sábado, 18 de fevereiro de 2012

Cooperativismo

Aberto prazo para envio de artigos para o II EBPC

Aberto prazo para envio de artigos para o II EBPCCentros, grupos e programas de pesquisa, bem como pesquisadores individuais terão a oportunidade de apresentar trabalhos no II Encontro Brasileiro de Pesquisadores do Cooperativismo. O evento será promovido em Brasília (DF), nos dias 2 e 3 de julho, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), em parceria com o Observatório do Cooperativismo. A chamada para trabalhos (call for papers) está aberta e os artigos deverão ser enviados até 10 de abril para o e-mail do Observatório do Cooperativismo (FEA-RP/USP), iiebpc@gmail.com.

O encontro tem como objetivo fomentar o intercâmbio de pesquisadores e a produção técnica e científica sobre cooperativismo, em diversas áreas do conhecimento. Cada linha de pesquisa ou artigo deverá ter no máximo 20 páginas e o resultado será divulgado no dia 4 de maio. O comitê científico do evento terá a participação do professor Sigismundo Bialoskorski Neto, titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FEA-RP/USP), entre outros pesquisadores de renome.

A segunda edição do EBPC traz como tema “Ano Internacional das Cooperativas: cooperativas constroem um mundo melhor”. De acordo com a coordenadora pelo Sescoop, Andréa Sayar, a novidade de realizar o encontro em dois dias tem por objetivo promover, além das apresentações dos trabalhos, palestras que provoquem debates à luz do ano comemorativo. “Estamos buscando pessoas que possam trazer reflexões sobre o papel das cooperativas no processo de desenvolvimento socioeconômico, que é a grande temática do ano internacional”, disse.

A expectativa da coordenação do II EBPC é suplantar os bons resultados alcançados na primeira edição do evento, realizada em 2010. Segundo Andréa, o número de participantes no primeiro encontro superou as expectativas e, para este ano, a perspectiva é que haja mais inscritos. “O primeiro EBPC foi uma surpresa muito feliz. Este ano, esperamos superar este número, tanto em termos de público ouvinte quanto de trabalhos apresentados, e também aprimorar o nível das discussões na rede brasileira de pesquisadores do cooperativismo (RBPC).”

Os interessados podem escolher entre oito temáticas para participar. Para conhecer os temas e também os detalhes para envio dos trabalhos e critérios para apresentação dos artigos, acesse o Call for papers.

Fonte: OCB-AM em 16/02/2012

Notícias

Porto Feliz, SP, faz recolhimento óleo usado e gera renda para cooperados

 
Porto Feliz, SP, faz recolhimento óleo usado e gera renda para cooperadosQuem tem óleo de cozinha usado pode fazer o descarte correto em Porto Feliz, interior de São Paulo. Desde o dia primeiro deste mês, a prefeitura realiza o programa Eco-Óleo. O recolhimento é feito pela Cooperativa Monções nos pontos de coleta que são todos os postos de saúde e os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) do município.

O cidadão também pode levar diretamente na cooperativa. Todo o óleo arrecadado é vendido para uma empresa que transforma o óleo em biodiesel. A venda do material para a empresa gera renda para 14 associados.

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Sustentável, para cada litro de óleo vegetal saturado, quanto despejado pelos ralos, contamina cerca de 1 milhão de litros de água e isso equivale ao consumo de uma pessoa durante 14 anos. Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas pelo telefone (15) 3262-1284.
Fonte: G1 Sorocaba e Jundiaí em 16/02/2012

Cooperativismo

Aurora comemora 81 anos: maior Cooperativa Vinícola do Brasil brinda a data com safra excepcional
 
 
Aurora comemora 81 anos: maior Cooperativa Vinícola do Brasil brinda a data com safra excepcionalEm 14 de fevereiro de 1931, dezesseis famílias de produtores de uvas do município de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, reuniram-se para lançar a pedra fundamental do que viria a se transformar no maior empreendimento do gênero do Brasil: A Cooperativa Vinícola Aurora. Um ano mais tarde, a nova cooperativa já contabilizava a produção coletiva de 317 mil quilos de uvas, fixando a base de um empreendimento destinado não só a ser o maior, mas também um dos mais qualificados tecnologicamente.

Hoje, mantendo suas instalações industriais no coração de Bento Gonçalves e uma unidade no Vale dos Vinhedos de elaboração de vinhos de mesa e com estação de tratamento de efluentes, a Aurora é a maior e mais premiada cooperativa vinícola do Brasil, com 1.100 famílias associadas, responsáveis pela produção média de 50 milhões de Kg de uvas, que resultam em aproximadamente 38 milhões de litros de vinhos anuais.

Desde 1998 a Aurora mantém o primeiro lugar no pódio das vinícolas brasileiras premiadas internacionalmente, segundo ranking da Associação Brasileira de Enologia. Entre as pioneiras na exportação de vinhos do Brasil, a Aurora está presente em mais de 20 países, nos cinco continentes.

No ano de seu 81º ano de fundação, a Aurora comemora não só uma trajetória de conquistas, reconhecimento e sucesso, mas também uma das melhores safras do século.

Os espumantes, vinhos, sucos e coolers da Vinícola Aurora podem ser encontrados em lojas do grande varejo e no comércio especializado de todo o país.
Fonte: Portal Fator Brasil em 16/02/2012

Notícias

I Fórum Regional de Cooperativas de Resíduos Sólidos
 
 
I Fórum Regional de Cooperativas de Resíduos SólidosRealizado dia 14 deste mês, na sede da Cooperviva, localizada no Distrito Industrial, o I Fórum Regional de Cooperativas de Resíduos Sólidos teve a participação de entidades ligada ao tema em evento coordenado pelo Programa Municipal de Economia Solidária – resultante da parceria Prefeitura de Rio Claro e IGCE/Unesp – e Departamento de Apoio à Economia Solidária da Prefeitura de São Carlos, em parceria com o Incoop/UFSCar. O prefeito Du Altimari participou dos debates, que mensuram as ações em andamento e concluíram que há avanços, a despeito das dificuldades.

Convidado do evento, o Professor Dr. Auro Mendes, do IGCE-Unesp, demonstrou que o município de Rio Claro encontra-se num momento importante relativamente à Economia Solidária. Em seu entendimento, o próprio Fórum, nesta primeira edição do evento, deve ser visto como “marco na constituição de uma rede entre as diversas experiências existentes em nossa região”.

Indagado sobre o fato de que a sociedade atual parece receptiva às teses que reafirmam a necessidade de se investir na reciclagem e, no entanto, revela nível de consciência ainda insuficiente para impulsionar ações neste sentido, Mendes avalia que este “processo de conscientização ocorre lentamente”, mas nota que “é importante que todos os moradores da cidade procurem exercitar a prática da coleta seletiva e que passem a colaborar com as iniciativas em curso pela Cooperviva”.

Segundo o especialista, que tem orientado vários trabalhos em nível de graduação e pós-graduação e também tem publicado artigos sobre bancos comunitários, moeda social e incubadoras solidárias, principalmente, a sociedade precisa ter a percepção de que “o trabalho desenvolvido pelas cooperativas de catadores gera emprego e renda para muitas pessoas aqui em Rio Claro, o que exige uma política de divulgação dessas ações e de seus benefícios, informando inclusive o já está sendo feito neste aspecto”.

Mendes, que seguiu na última quarta-feira, 18, para a Europa, vai discorrer sobre Economia Solidária e Cooperativismo naquele continente. Ele fará palestra em Portugal, na Universidade de Lisboa, e na Universidade de Salamanca, na vizinha Espanha. Suas explanações serão encorpadas com dados sobre a experiência que está sendo feita em Rio Claro, em especial sobre o trabalho desenvolvido pela Cooperviva.

A economia solidária e as ações desencadeadas com o advento da Cooperviva “ganharam um novo dinamismo com o convênio-parceria que reúne o LAET - Laboratório de Estudos Territoriais, do Departamento de Geografia da Unesp Rio Claro e a Secretaria Municipal de Ação Social” atesta o especialista, que coordena o referido projeto com o Prof. Dr. Gilberto de Souza, contando com a participação de outros professores do Departamento de Geografia, alunos do Curso de Geografia da instituição e técnicos da Prefeitura. “O referido projeto consiste em um diagnóstico e mapeamento dos empreendimentos solidários na cidade de Rio Claro e das instituições sociais, com a finalidade de subsidiar as políticas públicas para o setor” explica Mendes.
Fonte: Canal Rio Claro em 16/02/2012

Notícias

Transpocred disponibiliza Pamcard com taxas reduzidas
 
Transpocred disponibiliza Pamcard com taxas reduzidasCom a proibição da carta-frete pela ANTT, cooperados podem aderir ao pagamento eletrônico com taxas diferenciadas. A antiga carta-frete, que antes servia como adiantamento aos caminhoneiros para as despesas de serviços de transporte(combustível, alimentação, pedágios, etc.), foi proibida pela ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Com isso, o segmento de transporte passará a aderir ao pagamento eletrônico, que deverá reduzir a informalidade no setor e trazer R$ 90 bilhões ao sistema financeiro nacional.

Para facilitar o cumprimento dessa determinação pelos seus cooperados, a Transpocred disponibiliza o cartão pré-pago Pamcard, com taxa de operação abaixo do praticado no mercado e custo de ensalidade reduzido. São diversas as facilidades que este cartão proporciona às transportadoras e aos caminhoneiros. Para as transportadoras, o cartão possui logística capaz de calcular os gastos em cada frete, gerenciamento de informações, central de atendimento 24h, dentre outras. Para os aminhoneiros, a ampla aceitação no mercado é uma das grandes vantagens, ou seja, o cartão pode ser utilizado para pagamentos em toda a rede Visa Electron, além de saques e consultas em todo o Brasil pelos caixas eletrônicos da rede BDN - Bradesco Dia e Noite.

A Transpocred oferece esse produto devido a parceria do Sistema CECRED com a empresa Pamcary, que tem o objetivo de oferecer os melhores produtos e serviços do mercado. Com isso, o Sistema busca soluções eficientes e com custos menores para beneficiar as Cooperativas filiadas e seus cooperados.

A Cooperativa possui sede em Florianópolis e Postos de Atendimento nas cidades de Chapecó, Criciúma, Itajaí e Joinville. Atualmente conta com 2.300 cooperados e ativos que ultrapassam R$ 35 milhões.
Fonte: Cooperativa Central de Crédito Urbano - CECRED em 16/02/2012
 

Cooperativismo

Cooperativa nordestina quer assumir usinas
 
 
Cooperativa nordestina quer assumir usinasProdutores nordestinos de cana-de-açúcar criarão grupo de trabalho para formação de cooperativas de fornecedores nos estados onde existem usinas em dificuldade financeira.

A medida, que foi deliberada durante reunião com dirigentes do Banco do Nordeste e Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Fortaleza, na semana passada, visa incentivar o plantio de cana na região. Também foi aprovada a garantia de crédito automático do BNB para produtores que mudarem de faixa produtiva. A instituição bancária ainda vai autorizar o financiamento para agricultores que possuem plantação em municípios que não estão incluídos no zoneamento agroecológico da cultura.

De acordo com o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), Alexandre Andrade Lima, o BNB demonstrou interesse em colaborar com o desenvolvimento da cultura canavieira na região. "Tivemos total apoio, inclusive, sinalização positiva para uma possível liberação de recursos para assumirmos usinas que se encontram em dificuldade financeira", disse.

O BNB já realizou este tipo de parceria com fornecedores de Alagoas, através da Cooperativa Pindorama. "A cooperativa gera, hoje, cerca de 1800 empregos no campo e 300 na indústria", diz, acrescentando que a Pindorama é comandada por pequenos produtores, onde todos os cooperados, além de fornecedores de matéria-prima são donos do negócio e participam dos lucros

Dessa forma, as associações de fornecedores de cana dos estados nordestinos, juntamente com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Mapa e o BNB, criarão um grupo de trabalho para analisarem a viabilidade da criação das cooperativas.


Fonte: DCI em 17/02/2012
 

Economia Solidária

Município do Pará levará cacau para feira em Alemanha

 
Município do Pará levará cacau para feira em AlemanhaCacau em amêndoas, licor de cacau, manteiga de cacau e cacau em pó são os produtos escolhidos pela Cooperativa de Produtos Orgânicos da Amazônia (Copoam) para representar o município de Altamira (PA) na maior feira de orgânicos do mundo, a Biofach 2012, em Nuremberg, na Alemanha. A feira ocorre entre os dias 15 e 18 de fevereiro, com a participação de mais de 2,6 mil expositores e a expectativa de receber 45 mil visitantes de 130 países.

A Copoam faz parte da Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP), uma entidade que engloba outras cinco cooperativas e tem como missão contribuir para as políticas de desenvolvimento sustentável na Amazônia, fortalecendo iniciativas econômicas que promovam o bom uso de recursos naturais. A FVPP tem 23 famílias associadas e 113 organizações filiadas. Além do cacau, os produtores rurais cultivam pimenta-do-reino, café, feijão, milho e gado.

“Nós temos um plano de expansão do programa, de criarmos mais cooperativas e potencializarmos as já existentes”, explica João Batista, coordenador geral da FVPP. João conta que, só em 2011, foram exportadas mais de 180 toneladas de cacau de suas cooperativas. Os lucros aumentaram em torno de 40%. “Os produtos à base de cacau custam, em média, R$ 4,80. Conseguimos vender nossos produtos por R$ 7”, comemora.

No total, oito cooperativas e associações, que somam mais de 12 mil famílias de diversos lugares do Brasil, foram escolhidas para representar o país na feira, no espaço coletivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Esta já é a 6ª participação da Copoam, que desde 2007 marca presença no evento. Essas participações já geraram grandes parceiros e conquistas de clientes conhecidos, como a empresa de cosméticos Natura e a Indústria Brasileira de Cacau (IBC). “Esperamos fazer novas parcerias e renovar as já existentes”, assinala João Batista.

Parceria internacional

Além dos clientes brasileiros, a FVPP já fez parceria internacional com uma grande empresa na Áustria, que utilizava o cacau para produzir chocolate. A parceria aconteceu depois da participação das cooperativas na feira. “Fizemos estágio nessa empresa na Áustria por uma semana”, relembra Raimundo Silva, um dos escolhidos para representar a Copoam na Alemanha. Raimundo é um dos cinco escolhidos da fundação para expor os produtos na feira, que não estarão à venda: “Eles serão apenas amostra, para fazermos novos parceiros por meio deles. As vendas vêm depois.”

O coordenador geral espera ainda que as vendas cresçam após a participação na Biofach. “Esperamos expandir e aumentar a capacidade das vendas de amêndoas e saber quais as tendências para o produto, para sempre nos atualizarmos”, finaliza João Batista.

Brasil e Alemanha

O Brasil participa da Biofach desde 2003. No ano passado, dez empreendimentos brasileiros participaram da maior feira de orgânicos do mundo, com renda de US$ 1,7 milhão durante o evento. Essa participação tem sido aprimorada por meio de projetos da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), visando a qualificação das organizações com o objetivo de prepará-las para a inserção no mercado internacional.
Fonte: Agronotícias em 17/02/2012

Cooperativismo

Sicoob distribui R$ 53,7 milhões aos seus associados
 
Sicoob distribui R$ 53,7 milhões aos seus associadosO Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) no Espírito Santo está distribuindo R$ 53,7 milhões entre os seus associados. Desse total, R$ 24,36 milhões foram destinados à remuneração do capital dos sócios, em 31 de dezembro último, e equivalem a juros de 11,62% ao ano, percentual acumulado da Selic (taxa básica de juros da economia).

Outros R$ 29,3 milhões serão colocados à disposição dos associados nas assembleias de prestação de contas, que começam no dia 15 de março próximo. Esse valor representa um crescimento de 46% com relação ao resultado do exercício de 2010.

Os resultados de 2011 foram divulgados hoje (quarta-feira) pelo diretor-executivo do Sicoob ES, Francisco Reposse Junior, durante coletiva de imprensa.

Na ocasião, o diretor destacou uma das grandes apostas do Sicoob para 2012: o lançamento de uma linha de crédito habitacional, que será oferecida a partir do segundo semestre.

“De 2008 para 2011, a carteira de crédito imobiliário passou de 5% de participação para 11%. O Sicoob quer entrar nesse mercado, mas ainda estamos estruturando o produto. Nosso objetivo é oferecer um serviço com menos burocracia e mais agilidade”, afirmou.

Atrativos

Segundo o presidente do Sicoob ES, Bento Venturim, os resultados são distribuídos entre os sócios de acordo com a movimentação que cada um realiza com a cooperativa. A composição do valor leva em consideração o saldo médio em conta corrente, as aplicações financeiras e os empréstimos.

“A divisão das sobras é um dos principais atrativos do Sicoob em relação ao mercado financeiro tradicional. No sistema cooperativista, todos os associados são proprietários da instituição, enquanto nos outros bancos só os acionistas participam da distribuição de resultados”, afirmou Venturim.

Custos mais baixos

Francisco Reposse Junior ressaltou que o Sicoob trabalha com os mesmos produtos e serviços que os bancos oferecem, porém com custos mais baixos. “A taxa média mensal de juros praticada no ano foi de 1,81%, enquanto a do mercado se situou em 2,66%”, informou.

A taxa anual do Sicoob ficou em 24,2%, bem abaixo da cobrada pelos bancos: 37,1%.

Os números do Sicoob

Crédito


O resultado expressivo alcançado em 2011 também se deve ao montante de R$ 1,9 bilhão que o Sicoob emprestou aos seus associados ao longo do ano passado – um acréscimo de R$ 334,4 milhões em relação a 2010, o que representa alta de 27%. A taxa média mensal praticada pelo Sistema ficou em torno de 1,81%.

“Clientes que pagaram juros sobre empréstimos vão receber de volta R$ 5,8 milhões. Por isso, na prática, a taxa real acabou sendo de 1,73%”, disse Francisco Reposse Junior.

Ele acrescentou que, devido à previsão de dificuldades para o cenário econômico global em 2012, o Sicoob adotou uma postura bastante conservadora e fez uma provisão adicional no valor de R$ 10,4 milhões para a instituição se prevenir com relação a perdas sobre a carteira de crédito.

Para este ano, a meta do Sicoob é emprestar R$ 2,4 bilhões aos associados.

Expansão

Em 2011, o Sicoob abriu cinco novas agências, quatro delas na Grande Vitória, consolidando o seu crescimento na Região Metropolitana. Os novos pontos de atendimento estão localizados nos seguintes municípios: Vitória (Reta da Penha), Vila Velha (Glória e Santa Mônica), Serra (Laranjeiras) e Mimoso do Sul.

Consórcio
A cooperativa inseriu um novo produto na sua carteira de negócios no ano passado. Trata-se do Consórcio Sicoob, em que o cliente tem a possibilidade de parcelar em até 75 meses a compra do veículo e até 180 meses a aquisição do imóvel, sem a cobrança de juros. As taxas de administração variam de 13,50% a 18%.

Lucro

O lucro do Sistema somou R$ 78,7 milhões em 2011, o que corresponde a um incremento de 41,3% em relação ao ano anterior.

O diretor-executivo explica que um dos fatores que contribuiu para esse crescimento foi a renda proveniente da prestação de serviços, que registrou alta de 19%, alavancada principalmente pelas operações de seguros e previdência, com crescimento de 50%, se comparado a 2010.

Baixa inadimplência

O índice de inadimplência no crédito verificado entre os clientes do Sicoob em 2011 foi três vezes menor do que o registrado pelos bancos convencionais, segundo dados do Banco Central. O percentual do Sicoob se situou em 1,83% e o do mercado em geral, em 5,5%. O índice considerado pelo Banco Central é o Inad 90, que classifica empréstimos em atraso há mais de 90 dias.

Sócios

Em 2011, o Sicoob conquistou uma média de 1.500 novos sócios por mês. Ao todo, foram 18.404 associados, entre pessoas físicas e jurídicas, um crescimento de 17% em relação ao ano anterior. A instituição encerrou o exercício com 124.198 clientes.

Depósitos

O volume de depósitos se revelou um dos destaques no desempenho em 2011, alcançando o total de R$ 884,2 milhões. O crescimento foi de R$ 258 milhões – 41,2% em termos percentuais.

“Esse incremento decorre da confiabilidade que o Sistema proporciona aos associados. Antes, algumas pessoas mantinham uma conta na cooperativa e outra em um banco. Mas, conforme foram conhecendo as vantagens que o sistema cooperativo de crédito oferece, acabaram trazendo todos os negócios para nossas unidades”, disse Bento Venturim.

Patrimônio líquido

Outro destaque de 2011 foi a rentabilidade de 21,9% sobre o patrimônio líquido da cooperativa. O índice é praticamente o dobro do percentual acumulado da Selic (taxa básica de juros da economia), que ficou em 11,62% no período. O patrimônio líquido fechou o ano em R$ 372,1 milhões.

Ativos

A instituição ultrapassou o montante de R$ 1,64 bilhão de ativos em 2011, uma alta de 27,4% em relação ao ano anterior.

“Desse total, R$ 1,1 bilhão são referentes a empréstimos e financiamentos, representando 70,63% do ativo. Isso significa que o Sicoob ajuda a economia a girar por meio de operações de crédito, em vez de especular no mercado financeiro”, ressaltou Francisco Reposse.

Poupança

A captação da poupança do Sicoob saltou de R$ 116,9 milhões para R$ 182,7 milhões – 56,3% de crescimento de 2010 para 2011.

“A poupança é um produto estratégico para o Sistema. A partir do momento em que aumentamos o volume captado de poupança, temos a possibilidade de oferecer mais crédito para os associados”, informou Bento Venturim.

Empregos

O Sicoob contratou 71 funcionários em 2011. Com os novos colaboradores, o número de empregos diretos gerados pela cooperativa passou de 743 pessoas para 814.

Mais sobre o Sicoob

Presente em 21 estados e no Distrito Federal, o Sicoob é a sexta maior rede bancária do Brasil e a terceira do Espírito Santo. A instituição financeira, que tem cerca de 124 mil associados no Estado e aproximadamente 2 milhões no País, é o sistema de cooperativismo de crédito mais abrangente do Brasil, com 1,9 mil pontos de atendimento.

Fonte: Vera Caser Comunicação em 17/02/2012

Cooperativismo

Cooperados participam de assembleia

Neste sábado (18/02), a Primato Cooperativa Agroindustrial reúne os cooperados em Assembleia Geral Ordinária (AGO), nas dependências do auditório do Colégio La Salle, em Toledo, Oeste do Estado, com início às 9h. Na pauta, a aprovação da prestação de contas e o relatório da gestão no ano de 2011, orçamento e plano de atividades para 2012, eleição e posse dos membros do Conselho Fiscal, entre outros assuntos. O Sistema Ocepar será representado pelo gerente de Desenvolvimento e Autogestão do Sescoop/PR, Gerson José Lauermann.

Sobras - Em 2012, a Primato distribuirá aproximadamente R$ 500 mil de sobras aos cooperados. Deste total, R$ 100 mil fazem parte do Programa Fidelidade, para serem retirados em insumos, conforme a movimentação de cada cooperado no ano passado. Do total de R$ 400 mil, 50% serão distribuídos conforme o capital do cooperado e mais 50% conforme a movimentação, o volume de compras, na cooperativa. O rendimento a ser capitalizado é de 14,76%. “Estes valores serão creditados na conta capital de cada cooperado. Significa quase 15% de retorno sobre capital, o que é um bom investimento se considerar que a poupança rendeu em torno de 7,5% em 2011, que a taxa T JLP foi de 6%, o índice de inflação IPCA foi de 6,5%. Então para o cooperado hoje, a cooperativa é um bom negócio”, explica o vice presidente Elton Endler.

Sobre a Primato - A Primato Cooperativa Agroindustrial, fundada em julho de 1997, como Cooperlac Cooperativa Agroindustrial, conta com cerca de 2 mil associados, 12 unidades comerciais agrícolas, agropecuárias, indústria de alimentos para animais e Centro de Distribuição Logístico próprio. Atua em Toledo, Nova Santa Rosa, São Pedro do Iguaçu, Laranjeiras do Sul, Guaraniaçu e Catanduvas. Em março abrirá nova unidade em Vera Cruz do Oeste.

Fonte: Imprensa Primato em 17/02/2012
 

Cooperativismo

Balança comercial das cooperativas tem superávit de US$ 329,9 milhões em janeiro

 
Balança comercial das cooperativas tem superávit de US$ 329,9 milhões em janeiroA balança comercial das cooperativas apresentou superávit de US$ 329,9 milhões em janeiro, resultado 22,3% superior ao registrado no mesmo período de 2011 (US$ 269,8 milhões), informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

No primeiro mês deste ano, as exportações das cooperativas atingiram US$ 352,9 milhões, ganho de 21% contra o mesmo período do ano anterior. Já as importações atingiram US$ 23 milhões, alta de 5,3%. Desta forma, a corrente do comércio (soma das exportações e importações) subiu 19,9%, atingindo US$ 375,9 milhões.

Exportações

No período, 75 cooperativas brasileiras realizaram exportações, com destaque para os produtos do agronegócio: café em grãos (US$ 71,7 milhões, 20,3% do total), farelo de soja (US$ 60,1 milhões, 17%), açúcar refinado (US$ 49,5 milhões, 14%), pedaços e miudezas comestíveis de frango (US$ 38,2 milhões, 10,8%) e etanol (US$ 31,1 milhões, 8,8%).

Em relação aos mercados de destino, as vendas externas atingiram 93 países, onze a mais que em janeiro de 2011. Os principais destinos foram Estados Unidos (vendas de US$ 59,6 milhões, 16,9%), Alemanha (US$ 32,9 milhões, 9,3%), Reino Unido (US$ 25 milhões, 7,1%), Países Baixos (US$ 20 milhões, 5,7%) e China (US$ 19,7 milhões, 5,6%).

Em janeiro, das 27 unidades da federação, 15 fizeram exportações por meio de cooperativas. O Paraná registrou o maior valor de exportações (US$ 116,6 milhões, 33%), seguido por Minas Gerais (US$ 82,4 milhões, 23,3%), São Paulo (US$ 63,6 milhões, 18%), Santa Catarina (US$ 29,8 milhões, 8,4%) e Rio Grande do Sul (US$ 26,5 milhões, 7,5%).

Importações

Em janeiro, 37 cooperativas realizaram compras externas, tendo boa parte deste percentual importado insumos agrícolas (fertilizantes, ração, entre outros). Entre os principais produtos adquiridos destacam-se ureia (US$ 8,5 milhões, 37,2%), cloretos de potássio (US$ 2,6 milhões, 11,2%), diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 1,9 milhão, 8,3%), farelo de soja (US$ 1,5 milhão, 6,4%) e máquinas e aparelhos para trituração ou moagem de grãos (US$ 1,2 milhão, 5,4%).

As importações das cooperativas no mês vieram de 25 países, três a mais que em 2010. Segundo o Mdic, os países com maior percentual foram Ucrânia (US$ 4 milhões, 17,5%), Estados Unidos (US$ 3,4 milhões, 14,8%), Belarus (US$ 3,3 milhões, 14,3%), Espanha (US$ 2,7 milhões, 12%) e Paraguai (US$ 1,6 milhão, 7,2%).

Em janeiro, sete estados fizeram importações por meio de cooperativas. Dentre estes, merece destaque o Paraná (US$ 9,1 milhões, 39,7%), seguido por Santa Catarina (US$ 5,8 milhões, 25,4%), Goiás (US$ 3,2 milhões, 13,9%), Mato Grosso (US$ 2,9 milhões, 12,7%) e Rio Grande do Sul (US$ 1,2 milhão, 5,3%).

Fonte: Redação - www.ultimoinstante.com.br em 17/02/2012

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Notícias

Dedo de Gente: cooperativa artesanal
 
 
Dedo de Gente: cooperativa artesanalÉ com alegria que a série Web do Bem traz ao leitor um projeto ímpar, que reúne educação, empreendedorismo socioambiental, formação de cidadania, criatividade e muito mais! Trata-se do Dedo de Gente, uma cooperativa que resultou do aprendizado e do trabalho, artesanalmente concebidos e pacientemente aprimorados, desde 1996, pelas diversas unidades de produção solidária – as "fabriquetas" – formadas e dirigidas por moças e rapazes do Vale do Jequitinhonha e norte de Minas Gerais.


Esse projeto nasceu como consequência de um processo educativo iniciado há 26 anos pelo Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD), liderado pelo educador Tião Rocha.

“Quando a ideia surgiu, o artesanato era apenas um meio para desenvolver habilidades artísticas dos jovens, uma "desculpa" para promover a educação da convivência. Com o tempo a produção se ampliou, em diversidade e qualidade, e hoje somos 10 fabriquetas: serralheria, marcenaria, bordados & arranjos florais, cartonagem, tinta de terra, doces & licores, e casinhas de passarinho – nossa imobiliária para quem sabe voar. Recentemente, incorporamos as fabriquetas de cultura e tecnologia, com serviços na área de audiovisual e softwares. Os instrumentos são outros, mas o propósito, o mesmo: gerar possibilidades inovadoras de desenvolvimento humano e profissional, comprometido com os valores de nossa cultura e o ambiente em que vivemos.”, conta Tião.

Mais de 2 mil produtos diferentes já foram criados e 200 estão no portfólio permanente. Peças que contam a história e as estórias do sertão das Gerais, da cultura do povo, das cores da terra. Atualmente a dedo de Gente tem 85 cooperados e cerca de 70% do orçamento provém das vendas. Muitos já foram recrutados por empresas da região e alguns montaram negócios próprios.

Origem

A cooperativa Dedo de Gente começou fazendo sabão. Hein?! Mais uma invencionice de Tião Rocha, a Pedagogia do Sabão parte do raciocínio de que podemos e devemos aproveitar todos os recursos que temos à mão. Uma ideia tão simples – e, por isso mesmo, transformadora.

Tião Rocha explica: “Na roça, todo mundo sabe fazer sabão, é uma coisa que não custa quase nada, até de cachorro morto dá pra fazer, os recursos têm em casa ou na natureza. É fácil de ensinar, e é uma coisa que todo mundo precisa! Fazer sabão é a sabedoria de deixar de ser consumidor passivo para ser produtor ativo.”

Compromisso ambiental

O compromisso ambiental do Dedo de Gente tem raízes bem plantadas nesses princípios. Os integrantes contam: “Aqui, não tem desperdício, não tem compra de material. Evitamos o uso de produtos tóxicos e materiais não recicláveis. Economizamos água e energia, por que isso é bom pro nosso negócio e pro mundo todo. Mais importante, levamos essas práticas para casa, estendendo a nossas famílias as boas idéias que aprendemos aqui. Também procuramos sempre fornecedores locais, para evitar impactos do transporte. Usamos frutas da época, fazendo doces muito mais frescos e gostosos, respeitando o tempo da natureza.”

A mais poética expressão do compromisso ambiental do Dedo de Gente é a Imobiliária para Quem Sabe Voar, que fabrica casas de passarinhos. As casinhas simbolizam cuidado com os animais e aproveitamento de restos, gerando aprendizagem e renda. Todas as sobras das outras fabriquetas são utilizadas para construção de casinhas.

Protagonismo

No Dedo de Gente, os jovens cooperados não são o “público beneficiário do projeto” – são os atores principais de tudo que acontece, verdadeiros protagonistas. E como se faz isso? Com muito investimento no desenvolvimento pessoal de cada um. Não é fácil nem rápido, mas é absolutamente possível, como é claramente demonstrado, após 15 anos de trabalho. “Aprendemos a fazer isso através de um profundo processo pedagógico, baseado em muitas rodas, dinâmicas, brincadeiras e diálogo. Aqui na cooperativa é assim: aprendemos a ser protagonistas não só deste negócio, mas de nossa própria vida.”, contam os integrantes.


Raízes e frutos

Quando aprendemos a valorizar nossas raízes, nos sentimos mais completos, mais criativos, mais felizes. Cresce o respeito pelos antigos, e a vontade de fazer a diferença. Um trabalho de pesquisa, de observar as pessoas da comunidade, cavaleiros, vendedores na feira, benzedeiras. Nas criações são retratadas pessoas e sentimentos. Cada peça tem nome. Nelas os criadores das obras se deparam com cenas do nosso cotidiano da própria comunidade.

Retratar a essência do dia a dia, resgatar fazeres esquecidos, mostrar o homem e a mulher do sertão, é o que renova a auto-estima de toda a equipe. “É isso que nos transforma como indivíduos. Antes eu não dava valor para as coisas daqui, para a cultura da cidade. Agora, eu tenho outro olhar...” Estes depoimentos são comuns entre os jovens participantes.

“Na Dedo de Gente aprendemos mais que simplesmente executar técnicas: aprendemos a ser solidários, ter comprometimento com o trabalho e conquistar nossa auto-suficiência”, dizem os participantes. E isso muda tudo!

O que você vai encontrar no site


Loja Virtual: a arte do sertão se manifesta de muitas formas nessa loja virtual, com produtos exclusivos e altamente criativos. Você encontrará artigos feitos em madeira, ferro, bordados, retalhos, tintas de terra, flores e frutas do sertão e do cerrado. Cds, DVDs, e saborosos doces caseiros. Tudo isso, embalado com muito cuidado e afeto – as embalagens também são feitas lá mesmo, na fabriqueta de cartonagem.

Institucional – Entenda sobre a cooperativa, prêmios recebidos, parceiros, etc.

Atividades – Veja detalhes dos trabalhos que estão sendo realizados na área de artesanato, cinema, música e software. Veja fotos, vídeos, leia histórias das criações. Os projetos e as inovações não param!!!

Fazdiferença

Não é por acaso que o projeto se chama Dedo de Gente. Ele leva esse nome porque é muito diferente desses projetos que usam modelos prontos, criações de designers a serem copiadas por jovens aprendizes. Na Dedo de Gente, os jovens é que são os artistas. Com isso, ganham um novo olhar, uma nova visão de mundo. Aprendem que uma coisa pode se transformar em outra. Isso gera um ciclo harmonioso, na descoberta da sua capacidade de criar.

E você, amigo e leitor, pode fazer parte desse universo, visitando o site, se interessando, escrevendo sua opinião, divulgando na sua rede e comprando o que mais lhe agrada. Sua participação faz a diferença! Bom passeio!

Fonte: Itu.com.br / Foto: Gianfranco Briceño Arévalo em 13/02/2012

Economia Solidária

Uso de produtos da agricultura familiar na merenda escolar beneficia produtores, escolas e estudantes
 
 
Uso de produtos da agricultura familiar na merenda escolar beneficia produtores, escolas e estudantesUma diversidade de pratos, bebidas e sobremesas saudáveis e nutritivos vão incrementar o cardápio da merenda escolar de 55 escolas estaduais de Caxias do Sul a partir do início do ano letivo. Durante quatro dias (de 7 a 10 de fevereiro de 2012), cem merendeiras das escolas participaram de capacitações com extensionistas da Emater/RS-Ascar, promovidas pela Instituição e pela 4ª Coordenadoria Regional da Educação (CRE), na Escola Melvin Jones.

Batida de beterraba, sopa creme de aipim, suflê de espinafre e sagu de banana são algumas das novidades que a merendeira da Escola Melvin Jones, Heloir Amaral, aprendeu. "São receitas saudáveis, novas e diferentes. Queremos preparar tudo o mais natural possível e introduzir cada vez mais os alimentos da agricultura familiar no nosso dia a dia", declara. Junto com outras três merendeiras, ela prepara em torno de 800 refeições por dia.

As novas receitas serão incorporadas ao cardápio regionalizado e balanceado que a escolas recebem da Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul. "Para muitas crianças, a principal refeição é a da escola, então o nosso objetivo é supri-los com uma alimentação saudável e nutritiva. Quanto menos aditivos tiver e mais natural for a comida, melhor", salienta a responsável pela alimentação escolar da 4ª CRE, Lúcia Bombassaro dos Santos.

Ela acredita que os novos pratos terão boa aceitação nas escolas e deverão influenciar os hábitos alimentares dos estudantes, como já ocorre. "Na escola eles vão criando hábitos alimentares que levam para casa. Temos alunos que querem as receitas para levar para as mães fazerem e que questionam o que as merendeiras colocaram na comida, que fica tão boa, melhor do que as das próprias mães", relata.

Conforme a assistente técnica regional na área de bem-estar social, Maureen Spanemberg, as avaliações das oficinas foram positivas. "Elas pediram mais capacitações. Isso é importante pra formação delas, para o dia a dia e para a troca de experiências. Essa parceira com a 4ª CRE e com a Cooperativa dos Agricultores Familiares de Caxias do Sul, que doou os alimentos para o curso, contribui para a qualidade da alimentação escolar".

Além das merendeiras, também participaram das oficinas extensionistas da Emater/RS-Ascar de oito cidades da região da 4ª CRE, que a partir de agora irão capacitar as merendeiras das escolas nos municípios onde atuam: Antônio Prado, Cambará do Sul, Canela, Gramado, Jaquirana, São Francisco de Paula, Nova Pádua e Nova Roma do Sul.

Lei da Merenda Escolar

Criada em 2009, a Lei nº 11.947 determina que no mínimo 30% dos recursos repassados aos municípios ou escolas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) devem ser investidos na compra direta de produtos da agricultura familiar. "A gente acredita na agricultura familiar. Queremos chegar a 70%, 80% e até 100% dos recursos investidos, porque isso representa qualidade de alimentação e faz com que os agricultores possam permanecer no campo produzindo", disse a coordenadora da 4ª CRE, Eva Márcia Borges Fernandes.

Conforme o coordenador comercial da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Caxias do Sul, Marcos Regelin, hoje os 95 associados fornecem alimentos para 51 escolas estaduais do município. "Para a agricultura familiar, essa lei é fantástica, porque abriu o mercado, distribuiu a renda e fortaleceu as associações de agricultores familiares", afirmou. De acordo com ele, no último semestre de 2011 a Cooperativa entregou R$ 340 mil em mercadorias para as escolas. "É um valor importante. E a nossa meta é também conseguir o mercado das escolas municipais e atender os presídios da região e hospitais", declara.

O agricultor também conta que nas capacitações para as merendeiras percebeu a necessidade da criação de uma agroindústria de produtos minimamente processados (lavados, descascados, picados...) e que a Cooperativa pretende buscar orientação junto à Emater/RS-Ascar e o acesso a financiamento para poder implantar o empreendimento.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar em 13/02/2012

Economia Solidária

Lei de Economia Solidária é aprovada em Belém

 
Lei de Economia Solidária é aprovada em BelémNa sessão ordinária da manhã do dia 06, os vereadores aprovaram, de forma unânime, o projeto de lei que institui em Belém o Programa Municipal de Economia Solidária, de autoria do vereador Otávio Pinheiro (PT). Como projeto de lei, os empreendimentos solidários passam a ter um diálogo formal com o município, e assim, adquirem um caráter legal para poderem comercializar os seus produtos.

Para Maria Gercina coordenadora do Fórum Brasileiro e Paraense de Economia Solidária que encaminhou o projeto de lei, ressaltou que “agora os empreendimentos solidários passam a ter um diálogo formal com o município, e assim, adquirem um caráter legal para poderem comercializar os seus produtos”. O projeto visa prestar assessoria aos empreendimentos, da criação à formação. E ainda estabelece que a Prefeitura de Belém fique responsável pela compra de 30% dos produtos dos empreendimentos da economia solidária.

A caminhada do projeto de Lei

No dia 15 de março de 2011, na Câmara Municipal de Belém, em Sessão Especial, Gercina Araújo representando o Fórum Paraense e João Claudio Arroyo, representando o Fórum Brasileiro de Economia Solidária, entregaram aos vereadores a proposta de Lei Municipal de Economia Solidária para Belém, capital que, desde 2000, através do Banco do Povo tem sido palco de grandes avanços da Economia Solidária.

A Câmara Municipal de Belém abriu uma Sessão Especial sobre Economia Solidária proposta pelo vereador Otávio Pinheiro. Na ocasião, Gercina Araújo representando o Fórum Paraense e João Claudio Arroyo, representando o Fórum Brasileiro de economia Solidária, entregaram ao vereador proposta de Lei Municipal de Ecosol para Belém, capital que, desde 2000, através do Banco do Povo tem sido palco de grandes avanços da Economia Solidária.A sessão contou com a presença de 80 empreendedores e militantes da ECOSOL.

Na apresentação da proposta de lei municipal, elaborada por comissão do FEPS, Arroyo explicou que a proposta tomou como inspiração a lei municipal de Londrina e que consiste em uma peça jurídica que articula várias dimensões das experiências de como o Conselho Municipal, o Centro Público municipal, o Crédito, o destaque para a juventude e a transversalidade da proposta, que atravessa outras políticas com destaque para a de educação.

Arroyo destacou que um dos pontos mais polêmicos para a aprovação das leis municipais é a criação do fundo específico para a economia solidária. Mas que no caso de Belém esta dificuldade não deve acontecer porque Belém já criou em 2000 o fundo Ver O Sol, que já foi criado tendo a Economia Solidária como principal objetivo. 
Fonte: Fórum Paraense de Economia Solidária em 13/02/2012
 

Cooperativismo

BC divulga orientações para cooperativas de crédito               
 
BC divulga orientações para cooperativas de crédito
As cooperativas de crédito brasileiras têm até o fim de abril para realizar as Assembleias Gerais Ordinárias (AGOs). A determinação legal é uma forma de acompanhar a prestação de contas e ver a evolução do setor. Para auxiliar nesse processo, o Banco Central do Brasil (BC) enviou, no último dia 6, um ofício às instituições financeiras, que indica o Manual de Organização do Sistema Financeiro (Sisorf) como fonte de consulta sobre eleição e reforma estatutária no órgão.

“O reforço de orientação que o BC está fazendo para as AGOs é convergente com os interesses do cooperativismo de crédito, uma vez que pretende otimizar e racionalizar os processos, dando maior dinâmica e reduzindo esforços de retrabalhos”, reforça o gerente do Ramo Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Silvio Giusti.

“Para nós, é uma forma de contribuir com o setor, que possui representatividade expressiva no sistema financeiro nacional”, afirmou o chefe do Departamento de Organização do Sistema Financeiro do BC. Segundo Rocha, o descumprimento dos procedimentos necessários acarreta a interrupção da análise e a necessidade de envio de carta de exigências para regularização de pendências. “Queremos evitar que isso aconteça, para não ser necessário postergar a conclusão do processo”, ressaltou.

O documento trata, ainda, de outros itens importantes, como a necessidade de realizar a AGO no mínimo dez dias após a divulgação das demonstrações contábeis do exercício. E mais: os pontos aprovados pelos cooperados que independem de aprovação não precisam ser encaminhados ao BC. “Trata-se de um alerta bastante útil sobre pontos a serem observados, de forma a evitar que registros tenham de ser refeitos”, disse Giusti.

Saiba mais - A Assembleia Geral é o órgão supremo da sociedade cooperativa, que retrata as decisões de interesse do quadro social. O ofício, expedido pelo Departamento de Organização do Sistema Financeiro (Deorf) do Banco Central e dirigido às cooperativas centrais e independentes, pode ser conferido na íntegra aqui.
Fonte: OCB em 13/02/2012

Notícias

STF julgará pagamento de contribuição por cooperativas

 
STF julgará pagamento de contribuição por cooperativasO pagamento de contribuição destinada ao custeio da Seguridade Social pelas cooperativas de trabalho tem reconhecida repercussão geral. O pronunciamento da Corte sobre a matéria ocorrerá no julgamento de Recurso Extraordinário que tem como recorrente uma cooperativa de profissionais do Rio de Janeiro e, como recorrida, a União.

De acordo com o inciso II do artigo 1º da Lei Complementar 84/96, as cooperativas devem contribuir com 15% sobre o total das quantias pagas, distribuídas ou creditadas por elas a seus cooperados, a título de remuneração ou retribuição pelos serviços prestados por seus integrantes a pessoas jurídicas, por intermédio da cooperativa. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (com sede no Rio de Janeiro) julgou que a cobrança da contribuição não afronta princípios constitucionais.

Segundo o acórdão do TRF-2, não procede o argumento da cooperativa de que a LC 84/96 afrontou os princípios da capacidade contributiva e da igualdade, na medida em que a norma aplicou, para as cooperativas, base de cálculo e alíquotas diferenciadas em relação às empresas em geral, o que garante um tratamento especial. Segundo entendimento do TRF-2, o dispositivo constitucional (artigo 146, inciso III, alínea c) que prevê "adequado tratamento tributário" às cooperativas não significa que elas terão imunidade.

No STF, a cooperativa alega que os valores recebidos de tomadores de seus serviços ou de adquirentes de suas mercadorias não podem ser considerados faturamento ou receita própria, na medida em que a intermediação favorável aos cooperados caracteriza-se como "ato a merecer o fomento" determinado pelo artigo 146, III, c, e 172, parágrafo 2º, da Constituição". Outro argumento da cooperativa é o de que a decisão do TRF-2 violou o princípio da capacidade contributiva.

Para o ministro Joaquim Barbosa, a questão tem repercussão geral. Segundo ele, a Constituição tratou expressamente do cooperativismo e das atividades sem fins lucrativos como elementos de suplementação da atividade estatal, especialmente para a superação das desigualdades regionais, fomento à geração das condições para o pleno emprego e à distribuição universal de serviços à saúde. Mas, para ele, eventuais desvios cometidos por cooperativas podem comprometer esse "propósito nobre" em razão da gravidade das consequências e da ampla difusão de tais entidades na realidade nacional.

"Há, porém, uma série de relatos de conhecimento público acerca do desvio de finalidade e do abuso de forma nesse campo de atuação. Ademais, é importante ter em mente que a atuação de entidades privilegiadas, independentemente de seu propósito nobre, pode desequilibrar condições de concorrência, de modo a prejudicar a conquista dos objetivos a que elas se propuseram", afirmou o relator.

O ministro Joaquim Barbosa esclareceu que não se discute no recurso a revogação da isenção da Cofins e da Contribuição ao PIS pela MP 1.858/99 (tema do RE 598.085, de relatoria do ministro Luiz Fux).

Fonte: Site Consultor Jurídico Com informações da Assessoria de Imprensa do STF em 14/02/2012
 

Economia Solidária

Economia informal pode ensinar muitas lições ao mundo em crise, diz especialistaEconomia informal pode ensinar muitas lições ao mundo em crise, diz especialista .

O contingente de 1,8 bilhão de trabalhadores informais no mundo todo, inclusive no Brasil, representa cerca de dois terços de toda a força de trabalho em idade ativa no planeta e movimenta aproximadamente US$ 10 trilhões anualmente, volume abaixo apenas do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, a maior economia do mundo. Mas segundo o especialista americano Robert Neuwirth, que pesquisa o desenvolvimento da chamada "economia das sombras" e tem diversos livros publicados sobre o tema, apesar do seu gigantismo esse segmento não é olhado com a devida atenção pelos governos e instituições de um mundo que atravessa uma grave crise econômica.

Na opinião de Neuwirth, a economia informal pode ensinar muitas lições ao mundo em crise. Para ele, vários vendedores ambulantes e comerciantes envolvidos na economia informal são verdadeiramente empreendedores que tomam riscos, investem capital, pesquisam e conhecem bem os mercados onde atuam. “Os países que encontrarem uma maneira de aproveitar essa forma espontânea de empreendedorismo estarão melhor posicionados para criar uma democracia econômica e para crescer e prosperar”, afirmou.

De acordo com ele, por estar associada muitas vezes a um conceito de atividade ilegal, as estruturas formais da sociedade não conseguem ver esse setor como um grande agente da economia mundial e forte gerador de empregos capaz até de, em alguns casos, atenuar impactos negativos da turbulência financeira e gerar um crescimento mais igualitário e sustentável. “A economia informal não é, na sua maior parte, ilegal. Ela é, como no caso da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, composta por pessoas que vendem produtos legais, mas sem uma licença formal para trabalhar”, disse.

Em entrevista exclusiva ao iG, Neuwirth cita o exemplo da China que, segundo ele, também foi atingida pelos impactos da crise, mas como maior pólo de fabricação do mundo e principal fornecedor de produtos baratos para o mercado informal, conseguiu uma certa estabilidade na economia mesmo em um período de incertezas no cenário internacional.

“A China produz muita coisa que abastece o comércio informal, mas o país não está dirigindo esse mercado. A demanda do Brasil e de outros países com alta carga tributária, é que está impulsionando esse segmento no mundo”, disse.

Para ele, o crescimento da economia e a crescente geração de postos formais de trabalho em alguns países como o Brfasil, não são suficientes para reduzir o poder de fogo da informalidade. “Apesar do forte crescimento na economia formal no Brasil na última década, o setor informal permanece robusto e próspero”, disse. “O mundo nunca será 100% formalizado. Para as pessoas que nunca tiveram acesso ao ensino superior, o comércio informal de rua ainda oferece uma melhor possibilidade de sobrevivência do que os empregos formais criados recentemente”, acrescentou Neuwirth.

Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), divulgada no fim de 2011, mostrou que a “economia subterrânea” caiu de 17,7% do PIB em 2010 para 17,2% no ano passado. Em 2003, a participação do setor informal na economia era equivalente a 21% do PIB. Mas apesar da redução em termos percentuais, esse segmento movimentou R$ 653 bilhões no ano passado, algo como o PIB da Argentina e cerca de duas vezes o PIB do Chile.

De acordo com o especialista, economia informal é muito mais aberta e organizada no Brasil do que nos EUA ou na Europa e isso possibilita a inclusão social de dezenas de pessoas. “Em São Paulo houve um esforço muito grande na organização de cooperativas de catadores, por exemplo”, disse. “Em Nova York, moradores de rua podem recolher materiais recicláveis, mas não existe um sistema de cooperativas que lhes permita ter maior alcance e maior poder sobre suas vidas e o produto de seu trabalho”, acrescentou.

A seguir, os principais trechos da entrevista:

Como o mundo, vivendo sob os efeitos da crise financeira desde 2008, pode aproveitar a força da economia informal de maneira positiva?

Robert Neuwirth: A economia informal não é, na sua maior parte, ilegal. Ela é, sobretudo, como no caso da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, composta de pessoas que vendem produtos legais, apenas em uma forma não registrada e sem uma licença para trabalhar. Quando a economia formal gira fora de controle, ou quando temos o estouro de uma bolha, muitas pessoas se voltam para esta atividade para sobreviver. A pergunta que os governos devem fazer não é como tirar esses vendedores ambulantes e quiosques da rua, mas, em vez disso, pensar em aproveitar o trabalho dessas pessoas para fazer a economia crescer. Isso seria sustentável, e poderia gerar um crescimento econômico igualitário.

Com seus produtos baratos, a China pode ser considerada o grande motor desse mercado no mundo todo?

Neuwirth: A China é atualmente o centro de produção do mundo. E muitos dos produtos vendidos em mercados de rua foram fabricados lá. Mas a demanda vem de fora. O Brasil, por exemplo, é um país de imposto elevado e é a demanda brasileira que está impulsionando o negócio do contrabando que traz mercadorias da China livres de impostos através da fronteira do Paraguai. E essa demanda não envolve apenas produtos chineses. Muitos dos computadores e periféricos, um negócio estimado em US $ 1 bilhão anualmente, que entram no Brasil são produzidos nos Estados Unidos, no Japão ou em Taiwan. A China produz muita coisa que abastece o comércio informal, mas o país não está dirigindo esse mercado. A demanda do Brasil e de outros países é que está impulsionando esse segmento no mundo.

A economia chinesa tem sentido menos os efeitos da crise, em parte por causa desse possível ganho com a informalidade no mundo todo?

Neuwirth: Sim. Eu diria que o fato de o setor industrial da China estar envolvido na economia informal deu-lhe alguma resistência durante a crise financeira. Milhares de pequenos fabricantes chineses foram obrigados a fechar quando a crise atingiu os EUA e a Europa. Algumas fábricas, entretanto, foram capazes de evitar o fim das suas atividades devido a demanda da economia informal. Então, nesse sentido, estar envolvido na economia informal ajudou a estabilizar a economia chinesa.

O modelo informal será a base para a economia mundial?

Neuwirth: Sim, é possível afirmar isso. A história nos ensina que a economia informal é a economia original. Vendedores ambulantes estavam nas ruas muito tempo antes das lojas existirem no mesmo lugar. E, dado que, no total, a economia informal em todo o mundo vale aproximadamente US$ 10 trilhões, ela continua a ter um peso enorme na economia mundial e com grande participação nos fluxos financeiros globais.

No Brasil, a informalidade vem caindo desde 2003, com a forte geração de postos formais de trabalho. Mas mesmo assim, esse mercado movimentou cerca de US$ 650 bilhões em 2011. Qual sua avaliação desse cenário?

Neuwirth: Se a economia informal do Brasil era de US $ 650 bilhões em 2011 ela segue sendo muito forte. O volume de negócios anual na Rua 25 de Março pode ser maior que o de muitas das maiores empresas do Brasil. Muitas pessoas fazem a sua vida a partir desse mercado e dão suporte a essa informalidade gerando postos de trabalho. Assim, apesar do forte crescimento na economia formal no Brasil na última década, a economia informal permanece robusta e próspera.

A geração de empregos formais não é suficiente para reduzir a força da economia informal?

Neuwirth: Não. Por exemplo, como a economia formal cresce, as pessoas têm mais dinheiro, e assim o nível de demanda por bens de consumo contrabandeados através da fronteira do Paraguai tende a aumentar. E temos de olhar para onde os empregos foram criados no setor formal. Para as pessoas com ensino superior, o quadro econômico formal parece talvez menos desagradável agora. Mas para as pessoas que nunca tiveram acesso ao ensino superior, o comércio informal de rua ainda oferece uma melhor possibilidade de sobrevivência do que os empregos formais que foram criados recentemente.

A economia informal deixará um dia de ser considerada uma atividade ilegal ou um lado menos nobre da economia mundial?

Neuwirth:
Acho que isso já está sendo considerado e, no futuro, será algo normal. O mundo nunca será 100% formalizado. Ele sempre terá uma economia informal. A questão é como tentar trabalhar com os comerciantes e empreendedores informais. Não pode-se dizer que seja um lado menos nobre da economia. Quando o proprietário de um quiosque em uma favela vende amaciante, é o mesmo produto que é vendido em lojas formalizadas. Os comerciantes de rua conseguem o produto de distribuidores que compram diretamente da empresa que o fabrica. Na verdade, esse fabricante quer que os seus produtos sejam vendidos também nos quiosques. Então eu não vejo como esse negócio é de alguma forma menos nobre do que qualquer outro. A economia formal está quebrada. Pode produzir crescimento, mas não é igualitária ou sustentável. É por isso que o slogan do movimento Ocupe Wall Street “Somos os 99 %" é como uma poderosa acusação. A economia informal é mais ampla. Ela oferece mais oportunidade para as pessoas, especialmente aos que estão na parte inferior da pirâmide econômica.

Quais as diferenças e semelhanças do modelo brasileiro de economia informal comparado com a economia informal na Europa e nos EUA?

Neuwirth: A economia informal é muito mais aberta e organizada no Brasil do que nos EUA ou na Europa. Você não encontra um mercado de rua em massa no centro de Nova York da mesma forma que no centro de São Paulo. Em São Paulo, todo mu2ndo sabe onde encontrá-lo. Em Nova York, este tipo de comércio é subterrânea. Você pode encontrá-lo em Chinatown, por exemplo, mas autoridades são muito menos tolerantes. Além disso, em São Paulo houve um esforço muito grande na organização de cooperativas de catadores, por exemplo. Em Nova York, moradores de rua podem recolher materiais recicláveis, mas não existe um sistema de cooperativas que lhes permita ter maior alcance e maior poder sobre suas vidas e o produto de seu trabalho.

A economia informal está mais imune a crises financeiras?

Neuwirth: Sim e não. Sim, no sentido de que as pessoas muitas vezes podem sobreviver na economia informal quando a economia formal está em crise. Mas também é verdade que a demanda cai quando há uma crise econômica, e assim o valor total das vendas pode ir para baixo na economia informal também. Assim, a economia informal oferece resistência, mas não imunidade.

A sociedade deveria aproveitar o talento empreendedor de quem ganha a vida na economia informal?

Neuwirth: Sim, eu acredito muito nisso. Muitos dos vendedores ambulantes e comerciantes envolvidos na economia informal são verdadeiramente empreendedores. Eles tomam riscos, investem capital e pesquisam o seu mercado. Os países que encontrarem uma maneira de aproveitar essa forma espontânea de empreendedorismo estarão melhor posicionados para criar uma democracia econômica e para crescer e prosperar no século 21.

A Copa do Mundo e as Olimpíadas são dois grandes eventos que também estão no radar da economia informal. Como o Brasil pode lidar com essa questão da economia informal nos dois maiores eventos esportivos que movimentam milhões em vendas de produtos?
Neuwirth: É uma aposta certa que haverá muitos comerciantes de rua vendendo itens relacionados com a Copa do Mundo e o Jogos Olímpicos. Mas mercadorias pirateadas podem, de uma certa forma, funcionar como publicidade gratuita e termômetro de mercado. Então, eu não acho que o governo brasileiro deve tratar isso como um problema. As pessoas que querem os artigos legítimos saberão que os produtos vendidos na rua são pirateados e podem ser de menor qualidade. Quando eu fui pela primeira vez ao Brasil, em 2001, eu queria comprar uma camisa do Flamengo para meu primo. Mas eu sabia que ele ficaria triste se a camisa desbotasse ou encolhesse na primeira vez que fosse lavada. Então eu fui a uma loja oficial para comprar uma camisa que não fosse pirata. As pessoas vão fazer suas próprias escolhas sobre o que eles compram e onde compram. Grande parte dos itens pirateados acaba sendo comprado por pessoas que não podem pagar os altos preços praticados pelos revendedores oficiais. Eu não vejo por que impedir que as pessoas encontrem uma maneira de participar e se beneficiar economicamente com esses eventos.

Fonte: Ilton Caldeira, iG São Paulo em 14/02/2012

Notícias

Renegociação de crédito rural para custeio em áreas afetadas pela seca

A renegociação de operações de crédito rural de custeio e a ampliação de prazos para quitação de parcelas de investimentos foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em reunião ordinária realizada no dia 26 de janeiro, beneficiando, com as novas regras, os produtores dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, atingidos pela estiagem.

Foi autorizada a renegociação de operações de crédito rural de custeio e investimento para produtores rurais que tiveram prejuízos em decorrência da estiagem no Sul. Assim, os produtores rurais situados nos municípios com decretação de situação de emergência ou calamidade pública, reconhecida pelo governo federal e cuja renda, preponderantemente, de milho, soja e feijão seria utilizada para pagar dívidas de crédito rural, terão postergado o prazo de pagamento para 31 de julho de 2012. Isso apenas será possível para as parcelas com vencimento entre 1º de janeiro e 30 de julho deste ano, referentes a operações de custeio da safra 2011/2012, de custeios prorrogados de safras anteriores, desde que não cobertos por seguro agropecuário, e parcelas de investimentos. Para os produtores com perdas acima de 30%, o prazo será definido em função do percentual de perdas efetivas apresentadas por cada produtor.

O segundo voto instituiu a linha emergencial de crédito, no valor de R$ 200 milhões, para as cooperativas refinanciarem as dívidas de produtores rurais. A medida vale para aqueles que estão situados nos municípios com decretação de situação de emergência ou calamidade pública reconhecida pelo governo federal em decorrência da estiagem e cuja renda preponderantemente de milho, soja e feijão seria utilizada para pagamento de insumos. Isso será feito por meio do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro), utilizando recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O crédito terá prazo de até cinco anos, com taxas de juros de 6,75% ao ano e limitado a R$ 10 milhões para cooperativas, não podendo ultrapassar R$ 40 mil por associado ativo.

Outra medida importante do pacote antisseca que foi aprovada diz respeito ao reembolso do financiamento destinado à aquisição de implementos agrícolas isolados novos, de quatro anos para oito anos, previsto no Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota).


Notícias

Sicoob Sul inaugura mais um PAC em Pinhais
 
Sicoob Sul inaugura mais um PAC em PinhaisNo último dia 03 de fevereiro foi inaugurado em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, mais um Posto de Atendimento Cooperativo (PAC) pertencente ao Sicoob Sul, somando 13 pontos de atendimento.

A solenidade de inauguração contou com a presença de autoridades estaduais, municipais, presidentes de federações e associações de classes, de representantes do Sicoob e empresários da região, entre eles Ardisson Naim Akel, Darci Piana, Ivaldo de Sá Barreto Filho, José Zeitel, Eduardo Guidi, Jefferson Nogaroli e Virgílio Moreira Filho, que ressaltaram a importância da presença do Sicoob na região. Nogaroli falou também sobre o crescimento do cooperativismo de crédito no Estado do Paraná, na consolidação desse moderno e participativo meio de inclusão sócio-financeiro e que o Sicoob Sul trabalha com o propósito de instalar pelo menos mais sete unidades de atendimento na região metropolitana de Curitiba em 2012.

Nova Santa Rosa - Já na última quinta-feira (09/02), houve a inauguração do PAC do Sicoob em Nova Santa Rosa, no oeste paranaense. O evento também foi prestigiado por várias autoridades e lideranças, como o presidente do Sicoob Central Paraná, Jefferson Nogaroli, e o presidente da Faciap - Federação das Associações Co-merciais do Paraná, Rainer Zielasko. Além destes, formaram a frente de honra o presidente do Sicoob Marechal, Eliseu Rh einheimer, o prefeito Norberto Pinz, o presidente da Associação Comercial de Nova Santa Rosa, Omir Hervver, a gerente geral do Sicoob Marechal, Ana Maria Canton e o gerente do novo posto coope-rativo, Jairton Rech.

Fonte: Informativo Sicoob Central Paraná) em 14/02/2012

Cooperativismo

Inaugurada segunda filial da Coopeavi em Minas Gerais

 
Inaugurada segunda filial da Coopeavi em Minas GeraisDesta vez foi o município de Conselheiro Pena, localizado no Vale do Rio Doce em Minas Gerais, que recebeu mais uma loja de produtos agropecuários com a marca Coopeavi.

A filial foi inaugurada no dia 06/02, com a presença de 140 pessoas entre autoridades, colaboradores e cooperados, que já contabilizam cerca de 80 famílias.

A placa foi descerrada, marcando um "momento histórico" na região, segundo palavras do próprio prefeito, Neyval José Andrade, região esta que conta com uma história recheada de cooperativismo.

Contando com uma estrutura moderna, com cerca de 450 m², a nova loja levará à Conselheiro Pena e adjacências todo o mix de produtos voltados para o homem do campo.

"A experiência que temos com Caratinga nos enche de confiança", relatou o Gerente Executivo Comercial, Carlos Lima. Isto porquê aquela loja, inaugurada em 29/01/11, iniciou suas atividades com cerca de 100 cooperados na região e hoje, um ano depois, já conta com 306 associados e seu faturamento representou, em 2011, 3,6% sobre o total arrecadado pela Coopeavi.

Estiveram também presentes nossos parceiros da Syngenta (Jocimar Mauri) e Yara (Denis Polydoro), que puderam conferir todo o potencial de nosso investimento.

Durante a solenidade foram proferidas palavras de otimismo, compromisso e esperança em relação ao futuro dos produtores sua cooperativa e o cooperativismo em Conselheiro Pena.
Fonte: Comunicação Coopeavi em 14/02/2012

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Cooperativismo

Depósitos do setor cooperativista de crédito têm crescimento de 28% em 2011
 
 
Depósitos do setor cooperativista de crédito têm crescimento de 28% em 2011Os depósitos do setor cooperativista de crédito no Brasil alcançaram a marca de R$ 42 bilhões em volume de depósitos no final de 2011. O crescimento registrado pelo segmento é 28% maior em comparação com o mesmo período de 2010. O crescimento do cooperativismo também pode ser verificado no saldo da caderneta de poupança que registrou a marca de R$ 3,1 bilhões no final do ano passado.

No Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob), maior sistema de cooperativas de crédito do país, o saldo da caderneta de poupança teve crescimento de 35% e alcançou a marca de R$ 1,1 bilhão no final de 2011, enquanto o mercado teve evolução de 11% em seu saldo no mesmo período. Para o gerente de captações do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), entidade financeira provedora da poupança para as cooperativas de crédito do Sistema, Ricardo de Amorim, o diferencial no investimento é o retorno dos recursos aplicados para as cooperativas de crédito e para as regiões onde o investimento foi realizado. “Diferente dos bancos comerciais, que investem os recursos da poupança nos grandes centros e em crédito imobiliário, os recursos captados nas cooperativas retornam em benefício para as comunidades, viabilizando o desenvolvimento local”, diz o especialista.

Para investir na poupança do setor cooperativista de crédito não é necessário se associar a uma cooperativa. A taxa de rendimento anual é de 6,17% ao ano acrescido da taxa referencial (TR), mesmo valor praticado pelos bancos comerciais, porém com a vantagem da isenção da incidência de impostos e tarifas sobre os rendimentos.

Fonte: Sicoob em 09/02/2012
 

Cooperativismo

Cocentral define principais linhas de ação em planejamento estratégico

Após dois dias de intenso trabalho, a Cocentral (Cooperativa Central dos Produtores de Algodão e Alimentos) define as linhas de ação que devem nortear as ações da cooperativa para os próximos anos.

Segundo Kátia Araújo, técnica em agronegócio do Sistema OCB/CE quatro foram as linhas gerais a serem trabalhadas. “Uma delas diz respeito a melhorias no âmbito da informatização, desenvolvimento de um setor específico de Recursos Humanos, o negócio em si e o relacionamento com as filiadas”, enumera.

Todo o processo teve a coordenação do consultor Carlos Claro e reuniu 21 pessoas, entre funcionários e dirigentes da Central, além de representantes da Coopemova, Coopamil e Cocedro.

De acordo com a técnica do Sistema OCB/CE, os participantes tiveram bastante comprometimento, tanto que “vão passar a se reunir semanalmente” como forma de garantir que as mudanças necessárias sejam implementadas.

Fonte: OCB/CE em 09/02/2012

Cooperativismo

Colaboradores do Sistema recebem capacitação para uso de ferramenta de monitoramento
 
Colaboradores do Sistema recebem capacitação para uso de ferramenta de monitoramento
Nos dias 02 e 03 de fevereiro, no hotel Jangadeiro, técnicos da região Nordeste estiveram reunidos para a capacitação e contato com o sistema de monitoramento desenvolvido pela unidade nacional. O instrutor e criador do sistema, Breno Garcia, explicou as funcionalidades e recursos da ferramenta, que fornecerá, inclusive, de acordo com o preenchimento dos dados, relatórios sobre as questões que precisam ser melhoradas nas cooperativas monitoradas.

No primeiro dia, os participantes analisaram a documentação da cooperativa Uniodonto Recife, que, dentre outros, incluiu a leitura de seu estatuto e verificação de sua conformidade em relação às normas legais. Os dados foram preenchidos pelos participantes e, no dia seguinte, a cooperativa recebeu o relatório gerado pelo sistema e entregue pessoalmente pelos técnicos, que explicaram a importância dos dados ali presentes, ilustrados, inclusive, com a ajuda de gráficos gerados automaticamente pelo próprio sistema.

Para Wellington Marinho, um dos novos colaboradores do Sescoop/PE, que desempenhará funções no cargo de analista administrativo, a experiência e contato com a ferramenta foi bastante positiva: “O sistema é interessante e a equipe do nacional é bastante capacitada. Durante a explanação, houve espaço para sugestões, mas todos gostaram do sistema, sendo necessários apenas alguns ajustes”, afirmou. Mas do evento participaram também veteranos do Sistema OCB-Sescoop/PE, a exemplo de Ana Maria Pereira, responsável pelo controle da central de dados da OCB/PE: “A experiência foi muito gratificante e atendeu às expectativas, fortalecendo, também, os laços entre as unidades”, concluiu.

Fonte: OCB-Sescoop/PE / Foto: Ana Maria em 09/02/2012
 

Cooperativismo

Sescoop/PE contrata consultoria para aperfeiçoar a gestão de seu capital humano

 
Sescoop/PE contrata consultoria para aperfeiçoar a gestão de seu capital humanoNo dia (08/02) aconteceu, na sede do Sistema, mais uma etapa do trabalho realizado pela CAP Consultoria e Associados, empresa contratada pelo Sescoop/PE para aprimorar a gestão de pessoas e melhor aproveitar os colaboradores da entidade. O consultor Djalma Marques, responsável pelos trabalhos, que terão a duração de 15 meses, trabalha há 26 anos na área e, pela manhã, desenvolveu junto ao grupo as atividades relacionadas à pesquisa do clima organizacional.

Outras ações estão previstas, tais como pesquisa salarial e avaliação de desempenho, que acontecerão de forma intensa até maio deste ano. Nos meses seguintes, a consultoria atuará acompanhando os efeitos do trabalho realizado e fazendo as interferências necessárias para a sua continuidade. O objetivo da contratação é contribuir para a melhoria do clima organizacional considerando os resultados previstos no planejamento estratégico da entidade.

A gestão com pessoas passa pelo processo de busca da felicidade no trabalho, que inclui um ambiente e condições favoráveis para tal. As atividades desenvolvidas por Djalma Marques focam a questão trabalhando os valores do grupo: “Queremos que cada um compreenda o seu significado com sustentabilidade voltado para o sucesso global. Quando você tem consciência do seu papel, você administra a sua carreira”, e complementa: “Sabemos que tudo aquilo que é feito para o colaborador tem retorno imediato”.

O Sescoop/PE firmou contrato com a CAP Consultoria e Associados em 11 de janeiro de 2012. O trabalho que tem sido realizado faz parte de um dos objetivos elencados no planejamento estratégico da entidade e busca, além de investir no clima organizacional, promover as etapas para a reestruturação do plano de cargos da entidade. A unidade nacional do Sescoop deve participar desse processo a partir de março, haja vista sua proposta de alinhamento, no que concerne ao capital humano, junto às unidades estaduais, já estar em andamento.

Fonte: OCB-Sescoop/PE em 09/02/2012

Notícias

C.VALE: Cooperativa paga '13º' a associados

 
C.VALE: Cooperativa paga 13º a associadosMais de 12 mil associados da C.Vale estão recebendo, desde segunda-feira (06/02), as sobras de 2011 e a devolução de capital social. São R$ 18,8 milhões. A movimentação está sendo intensa nas unidades da cooperativa. Para grande parte dos produtores, a sobra é como um 13º salário.

Hora certa - O agricultor Benedito José da Silva, de Terra Roxa, é associado da C.Vale há 23 anos e recebeu entre sobras, conta capital e como sócio jubilado R$ 19.600,00. Para ele, o dinheiro veio na hora certa e vai ajudar a cobrir algumas despesas. "É um dinheiro muito importante para os associados. Isso mostra o comprometimento e a honestidade da cooperativa com o agricultor", afirmou.

Não esperava - O associado Pedro Paes de Camargo, da unidade de Bela Vista, em Terra Roxa, não esperava receber sobra no valor de R$ 16.141,00, pois no ano passado teve parte de sua produção afetada pela geada no milho safrinha e pela estiagem na safra de verão. Segundo ele, a quebra de renda em sua propriedade foi de 70% em 2011.
    
Resultado - Para o presidente da C.Vale, Alfredo Lang, o pagamento do retorno é resultado do trabalho desenvolvido ao longo do ano passado pela cooperativa. Para Lang, além de beneficiar os produtores, o dinheiro movimenta o comércio nas regiões onde a cooperativa está inserida (Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). "Esse dinheiro traz duplo benefício: ajuda os produtores a enfrentar os problemas da quebra de safra e vai estimular o comércio", resume.
Fonte: Imprensa C.Vale em 09/02/2012

Notícias

Comitê do Sescoop vai apoiar implantação do Aprendiz Cooperativo
 
Comitê do Sescoop vai apoiar implantação do Aprendiz Cooperativo
Dando continuidade aos trabalhos necessários à implantação do programa Aprendiz Cooperativo, o Comitê de Sistematização da Aprendizagem, do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), esteve reunido nesta quarta-feira (8/2), em Brasília (DF). O grupo, que trabalhou exaustivamente em 2011 na produção dos conteúdos a serem aplicados nos cursos de formação, tem como meta em 2012 o apoio às unidades estaduais do Sescoop na execução do programa.

A analista de Desenvolvimento e Gestão, Edlane Melo, explicou que o foco será incentivar a oferta do programa aos estados, ampliar a quantidade de atendimentos a aprendizes e apoiar as unidades estaduais que já estão com o programa em andamento. “Esperamos o engajamento e participação de todos os estados. O programa Aprendiz Cooperativo, mais do que atender a uma exigência legal, se apresenta como oportunidade de propiciar a prática dos princípios do cooperativismo, formando os jovens para o mercado de trabalho dentro dos preceitos da doutrina cooperativista”, disse.

Com relação à formação dos multiplicadores, Edlane adiantou que a primeira turma deverá ser capacitada pela unidade nacional ainda no primeiro semestre deste ano. Para isso, o Comitê elaborou na reunião de ontem uma minuta da estrutura do evento e do perfil do público-alvo. “Na oficina, os participantes terão a oportunidade de conhecer melhores práticas para sala de aula e a aplicabilidade desse conhecimento no dia a dia”, destacou a analista.

Fonte: OCB em 09/02/2012
 

Cooperativismo

Coamo fatura quase R$ 6 bilhões em 2011

Coamo fatura quase R$ 6 bilhões em 2011A direção da paranaense Coamo, maior cooperativa agropecuária do país, entrou em 2011 com a meta de romper a barreira de R$ 5 bilhões em receitas, mas o ano foi melhor que o previsto e, por pouco, não chegou aos R$ 6 bilhões. Ela registrou faturamento de R$ 5,97 bilhões, 25% mais que no exercício anterior. O resultado foi favorecido pelo crescimento de 9% no recebimento de grãos e por bons preços na comercialização de soja e milho.

"Faltou quirerinha. Se não tivesse transferido uns navios de dezembro para janeiro, teria passado dos R$ 6 bilhões", disse o diretor-presidente, José Aroldo Gallassini. Para 2012, mesmo com a estiagem que atinge a safra de verão, a intenção é expandir o recebimento de grãos, seja por meio de associados ou de terceiros, e investir em armazenamento e entrepostos.

Recentemente a cooperativa lançou internamente uma campanha para chegar ao recebimento de 100 milhões de sacas de grãos em 2012 (foram 92 milhões de sacas em 2011). "Vamos superar", adianta o executivo, que também é produtor. Além de contar com a produção de associados que não entregaram toda a produção na Coamo, a direção conta também com a possibilidade de compra de safra de terceiros.

Ontem à tarde, Gallassini estava aguardando a previsão de chuva ser cumprida para interromper o segundo período de estiagem, iniciado há duas semanas. O primeiro, no fim do ano, foi prejudicial para as plantações feitas até meados de outubro. Nas áreas atendidas pela cooperativa nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, a estimativa de perdas chega até agora a 15% tanto para milho como para soja.

Sobre os preços, ele disse que em 2011 o milho foi comercializado por mais de R$ 20 a saca e a soja, por mais de R$ 40, e acrescentou que "o mercado vai continuar bom em 2012". No ano passado a cooperativa investiu R$ 153 milhões para melhorar a estrutura de recebimento e armazenamento e, embora novos valores ainda não estejam definidos, ele adiantou que mais R$ 200 milhões devem ser usados em armazéns e entrepostos nos próximos dois anos.

Em dezembro, a cooperativa antecipou a distribuição de R$ 54 milhões em sobras para os cooperados, como sempre faz, para ajudar a melhorar as festas de fim de ano. A partir do dia 13, seus 24,4 mil cooperados vão receber o que falta. Ao todo, a Coamo vai pagar R$ 161 milhões referentes a sobras do ano passado - em 2010, elas somaram R$ 103 milhões.

Questionado sobre a possibilidade de entrar em novos segmentos, como carnes, ele descarta. "Queremos ampliar nosso negócio", responde. A área de varejo, na qual atua com margarina, café, gordura vegetal e farinha de trigo, foi responsável por quase 10% das receitas. Os produtos são distribuídos de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul. Em 2011, a Coamo passou a atuar também no segmento de ração animal, com marca própria e produção terceirizada. "Isso está crescendo e, amanhã ou depois, vamos ter nossa própria indústria", adianta, sem revelar o prazo certo.

Fonte: Valor Econômico em 10/02/2012