sábado, 25 de agosto de 2012

Cooperativismo

POSSIBILIDADE DE REUNIÃO DEFINE A ADMISSÃO DE COOPERADOS - Arinaldo Crispim*

A velha, mas atualizada Lei das Cooperativas, do ano de 1971 (Lei 5.764), contém dispositivo praticamente idêntico, porém com melhor técnica legislativa. É este o teor do inciso XI, do art. 4º, da mencionada lei: “área de ação de associados limitada às possibilidades de reunião, controle, operações e prestação de serviços.” Como se observa, a lei atual em nada inova. Perdeu o legislador uma excelente oportunidade para modernizar o normativo que existia desde 1971. Naquela época, justificou-se a criação da referida norma. Hoje, ela renasce esclerosada. Eis que, naqueles tempos, a máquina de datilografia representava um grande avanço para os escritórios modernos. Hoje, com o mundo internetizado, a reunião presencial pode ser realizada a qualquer momento através da implementação dos mecanismos da mídia eletrônica. O controle é ainda mais simples e imediato. O mundo está próximo de cada um de nós, a qualquer instante que se queira.
Não será a presença física dos sócios que assegurará a eficiência no desempenho da cooperativa. Será a boa gestão, representada pela execução do seu planejamento. A eficiência administrativa servirá de mola propulsora à geração de resultados econômicos para os seus sócios. Sem estes resultados os princípios e a doutrina resultarão em meras palavras inócuas.
A matéria, no entanto, não parece pacífica; posto que a Lei 5.764 (art. 42, §§ 2º e 4º) estabelece à possibilidade de associados serem representados por outros, desde que a cooperativa singular disponha no seu quadro social mais de 3.000 cooperados e ainda mesmo que não tenha este quantitativo, residam a mais de 50 quilômetros da sede da sociedade. Só a doutrina e a jurisprudência lapidarão o alcance e os efeitos práticos dos dispositivos sob enfoque.
De qualquer forma, entendo que o legislador de 2012 deixou escapar uma excelente oportunidade para modernizar a gestão das sociedades cooperativas, mediante a utilização dos instrumentos da mídia eletrônica, indispensável à ativação da participação dos sócios na sua vida societária.
* Arinaldo Crispim é assessor jurídico

Cooperativismo

Exportação de cooperativas do Estado aumenta 42.000%

Sertão pernambucano é maior responsável pelo crescimento

Por AMANDA SOUZA
 
De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), as importações das cooperativas brasileiras somaram US$ 117,8 milhões entre os meses de janeiro e julho deste ano. O número é 20,9% inferior ao registrado no mesmo período de 2011. Já as exportações deste segmento, no acumulado de 2012, apresentaram uma queda de 2% em comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo o valor total de US$ 3,2 bilhões. Com US$ 1 bilhão, o estado de São Paulo foi responsável por 31,5% do total das exportações de cooperativas. Apesar da pouca representatividade no cenário nacional, Pernambuco foi quem apresentou o maior crescimento no período comparativo, passando de US$ 362 para US$ 152,8 mil - um aumento de 42.098,6%. 

A maior parte das exportações feitas pelo Estado foi realizada pela Cooperativa Agrícola de Juazeiro, localizada em Petrolina, no Sertão do Estado, que enviou, nos seis primeiros meses deste ano, 59.904 quilos de uvas frescas para os Países Baixos, o equivalente a US$ 149.760.

Já a Cooperativa de Artesãos Têxteis de Tacaratu (Coopertêxtil), também no Sertão, exportou para a Itália US$ 197 em produtos como redes e bolsas. “A cooperativa existe desde 2003 e conta com 24 cooperados. Há cinco anos temos um cliente fixo na Itália. Este ano tivemos um lucro menor nas exportações, mas ainda temos quatro meses para o fim de 2012 e espero que seja melhor do que o ano passado”, informou o presidente da Coopertêxtil, Edvaldo de Araújo. A Coopertêxtil fatura, anualmente, R$ 450 mil.

Para o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiros de Pernambuco (OCB/PE) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Pernambuco (Sescoop/PE), Malaquias Ancelmo de Oliveira, as cooperativas de fruticulturas conseguem resultados melhores por estarem há mais tempo no mercado internacional.

“Esses resultados são auspiciosos e nos motivam a prosseguirmos nosso trabalho para que essas cooperativas possam ampliar seus mercados, já que, mesmo com pouca experiência, elas têm conseguido aparecer bem. Para nós, do Nordeste, é uma celebração”, comentou. “Para 2013, pretendemos promover uma capacitação para algumas cooperativas que estamos selecionando para que elas também se insiram no mercado internacional”, completou Oliveira.

Cooperativismo


COOTEC: MUDANÇAS PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL
Em comemoração ao Ano Internacional, muitas cooperativas estão contando a sua história. Conheça hoje um pouco sobre a Cootec, cooperativa pernambucana do Ramo Trabalho.

Fundada em 1997, com então 21 associados, a Cooperativa de Trabalho em Ciências Agrárias e Meio Ambiente (Cootec), com sede em Jatobá, cidade a 480 km do Recife, tem se estabelecido na região do sertão de Pernambuco, de forma a atender às comunidades em dois grandes segmentos: elaboração de projetos e locação de veículos. Os trabalhos técnicos vieram primeiro e até hoje, com o apoio de instituições como o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste, beneficiam famílias no suporte ao desenvolvimento de atividades agropecuárias. O aluguel de veículos, com e sem motorista, nasceu com a necessidade de expansão dos negócios da cooperativa ante as oportunidades vislumbradas.
O trabalho desenvolvido pela Cootec na área de consultoria e elaboração de projetos voltados ao desenvolvimento da atividade agropecuária surgiu da ideia de técnicos agrícolas que desejavam atender a crescente demanda da região por assistência técnica. Atualmente, um dos principais focos da cooperativa é o projeto de criação de caprinos e ovinos, que atenderá a 18 famílias de Petrolândia, município vizinho a Jatobá, incluindo a elaboração do projeto e uma assessoria, que deve atuar até o final do ano.  Outro projeto de destaque, voltado à fruticultura, encontra-se na etapa inicial, onde há o levantamento de informações para a elaboração do projeto. Outros novos parceiros da cooperativa são o Iterpe e o Mapa, no que concerne a projetos de assentamento rural.

A principal mudança por que passou a cooperativa ao longo de sua atuação aconteceu em 2005, quando, por meio de uma modificação no rol de atividades desenvolvidas, a Cootec passou a oferecer os serviços de locação de veículos, com e sem motorista. A mudança elevou a receita da cooperativa e gerou novas oportunidades, haja vista a carência do município desse tipo de serviço. Uma das mais importantes veio em 2009 com uma parceria entre a Cootec e a prefeitura de Jatobá, por meio da qual os cooperados passaram a fornecer os serviços de transporte de pacientes da zona rural para o centro da cidade. “Atualmente, são 15 comunidades atendidas pela cooperativa, e, em cada uma delas, há um motorista de plantão, que transporta o paciente que necessita de cuidados ao hospital da cidade. A partir daí, dependendo do caso, a prefeitura faz a transferência desses para outros centros de atendimento”, afirma Silvio Augusto Nogueira, presidente da cooperativa. 

A Cootec montou sua estrutura para o mercado de locação por meio das vantagens da intercooperação, quando buscou empréstimo junto a Pernambucred, cooperativa de Crédito, para financiar os veículos necessários, que incluem modelos como vã, caminhão, caminhonete, dentre outros. “Muitos cooperados começaram sem veículos e hoje já possuem os carros. Alguns dos motoristas que ainda não conseguiram usam veículos de outros associados”, afirmou Nogueira.
O olhar voltado para a comunidade, 7º princípio do cooperativismo, é bastante praticado pela Cootec, que é parceira do Programa Cooperjovem em 10 escolas do município: “No âmbito do Programa, apoiamos as escolas com visitas e também fornecendo os recursos materiais necessários para o desenvolvimento de atividades. 

O Cooperjovem é importante, sobretudo, porque estamos criando possíveis sucessores para a cooperativa. Não queremos que o negócio acabe, porque gera muitas oportunidades para as pessoas aqui em Jatobá. No município, todos conhecem a cooperativa”, frisou o presidente. A Cootec também realizou pela segunda vez consecutiva, em parceria com o Sescoop/PE, a Ação Cooperada, Comunidade Beneficiada, evento que levou à comunidade de Jatobá, no último dia 28 de julho, serviços gratuitos como expedição de documentos, corte de cabelo, elaboração de currículos e curso de formação em cooperativismo. “Promover essa ação é uma boa forma de fazer algo pela comunidade”, afirmou Nogueira. 

Silvio Nogueira, que já se encontra em seu segundo mandato como presidente da Cootec, explica o sucesso do negócio cooperativo.  “Quando nos juntamos, nós conseguimos; juntos conseguimos. E é determinante em nosso trabalho vermos as pessoas como seres humanos, não como máquinas”. A Cootec conta atualmente com 55 cooperados e atua nos municípios de Jatobá (sede) Belém do São Francisco, Carnaubeira da Penha, Floresta, Petrolândia, Tacaratu, Inajá, Cabrobó, Águas Belas (municípios de Pernambuco) e Salvador (BA).

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Economia Solidária


Programa de coleta seletiva faz aumentar renda de recicladores de Maceió


Lançado em 7 de julho, dia do cooperativismo, o programa de coleta seletiva inteligente tem colaborado para aumentar a renda das cooperativas de recicladores de Maceió, COOPREL e COOPLUM. O Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras OCB-AL e Sescoop-AL- Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo em Alagoas, tem divulgado nos meios de comunicação do estado a importância da Coleta para a sociedade e . E tem dado certo.


Em menos de 2 meses de programa, a renda dos recicladores quase que triplicou. De acordo com a presidente da Cooperativa de Recicladores de Maceió- COOPREL, Maria José dos Santos, antes da Coleta, a renda mensal não ultrapassava os R$ 120 reais. Agora, o valor chega a R$ 380 reais. “Graças a iniciativa da OCB/SESCOOP e dos empresários estamos conseguindo aumentar a nossa renda”. Afirmou a presidente. A cooperativa existe há 8 anos e conta hoje com 18 cooperados no trabalho de separação do material recebido, e que depois é comercializado.


Para a superintendente do OCB/SESCOOP-AL, Márcia Túlia Pessoa, o programa de coleta seletiva inteligente vai continuar em 2013, até como forma de conscientizar a população a separar o lixo em casa, já que em dois anos, a partir de 2014, o Brasil precisa estar livre dos lixões a céu aberto. Realidade ainda presente em vários municípios do país. Pelo menos, é o que determina o artigo nº 54 da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), regulamentada por Decreto Presidencial, em 23 de dezembro de 2010. Também ficará proibido, a partir de 2014, colocar em aterros sanitários qualquer tipo de resíduo que seja passível de reciclagem ou reutilização. “Porque não ajudar outras famílias com materiais que seriam descartados e ainda colaborar com o meio ambiente”, declarou Márcia Túlia.


Materiais como alumínio, cobre, vidro, papelão, garrafas peti e de água sanitária são vendidos para os atravessadores, que depois repassam para as empresas de reciclagem. Mas, outros resíduos que poderiam ter um outro destino, como caixas de sabão em pó, caixas de ovos e de sapatos, são encaminhados para os aterros e lixões das cidades, por não terem compradores. Só na Cooprel são em média 1500 toneladas de descartes por semana. Vale a pena destacar, que desde o início do programa de coleta inteligente, dezenas de empresas, parceiros e a população tem contribuído para o sucesso da ação.


RECICLÁVEL É DIFERENTE DE RECICLADO.

Reciclável indica que o material pode ser transformado em outro novo material. Reciclado indica que o material já foi transformado. Algumas vezes, o material que foi reciclado pode sofrer o processo de reciclagem novamente. Certos materiais, embora recicláveis, não são aproveitados devido ao custo do processo ou à falta de mercado para o produto resultante.


RECICLAR É DIFERENTE DE SEPARAR.

Reciclar consiste em transformar materiais já usados em outros novos, por meio de processo industrial ou artesanal. Separar é deixar fora do lixo tudo que pode ser reaproveitado ou reciclado. A separação ou triagem do lixo pode ser feita em casa, na escola ou na empresa. É importante lembrar que a separação dos materiais de nada adianta se eles não forem coletados separadamente e encaminhados para a reciclagem.

Por Márcio Freeire- Assessoria de Comunicação OCB/SESCOOP-AL
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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Economia Solidária

Organizações destacam importância da unidade na abertura do encontro unitário dos trabalhadores/as

O Encontro Unitário dos Trabalhadores, Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas foi aberto oficialmente hoje, 20 de agosto, pelos 7 mil participantes de todos os estados do Brasil, reunidos no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília. O FBES também participa dos debates.

A mística iniciou o dia relembrando todos os momentos de revoltas de camponeses no país, entre eles a Cabanagem, Canudos e Trombas e Formoso. Além disso, foram lembrados os mártires da luta pela terra de várias regiões do país. Dentro desse primeiro momento de animação, foi lida a declaração do I Congresso Camponês, realizado em 1961, em Belo Horizonte (MG), e o documento final do Seminário Nacional de Organizações Sociais do Campo, realizado em fevereiro em Brasília, onde foi discutido e decidido a realização desse Encontro Unitário, em comemoração aos 51 anos do Congresso Camponês, e para reforçar a unidade das organizações e movimentos sociais do campo em torno de lutas comuns.
Os participantes puderam ouvir, também, a mensagem enviada por dom Tomás Balduino, bispo emérito da cidade de Goiás e conselheiro permanente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que, impossibilitado de comparecer ao Encontro, saudou a todos e todas que estão no evento e reafirmou a importância desse momento de luta contra o inimigo comum: o agronegócio e o capital.

Representantes das várias organizações presentes neste Encontro, como os movimentos da Via Campesina, Contag, Fetraf, Quilombolas e Indígenas, saudaram a todos os participantes com palavras de motivação e destacando, principalmente, a importância desse momento histórico para o país e para a luta no campo. A importância da unidade dos movimentos do campo nessa conjuntura, de ações violentas contra trabalhadores e comunidades tradicionais, de grandes projetos que impactam o meio ambiente e expulsam as pessoas do campo, esteve presente em todas as falas.

Dom Guilherme Werlang, representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lembrou que entre as pautas de luta sempre deve estar a busca por justiça social, pela dignidade e pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do campo. Além disso, o bispo destacou a importância de que esses movimentos sejam autônomos e não atrelados aos governos ou a algum tipo de poder. Já Carmem Ferreira, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), enfatizou a importância desse encontro como sendo da classe trabalhadora do país.

“Precisamos impor limites ao agronegócio e aos fazendeiros. Precisamos dar o recado ao governo brasileiro que, com suas políticas, está alimentando esse setor”. Essa foi a mensagem do representante do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Cleber Buzatto. Para a representante do Movimento Camponês Popular (MCP), Aline Nascimento, esse é um momento crucial onde o estado se mostra submisso diante dos interesses do capital. Além disso, segundo ela, esse é o momento de realimentar a utopia.

O cacique Babau Tupinambá, representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), emocionou a todos e todas com um canto tupinambá que relembra as violências e tudo que os povos indígenas sofreram desde a colonização do país. “Somos considerados entraves para todos os setores do país”, denunciou o cacique. Ele lembrou, ainda, o genocídio do povo indígena nesses 512 anos de dominação, e a luta constante desse povo pela garantia de seu território. Babau denunciou, também, que o agronegócio só consegue fazer tudo o que faz contra os povos do campo, das florestas e das águas, porque tem o aval do governo. Segundo ele, esse governo mostrou de que lado está quando colocou mais de 500 projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) dentro de terras indígenas.

Sergio Miranda, da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) reforçou que somente com a união e a participação de todos os movimentos nesse momento, é possível dar força à luta pela reforma agrária.
A viola entoa o hino nacional

Pereira da Viola, grande artista popular do estado de Minas Gerais, entoou o Hino Nacional em sua viola, animando os 7 mil participantes do Encontro. Sua apresentação levantou os participantes e a mesa de abertura do Encontro.

O representante da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), Benedito, destacou em sua fala o direito que todo quilombolas tem à terra, mas que na prática ainda é muito complicado ter o território reconhecido como remanescente de quilombo, e acessar os programas do governo. Já para Lázaro, da Federação de Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf), esse momento vai ser um divisor de águas para a classe trabalhadora do país, principalmente para a do campo.

Para o representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), José Josivaldo, esse é o momento em que o capitalismo vai aprofundar a retirada de direitos dos povos do campo. “É preciso, da nossa parte, identificar o nosso inimigo tradicional: as transnacionais”, disse ele. Além disso, ele aproveitou o momento para reafirmar a posição do MAB contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.

Edmundo Rodrigues, da CPT, lembrou toda a luta dos povos do campo durante todos esses anos à custa de muito sangue. “Não queremos mais que nossas lutas sejam à custa do sangue do nosso povo”, enfatizou ele. Segundo Edmundo, o governo conseguiu colocar em prática o que não conseguiu ser feito no período da ditadura, que foram os grandes projetos, nocivos à cultura camponesa e ao modo tradicional dos povos.

Para Noeli, do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), esse é um momento especial para a construção de alianças com as mulheres e homens do campo, das florestas e das águas. “Precisamos combater o inimigo que destroi a terra, as águas e a diversidade”, destacou ela.

Valter Silva, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), destacou que esse Encontro é uma prova de que o campesinato não chegou ao fim, como alguns teimam em dizer. Segundo ele, o Encontro é uma mostra de que o campesinato tem passado, presente e futuro. Valter destacou ainda que o Encontro é um momento importante, mas é necessário um processo de luta unificado após o evento também.

O representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Valdir, reforçou a maturidade política do processo de criação desse Encontro e necessidade de lutas contra o modelo imposto pelo capital. “Ou nós derrotamos esse modelo, ou esse modelo nos derrota”, declarou ele. Além disso, Valdir destacou que sem ocupação de terra não há reforma agrária e convocou a retomada das ocupações de latifúndios no país. Para Alberto Broch, da Confederação dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), a reforma agrária está no centro para as mudanças mais profundas. “A terra é um bem que precisa ser de todos que querem trabalhar nela”, finalizou ele.

Com a animação de todos esses movimentos e organizações do campo, das florestas e das águas, foram abertas as atividades do Encontro, que segue até o dia 22, em Brasília.

Economia Solidária

Maricultura de Florianópolis terá estrutura de beneficiamento
 
Maricultura de Florianópolis terá estrutura de beneficiamentoO Prefeiro Dário Berger irá assinar, nesta sexta-feira, dia 17,às 10h00, um convênio para a operacionalização de um centro de beneficiamento e capacitação para os maricultores do Sul da Ilha. O prédio será disponibilizado pela Prefeitura e os equipamentos pelo ministério da pesca.

Por meio do Convênio, que será assinado entre a Prefeitura, o Ministério da Pesca e Aquicultura e a Cooperativa dos Produtores de Ostras de Florianópolis (COOPEROSTRAS), os maricultores contarão com uma unidade de beneficiamento de moluscos, instalada no Ribeirão da Ilha.

O prédio será disponibilizado pela Prefeitura e os equipamentos pelo Ministério da Pesca. A COOPEROSTRAS será responsável pela contrapartida mediante gestão da unidade de beneficiamento, promoção de capacitação da comunidade e manutenção dos equipamentos e instalações. O objetivo dessa parceria é oferecer aos maricultores estrutura e capacitação para o beneficiamento de moluscos, ampliando a capacidade produtiva das associações instaladas no Sul da Ilha.

Além dos equipamentos o convênio instituiu um plano de trabalho que deverá ser desenvolvido, a título de contrapartida pela cooperativa. Esse plano de trabalho prevê a realização um censo da maricultura, a elaboração e um banco de dados e cadastro de clientes e o mapeamento das áreas de produção. A cooperativa também deverá oferecer cursos de capacitação em cooperativismo, gerenciamento de agronegócio, manipulação de alimentos, segrança náutica e orientação para registro de embarcações.

Fonte: Portal da Ilha em 16/08/2012

Cooperativismo

Cooperativas paulistas se tornam maiores exportadoras
 
Cooperativas paulistas se tornam maiores exportadorasDe janeiro a julho de 2012, as exportações das cooperativas brasileiras foram de US$ 3,194 bilhões e houve retração de 2% sobre igual período de 2011 (US$ 3,259 bilhões). Nas importações, houve queda 20,9%. As compras foram de US$ 148,9 milhões, no acumulado de 2011, para US$ 117,8 milhões, em 2012.

Com esses resultados, a balança comercial do setor registra saldo positivo de US$ US$ 3,076 bilhões, com diminuição de 1,1% em relação ao mesmo período de 2011 (US$ US$ 3,110 bilhões). A corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$ 3,312 bilhões, com recrudescimento de 2,8% em relação aos primeiros sete meses de 2011 (US$ 3,408 bilhões).

Mercados e Produtos


As cooperativas brasileiras exportaram para 129 países de janeiro a julho deste ano. No período, os principais mercados foram: China (vendas de US$ 470,6 milhões, representando 14,7% do total); Estados Unidos (US$ 351,9 milhões, 11%); Alemanha (US$ 198 milhões, 6,2%); Emirados Árabes Unidos (US$ 180,6 milhões, 5,7%); e Países Baixos (US$ 154,8 milhões, 4,8%).

Já os produtos mais vendidos, em valor, no período, foram: açúcar em bruto (com vendas de US$ 448,2 milhões, representando 14% do total exportado pelas cooperativas); soja em grãos (US$ 383,9 milhões, 12%); café em grãos (US$ 367,7 milhões, 11,5%); carne de frango (US$ 341 milhões, 10,7%); e farelo de soja (US$ 281,7 milhões, 8,8%).

São Paulo acumulou o maior volume em valor das exportações de cooperativas, com vendas de US$ 1,007 bilhão, representando 31,5% do total das exportações do segmento. As cooperativas paulistas ultrapassaram as paranaenses que mantinham o maior valor no acumula até junho. Até julho, o setor cooperativista paranaense exportou US$ 1,004 bilhão, com 31,4% do total. Na sequência, aparecem Minas Gerais (US$ 396,6 milhões, 12,4%); Rio Grande do Sul (US$ 209,6 milhões, 6,6%); Santa Catarina (US$ 209,3 milhões, 6,6%).

Em relação às importações, as cooperativas brasileiras realizaram compras de 42 países nos sete primeiros meses de 2012. As principais origens foram: Paraguai (compras de US$ 17,9 milhões, representando 15,2% do total); Estados Unidos (US$ 13,6 milhões, 11,5%); China (US$ 9,1 milhões, 7,8%); Japão (US$ 8,5 milhões, 7,2%); e Marrocos (US$ 5,3 milhões, 4,5%).

Os produtos mais adquiridos pelo setor cooperativista brasileiro foram: ureia com teor de nitrogênio inferior a 45 (com compras de US$ 13,8 milhões, representando 11,7% do total importado pelas cooperativas); cloretos de potássio (US$ 10 milhões, 8,5%); soja em grãos (US$ 9,3 milhões, 7,9%); máquinas e aparelhos para preparação de carnes (US$ 7,5 milhões, 6,4%); e diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 6,7 milhões, 5,7%).

O Paraná foi o estado com maior valor de importações via cooperativas, com US$ 53,9 milhões, representando 45,8% do total das importações do segmento. Em seguida aparecem: Santa Catarina (US$ 34,1 milhões, 28,9%); Rio Grande do Sul (US$ 12,4 milhões, 10,5%); Goiás (US$ 7,5 milhões, 6,4%); São Paulo (US$ 4,1 milhões, 3,5%);

Fonte: Export News em 17/08/2012

Cooperativismo

Ano Internacional das Cooperativas fortalece o setor no Brasil
              
Em 2012, o cooperativismo ganhou destaque na pauta mundial ao ser definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional das Cooperativas. O tema tem tudo a ver com a causa de Geração de Renda do Instituto Walmart, pois muitos dos projetos apoiados nascem ou se orientam para esse tipo de gestão coletiva, seja na forma de cooperativas de catadores ou de grupos produtivos.

Para Renato Nobile, superintendente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), essa iniciativa da ONU é uma grande conquista para o setor e amplia o conhecimento da sociedade a respeito do cooperativismo. “A ideia é encorajar o governo a estabelecer políticas públicas para ampliar o desenvolvimento das cooperativas, assim como fomentar a conscientização sobre o tema na rede global, além de promover a criação e crescimento das cooperativas”, diz ele.

Outro ponto fundamental, segundo Nobile, é disseminar a importância e os benefícios da proposta cooperativista. Por isso, o tema escolhido para este ano internacional foi: “Cooperativas constroem um mundo melhor”.

De acordo com o superintendente da OCB, a afirmação reflete princípios e valores do cooperativismo, como gestão democrática, participação econômica dos membros, autonomia, intercooperação, entre outros. “O cooperativismo não se define apenas como um meio de geração de renda, mas como uma forma de distribuí-la de maneira mais sustentável. Por isso, favorece o desenvolvimento local, ao estimular que a riqueza fique na localidade onde a cooperativa está inserida”, destaca.

Ampliação do setor

No Brasil, o setor vem se ampliando gradativamente. Em 2011, o número de cooperativas registradas no Sistema OCB chegou a 6.586, ultrapassando o patamar dos 10 milhões de cooperados. As cooperativas com registro no sistema também contabilizaram uma evolução no número de empregados em torno de 9% em relação a 2010.

Segundo informação do Anuário Público de Emprego, Trabalho e Renda, esse universo representa quase a totalidade das vagas de emprego oferecidas por cooperativas brasileiras. Atualmente, o segmento cooperativista engloba 13 ramos.

De acordo com Antonio Bunchaft, diretor da Pangea, no atual momento de crise internacional com agravamento do desemprego, o cooperativismo é uma estratégia fundamental para buscar outros caminhos no mundo do trabalho. “Em particular no Brasil, o cooperativismo é uma grande oportunidade de gerar mais postos de trabalho em setores mais vulneráveis da sociedade, como catadores de materiais recicláveis e agricultores familiares, entre outros setores”, comenta.

Lançamentos e eventos

O Ano Internacional das Cooperativas motivou o lançamento de um selo comemorativo elaborado pelos Correios. E ainda: a realização, em agosto, do II Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo, de um festival de curta-metragens em setembro, e o lançamento, em 30 de outubro, de uma moeda comemorativa de R$ 5 pelo Banco Central.

Base jurídica

Em 2012, o setor obteve ainda conquistas importantes em relação ao marco jurídico. Em julho, foi aprovada a Lei 12.690, que dispõe sobre o funcionamento das Cooperativas de Trabalho e institui o Programa Nacional de Fomento as Cooperativas de Trabalho (Pronacoop). O programa traz maior segurança jurídica, regula as condições de trabalho e estimula o segmento. Neste campo regulatório, há ainda a elaboração da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que oferece um novo mercado de serviços paras as cooperativas de catadores.

Renato Nobile destaca que há tramitando no Congresso cerca de 400 projetos que dizem respeito, direta ou indiretamente, aos interesses das cooperativas. Além disso, a Lei Geral do Cooperativismo está sendo revista pelo Senado Federal a fim de ser modernizada. “A legislação precisa evoluir em mecanismos que possibilitem novas formas de cooperação não previstas anteriormente”, aponta Nobile.

Exemplo da Cooperativa de Agentes Ecológicos de Canabrava

Dentre outras cooperativas já apoiadas pelo Instituto Walmart, com ações de melhoria de infra-estrutura e capacitação, a Cooperativa de Agentes Ecológicos de Canabrava (Caec) - com assistência técnica da Pangea -, tem conseguido contribuir para a criação de condições dignas de trabalho para 195 catadores em Salvador (BA), proporcionando a geração de renda a partir da coleta de resíduos sólidos recicláveis.

Atualmente, a cooperativa busca se aprofundar no mercado da logística reversa, por meio da oferta de serviços pagos de coleta seletiva. Uma importante conquista do grupo é a implantação de uma unidade de processamento de plástico que fabricará garrafas com água sanitária para comercialização.

Fonte: Walmart Instituto em 17/08/2012

Notícias

Mapa retifica zoneamento, a pedido de cooperativas e agricultores
 
Mapa retifica zoneamento, a pedido de cooperativas e agricultoresO Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (Mapa) publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira (15/8) uma retificação, promovendo ajustes no Zoneamento Agrícola de Risco Climático para a cultura da soja no Estado do Paraná.

A medida atende a uma solicitação feita pelas cooperativas e agricultores paranaenses. Assim, a semeadura poderá ser feita em determinadas regiões do Estado a partir do dia 21 de setembro.

Mudança

As regras do zoneamento da soja referente à safra 2012/13 foram publicadas inicialmente no dia 10 de julho com mudanças conceituais e de enquadramento das variedades. De acordo com o gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra, isso apresentou efeitos diretos na data de início de plantio das variedades mais cultivadas no Oeste, Noroeste e Norte do Paraná.

“Na safra 2011/12, mais de 40% da soja plantada nestas regiões foram cultivadas no último decêndio de setembro, pois o zoneamento contemplava este período. Para a safra 2012/13, ele foi alterado para 1º de outubro, sem que efetivamente fossem avaliados os impactos no sistema de produção e nos custos devido à maior incidência de pragas e doenças em variedades plantadas mais tarde, motivando as cooperativas e produtores a solicitar a mudança no zoneamento”, afirmou.

Expectativa

Na safra 2011/12, a soja ocupou 4,4 milhões de hectares no Paraná. A estiagem ocorrida no Estado entre o fim de 2011 e meados de fevereiro deste ano provocou quebra de 23,7% na produção do grão. Mas esse prejuízo foi compensado pelos preços remuneradores, tanto no mercado interno como internacional. Para a safra 2012/13, a expectativa é de ocorra um crescimento de área no Paraná.
Fonte: Tribuna Hoje em 17/08/2012

Cooperativismo

Cooperativas brasileiras exportam us$ 3,1 bi no primeiro semestre
              
As exportações das cooperativas brasileiras chegaram a US$ 3,194 bilhões de janeiro a julho deste ano, com vendas para 129 países. Os principais mercados foram China, Estados Unidos, Alemanha, Emirados Árabes Unidos e Países Baixos.

O estado de São Paulo acumulou o maior volume em valor das exportações de cooperativas, com vendas de US$ 1,007 bilhão, representando 31,5% do total das exportações do segmento. As cooperativas paulistas ultrapassaram as paranaenses que mantinham o maior valor no acumula até junho. Até julho, o setor cooperativista paranaense exportou US$ 1,004 bilhão, com 31,4% do total.

Na sequência, aparecem Minas Gerais (US$ 396,6 milhões, 12,4%); Rio Grande do Sul (US$ 209,6 milhões, 6,6%); Santa Catarina (US$ 209,3 milhões, 6,6%).

Nas importações, houve queda 20,9%. As compras foram de US$ 148,9 milhões, no acumulado de 2011, para US$ 117,8 milhões, em 2012.

Com esses resultados, a balança comercial do setor registra saldo positivo de US$ US$ 3,076 bilhões, com diminuição de 1,1% em relação ao mesmo período de 2011 (US$ US$ 3,110 bilhões). A corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$ 3,312 bilhões, com recrudescimento de 2,8% em relação aos primeiros sete meses de 2011 (US$ 3,408 bilhões).

Mercados e Produtos


As vendas para a China, no período, foram de US$ 470,6 milhões, representando 14,7% do total; para os Estados Unidos, de US$ 351,9 milhões, 11%; para a Alemanha, de US$ 198 milhões, 6,2%; para os Emirados Árabes Unidos, de US$ 180,6 milhões, 5,7%; e para os Países Baixos, de US$ 154,8 milhões, 4,8%.

Os produtos mais vendidos, em valor, no período, foram o açúcar em bruto (com vendas de US$ 448,2 milhões, representando 14% do total exportado pelas cooperativas); soja em grãos (US$ 383,9 milhões, 12%); café em grãos (US$ 367,7 milhões, 11,5%); carne de frango (US$ 341 milhões, 10,7%); e farelo de soja (US$ 281,7 milhões, 8,8%).

Em relação às importações, as cooperativas brasileiras realizaram compras de 42 países nos sete primeiros meses de 2012. As principais origens são Paraguai (compras de US$ 17,9 milhões, representando 15,2% do total); Estados Unidos (US$ 13,6 milhões, 11,5%); China (US$ 9,1 milhões, 7,8%); Japão (US$ 8,5 milhões, 7,2%); e Marrocos (US$ 5,3 milhões, 4,5%).

Os produtos mais adquiridos pelo setor cooperativista brasileiro foram: ureia com teor de nitrogênio inferior a 45 (com compras de US$ 13,8 milhões, representando 11,7% do total importado pelas cooperativas); cloretos de potássio (US$ 10 milhões, 8,5%); soja em grãos (US$ 9,3 milhões, 7,9%); máquinas e aparelhos para preparação de carnes (US$ 7,5 milhões, 6,4%); e diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 6,7 milhões, 5,7%).

O Paraná foi o estado com maior valor de importações via cooperativas, com US$ 53,9 milhões, representando 45,8% do total das importações do segmento. Em seguida aparecem: Santa Catarina (US$ 34,1 milhões, 28,9%); Rio Grande do Sul (US$ 12,4 milhões, 10,5%); Goiás (US$ 7,5 milhões, 6,4%); São Paulo (US$ 4,1 milhões, 3,5%).

Fonte: Portal do Planalto em 20/08/2012

Economia Solidária

Criação de peixes complementa renda de assentados de São Paulo
 
Criação de peixes complementa renda de assentados de São PauloAssentados do Pontal do Paranapanema, em São Paulo, aproveitam as águas do Rio Paraná para criar peixes. Eles montaram uma cooperativa e o dinheiro arrecadado ajuda a complementar a renda.

Há cinco anos a pecuária leiteira é a principal fonte de renda no lote do assentado José Angelo de Almeida, no assentamento Lagoinha, em Presidente Epitácio. “A gente tira uma faixa de 150 litros pela manhã e 100 litros à tarde”, diz.

O assentado José Angelo de Almeida faz parte de uma associação de assentados que investiu na piscicultura. “A atividade vai ajudar a complementar a renda familiar no sítio construindo barracão e tendo uma ordenhadeira mecânica. A gente faz o trabalho manualmente, por enquanto”, completa.

A Cooperativa de Piscicultores de Presidente Epitácio, que existe há um ano, tem autorização para o uso do rio pelos próximos 20 anos. São 19 associados, a maioria assentados.

Há na água 26 tanques com capacidade para 2,5 mil peixes cada. O principal custo de produção está na ração. Cada tanque recebe 45 quilos de ração por dia. Faltando um mês para a venda, as tilápias são classificadas e passam a receber a quantidade de ração que precisam para atingir o peso de 800 gramas. A esperança dos cooperados é que em pouco tempo a piscicultura se transforme na principal fonte de renda das famílias.

Fonte: Globo Rural em 21/08/2012

Cooperativismo

Cooperativismo de crédito deve crescer no Brasil
              
Brasília – Cento e dez anos de história, presente em dez estados, mais de dois milhões de associados e 113 cooperativas integradas, além de uma rede de atendimento em 905 municípios. O Sistema de Cooperativas de Crédito (Sicredi) é um dos participantes do 3º Fórum Nacional sobre Cooperativas de Crédito de Micro e Pequenos Empresários e Empreendedores. O evento será realizado na terça-feira (21), no Centro de Eventos de Nova Petrópolis (RS).

O Sebrae realiza o Fórum em parceria com a Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras), das 8h às 17h. O encontro faz parte da programação do 9º Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédito (Concred), também em Nova Petrópolis, de 21 a 23 de agosto.

O Sicredi é um dos três grandes sistemas de cooperativas de crédito do Brasil e um dos maiores da América Latina. O cooperativismo de crédito contribui para suprir a necessidade de acesso a produtos e serviços financeiros de seus associados.

Por meio do Sicredi, onde os associados são donos do negócio, tanto as pessoas quanto as empresas têm acesso à conta corrente, poupança, linhas de crédito (empréstimo, financiamento, desconto), cartões de crédito e débito, seguros, previdência e outros produtos e serviços. O Sistema possui total de ativos de R$ 29,5 bilhões, patrimônio líquido de R$ 4 bilhões e carteira de crédito de R$ 15,2 bilhões.

Segundo o superintendente de Crédito do Banco Cooperativo Sicredi, Paulo Valadares Pereira, as cooperativas de crédito têm se firmado como um sistema mais inclusivo, participativo e justo, e atuam como um modelo de organização econômica da sociedade. O Banco é uma das entidades do Sistema e o instrumento de acesso dessas cooperativas ao mercado financeiro.

Outro ponto observado pelo superintendente do Banco Cooperativo Sicredi diz respeito à educação financeira, que, na visão dele, deve acompanhar a oferta de produtos e serviços. “Como a cooperativa nasce na região em que opera, ela tem um conhecimento profundo do mercado local. Assim, pode orientar melhor o associado na escolha de produtos e serviços adequados a sua necessidade”, afirma.

Desenvolvimento

Paulo Valadares destaca que as cooperativas promovem o desenvolvimento econômico e social de suas regiões. Os resultados são repassados aos seus associados, os donos do negócio, proporcionalmente ao volume das suas operações, e reinvestidos no lugar em que vivem, o que fortalece a economia da região.

O superintendente complementa que a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu a importância desse modelo e declarou 2012 o Ano Internacional das Cooperativas.

“Cada vez mais, as pessoas estão descobrindo a força desse tipo de iniciativa, organizando-se em rede. As redes e novas interações possibilitam resgatar valores humanos fundamentais, como a colaboração e a cooperação”, afirma Paulo Valadares.

Ele assinala que ainda existe espaço para ampliação desse modelo. “Enquanto em países europeus a representatividade do cooperativismo no mercado financeiro é superior a 20%, no Brasil é de apenas 2%”, compara.

Pequenos negócios

As micro e pequenas empresas (MPE) representam 92% do total de associados como pessoa jurídica do Sicredi. Atualmente, 38% do volume de crédito total desse sistema é destinado às MPE. Em 2011, o Sicredi direcionou ao segmento R$ 4,1 bilhões de crédito, o que representa crescimento de 26% em relação a 2010. Para 2012, a projeção é ampliar esse volume em mais de 20%.

No que se refere ao crédito para os pequenos negócios, o Sicredi pretende crescer uma média de 23% ao ano, até 2015. “O apoio às micro e pequenas empresas é fundamental para a economia. Assim como as cooperativas de crédito, as MPE são motores de inclusão social, geração de renda e promoção de desenvolvimento local”, avalia Paulo Valadares.

O superintendente do Banco Cooperativo acredita que as parcerias do Sicredi com o Sebrae ajudam a disseminar o cooperativismo de crédito para as MPE. Paulo Valadares ressalta que o Fórum permite a troca de conhecimentos entre os participantes. “O intercâmbio de informações e o aprendizado colaborativo resultam em mais conquistas para as cooperativas e as MPE”, considera.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias em 21/08/2012

Cooperativismo

Modelo da Cooperativa do PR vai ser implantado em Rondônia
               
Uma comitiva formada por autoridades do Governo de Rondônia e cooperativistas da região de Vilhena visitou esta semana, as instalações da Coopavel – Cooperativa Agroindustrial da região de Cascavel, no Paraná, onde foram recebidos pelo presidente da cooperativa, Dilvo Grolli; pelo prefeito de Cascavel, Edgar Bueno; e pelo ex-prefeito Pedro Mufato; além de diretores da Coopavel.

O objetivo da visita, segundo o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Social de Rondônia (Sedes), Edson Vicente, foi conhecer o modelo de cooperativismo voltado para o agronegócio, implantado com grande sucesso no sul do país.

A cooperativa tem 41 anos de fundação e movimenta cerca de R$ 1 bilhão por ano, através da produção de três mil cooperados em 11 unidades industriais, espalhadas por 17 municípios do sudoeste paranaense, e possui uma das maiores estruturas agroindustriais do sul do país.

“A partir do modelo da Coopavel, o Governo do Estado trabalhará ao lado do setor cooperativista rondoniense para construir um novo pólo de produção baseado na força do agronegócio, com a participação de milhares de produtores do Estado”, declarou Vicente. “Esse é um projeto que interessa muito ao governador Confúcio Moura, que acredita na produção agroindustrial para o desenvolvimento do nosso Estado”.

Participaram da visita, o senador Assis Gurgacz; o prefeito de Vilhena, José Rover; e os presidentes da Coopervil, Eduardo Sartor; da OCB-RO, Salatiel Rodrigues; da Associação Comercial de Vilhena, José Ivanildo; do Sindicato dos Produtores Rurais de Vilhena, Evandro Padovani; e o vice-presidente da Credisul, Vilmar Saúgo.

Visita

A comitiva conheceu os frigoríficos de aves, suínos e bovinos, além de um laticínio e uma esmagadora de soja da cooperativa. Também visitou as obras do terminal logístico para frios, que está sendo construído ao lado da estrada de ferro, com investimento de 200 milhões de reais; e da processadora de farinha de trigo, que está sendo executada com investimento de 50 milhões de reais.

“Realmente é impressionante o que aquela cooperativa trouxe para a região”, disse o secretário Edson Vicente. “Nos próximos dias, estarei reunido com os empresários para definirmos o plano de ação”, declarou.

Um dos projetos que deverá ser adotado em Rondônia é o sistema integrado de avicultura de uma esmagadora de soja (que fornecerá o subproduto para a fábrica de ração já existente em Vilhena e que deverá ser ampliada), fechando o ciclo completo de produção.

Segundo o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Vilhena, Evandro Padovani, “a visita foi muito produtiva e todos ficaram bastante entusiasmados, porque viram todo o complexo industrial em funcionamento”, disse Evandro. “Também visitamos propriedades rurais, que produzem em média 25 quilos de leite por vaca”.

Evandro destacou “a modernização do aviário, com tratamento automatizado e tecnologia de ponta, além do novo moinho de trigo, da fábrica de adubo de primeira qualidade e dos frigoríficos de aves e suínos, que servem de modelo para Rondônia”.

“Hoje se concretizou uma parceria com a Coopavel e Coopervil”, disse Padovani, que destacou a presença do senador Assis Gurgacz e a importância do trabalho desenvolvido pelo secretário Edson Vicente. “É essa força que temos que trazer para Rondônia”, concluiu Padovani.

Coopavel
 
A Coopavel Cooperativa Agroindustrial, fundada em 1970, possui 24 filiais instaladas em 17 municípios do Oeste e Sudoeste do Paraná, com 3.000 associados e 4.300 funcionários e um faturamento de R$ 954 milhões, sendo 75% de produtos industrializados, comercializados em todo território nacional e parte destinados à exportação para a Europa, Oriente Médio, Ásia e África.

A cooperativa possui um moderno parque com 11 indústrias instaladas, incluindo frigoríficos, laticínios, fábricas de rações, moinhos de trigo e soja, indústria de fertilizantes e produção de embutidos de carne, além de frota própria de 240 caminhões. Dispõe ainda de matrizeiro e incubatório de aves, unidades produtoras de suínos, estrutura para distribuição de calcário e laboratório de controle de qualidade.

Fonte: Rondonia Dinamica em 21/08/2012

Cooperativismo

Lei 12.690/12 é solução de conflitos
 
O Dr. Ronaldo Gaudio, especialista em cooperativismo destacou durante sua intervenção no seminário que abordou a nova lei do cooperativismo de trabalho, a 12.690/12, de como surgiu a lei e que ela é o caminho do meio para tornar o cooperativismo de trabalho viável.

Lei 12.690/12 é solução de conflitos“Esta lei é fruto da luta entre aqueles que falavam sobre a livre iniciativa total e irrestrita e daqueles outros que diziam que existe o vínculo de emprego e por isso deve ser CLT, esse foi conflito que deu origem. A lei saiu quase como o caminho do meio”, falou Dr. Gaudio.

Gaudio também mencionou a questão da fraude. Destacou que a lei contém dispositivos para inibir as falsas cooperativas, mas que isso não blindará a fraude em sua totalidade.

“A fraude não estará blindada com essa lei, a legislação tenta contingenciar a possibilidade de fraude, ou seja, contingenciamento de danos”, conclui o Dr. Gaudio.

O evento foi organizado pela Federação Nacional dos Trabalhadores Cooperados (FETRABRAS) em parceria com o Sindicato das Cooperativas de Trabalho no Estado de São Paulo (SINCOTRASP).


Confira as fotos do evento em nossa galeria de fotos. Parte 1 / Parte 2 / Parte 3


Fonte: Redação EasyCoop em 21/08/2012

Cooperativismo

Priscila Grecco fala da lei 12.690/12
 
Priscila Grecco fala da lei 12.690/12A advogada, Dr. Priscila Grecco, especialista em cooperativismo, participou do seminário na Assembleia Legislativa de São Paulo, onde debatido sobre a nova lei que regulamenta as cooperativas de trabalho, a 12.690/12.

A Dra. Priscila Grecco destacou que na ementa é colocado que seria revogado o parágrafo único 442 da CLT, mas a presidente Dilma vetou este artigo. “Na ementa da lei 12.690/12 que ela traz que institui e dispõe da organização e funcionamento das cooperativas de trabalho e que revoga o parágrafo único 442 da CLT, porém esse parágrafo não foi revogado, a presidente, Dilma Roussef vetou essa possibilidade”.

O evento foi organizado pela Federação Nacional dos Trabalhadores Cooperados (FETRABRAS) em parceria com o Sindicato das Cooperativas de Trabalho no Estado de São Paulo (SINCOTRASP).


Confira as fotos do evento em nossa galeria de fotos. Parte 1 / Parte 2 / Parte 3
Fonte: Redação EasyCoop em 21/08/2012

Cooperativismo

Dr. Waldyr Colloca: 'Esta lei estabelece de forma positiva regras claras de como uma cooperativa deve se comportar'
Dr. Waldyr Colloca: Esta lei estabelece de forma positiva regras claras de como uma cooperativa deve se comportarO Dr. Waldyr Colloca, advogado especialista em cooperativismo, em sua explanação sobre a nova lei do cooperativismo de trabalho aponta o grande desafio dos juristas e cooperativistas com a promulgação da lei 12.690/12.


“Nós temos um desafio imenso a partir deste instante: criar uma tecnologia jurídica para fazer valer nosso entendimento de sempre e para chutar as bolas levantadas por essa lei, e que não são poucas”, disse o Dr. Colloca. 


Ele continua dizendo que há pessoas que acham que a lei não foi criada para apoiar as cooperativas, mas sim contra as cooperativas. “Tem pessoas achando que a lei está aí para resolver o problema no sentido de expurgar as cooperativas de trabalho do mundo jurídico”, falou o Dr. Colloca.


Ao final, ele comenta que a lei traz regras positivas para o funcionamento das cooperativas, que irão legitimar o trabalho das cooperativas. 


“Esta lei estabelece de forma positiva regras claras de como uma cooperativa deve se comportar para ser entendida como uma cooperativa idônea e legitima”, concluiu o Dr. Colloca.


O evento foi organizado pela Federação Nacional dos Trabalhadores Cooperados (FETRABRAS) em parceria com o Sindicato das Cooperativas de Trabalho no Estado de São Paulo (SINCOTRASP).

Confira as fotos do evento em nossa galeria de fotos. Parte 1 / Parte 2 / Parte 3



Fonte: Redação EasyCoop em 21/08/2012