quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Cooperativismo

Cooperativismo acreano impressiona pela expressividade
              
O engajamento e a motivação dos cerca de mil cooperados reunidos no último domingo para a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Cooperativa de Trabalhadores Autônomos em Serviços Gerais (Coopserge), de Rio Branco (AC), impressionaram dirigentes e parlamentares ligados ao movimento cooperativista que estiveram na capital acreana entre os dias 2 e 3/9. O superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, destacou a participação maciça dos cooperados como sinônimo de comprometimento e força, tanto da cooperativa, quando do movimento no estado. O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado do Acre (OCB-AC), Valdemiro da Rocha, também acompanhou a AGE.

“O que mais chamou atenção foi a efetividade dos cooperados, atuantes como verdadeiros donos da cooperativa, e não alheios às decisões tomadas. Aproximadamente 90% dos associados em condição de votar estiveram presentes à AGE. É um número expressivo e marcante, especialmente porque a Coopserge é uma cooperativa que está presente em 20 dos 22 municípios acreanos, com uma representatividade ímpar”, destacou Nobile.

O superintendente destacou, também, a relevância dos temas trazidos à pauta da AGE. Assuntos como constituição do fundo anual de descanso (FAD) e do fundo de poupança compulsória, além da definição de critérios para utilização do fundo complementar de assistência a saúde (FAZ) fizeram parte da ordem do dia. Segundo Nobile, as discussões refletem a estreita ligação da Coopserge com a atual legislação que regulamenta o setor.

Acompanhado do prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, do presidente da Frente Parlamentar Estadual do Cooperativismo (Frencoop/AC), Eduardo Farias, e do senador da República, Jorge Viana – que se declarou emocionado com a participação expressiva dos cooperados acreanos –, Renato Nobile cumpriu uma agenda que incluiu visita às sedes de outras cooperativas, como a Transterra, do ramo transporte, e a Cooperacre, central que congrega 25 cooperativas e associações de produtores extrativistas espalhadas em mais de 10 municípios do estado.

Na oportunidade, em reunião que contou com a presença também da deputada estadual Perpétua Almeida, foi renovado o acordo do Sistema OCB em atuar junto ao governo do Acre na execução de projetos estruturantes que auxiliem a recuperação do estado, que no início do ano sofreu com o estrago causado pelo excesso de chuva. “Resgatamos a conversa que já vínhamos tendo com o gabinete do senador Jorge Viana para que, tanto a OCB, quanto o Sescoop, sejam parceiros nesse processo de reconstrução dos municípios atingidos. É um compromisso que fazemos questão de levar adiante”, frisou Nobile.

Fonte: OCB em 05/09/2012

Cooperativismo

Cooperativismo em pauta
 
Cooperativismo em pautaO debate aberto para temas como as novas perspectivas do código eleitoral, a legislação trabalhista e ambiental, além das organizações sociais e cooperativas como objetos de ordem econômica, foi o destaque do II Congresso Internacional de Direito Constitucional, que aconteceu na última semana em Cuiabá. O evento trouxe à capital os Ministros do STF – Gilmar Mendes e Dias Toffoli, além dos governadores vizinhos - André Puccinelli, do MS e Tião Viana, do Acre.

Em seu discurso de abertura, o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, destacou a importância da iniciativa que é apoiada pelo Sistema OCB. “É importante a discussão acadêmica para o surgimento de sugestões que melhorem nossa legislação. É um enriquecimento importante para nós, que convivemos com conflitos jurídicos", disse o governador. Já o Ministro Dias Toffoli, defendeu que um dos pontos principais a ser discutido é a uniformização dos vários processos eleitorais e existem atualmente. “O mesmo fato pode ensejar de quatro a cinco ações na justiça em instâncias diferentes. É necessário que se de uma racionalização as ações que correm na justiça. Porque a um candidato ou alguém que assume cargo não pode ficar respondendo quatro ou cinco ações sobre um mesmo fato”, considerou o ministro durante entrevista a imprensa.

O fórum de debate acadêmico foi realizado pela União de Ensino Superior de Diamantino (Uned), com apoio do Instituto Brasiliense de Direito Público – IDP, Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Tribunal de Contas de Mato Grosso, Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, OAB Mato Grosso, Aprovando Centro de Estudos, Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Caramuru, Sistema Famato, Sistema OCB, Associação Matogrossense dos Transportes Urbanos, Governo de Mato Grosso e Fundação Peter Haberle.

Painéis

Em formato de mesa redonda, os governadores dos 3 estados – MT, MS e AC, debateram o tema "Federação, distribuição das competências constitucionais e limites orçamentários: qual pacto federativo?", onde reivindicaram alterações no Pacto Federativo, que estabelece, entre outras questões, diretrizes sobre o repasse de recursos entre União, Estados e municípios.

Também durante o congresso aconteceu o painel: “Ordem Econômica e financeira na Constituição: cooperativismo, organizações sociais e desenvolvimento nacional", que discutiu e apresentou a legislação cooperativista e o sistema cooperativo como negócio. Palestraram sobre o tema o gerente jurídico da OCB Nacional - Adriano Campos Alves, o advogado doutor em Direito Tributário pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - João Caetano Muzzi e o coordenador jurídico do Sescoop Nacional - Paulo Roberto GalliChuery. Para os três especialistas, o modelo é mais justo e solidário, pois distribui as sobras de forma igual, mas ainda causa desconforto no mercado comercial. “É preciso entender que o cooperado brasileiro não pede favor, não pede imunidade, isenção ou benefícios, pois ele já contribui. Ele apenas quer respeito à sua estrutura societária”, disse Muzzi. Ele ainda esclareceu que o cooperativismo resulta em força e pujança para a economia. Através de exemplos, afirmou que a cooperação ganhou o mundo, pois hoje milhões de pessoas integram esse sistema, em 13 áreas distintas. “Uma cooperativa não nasce para si mesma, não busca lucro e todo resultado é liberado ao grupo que a compõe”, explicou. Adriano Campos, da OCB, destaca a legislação específica do negócio. “O cooperativismo é um modelo que propõe renovação econômica, inverte a ordem. É legítimo buscar organização em um grupo, está respaldado na Constituição”, afirma Campos.

Segundo o superintendente da OCB/Sescoop-MT, Adair Mazzotti, a iniciativa do Congresso é um passo importante, já uma das dificuldade é a falta de conhecimento. “Administradores, Contadores, profissionais chave nas empresas saem da faculdade sem ter noções mínimas do funcionamento da lei cooperativista e de suas implicações jurídicas. Isso gera transtornos e prejuízos às cooperativas”, afirmou Mazzotti.
Fonte: Ascom OCB/Sescoop-MT em 05/09/2012

Cooperativismo

Cooperativas podem ser entendidas como 'empresa', mas não vão a falência
 
Cooperativas podem ser entendidas como empresa, mas não vão a falênciaAs cooperativas podem ser entendidas como uma 'empresa', que prestam serviços aos seus cooperados, mas elas não vão a falência, afirmou o gerente jurídico da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Adriano Campos Alves, no painel “Ordem econômica e financeira na Constituição: cooperativismo, organizações sociais e desenvolvimento nacional”, em homenagem ao Ano Internacional das Cooperativas, no II Congresso Internacional de Direito Constitucional, realizado em Cuiabá.

As cooperativas não se sujeitam à falência, já que possuem natureza civil e atividade não empresária. O gerente jurídico da OCB ressaltou que as sociedades, definidas pela Lei 5.764/71 como sociedades civis, podem ser liquidadas extrajudicialmente, mediante intervenção de órgão executivo federal.

“Como a gente não está sujeito nem a falência nem a esses mecanismos de recuperação judicial e extrajudicial, a gente acaba optando por uma reorganização financeira. Se há possibilidade ou a consequência de renovação da cooperativa”, explicou Alves.

O gerente jurídico da Organização das Cooperativas Brasileiras detalha e diz que há um projeto de lei tramitando no Congresso Nacional. “a gente pretende regularizar o procedimento social, até de maneira adequada. Existem alguns elementos do procedimento hoje regular que não seriam compatíveis com o modelo cooperativo”.

Para Alves, o modelo cooperativista causa desconforto ao mercado comercial. “Indivíduos sozinhos não conseguem tudo. O contrário acontece se estiverem unidos. É preciso conhecer e estudar como aproveitar o desenvolvimento desse sistema. Com ele, podemos ter uma economia mais justa e solidária”, pontuou Adriano Campos Alves.

Ele ainda completa que o principal objetivo da sociedade cooperativa é prestar serviço a seus associados, sem a finalidade exclusiva de lucro. “O cooperativismo é um modelo que propõe renovação, invertendo a ordem econômica. É legítimo buscar organização em um grupo, está respaldado na Constituição”.
Fonte: Agro Olhar em 06/09/2012

Cooperativismo

MDA e Unicafes debatem ações para o cooperativismo
 
MDA e Unicafes debatem ações para o cooperativismoO ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e representantes da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) se reuniram terça-feira, 28, em Brasília, para debater ações estratégicas com vistas ao fortalecimento do cooperativismo no Brasil. Pepe Vargas afirmou que trabalhará para que a parceria seja ainda mais atuante.

"Reconhecemos a importância das cooperativas para o ministério e para o crescimento do Brasil. O MDA dispõe de diversas políticas públicas que podem auxiliar os cooperados, como a Assistência Técnica e Extensão Rural [Ater] e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), dentre outras", colocou o ministro. Dentre os assuntos da reunião estava a lei Ater.

Os representantes da Unicafes fizeram algumas sugestões, como a inclusão do MDA e da própria Unicafes na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e no Serviço Nacional de Aprendizagem ao Cooperativismo (Sescoop), além da criação de um grupo de trabalho dentro do Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf). "A reunião com o ministro nos animou, pois reforça o apoio da pasta aos trabalhos das cooperativas", ressaltou o presidente da Unicafes, Luiz Possamai.
Fonte: Jornal de Beltrão em 06/09/2012

Cooperativismo

Livro 'Cooperativismo de crédito ontem, hoje e amanhã' surpreende por sua grande aceitação
 
Livro Cooperativismo de crédito ontem, hoje e amanhã surpreende por sua grande aceitaçãoTranscorridas apenas duas semanas do lançamento do livro de autoria de Ênio Meinen e Márcio Port, abordando diferentes aspectos principiológicos, históricos, legais e de gestão do cooperativismo de crédito, cerca de 2.000 exemplares já foram adquiridos, o que demonstra o grande interesse do público cooperativista em aprimorar seus conhecimentos sobre o setor.

O livro, inédito em sua proposta e abrangência, teve seu lançamento oficial no 9º Concred (Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédito), ocorrido em Nova Petrópolis, no dia 21/08/2012, certame durante o qual foram adquiridos os primeiros 1.000 exemplares.

Por sua linguagem de fácil compreensão, o livro é recomendado para dirigentes, executivos, conselheiros de administração e fiscal, gestores, colaboradores, associados, formadores de opinião, líderes de entidades de classe, universidades, escolas entre outros públicos/entidades interessados no cooperativismo.

Segundo Márcio Port, um dos autores, “para darmos ainda mais força ao cooperativismo de crédito precisamos que o público interno das cooperativas tenha o conhecimento adequado com relação às oportunidades e desafios do setor. O sonho de qualquer gestor é ter todos os seus colaboradores engajados no mesmo propósito e com o mesmo nível de informações, e o livro pode auxiliar muito neste sentido.”
De acordo com Ênio Meinen, coautor da obra, “não havia na literatura nacional iniciativa que cobrisse suficientemente as grandes questões societárias e operacionais do cooperativismo de crédito, muito menos que abordasse, pragmaticamente, aspectos doutrinários e estratégicos relacionados à expansão do setor. O que existe até aqui são publicações esparsas sobre matérias pontuais, muitas vezes de conteúdo histórico ou filosófico. Por isso, o livro torna-se ainda mais útil para os atores do segmento”.

Ainda de acordo com os autores, muitas foram as cooperativas que adquiriram livros para disponibilizá-los em seus pontos de atendimento, permitindo que os gestores e demais colaboradores, que são as pessoas que estão diariamente em contato com os associados, conheçam melhor a área em que atuam.

Entre os temas tratados no livro destacam-se
- detida e pragmática alusão aos valores e princípios cooperativistas e ampla evidenciação dos apelos e diferenciais do cooperativismo de crédito, de maneira a estimular a invocação do tipo societário (preferencialmente aos bancos) como argumento de venda;

- visitação às principais experiências globais do setor, permitindo colher referências compatíveis com a realidade socioeconômica do país;

- recomendações detalhadas sobre estratégias a serem postas em ação para ampliar o volume de negócios com os atuais e futuros cooperados, e incentivar novos entrantes, como forma de otimizar o direcionamento de esforços dos dirigentes e executivos, com vistas a uma “nova empreitada” expansionista;

- apreciação didática do marco regulatório vigente, facilitando a compreensão, a aplicação e a adequada utilização de seu conteúdo;

- apresentação de respostas objetivas às indagações mais recorrentes sobre os novos padrões de governança e de sugestões quanto aos papéis a serem conferidos a cada um dos protagonistas (atores principais), de modo a tornar mais assertivas as decisões nesse campo;

- reflexões propositivas do SEBRAE sobre o futuro do setor cooperativo, demonstrando o potencial de crescimento através dos micro e pequenos empreendedores, estimulando uma maior aproximação com esse importante e imprescindível segmento da economia;

- demonstração do funcionamento de uma cooperativa de crédito em toda a sua dimensão, com aplicação dos fundamentos da boa governança, revelando uma espécie de entidade-modelo a servir de paradigma para as melhores práticas.

Fonte: Portal do Cooperativismo de Crédito em 06/09/2012

Cooperativismo

COOPRAP escolhida como das 100 melhores produtoras artesanato do pais
 
COOPRAP escolhida como das 100 melhores produtoras artesanato do paisCom a produção de cestarias e biojoias, feitas de piaçava e a palha da costa, a Cooperativa de Produtores e Produtoras Rurais da Área de Preservação Ambiental (APA) do Pratigi (Cooprap) foi escolhida como um dos 100 melhores produtores de artesanato do Brasil e recebeu nesta terça-feira, 4, o Prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato. A premiação aconteceu às 18h30, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Mais de 1,8 mil unidades produtivas de artesanato inscreveram-se neste ano - 80% a mais que as 1.025 inscrições de 2009; e 211% a mais do que os 586 par¬ticipantes da primeira edição, em 2006.

A Cooprap está localizada no município de Nilo Peçanha, na Costa do Dendê, onde os artesãos desenvolvem cestarias e biojoias, utilizando como matéria prima a piaçava, coco da piaçava e a palha da costa. Atualmente com 198 cooperados e presidida por Creuza Amorim, a cooperativa mantém a unidade produzindo dentro dos padrões de qualidade e excelente capacidade produtiva.

A presidente da Cooprap garantiu que ficar entre as 100 é um avanço muito grande, pois vai facilitar as vendas e abrir portas no mercado. "Nossos produtos vão ser mais divulgados e vamos ter mais oportunidades de participar de eventos, feiras, além de motivar a comunidade por saber que o produto dela está sendo bem aceito", comemora Creuza.

Em abril deste ano durante visita a comunidade Quilombola do Jatimani, na APA do Pratigi, o presidente do Sebrae, Luiz Barreto conheceu as cestarias da Cooprap. Ao lado da presidente da Associação Quilombola Jatimani, Pedrina Belém do Rosário, Luiz Barreto falou da importância do artesanato agregar valor ao turismo. "O artesanato, todas as atividades de gastronomia, a valorização da cultura local são fundamentais para agregar valor ao turismo. O desenvolvimento aqui tem que reforçar as comunidades, gerando emprego e renda e os projetos devem estar integrados de forma a fazer a inclusão produtiva de quem vive aqui", ressaltou.

Inovação e eficiência produtiva

De acordo com a consultora do Sebrae, Fátima Seabra, que realizou a auditoria na Cooprap, a cooperativa foi a unidade produtiva da Bahia vencedora, comprovando possuir os critérios para receber o TOP 100 de Artesanato: grau de inovação dos produtos, gestão estratégica, eficiência produtiva, adequação ambiental, práticas comerciais, responsabilidade social, embalagem, qualidade percebida, adequação cultural, adequação ergonômica dos postos de trabalho e adequação econômica dos produtos.

"Durante a auditoria observamos a organização, a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) - que permitem que o trabalho seja realizado sem riscos aos artesãos -, e a preocupação com as questões sociais que mobilizam os jovens artesãos. Tudo isso fez com que a Cooprap obtivesse pontuação necessária para concorrer com unidades de outros estados e ser uma das premiadas", conta Fátima. Segundo ela, a Bahia comprova mais uma vez o desenvolvimento do setor artesanal, a qualidade e o valor cultural do artesanato.

Para o gestor do projeto Sebrae no Território da Cidadania do Baixo Sul, José Amândio Barbosa, a participação da Cooprap no TOP 100 é o coroamento de um trabalho sério e de uma parceria vitoriosa com o Sebrae. "Essa premiação é muito importante e dará visibilidade, não só para a cooperativa, mas também para o Baixo Sul e para o arranjo produtivo da piaçava", finaliza Barbosa.

O Prêmio

Promovido pelo Sebrae, o Prêmio Top 100 de Artesanato tem como objetivo destacar as 100 unidades produtivas mais competitivas do país, reconhecendo e incentivando o trabalho dos artesãos brasileiros. Além de reconhecimento e valorização para todo o setor, o prêmio oferece às cem unidades vencedoras o direito de uso do selo "Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato - 3ª Edição" por três anos e divulgação de três produtos nos sites do Sebrae Nacional e de sua região, no CD promocional e catálogo.

Fonte: Bahia Já em 06/09/2012

Cooperativismo

SISTEMA OCB: Sescoop nacional adota marca do Jovemcoop para juventude cooperativista
 
SISTEMA OCB: Sescoop nacional adota marca do Jovemcoop para juventude cooperativistaA logomarca do Jovemcoop, desenvolvida por jovens do Paraná, foi adotada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) para ser a marca oficial do novo programa de organização do quadro social (OQS) do Sistema OCB. Trata-se de um novo formato aplicado ao já conhecido pelas jovens lideranças cooperativistas, vinculando a atuação dos jovens à estratégia das cooperativas e garantir a sustentabilidade do movimento. O anúncio da adoção da marca paranaense foi feito pelo presidente da entidade, Márcio Lopes de Freitas durante abertura de uma Oficina de trabalho realizada em Brasília nos dias 4 e 5 de setembro.

Papel fundamental - Com a presença de 30 representantes de diversos estados, entre eles o gerente de Desenvolvimento Humano do Sescoop Paraná, Leonardo Boesche, Humberto Bridi e Guilherme Gonçalves e também de profissionais do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Lopes de Freitas destacou o papel fundamental a ser cumprido pelo Jovemcoop: “é um programa que vem ‘amarrar’ todos os outros trabalhos desenvolvidos pelo sistema OCB, por meio da integração entre as unidades estaduais do Sescoop e do nacional, cooperativas, cooperados, colaboradores, familiares e a comunidade em geral”, disse o dirigente.

Origem - Leonardo Boesche lembrou que a atual marca do Jovemcoop surgiu dos próprios jovens que integram o movimento no Paraná. “A primeira marca era do ano 2000, e já estava ultrapassada em seus conceitos de mensagem, então, durante o Jovemcoop de 2011, por ocasião da realização do vigésimo encontro da juventude cooperativista paranaense, foi apresentado pelos próprios jovens uma nova sugestão de logomarca, a qual foi aperfeiçoada por uma empresa de design e aprovada, a qual, para nosso orgulho passa a ser adotada em nível nacional pelo Sescoop”, disse. Boesche também frisou que a nova formatação à semelhança do que já vem ocorrendo no Paraná, busca oportunizar para que os jovens possam se destacar como lideranças dentro do sistema, preparando-os para dar continuidade ao que já vem sendo realizado. “Investir na juventude é também promover o enraizamento do cooperativismo, na longevidade das boas práticas da cooperação”, ressaltou.

Inclusão e mobilização - Com um escopo mais moderno e prático, a proposta é focada principalmente na questão da inclusão e da mobilização de cooperados, futuros cooperados e seus familiares, de modo a promover a sustentabilidade do cooperativismo. “O alcance do programa foi ampliado, tornando-se um programa de OQS, de forma que a juventude seja uma das alavancas propulsoras do movimento. para isso, contamos com uma articulação muito forte com as demais áreas finalísticas do Sescoop (promoção social e monitoramento) no sentido de aproveitar as informações por elas produzidas como subsídios para que o programa cumpra com seu objetivo”, comenta a gerente de formação e qualificação profissional do Sescoop, Andréa Sayar.

Mesmo foco - A intenção da oficina, segundo Andréa, foi demonstrar que, muitas vezes, os trabalhos realizados de forma independente pelas unidades estaduais, com nomes diferentes, têm, no fundo, o mesmo foco: motivar a juventude. “não estamos reinventando a roda. estamos trabalhando de uma forma sistêmica, com uma identidade sistêmica, com aquilo que já é desenvolvido pelos estados, estipulando padrões mínimos, porém flexíveis, sem amarrações, que atendam às necessidades das cooperativas e alcancem os resultados propostos”, resume.

Resultados qualitativos - De acordo com o gerente geral de desenvolvimento de cooperativas, Maurício Alves, foram adicionados ao programa resultados qualitativos que mensurem e justifiquem a sua execução, e a expectativa da equipe é que a reformulação propicie resultados concretos para as cooperativas e atratividade para os jovens, responsáveis pela sucessão nas entidades. “o que esperamos de fato é conseguir mobilizar jovens que se incluam nas cooperativas, dentro de uma visão de sustentabilidade e de longevidade dessas instituições”, emenda o gerente geral de desenvolvimento de cooperativas, Maurício Alves. Para ele, não há como se garantir a sustentabilidade de uma cooperativa sem pensar no jovem. “a mudança é natural, as pessoas vão indo embora, vão cansando, envelhecendo. é fundamental que haja motivação para que os mais novos se integrem e tenham vontade e interesse em assumir os trabalhos. quando falamos em OQS falamos de um trabalho intenso de integração que mexe com princípios, mudança de hábitos. os jovens têm um potencial muito grande de comunicação e poder de convencimento junto aos pais que são ferramentas importantes nesse processo”, pontua o gestor.

Fonte: Sistema Ocepar em 06/09/2012

Cooperativismo

VALOR 1000: Cooperativas do PR avançam no ranking das maiores do Brasil
 
VALOR 1000: Cooperativas do PR avançam no ranking das maiores do BrasilA edição 2012 do ranking Valor 1000, do Jornal Valor Econômico, traz 15 cooperativas paranaenses entre as mil maiores empresas do Brasil. São elas: Coamo, C.Vale, Cocamar, Lar, Integrada, Copacol, Castrolanda, Coopavel, Agrária, Frimesa, Batavo, Cocari, Copagril, Coasul e Capal. O que chama a atenção é que praticamente todas avançaram muitas posições em relação à classificação do ano anterior (veja quadro abaixo). As mil maiores empresas do ranking são classificadas por receita líquida e agrupadas em 25 setores. Ao todo figuram no levantamento cerca de 35 cooperativas de todo o país, distribuídas entre os segmentos agropecuário, alimentos e transportes. Além disso, o anuário apresenta as 250 maiores holdings, os 100 maiores bancos e os destaques regionais.

Sul – Nove cooperativas paranaenses também estão entre as 50 maiores empresas do Sul do País: Coamo, C.Vale, Cocamar, Lar, Integrada, Castrolanda, Coopavel e Agrária, listadas no setor agropecuário, e a Copacol, em alimentos. De acordo com a publicação do Valor 1000, entre os 25 setores de atividades catalogados, as empresas e cooperativas agropecuárias, num total de 10 participantes no ranking dos três estados do Sul, elevaram sua receita de quase R$ 14 bilhões para R$ 19,63 bilhões, numa variação de 36%. “Na liderança desse grupo, a Coamo ampliou o seu faturamento líquido em 25,3% em 2011, atingindo R$ 5,5 bilhões. O resultado líquido da cooperativa cresceu 28,4%, para R$ 369,5 milhões, correspondendo a um retorno patrimonial de 16,9%”, destacam os editores. No contexto geral, o Paraná foi o que apresentou o melhor desempenho do Sul, com as receitas de suas maiores empresas ampliadas em 18,7%, atingindo R$ 89,07 bilhões, quase 34% da receita total da região.

Ramo saúde –
O Valor 1000 traz ainda oranking dos 50 maiores planos de saúde, onde a Unimed Curitiba figura em 8º lugar e a Unimed Londrina em 30º lugar. Além disso, a Unimed Curitiba ocupa a 8ª colocação entre os 20 maiores em ativo total; 12ª entre os 20 maiores em patrimônio líquido e 17ª entre os 20 que mais cresceram em contraprestação efetiva. A Unimed Londrina aparece em 13º lugar entre os 20 maiores em aplicações financeiras e em 14º entre os 20 mais rentáveis sobre o patrimônio

Ramo crédito –
Já setor financeiro, o Banco Cooperativo Sicredi classificou-se em 19° lugar entre as 100 instituições financeiras. O Bansicredi figura ainda na 4ª posição entre os 20 bancos que mais cresceram em operações de crédito, entre os grandes; 19ª colocação entre as 20 maiores em operações de crédito; 16ª entre as 20 maiores em depósitos totais; 15º lugar entre as 20 mais rentáveis sobre o patrimônio, entre os grandes; 19º entre as 20 com menor custo operacional, entre os grandes; 7ª posição entre os 20 com melhor rentabilidade operacional, sem equivalência patrimonial, entre os grandes e 14º entre os 20 bancos que mais cresceram em depósitos totais, entre os grandes.

Bancoob –
O Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob) ficou na 22ª segunda colocação no ranking das 100 maiores instituições financeiras do Valor 1000; ocupa ainda a 15ª posição entre as 20 maiores em depósitos totais; 18ª entre as 20 com melhor rentabilidade operacional, sem a equivalência patrimonial, entre os grandes; 13ª classificação entre os 20 com menor custo operacional, entre os grandes; 6ª entre os 20 bancos que mais cresceram em operações de crédito entre os grandes e 10º lugar entre os 20 que mais cresceram em depósitos totais, entre os grandes.


Fonte: Sistema Ocepar em 06/09/2012

Cooperativismo

Cooperativismo, base para o desenvolvimento             
 
Cooperativismo, base para o desenvolvimentoA história do cooperativismo de produção, e com a de crédito não é muito diferente, na região Sul do Brasil já se tornou centenária e está plenamente enraizada na cultura do nosso povo, que com o passar dos tempos, consolidou um sistema que garante a sustentabilidade dos quem vivem – ou ainda sobrevivem no meio rural. São almas gêmeas que brotaram e se desenvolveram protegidas sob o imenso guarda chuvas do cooperativismo.

Mas nem tudo foram flores para os pioneiros que abraçaram esta nobre causa. No cooperativismo de crédito, que tem seu berço no município gaúcho de Nova Petrópolis, foi graças ao visionário da época, padre Theodor Amstad, que fundamentou e deu asas ao sonho que hoje é realidade e espalhado pelo Brasil. Aliás, cresceu tanto, mas tanto mesmo, que não conseguiu mais abrigar sobre o mesmo guarda chuva suas mais proeminentes lideranças, que vaidosamente cada um procurou seu espaço onde pudesse continuar a irradiar sua própria luz, hoje representados nos Sistema Sicoob e Sicredi.

Se ambos defendem os mesmos princípios, e disputam entre si a mesma faixa de mercado, não seria melhor unir-se em torno do mesmo ideal? Seria o mais evidente, porém, quando a vaidade e interesses políticos caminham juntos alguém sempre sairá perdendo, menos aqueles que se mantém na elite do sistema. Considero que as cabeças pensantes – ou dominantes, do sistema de crédito, estão chutando contra o próprio patrimônio, pois enquanto as grandes empresas se unem para crescer, ocupar espaços, as direções nacionais do Sistema Sicredi e Sicoob avançam pela contramão da história.

Por outro lado, enfrentando todos os tipos de adversidades, o cooperativismo de produção, desde o primeiro passo dado, traz seu selo estampado na palma de cada mão, o calo herdado do cabo da enxada, da foice e do arado. E foi com esta vontade de fazer a diferença, que no início da década de 30, em Palmitos, que o Engº Agrº alemão, Otto Erich Winckler, com o apoio incondicional de seus companheiros de luta – Fritz Krafft, Richard Apelt, Emil Friedrich, Otto Thiess, Frizt Wild e Otto Resener, fundaram, no que resulta hoje a Cooper A1, a mais antiga em funcionamento em Santa Catarina, pois nunca nesta trajetória de tempo fechou suas portas.

Sua estrutura física é simplesmente fantástica, invejável. Possui um quadro de colaboradores que beira a 1000 pessoas, e o principal, extremamente comprometidas e que realmente vestem e suam a camisa da A1. Administrada a quatro mãos, seus mais de 7000 mil associados tem a garantia que a entidade ruma no caminho certo, inclusive espraiando-se pelo pago gaúcho, onde encontra ampla receptividade. Tudo isso não seria possível, aliás, uma realidade gratificante, se ao longo de seus 79 anos não contasse com administradores sérios, competentes e visão de futuro.

Os poucos ‘pecados’ que observo em ambos os sistemas, se resumem no dividendo de lucros ao final de cada ano. Considero a fatia que é distribuída a cada associado muito acanhada, distante do que poderia ser justamente repartido, mas que ainda pode muito bem ser repensada. Basta ter a vontade de querer. E por último, algumas ações desastradas tomadas pela direção da Aurora ao construir um frigorífico no município de Joaçaba, sabendo que a poucos km adiante, às margens da mesmo rodovia, BR282, outra cooperativa co-irmã investia em projeto idêntico, e o resultado não podia ser outro, “a vaca acabou indo pro brejo, com soga e tudo”. Hoje, para reativar o projeto necessita investir mais alguns milhões de reais que poderiam ser muito bem canalizado na conta capital dos associados. E o que dizer da construção da indústria de sucos em Pinhalzinho, quando todos os caminhos e bom senso indicavam em Mondaí ou Palmitos? E deu no que deu, mais um fracasso total e por extensão o imenso pomar de citros que foram plantados na premissa da indústria ser instalada neste reduto às margens do rio Uruguai, onde a Aurora reluta em investir, a não ser receber a produção que aqui se colhe e cria em abundância. A indústria de produtos lácteos até poderia servir como preço de consolação ao seu quadro social, mas que também foi redondamente ignorado pelo seu comando geral. Poderia muito bem me estender sobre o assunto, bem como também em relação da compra (ainda não divulgada oficialmente),da empresa Bondio Alimentos, de Chapecó, pela Coopercentral, mas estes assuntos serão temas para as próximas edições.

Em nome do Presidente da Cooper A1, Elio Casarin, e do Presidente do Sicoob Oestecredi, ambos dirigentes de fato, e anfitriões do 25º Fecoop, as nossas boas vindas a todos os que vestem a camisa do cooperativismo e façam deste município de Palmitos, a extensão de seus lares.

Fonte: Expresso d'oeste em 06/09/2012

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Economia Solidária

Epidemia de indiferença

05 de setembro de 2012
"O Brasil é o país com o maior número bruto de homicídios no mundo, ocupando o sexto lugar quando considerado a proporção em relação ao tamanho da população do país. E os jovens, em sua maioria crianças e adolescentes, meninos, ocupam uma parcela desproporcional dessas mortes, sem que isso vire um escândalo público nacional", escreve Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional Brasil, em artigo publicado no jornal Valor, 03-09-2012.
Eis o artigo.
O Brasil convive, tragicamente, com uma espécie de "epidemia de indiferença", quase cumplicidade de grande parcela da sociedade e dos governos, com uma situação que deveria estar sendo tratada como uma verdadeira calamidade social. Em 2010, 8.686 crianças e adolescentes foram vítimas de homicídio. Estamos falando ao equivalente a cerca de 43 aviões da TAM, como o do trágico acidente em 2007, lotados de crianças e adolescentes.
De 1981 a 2010, o país perdeu assassinadas 176.044 pessoas com 19 anos ou menos, sendo que meninos representam em torno de 90% do total. Esses dados horripilantes nos alcançaram mais uma em meados de julho, quando foi divulgado o "Mapa da Violência 2012 - Crianças e Adolescentes do Brasil", do pesquisador Júlio Jacobo Waiselfisz, coordenador de Estudos sobre a Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) no Brasil. Os dados e análises compilados sistematicamente nos últimos anos pelo Mapa revelam um cenário de dor e horror que não tem obtido a atenção que merece na sociedade brasileira.
Passados mais de uma década de governo do PT e mais de trinta anos de regimes democráticos a área de segurança pública permanece praticamente intocada. Arraigada em um modelo arcaico que não apenas relega aos Estados o grosso das responsabilidades com a implementação das políticas de segurança e que mantém um arcabouço institucional de polícia militarizado que penaliza a sociedade e, em última instância, os próprios profissionais do setor: mal remunerados, mal treinados e sistematicamente desvalorizados. Uma das consequências são os índices de violência e homicídios associados as más práticas da polícia. Somente no Estado de São Paulo, onde a taxa geral de homicídios voltou a subir depois de um período de queda, a polícia matou nos últimos cinco anos nove vezes mais que o total de mortes decorrentes da ação policial em todo os EUA.
O exemplo mais recente desse descaso do Estado brasileiro em relação a gravidade do tema foi a notícia divulgado ao final do ano passado que o tão esperado Plano Nacional de Redução de Homicídioshavia sido engavetado pelo Ministério da Justiça por orientação expressa da presidente Dilma, que preferia concentrar esforços na ampliação e modernização do sistema penitenciário, no combate ao crack e no monitoramento das fronteiras, adiando mais uma vez a abordagem integrada do problema. Em fevereiro deste ano o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou que a redução dos homicídios seria uma prioridade do novo Plano Nacional de Enfrentamento da Violência. Infelizmente muito pouco e muito tarde para um problema que se repete todos os anos e para o qual não faltam análises, diagnósticos e propostas colocadas em diferentes graus em debate e experimentadas em pequena escala ao longo das últimas duas décadas.
As chances de uma criança ou adolescente brasileiro morrer assassinado são maiores hoje do que eram há 30 anos, colocando o país na quarta pior colocação numa comparação com outros 91 países. Em 1980, a taxa de homicídios na população entre zero e 19 anos era de 3,1 para cada 100 mil pessoas. Pulou para 7,7 em 1990, chegou a 11,9 em 2000 e alcançou 13,8 em 2010. Um crescimento de 346,4% em três décadas, em contraste com a mortalidade provocada por problemas de saúde, que teve queda acentuada. Quando considerada toda a população, a taxa de homicídios em 2010 foi de 27 por 100 mil habitantes. Considera-se que há uma epidemia de homicídios quando a taxa fica acima de 10 por 100 mil.
De fato, o Brasil é o país com o maior número bruto de homicídios no mundo, ocupando o sexto lugar quando considerado a proporção em relação ao tamanho da população do país. E os jovens, em sua maioria crianças e adolescentes, meninos, ocupam uma parcela desproporcional dessas mortes, sem que isso vire um escândalo público nacional. Passado o momento da divulgação dos dados voltamos a situação de quase inércia em que as medidas tomadas não incorporam o sentido de urgência e emergência que a questão merece.
O fim trágico da vida desses jovens vem acompanhado da anulação simbólica de suas histórias, a dor das famílias e dos amigos ignorada, sonhos e trajetórias de vidas suprimidos. Isso ocorre devido à naturalização da violência e a um grau assustador de complacência em relação a essa tragédia. É como se estivéssemos dizendo, como sociedade e governo, que o destino deles já estava traçado. Estavam destinados à tragédia e à morte precoce, violenta, porque nasceram no lugar errado, na classe social errada e com a cor da pele errada, em um país onde o racismo faz parte do processo de socialização e do modo de estruturação do poder na sociedade.
São jovens submetidos constantemente a um processo que os transforma em ameaça, os desumaniza, viram "delinquentes", "traficantes", "marginais" ou, às vezes, nem isso, apenas "vítimas" de um contexto de violência e discriminação em relação ao qual a sociedade prefere virar às costas e olhar para o outro lado, com raras exceções.
É preciso quebrar esse padrão de violência e indiferença e compreender que o país está perdendo o melhor da sua juventude. Esses meninos não estavam destinados a morte violenta, mas sim a serem médicos, artistas, engenheiros, professores, filhos e pais, avôs e presidentes da República.
Precisamos criar alternativas, abrir canais de conversação na sociedade sobre essa tragédia, combater a violência armada, inclusive policial, estabelecer instrumentos de participação e controle cidadão sobre o desenho e implementação das políticas públicas de segurança. Reconhecer que isso é uma questão nacional, um problema do estado e central à consolidação da democracia. Precisamos quebrar a apatia, o silêncio e a cumplicidade passiva com o extermínio dos jovens brasileiros.

Economia Solidária

 
Campanha permanente contra os Agrotóxicos lança projeto no Catarse
Fonte: Catarse (www.catarse.me)
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A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida está com um projeto no Catarse pedindo colaboração para arrecadar R$ 18.800,00 e potencializar suas atividades pelo país. A campanha surgiu em abril de 2011 após muitos representantes de movimentos sociais, ambientais, estudantis e pesquisadores na área da nutrição e saúde manifestarem sua preocupação e indignação com o fato de o Brasil ter se tornado o campeão mundial absoluto no uso de agrotóxicos!
O projeto pretende realizar:
Seminários para colaboradores (eles irão multiplicar nosso trabalho!);
Sessões de cine-debate com o filme O Veneno Está na Mesa, palestras e cursos em comunidades, escolas e ONGS; panfletos informativos;
Criação, impressão e distribuição gratuita de cartilhas, cartazes e panfletos
Produção de um vídeo de curta metragem para sensibilizar o público;
Realização de ações junto ao poder público e propostas legislativas;
Apoio a criação e manutenção de hortas orgânicas comunitárias;
Manutenção de um canal de comunicação constante com a sociedade, fornecendo orientação e convidando para ações!
Colaborem com a iniciativa e obtenham maiores detalhes do projeto através do site:http://catarse.me/pt/projects/851-transformacao-agroecologica-colaborativa

Economia Solidária

SENAES lança apoio ao Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário

 
Fonte: SENAES (www.senaes.mte.gov.br)
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A Secretaria Nacional de Economia Solidária - SENAES, por meio de Edital de Chamada Pública SENAES/MTE no 002/2012, lança o projeto Apoio ao Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário por meio do reconhecimento de práticas de comércio justo e solidário.
O objetivo deste edital é promover a organização do Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário (SNCJS), por meio da identificação, reconhecimento e registro de práticas de comércio justo e solidário como instrumento para a inclusão social e geração de trabalho e renda com base nos princípios da economia solidária oportunizando a inserção produtiva das famílias beneficiadas no Plano Brasil Sem Miséria.
A Data final para envio da proposta e documentação complementar é 30/09/2012.
Para acesso ao edital: http://e.eita.org.br/sncjs

Notícias

Pacote de investimentos para portos terá como objetivo aumentar número de terminais

Segundo o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo, o governo deve apresentar sua proposta de operação ainda este mês

As medidas para os portos que serão anunciadas pelo governo federal nos próximos dias terão como objetivo ampliar o número de terminais no país, disse nessa terça, dia 4, o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. Segundo ele, o governo ainda não definiu qual será o modelo de investimentos que será adotado para os portos.
 
– Vamos avaliar todas as alternativas de gerar investimentos. A prioridade é gerar capacidade portuária para que atenda a demanda até 2030, estamos identificando qual a melhor forma – disse, durante o evento Brasil nos Trilhos, promovido pela Associação Nacional de Transportadores Ferroviários (ANTF).
 
Segundo Figueiredo, o governo deve apresentar sua proposta de operação de portos ainda este mês.
 
– Vai ser um programa de investimento agressivo, para atacar os principais problemas, trazer uma ampliação de capacidade que supere os gargalos que temos hoje – declarou.
 
O presidente da EPL participou recentemente de uma comitiva que visitou alguns portos da Europa para conhecer os modelos de operação de outros países. Segundo Figueiredo, eles são parecidos com os do Brasil, com uma autoridade portuária pública e com operação privada.
 
– A principal coisa que eles têm mais que a gente é que são terminais mais modernos. Mas eles têm portos com limitações também – concluiu.

Cooperativismo

OCB/ES 40 ANOS - Conheça mais sobre o que é o cooperativismo e os modelos que o antecederam ao redor do mundo!
Essa semana, no último dia 4 de setembro (terça-feira), a OCB/ES comemorou 40 anos de existência. São quatro décadas realizando estudos, promovendo a divulgação do sistema cooperativista, criando novas cooperativas, prestando assessoria técnica, mantendo a integração com outros órgãos do cooperativismo e representando o Sistema perante as autoridades de maneira especial!
Sendo assim, durante toda a semana, o site do Sistema OCB-SESCOOP/ES vai mostrar de forma especial, um pouco da história do cooperativismo no Estado, no Brasil e no mundo, além de curiosidades sobre o setor cooperativista desde o seu surgimento.
Aproveitamos a oportunidade para parabenizar a todos aqueles que ajudaram a construir a história do cooperativismo capixaba e que ao longo das décadas estão ajudando a construir um mundo melhor!
Hoje, por exemplo, nós vamos falar sobre o que é o Cooperativismo e os modelos que o antecederam ao redor do mundo inteiro!
VAMOS LÁ...
Desde os primórdios da humanidade, em várias civilizações, há registros fantásticos de cooperação. Citam-se apenas os seguintes:
Na Babilônia, muito antes de Cristo, já existia um sistema de exploração em comum de terras arrendadas.
Na Grécia antiga havia diversas formas de associações, denominadas “Orglonas” e “Tiasas”, entre as quais as que objetivavam garantir o enterro e sepultura decente aos associados.
No México, os indígenas organizavam-se em comunidades, chamadas “ejidos”, hoje transformadas em cooperativas integrais de produção agrícola.
Em Roma havia os colégios romanos para agregar artesãos, carpinteiros, sapateiros e outros ofícios, visando à ajuda mútua e à solidariedade entre seus membros.
Na Palestina os essênios tinham a colônia comunal em En-Gedi, conhecida por “a fonte do cabrito”, perto das Cavernas de Qumran, caracterizada pela ajuda mútua.
Na Armênia, os produtores de leite se organizavam em grupos para beneficiar e comercializar a sua produção.
Na Romênia, os pescadores se organizavam em associações para produzirem seus instrumentos de pesca e venderem o pescado.
Na França havia as "frutiéres", que eram associações com a finalidade de transformar e vender a produção agrícola dos associados. Várias delas depois se tornaram cooperativas.
No Peru, os indígenas organizavam comunidades em “ayllos”, que semeavam e colhiam suas lavouras com instrumentos de propriedade coletiva.
Na Sérvia havia as "zadrugas", sistema patriarcal de propriedade rural, onde uma clã de famílias produzia em comum e atendia às necessidades dos seus membros.
Na Rússia existiam os "mirs", que eram organizações de produtores rurais nas terras de um fazendeiro, que recolhiam impostos ao fazendeiro pelo uso da terra. Lá também havia os "artéis" como associações de agricultores ou de pescadores.
MODELOS QUE ANTECEDERAM O COOPERATIVISMO NO BRASIL
No Brasil houve vários quilombos, organizados por escravos fugitivos, destacando-se a República dos Palmares, sob a liderança de Zumbi.
No Brasil, na Argentina, no Paraguai e no Uruguai houve as "reduções jesuíticas", uma organização de índios guaranis assessorados por padres jesuítas, entre 1610 a 1760, resultando num estado cooperativo em bases integrais.
Mediante grandes armazéns, os índios asseguravam provisões de alimentos para períodos de escassez. Quando alguma redução enfrentava dificuldades, devido a secas, pragas ou outros motivos, as demais a socorriam até que a calamidade fosse superada. Mas cada uma tinha consciência clara de seus direitos e obrigações, buscando a autossuficiência.
Esse foi um modelo de sociedade solidária, fundamentada no trabalho coletivo, onde o bem-estar do indivíduo e da família se sobrepunha ao interesse econômico da produção.
Ao todo chegaram a ser trinta reduções, havendo o sistema “tupambaé”, que eram áreas de produção comunitária e o sistema “abambaé”, que eram propriedades privadas para produção familiar.
 
Fonte: Gerência de Comunicação do Sistema OCB-SESCOOP/ES

Cooperativismo


Pesquisadores do cooperativismo se reuniram na capital gaúcha...
 
Em comemoração ao Ano Internacional das Cooperativas, foi realizado na semana passada na cidade de Porto Alegre, o II EBPC - Encontro Brasileiro de Pesquisadores do Cooperativismo. Marcado heterogeneidade de culturas, evento contou com a presença professores, pesquisadores e estudantes de todas as regiões do País, que reuniram-se para discutir sobre as práticas cooperativistas e a importância do cooperativismo como instrumento capaz de promover o desenvolvimento econômico e social de localidades em situação de risco social.
 
O II EBPC foi aberto na quinta-feria, 30/08, com a palestra magna proferida pelo Embaixador Especial da FAO para o Ano Internacional das Cooperativas, Roberto Rodrigues. O evento foi concluído na sexta-feira, 31/08. Durante o encontro foram apresentados pela comunidade científica inúmeros artigos científicos divididos em sessões temáticas, além dos painéis: Autonomia, Independência e Competitividade das Cooperativas proferida pela pesquisadora da Universidade de Mondragon, Dra. Monica Gago Garcia, e Estratégias inovadoras de gestão: cooperativas e redes de cooperação, proferida pelo professor Dr. Sigismundo Bialoskorski Neto - FEARP USP.
 
Gerar conhecimento para o cooperativismo é investir em um mundo melhor.