no próximo ano e de 1,3% neste, com resultados na ponta, com ajuste sazonal, de 1% no terceiro trimestre e de 0,7% no trimestre em curso.
 
"É certo que o Brasil está saindo da estagnação para a retomada do crescimento, mas ainda não dá para descartar a hipótese de que este se revele mais lento do que muitos imaginam." A frase que conclui o editorial resume as expectativas dos macroeconomistas da FGV. O documento abre constatando haver "um clima de alívio e quase celebração por parte do governo e de muitos analistas econômico pelo forte resultado esperado para o PIB no terceiro trimestre", um número que os responsáveis pelo texto consideram que deve mesmo ser comemorado após um período de "marcha lenta" que vinha desde o segundo semestre de 2011.
 
O desempenho dos investimento, da produção industrial e do setor de serviços está na raiz das preocupações dos técnicos da FGV. Eles avaliam que para o PIB do quarto trimestre se acelerar em relação ao terceiro, a indústria teria que crescer "fortíssimos" 4% de outubro a dezembro, após um avanço que estimam em 1,2% de julho a setembro.
 
Os técnicos argumentam que um exame mais acurado dos número da Produção Industrial Mensal-Produção Física (PIM-PF) do IBGE (aumento global de 1% no terceiro trimestre) revela que o desempenho foi comandado pelo setor de bens de consumo duráveis (5,2%), com ênfase nos automóveis, um desempenho que consideram fortemente influenciado pelas isenções tributárias ainda em vigor. "É possível que tal política tenha levado à antecipação de compras e não ao aumento sustentado da produção", ponderam.
 
"Não dá para ser eufórico. O cenário internacional segue complicado e não dá para descolar [a economia brasileira] de uma vez já agora", analisa a economista Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre. Ela ressalta que as decisões de investimentos dos empresários são fortemente influenciadas pela confiança que eles têm no cenário econômico global e essa confiança, especialmente no setor de bens de capital, está abaixo da média histórica.
 
A Carta do Ibre pondera que para o país crescer na casa dos 4% em 2013 será necessário "uma recuperação vigorosa" dos investimentos que, estima o Ibre, terão recuo de 3% neste ano. Para que a economia cresça os 3,4% que esperam para o próximo ano, os economistas da FGV estimam que os investimentos aumentarão já fortes 10%.
 
Silvia vê também resultados pouco animadores, mesmo positivos, na área de insumos para a construção e na indústria extrativa mineral, coroando as perspectivas pouco otimistas para a continuidade de uma recuperação forte da indústria no PIB.
 
E a coordenadora do Boletim do Ibre revela outra preocupação que também está expressa no editoria da "Conjuntura Econômica": o crescimento dos serviços, setor responsável por aproximadamente 67% do PIB brasileiro, desacelerou no período recente, passando de uma média de 1,1% de 2004 a 2010 para 0,5% do quarto trimestre de 2010 ao segundo de 2012. O fenômeno será estudado mais a fundo pelos técnicos da FGV.

http://www.valor.com.br/brasil/2897936/para-ibre-nao-ha-sinais-de-alta-forte-do-pib-no-ano-que-vem#ixzz2Bv1Dnpq1

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Biocombustível: micro-usina funcionará em dezembro
Biocombustível: micro-usina funcionará em dezembro A partir do mês de dezembro, o sistema de transporte alternativo da rede intermunicipal será abastecido com biocombustível produzido a partir do resíduo de óleo vegetal usado em frituras de alimentos. A micro-usina já está em fase final de implantação no município de Itabaiana, com data de inauguração prevista para o próximo dia 30 na perspectiva de, efetivamente, entrar em operação no dia 19 de dezembro com capacidade para produzir 20 mil litros do produto.

O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira, 9, pelo presidente da Central de Cooperativas de Cooperativas de Transportes do Estado de Sergipe (Unicoopes), Edilson Tavares. A micro-usina funcionará em Itabaiana, mas as seis cooperativas que controlam o sistema de transporte alternativo no Estado se responsabilizarão para abrir pontos de abastecimento que serão instalados na capital e no interior do Estado.

Trata-se de um investimento avaliado em R$ 600 mil feito com recursos próprios, oriundos de doações feitas diretamente pelas seis cooperativas e por 330 cooperados, filiados à Unicoopes, segundo o presidente da entidade. A matéria-prima, neste caso os resíduos do óleo comestível usado em frituras, virá dos cerca de 200 pontos de coletas já instalados em 22 municípios sergipanos, entre os quais 32 se concentram em Aracaju.
Edilson Tavares prevê instalação de 12 micro-usinas em Sergipe

Certamente, o número de pontos de coletas será bem maior, pelo menos é o que prevê Tavares. “Não visamos lucro. Se você tiver 600 ml de resíduo guardados em casa, nós iremos pegar”, garante Edilson Tavares. “Nossa ideia é criar pontos de coleta nos 75 municípios e as cooperativas do sistema alternativo de transporte coletivo facilitará a logística”, comenta o presidente da Unicoopes.

A micro-usina de Itabaiana começa a funcionar com a produção de 20 mil litros diários, mas terá capacidade para produzir até 90 mil litros de biocombustível. O número de empregos diretos a ser gerado é mínimo, conforme admitem os idealizadores, mas os benefícios são inúmeros.

“Se levar em consideração carga horária diária de oito horas, só serão gerados dois empregos diretos, mas o mais importante na geração de renda está na rede de coletores, composta por cerca de mil pessoas, que terá a possibilidade de cada um deles se tornar um microempresário individual”, considera o engenheiro agrônomo Ubaldino Dantas, assessor técnico da Unicoopes.

Benefícios

Outras iniciativas desta natureza já estão em pauta na Unicoopes, que tem a pretensão de instalar 12 unidades deste porte em outros municípios sergipanos. De acordo com informações do engenheiro, em Sergipe são consumidos cerca de 1 milhão de litros de óleo vegetal. “E deste volume só 30% vão para os alimentos, os 70% são jogados fora, trazendo problemas ambientais e entupindo a rede de esgotamento sanitário”, comenta o engenheiro. Ele revela que os dados foram obtidos na Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiov).

Com a iniciativa, acredita-se que, além dos benefícios que a iniciativa trará para o meio ambiente que deixará de receber um grande volume de resíduos do óleo comestível, os cooperados também serão beneficiados em termos econômicos. A produção do biocombustível deixará o litro R$ 0,50 mais barato. Mas, a tarifa do transporte não será alterada. “Nós não definimos tarifa, mas vamos lutar para manter a tarifa inalterada. Até porque estamos com mais de dez anos sem reajuste”, comenta o presidente da central de cooperativas. “Nós lutamos contra a proposta de reajuste de 12% feita no ano passado pelo Governo e o reajuste não aconteceu”, comenta Tavares.


Fonte: Infonet em 09/11/2012

Cooperativismo

Banco do Brasil cria gerência de negócios com cooperativas
Banco do Brasil cria gerência de negócios com cooperativasNo Ano Internacional das Cooperativas, o Banco do Brasil está criando a Gerência de Negócios com Cooperativas (Genec), vinculada à vice-presidência de Agronegócios e de Micro Empresas, e que centralizará a gestão de clientes, produtos e serviços destinados ao segmento cooperativista.

“Em face à crescente importância das cooperativas no desenvolvimento do país, bem como às oportunidades proporcionadas pelo setor, pretende-se expandir os negócios já existentes e fortalecer, ainda mais, o relacionamento com as cooperativas”, afirmou o vice-presidente de Agronegócios do BB, Osmar Dias, em correspondência encaminhada ao sistema cooperativista para comunicar a novidade. O documento também é assinado pelo gerente executivo do banco, Álvaro Schwerz Tosetto.

Ainda de acordo com Osmar Dias, a Genec deve atuar de forma a promover aproximação com as cooperativas no desenvolvimento de soluções, realização de parcerias e apoio a todos os ramos do cooperativismo. “Os atuais canais de atendimento do Banco do Brasil continuam os mesmos, cabendo à nova gerência desenvolver diretrizes para aprimoramento de produtos, serviços e modelos de atendimento”, acrescenta o vice-presidente de Agronegócios do BB.


Fonte: Tribuna Hoje em 09/11/2012

Cooperativismo

Novas resoluções do CMN atendem cooperativas e microcrédito
O Conselho Monetário Nacional aprovou Resolução 4150 que estabelece requisitos e parâmetros mínimos para o funcionamento de um fundo garantidor para as cooperativas singulares de crédito e para os bancos cooperativos. O fundo deverá ser constituído na forma de entidade privada sem fins lucrativos e terá como associados as cooperativas singulares de crédito que captam recursos de seus associados e os bancos cooperativos. Uma vez associados ao novo fundo, os bancos cooperativos serão desfiliados do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
O objetivo do novo fundo é garantir créditos de clientes das entidades do sistema cooperativista e realizar operações de assistência e suporte financeiro com estas instituições.
A criação do fundo garantidor das cooperativas fortalecerá a rede de proteção já existente, contribuindo para a intensificação do crescimento que o sistema cooperativista vem apresentando nos últimos anos, e consolidando o setor como alternativa para os usuários de produtos e serviços do sistema financeiro, além de um eficaz instrumento de inclusão financeira.
Balancete

Na mesma ocasião, o CMN aprovou Resolução 4151 que cria o Balancete Combinado do Sistema Cooperativo e estabelece condições para sua elaboração e remessa ao Banco Central do Brasil. Desse modo, entre outras ações, os bancos cooperativos, as confederações de crédito e as cooperativas centrais de crédito devem elaborar e remeter, trimestralmente, ao Banco Central do Brasil o Balancete Combinado do Sistema Cooperativo, a partir da data-base de 30 de junho de 2013.
Esse balancete combinado do Sistema Cooperativo deve ser elaborado para os seguintes níveis de combinação contábil:
I – cooperativa central de crédito, incluindo o patrimônio das cooperativas singulares de crédito filiadas;
II – confederação de crédito, incluindo o patrimônio das cooperativas centrais de crédito e cooperativas singulares de crédito integrantes do respectivo sistema; e
III – banco cooperativo, incluindo o patrimônio das cooperativas centrais de crédito e cooperativas singulares de crédito integrantes do respectivo sistema.
Operações de microcrédito

A Resolução 4152, aprovada na mesma oportunidade –– aprimora o conceito das operações de microcrédito. Pela nova norma, passarão a ser classificadas como microcrédito as operações de crédito com as seguintes características: feitas com empreendedor urbano ou rural, seja ele pessoa física ou jurídica, por meio do uso de qualquer fonte de recursos; realizadas aplicando-se metodologia específica e equipe especializada que acompanha a operação no local onde a atividade econômica do tomador do empréstimo é realizada, o que garante maior probabilidade de sucesso para a operação; e limitadas a um valor total de endividamento do tomador de recursos do microcrédito que será de até três vezes o valor do Produto Interno Bruto (PIB) per capita do ano anterior ao da contratação do empréstimo. Por esta metodologia, o limite atual é de R$ 67.750,00.
O novo conceito permite ampliar o conhecimento sobre o mercado de microcrédito, incentivar a realização de operações inspiradas nas melhores práticas internacionais, bem como aprimorar a regulamentação, o monitoramento e a fiscalização dessas operações.
Já a Resolução 4153  trata das operações de crédito à população de baixa renda e aos microempreendedores, alterando regras relacionadas a operações de crédito destinadas à população de baixa renda e a microempreendedores.
O limite do teto de saldo devedor dos microempreendores beneficiados por essas operações foi alterado com a norma e aumenta de R$ 20 mil para R$ 40 mil.
A resolução do CMN permite que as captações de recursos do direcionamento das cooperativas de crédito e das sociedades de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte possam ser feitas diretamente por meio da concessão de uma operação de crédito de instituições bancárias.
Outra mudança é que, a partir de julho de 2013, as operações com atraso de sessenta dias ou mais não poderão mais ser computadas para o cumprimento da exigibilidade de aplicação nessas operações.