quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Economia Solidária

I Simpósio Nordestino de Economia Solidária PDF | Imprimir | E-mail
    
Fonte: Secretaria do FBES com informações enviadas por Paulo Palhano
ImageEntre os dias 01 e 02 de setembro, acontecerá na cidade de Campina Grande, Paraíba, o I Simpósio Nordestino de Economia Solidária. Haverá espaço para apresentação de trabalhos. A inscrição on line de trabalhos será aceita até o dia 25 de agosto e o resultado dos trabalhos aceitos para publicação no dia 28 de agosto.

O evento abordará as seguintes temáticas:

Incubadoras universitárias e metodologias de incubação;
Redes de Finanças Solidárias;
Economia Solidária e Educação Popular;
Economia Solidária e o Mundo do Trabalho.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Notícias

Lixo: todos produzem, todos cuidam

Eis mais um grande desafio! A Política Nacional de Resíduos Sólidos, já em vigor, estabelece a responsabilidade de todos por tudo que consumimos e descartamos. Isso quer dizer que as empresas terão de fabricar produtos que deixem menos resíduos e que sejam mais recicláveis. O consumidor está proibido de queimar lixo a céu aberto ou jogá-lo em ruas, praias e rios. E, no caso de alguns produtos, terá que devolvê-lo ao fabricante, para que este os recicle.



Cooperativismo

Central realiza treinamento no final de semana


A Federalcred Central realizou o curso “Análise de Crédito” nos dias 06 e 07 de agosto (sábado e domingo), em sua sede, das 08h às 18h. O mesmo treinamento acontecerá na Federalcred Paraíba, no período de 27 a 28 de agosto.
As aulas foram ministradas pelo gerente de expansão do Sicoob Nordeste, Sr. Anderson Silva, e pelo coordenador de Tecnologia da Informação (TI) da Federalcred Paraíba, Alyxandre Vasconcelos, abordando parametrizações para aperfeiçoar a análise e liberação do crédito, acompanhamento da carteira de crédito, cronograma de cobrança, arrasto de crédito do SISBR, web colaborador e módulo online para consignatárias.

Fonte: Federalcred Central
Anny Rochelly

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Notícias

Semana do dia do Economista na FACAPE - Petrolina/PE.

O colegiado do Curso de Economia da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina – FACAPE convida Vossa Senhoria para o VII Seminário Acadêmico de Economia, a ser realizada nos dias 9, 11 e 12 de agosto de 2011.
PROGRAMAÇÃO
TERÇA-FEIRA - 09/08 - MINICURSOS
Tema: Controle Financeiro Tema: Como Vender Mais e Melhor Horário: 18 Horas Horário: 18 Horas Local: Auditório da Biblioteca Local: Sala de Vídeo da Biblioteca
QUINTA-FEIRA - 11/08 – PALESTRA
Tema: O Empreendedor Individual: A formalização ao alcance de quem trabalha por conta própria
Palestrante: Leonardo de Abreu Carolino (Analista de Políticas Públicas do Sebrae/PE; Gestor do Projeto "Lei geral para micro e pequenas empresas")
Horário: 19 Horas
Local: Auditório da FACAPE
SEXTA-FEIRA - 12/08 – PALESTRA
Palestra: Desigualdades Regionais no Brasil: Natureza, Causas, Origens e Solução.
Palestrante: Alexandre Rands Barros (PhD em Economia pela University of Illinois - EUA)
Horário: 19 Horas
Local: Auditório da FACAPE
Obs: Na oportunidade também acontecerá o lançamento do Livro "Desigualdades Regionais no Brasil: Natureza, Causas, Origens e Solução" que traça as origens históricas das desigualdades, mostrando como as estruturas sociais distintas, criadas durante a ocupação das regiões, resultaram na menor concentração de capital humano no Nordeste.
Deise Cristiane do Nascimento
Coordenadora do Curso de Economia

Economia Solidária

Estudo mostra desigualdade social no Brasil

A redução da pobreza e da desigualdade no Brasil ainda se assenta sobre bases frágeis, pois foi puxada pela oferta de empregos de baixa remuneração no setor de serviços e comércio, aponta estudo divulgado ontem pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Segundo o estudo do órgão federal, dos 2,1 milhões de novos postos de trabalho criados por ano na década de 2000, 95% pagavam até 1,5 salário mínimo (R$ 817,5). Enquanto isso, a cada ano foram eliminadas 397 mil vagas com salário de três mínimos ou mais.

O fenômeno está ligado à mudança na estrutura da produção, afirma o presidente do Ipea, Marcio Pochmann. "Não é mais a indústria que comanda, são os setores de serviços."

Na década, esses setores geraram 2,3 empregos para cada vaga na indústria - a relação era de 1,3 nos anos 1970. Serviços e comércio respondem agora por 57,6% da ocupação, contra 42,6% nos anos 1980. A proporção da indústria e da construção civil (24%) não mudou.

"A sustentação dos êxitos recentes não depende só da qualificação da mão de obra. Para o longo prazo, é preciso ampliar a oferta de empregos que sejam de maior remuneração", diz Pochmann.

O estudo destaca que, em boa parte devido a aumentos reais do mínimo, o crescimento do emprego concentrado na base salarial contribuiu para reduzir a fatia de pobres na população ativa, de 37,2% em 1995 para 7,2% em 2009.

Na classificação do instituto, a maior parte do contingente de novos assalariados foi engrossar o "nível inferior" da população ativa: "Não é mais pobre, mas tampouco de classe média".

Enquanto isso, a parcela que o Ipea classifica como de "nível médio" (combinando renda a fatores como escolaridade, consumo e moradia) se manteve em 32,2%. Os que vivem de "rendas da propriedade" (lucro, juros, terras e aluguéis) passaram de 3,9% para 14,3%.

O Ipea vê uma "polarização" entre as "duas pontas" com maior crescimento relativo na pirâmide social: "os trabalhadores na base e os detentores de renda derivada da propriedade". Hoje, só 16,4% dos brasileiros empregados ganham três mínimos ou mais, contra 28,7% em 2000 e 25,9% em 1990.

Para Pochmann, a estagnação do "nível médio" explica parte da redução no grau de desigualdade da distribuição da renda do trabalho, que foi de 10,4% entre 2004 e 2010-índice inédito desde os anos 1960. "A questão é como sustentar esse padrão. Se o mínimo não mantiver trajetória de crescimento, podemos ter postos com remuneração muito baixa, e com isso não termos capacidade de reduzir mais a desigualdade."

Embora ainda estejam longe do nível de escolaridade dos brancos, os negros estão deixando para trás a herança de poucos anos de estudos de seus pais. Pesquisa sobre cor e raça feita pelo IBGE em cinco Estados e no Distrito Federal mostra que a distância entre a escolaridade de pais e filhos é maior entre negros e pardos que entre brancos. A desigualdade racial na educação, no entanto, persiste.

A reportagem é de Luciana Nunes Leal e publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, 07-08-2011.

A escolaridade dos filhos é muito maior que a dos pais em todas as raças, em consequência da ampliação do acesso à escola dos anos 1990 em diante. Especialistas destacam, porém, que os avanços entre negros e pardos são maiores porque partiram de bases muito baixas.

A proporção de filhos negros com 12 anos ou mais de estudos (pelo menos ensino médio completo) é quatro vezes maior que das mães e três vezes maior que dos pais da mesma cor. No caso dos brancos, a proporção de filhos na faixa mais alta de escolaridade é três vezes maior que das mães e o dobro dos pais.

Segundo a pesquisa, apenas 2,8% dos pais negros tinham 12 anos ou mais de estudos, enquanto os pais brancos chegavam a 9,7%. Entre mães negras, somente 2,1% tinham o ensino médio completo, índice que chegava a 6,9% entre as mães brancas.

Apesar do progresso em relação aos estudos dos pais, a diferença entre filhos negros e brancos continua gritante. Menos de um em cada dez filhos negros entrevistados pelo IBGE (9,2%) completou o ensino médio. Entre os brancos, quase um em cada quatro (23%) tinha pelo menos 12 anos de estudos.

"Um nível mais alto de educação entre pretos e pardos, que há algumas décadas não estava no imaginário social, começa a fazer parte da realidade. Emblematicamente, é muito importante. Mas em números absolutos e relativos ainda é muito pouco", diz o pesquisador do IBGE José Luís Petruccelli, coordenador da pesquisa de cor e raça, que ouviu 15 mil pessoas de 15 anos ou mais, em 2008.

A pesquisa mostrou que, entre todos os entrevistados, 49% se declararam brancos e 7,8% negros. No universo dos que têm 12 anos ou mais de estudos, as proporções se alteram: 71% eram brancos e apenas 4,5% negros.

Qualidade

O professor da UFRJ Marcelo Paixão, especializado no estudo de raças, ressalta que a diferença da escolaridade dos filhos em relação aos pais seria bem maior e a desigualdade entre negros e brancos muito menor se a expansão de alunos nas escolas fosse acompanhada de qualidade na educação.

"Os filhos estão se distanciando da baixa escolaridade dos pais, mas o avanço ainda é muito lento para ser comemorado. A diferença tem de aumentar até o filho do analfabeto chegar a doutor, tanto o branco quanto o negro. O salto grande será quando os anos de estudos de brancos e negros se equipararem", afirma Paixão.

Para o professor, a comparação da escolaridade de pais e filhos é "um indicador que não admite muita condescendência". Ele explica: "Não estamos comparando a riqueza de pais e filhos, que pressupõe um patrimônio físico, depende de uma série de fatores, é mais lento. Estamos falando de educação, em que os avanços podem ser muito mais rápidos com a expansão da presença nas escolas", diz.

Segundo ele, a escola conseguiu se massificar, mas o aproveitamento escolar é muito baixo, em especial para os negros. "Os jovens deixam a escola, repetem o ano, ficam atrasados. Há muita propaganda e pouco resultado", complementa.

Educadores apontam para a participação e o estímulo dos pais, mesmo aqueles de baixa escolaridade, como fatores fundamentais para o aprendizado dos filhos. Mas ressaltam que, nas famílias em que o estudo é pouco valorizado, a escola deve assumir o papel de incentivadora dos alunos.

Economia Solidária


Incineração não deve se sobrepor à reciclagem, afirmam especialistas

A incineração de lixo pode ser implementada em breve em dez municípios paulistas. Segundo levantamento do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, essas cidades estudam a viabilidade ou já estão em fase de consultas públicas e preparando editais para a instalação de equipamentos para eliminar os resíduos por meio da queima.

O crescente número de municípios que buscam os incineradores como destino final do lixo é preocupante, na avaliação da coordenadora de resíduos do Instituto Polis, Elizabeth Grimberg. Segundo ela, existe a possibilidade de serem queimados alguns materiais que poderiam ser reaproveitados com o processo de reciclagem. “Porque o orgânico não vai queimar sem o teor de combustão que vem dos materiais secos”, explicou.

Para o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério de Meio Ambiente, Nabil Bonduki, a questão deve ser abordada com cautela. Ele observou que a destruição de resíduos tem diversas implicações, desde o impacto ambiental da queima até a eliminação de recursos não renováveis. “Nós temos como expectativa que o material que possa ser reciclado, seja reciclado, evitando que recursos não renováveis sejam retirados da natureza”.

Além disso, Nabil apontou que, para justificar o alto custo dos fornos, é necessário queimar grandes quantidades de lixo, o que não teria sentido com a implementação de um amplo programa de reciclagem. "Para um incinerador se viabilizar economicamente é preciso ter uma grande quantidade de resíduos. Isso contraria a Política [Nacional de Resíduos Sólidos], porque ela vai no sentido de reduzir ao máximo o resíduo."

Ele ponderou, entretanto, que essa legislação sobre o tratamento do lixo urbano e industrial, sancionada em agosto de 2010, não exclui a incineração como forma de tratar os resíduos que não podem ser aproveitados. “Mas ela estabelece que só deve ter uma destinação final aquilo que não puder ser reciclado ou reaproveitado. Ou seja, aquilo que é o chamado rejeito, que sobra de todo o processo de reciclagem e compostagem."

Elizabeth reclamou que, em alguns casos, as prefeituras parecem ter mais interesse na instalação dos equipamentos para a queima do lixo do que nas iniciativas de reciclagem. “Para a questão da incineração, [vem logo]o processo de licitação, tudo anda muito rápido."

Porém, o diretor executivo da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos da Silva Filho, discordou que haja oposição entre a incineração e a reciclagem. “O processo não anula a reciclagem. Muito pelo contrário, ele justamente incrementa os índices de reciclagem, quando há essa opção”, ressaltou.

Energia do lixo

A geração de energia a partir do lixo é, na opinião de Silva, uma “opção viável para o tratamento e destinação de resíduos no país”. Citando estudos feitos nos Estados Unidos e na Alemanha, ele argumentou que nos locais onde o procedimento é realizado houve um aumento dos percentuais de materiais reaproveitados.

São José dos Campos, uma das cidades apontadas pelo levantamento do movimento de catadores, aposta justamente nessa ideia. De acordo com a prefeitura, o projeto da usina que será construída na cidade prevê a separação dos materiais recicláveis (vidros, plásticos e metais), a biodigestão dos resíduos orgânicos (com a produção de gás e adubo) e a queima do restante.

Segundo a administração municipal, o processo irá reduzir em 30% as 200 mil toneladas anuais de lixo produzidas pelos 627 mil habitantes da cidade. Além disso, a usina vai gerar aproximadamante 12 megawatts de energia, o suficiente para abastecer 30 mil residências, 20%da demanda do município.
A prefeitura garantiu ainda que a proposta, disponibilizada para consulta pública, “está alinhada com rigorosos padrões internacionais de controle de emissões”. Carlos Silva, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), alertou que a redução dos níveis de poluição emitidos pela queima são a parte mais cara desse tipo de projeto.No entanto, ele ressaltou que esse cuidado é imprescindível para a sustentabilidade da usina. “É preciso que esses projetos tenham realmente um critério de licenciamento ambiental que garanta o cumprimento desses padrões de emissão."

Segundo levantamento do movimento de catadores, as cidades de São Bernardo do Campo, Lorena, Barueri, Ferraz de Vasconcelos, Assis, São Sebastião, Taubaté e Canas também estão em um estágio avançado de discussões sobre o uso de incineradores.

Fonte:
http://www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2011/agosto/incineracao-nao-deve-se-sobrepor-a-reciclagem