sábado, 22 de setembro de 2012

Notícias


Em busca do capitalismo sustentável, por Ricardo Abramovay


O capitalismo está sob cerco. As empresas são vistas, cada vez mais, como causas de grandes problemas sociais, econômicos e ambientais. A percepção pública é que lucram à custa da comunidade. A chamada responsabilidade corporativa em nada atenuou essa situação. A legitimidade dos negócios (e, portanto, da própria atividade empresarial) caiu a níveis mais baixos que nunca antes na história.
O julgamento não vem de membros do Occupy Wall Street, da Via Campesina ou do Comandante Marcos. Está logo nas primeiras linhas do texto que dois gurus da administração empresarial contemporânea, Michael Porter e Mark Kramer, publicaram alguns meses atrás na "Harvard Business Review".
Mas não se trata de um desabafo isolado e excêntrico. O tom é cada vez mais frequente em documentos das grandes consultorias globais. Em fevereiro último, uma empresa fundada por Al Gore, a Generation Investment Management, publicou uma espécie de manifesto cujo título pode suscitar um sorriso irônico, mas é certamente sinal dos tempos: Capitalismo Sustentável.
Seus autores reivindicam nada menos que um novo paradigma: "Um quadro que procure maximizar a criação de valor econômico de longo prazo, reformando os mercados para que respondam a reais necessidades, levando em conta todos (sublinhados no original) os custos e todos os stakeholders".
Três ideias são aí importantes: em primeiro lugar, está a ruptura com o que caracterizou o sistema econômico mundial dos últimos 30 anos, que é o predomínio quase absoluto das finanças na tomada de decisões empresariais. O resultado desse predomínio é uma obsessão com os ganhos de curto prazo. Segundo muitos economistas, isso deveria resultar em maior fluidez e, sobretudo, em melhores escolhas dos investimentos, uma vez que não seriam mais as burocracias empresariais que tomariam as decisões e, sim, uma instância descentralizada, pulverizada e dotada de mecanismos automáticos de correção: o mercado. A crise de 2007/2008 mostrou a destruição social a que essa crença mágica conduziu. Várias empresas já começam a insurgir-se contra a prática de organizar suas contas como parte do jogo especulativo das finanças.
A segunda ideia fundamental do documento da Generation Investment Management está na expressão "reais necessidades". Não se trata apenas de julgar a utilidade daquilo que se produz por sua capacidade de gerar empregos, propiciar arrecadação de impostos e estimular a inovação. Nem tampouco de identificar eficiência com atendimento genérico à demanda. Trata-se de saber se o sistema econômico está preenchendo "reais necessidades". Definir essa expressão é difícil. Pode dar lugar à tentação autoritária. Ao mesmo tempo (e é para isso que chamam a atenção tanto Porter e Kramer como a Generation Investment Management), parte muito importante dos bens e serviços que emergem do sistema econômico não preenche "reais necessidades". A epidemia global de obesidade não pode ser desligada das práticas da indústria alimentar. Em 2010, a obesidade já atingia 35,7% dos adultos e 17% das crianças norte-americanas. Um exemplo dado pelo Centers for Disease Control and Prevention dos Estados Unidos mostra a gravidade do problema: uma pessoa de 1,75 é considerada obesa quando seu peso é superior a 92 quilos. Com mais de um terço da população norte-americana nessa condição, será que se pode dizer que a indústria alimentar responde a reais necessidades?
Mas não é só na alimentação que se verifica a distância entre o que predomina na atividade empresarial e aquilo que a Generation Investment Management chama de reais necessidades: os engarrafamentos de trânsito e o inútil esforço de contorná-los por meio de obras cada vez mais caras e destrutivas da paisagem urbana não podem ser dissociados do que faz a indústria automobilística. Num encontro realizado em 2010, a Audi contratou um amplo grupo de consultores para discutir como se converter de indústria que produz carros em indústria voltada para atender às reais necessidades de mobilidade das pessoas. O interessante nessa discussão (e fundamental para o empreendedorismo social) é que a noção de necessidades deixa de ser um tema filosófico abstrato, um assunto de governo ou de organizações de consumidores. Terá que integrar o âmago das decisões empresariais.
A terceira ideia importante na frase da Generation Investment Management refere-se aos custos da atividade empresarial. A consultoria global Trucost calculou os danos ambientais embutidos nas atividades das 3.000 maiores corporações globais. Foram levados em conta apenas três fatores: emissões de gases de efeito estufa, uso da água e geração de lixo. Não estão aí, por exemplo, as perdas sociais derivadas dos engarrafamentos ou das doenças provocadas pela obesidade. Mesmo assim, os resultados são chocantes: US$ 2,15 trilhões. Isso corresponde a nada menos que metade de seus lucros (o que os especialistas chamam, na sigla em inglês de Ebitda: ganhos antes dos pagamentos de juros, impostos, depreciação e amortização). O relatório da consultoria global KPMG onde se encontram essas informações mostra que estes custos ambientais estão aumentando: eles dobram a cada 14 anos. Os piores impactos ambientais são os da indústria alimentar: 224% daquilo que ganha. E é importante frisar: são custos ocultos, não se incorporam aos preços, é a sociedade como um todo que os paga sob a forma de perdas ecossistêmicas muitas vezes irreparáveis.
Criação de valor a longo prazo, produção voltada a melhorar o bem-estar das pessoas, das comunidades e de
seus tecidos territoriais e capacidade de preservar e regenerar os serviços ecossistêmicos dos quais dependem as sociedades humanas: o maior desafio de nosso tempo é juntar empresas, governo e sociedade civil no enfrentamento desses desafios. Até aqui, manifestações como as de Porter e Kramer, da Generation Investment Management e o diagnóstico da KPMG são francamente minoritárias no meio empresarial. Mas são visionárias e sinalizam para a emergência de uma nova economia em que ética e respeito aos limites dos ecossistemas estejam no centro das decisões.


RICARDO ABRAMOVAY



, professor titular da FEA e do IRI/USP, pesquisador do CNPq e da Fapesp, é autor de "A Transição para uma Nova Economia", a ser lançado na Rio+20 pela ed. Planeta Sustentável.

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Em Petrolina, FACAPE promoverá em novembro Simpósio sobre sustentabilidade em território semiárido. Venha participar!
 
 
O Simpósio Social do São Francisco é um evento promovido pela Autarquia Educacional do Vale do São Francisco – AEVSF/ Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina - FACAPE, em parceria com instituições públicas e privadas. O objetivo geral é proporcionar a sociedade do vale do São Francisco um ambiente de diálogos que estimule o debate sobre a sustentabilidade em território semiárido, por meio da realização de painéis, mesas redondas, feiras e apresentação de trabalho.

A sua quarta edição será realizada entre os dias 06 a 08 de novembro de 2012, na cidade de Petrolina – PE, e terá como tema central “Sustentabilidade em território semiárido”. Nesta quarta edição a proposta é reunir pesquisadores renomados nos temas água, economia verde, educação, energias renováveis, políticas públicas e segurança alimentar para debaterem junto à sociedade algumas alternativas de práticas sustentáveis na convivência com o semiárido. Na programação estão previstos a realização de 01 (uma) palestra magna, 06 (seis) painéis, apresentação de pelo menos 30 (trinta) de trabalhos científicos e da IV Feira da Economia Solidária

Nas três edições anteriores aconteceram aproximadamente 40 (quarenta) palestras, 60 (sessenta) minicursos, 60 (sessenta) apresentações de trabalhos acadêmicos, 20 (vinte) visitas técnicas e 03 (três) feiras de economia solidária, nas quais participaram aproximadamente 10.000 (dez mil) pessoas, entre palestrantes, debatedores, ouvintes e transeuntes, dentre os quais estudantes e professores universitários, pesquisadores, representantes de ONGs, de sindicatos, de associações, de cooperativas, micro e pequenos empresários e toda a sociedade são franciscana.
 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Notícias

Balança comercial dos agronegócios paulista e brasileiro de janeiro a agosto de 2012
 
As exportações do agronegócio paulista somaram US$ 38,36 bilhões (23,9% do total nacional) no período de janeiro a agosto de 2012. No mesmo período, as importações atingiram a marca de US$ 52,79 bilhões (35,8% do total nacional), registrando um déficit de US$ 14,43 bilhões, como demonstra o estudo realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
 
Ao comparar o balanço de janeiro a agosto de 2012 com o mesmo período do ano passado, a queda das exportações paulistas (0,9%) ficou abaixo da média brasileira (-3,7%), enquanto que, nas importações, houve acréscimo no Brasil (0,5%) e queda em São Paulo (-3,4%). Assim, na conjunção dos desempenhos das exportações e importações, o saldo da balança comercial paulista teve diminuição do déficit, enquanto que a brasileira apresentou saldo positivo, embora decrescente, explica o pesquisador José Roberto Vicente.
 
Os agronegócios paulistas apresentaram exportações decrescentes (-11,3%), atingindo US$ 13,38 bilhões, enquanto que as importações tiveram menor decréscimo (-6,3%), somando US$ 6,20 bilhões, o que resultou no saldo de US$ 7,18 bilhões em 2012, 15,2% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado.
 
O estudo aponta que as importações paulistas nos demais setores – excluindo os agronegócios – somaram US$ 46,59 bilhões, e as exportações, US$ 24,98 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado de US$ 21,61 bilhões. Assim, pode-se dizer que déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho dos agronegócios estaduais, cujo saldo manteve-se positivo.
A participação das exportações dos agronegócios paulistas no total do Estado recuou 4,1 pontos percentuais, enquanto a participação das importações diminuiu 0,4 ponto percentual na comparação entre 2011 e 2012.
 
Cenário nacional
 
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 13,17 bilhões de janeiro a agosto de 2012, com exportações de US$ 160,60 bilhões e importações de US$ 147,43 bilhões. Com isso houve diminuição do saldo comercial (-34,1%), em função da queda nas exportações (-3,7%) e aumento nas importações (0,5%).
 
As exportações dos agronegócios brasileiros cresceram 1,7% em relação a 2011, atingindo US$ 65,08 bilhões (40,5% do total). Já as importações do setor diminuíram 5,1%, somando US$ 19,81 bilhões (13,4% do total). O superávit dos agronegócios de janeiro a agosto de 2012 foi de US$ 45,27 bilhões4, sendo 5,0% superior ao do mesmo período do ano anterior.
 
Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 95,52 bilhões e importações de US$ 127,62 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 32,10 bilhões.
 
As participações dos agronegócios nos totais do País aumentaram em termos das exportações (2,1 pontos percentuais) e diminuíram com relação às importações (-0,8 ponto percentual).
 
A participação paulista no total da balança comercial brasileira subiu em termos das exportações (0,7 ponto percentual) e caiu no tocante às importações (-1,5 ponto percentual).
 
Em relação aos agronegócios brasileiros, as exportações setoriais de São Paulo de janeiro a agosto de 2012 representaram 20,6%, ou seja, 3,0 pontos percentuais a menos que no mesmo período em 2011, enquanto as importações representaram 31,3%, percentual também inferior ao verificado no ano passado (-0,4 ponto percentual).

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Balança Comercial dos Agronegócios Paulistas e Brasileiros de Janeiro a Agosto de 2012 
            
De janeiro a agosto de 2012, as exportações do Estado de São Paulo1 somaram US$ 38,36 bilhões (23,9% do total nacional) e as importações2, US$ 52,79 bilhões (35,8% do total nacional), registrando um déficit de US$ 14,43 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2011, o valor das exportações paulistas diminuiu 0,9% e o das importações caiu 3,4%, com redução do déficit comercial (-9,6%) (Figura 1). Comparando-se janeiro a agosto de 2012 com o mesmo período de 2011, a queda das exportações paulistas (0,9%) ficou abaixo da média brasileira (-3,7%), enquanto que, nas importações, houve acréscimo no Brasil (0,5%) e queda em São Paulo (-3,4%). Assim, na conjunção dos desempenhos das exportações e importações, o saldo da balança comercial paulista teve diminuição do déficit enquanto que a brasileira apresentou saldo positivo, embora decrescente.

Figura 1 - Balança Comercial, Estado de São Paulo, Janeiro a Agosto de 2012.
Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.



Os agronegócios paulistas apresentaram exportações decrescentes (-11,3%), atingindo US$ 13,38 bilhões, enquanto que as importações tiveram menor decréscimo (-6,3%), somando US$ 6,20 bilhões, resultando em redução de 15,2% no saldo comercial em relação a janeiro a agosto de 2011, atingindo US$ 7,18 bilhões3 (Figura 2).


Figura 2 - Balança Comercial dos Agronegócios Estado de São Paulo, Janeiro a Agosto de 2012.Fonte: Elaborada pelo IEA/APTA a partir de dados básicos da SECEX/MDIC.



Há que se destacar que as importações paulistas nos demais setores - exclusive os agronegócios - somaram US$ 46,59 bilhões para exportações de US$ 24,98 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado de US$ 21,61 bilhões. Assim, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho dos agronegócios estaduais, cujo saldo manteve-se positivo.

Notícias

O cooperativismo de crédito e o desenvolvimento sustentável
 
 
O cooperativismo de crédito e o desenvolvimento sustentávelSeminário

2 de outubro de 2012, Rio de Janeiro (RJ)
Local: Auditório do Banco Central do Brasil na cidade do Rio de Janeiro - Avenida Presidente Vargas, 730, 24º andar, Centro, Rio de Janeiro (RJ).
Objetivo: O evento é alusivo ao Ano Internacional das Cooperativas e tem o objetivo de apresentar as experiências e ações em curso acerca da contribuição das cooperativas para o desenvolvimento regional sustentável, bem como os desafios futuros.


Programação


8h15 Credenciamento
9h Abertura
Alexandre Martins Bastos, Gerente-Técnico do Departamento de Organização do Sistema Financeiro no Rio de Janeiro - Banco Central do Brasil - BCB
Ari da Silva, Gerente-Técnico do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não-Bancárias no Rio de Janeiro - Banco Central do Brasil - BCB
Marcos Diaz, Presidente da Federação e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Rio de Janeiro - Sistema OCB-SESCOOP/RJ
Jésus Mendes Costa, Presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro - SEBRAE/RJ
9h30 A responsabilidade socioambiental das cooperativas de crédito
Elvira Cruvinel Ferreira, Consultora do Departamento de Normas do Sistema Financeiro do Banco Central do Brasil - BCB
10h10 Intervalo
10h30 O desenvolvimento do quadro social e a perenidade das cooperativas de crédito
Marcos Alexandre Schwingel, Gerente de Educação Cooperativista da Fundação Sicredi
11h30 Painel 1: Sustentabilidade e desenvolvimento
Moderador: Alexandre da Silva Rodrigues, Coordenador do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não-Bancárias no Rio de Janeiro - Banco Central do Brasil - BCB
A atuação sistêmica na construção do cooperativismo sustentável
Francisco Silvio Reposse Junior, Diretor Executivo do Sicoob Central Espírito Santo
Evolução histórica e operacional de uma cooperativa octogenária: O desafio da sustentabilidade
Márcio Nami, Presidente da Cooperativa de Crédito de Mendes - Cremendes
13h Almoço livre
14h30 Painel 2: Casos de boas práticas
Moderador: Armando Augusto Clemente - Diretor de Produtos e Atendimento do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro - SEBRAE/RJ
O desafio do crescimento de uma cooperativa de funcionários públicos atuando com pessoas jurídicas
João Marcos Baron, Diretor-Presidente da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados dos Vales do Itajaí e Itapocú e do Litoral Norte de Santa Catarina - SICOOB BLUCREDI SC
Governança cooperativa na prática
Valmir Galhardo, Superintendente da Unicred Centro Brasileira
16h30 Intervalo
16h50 Educação e cultura como sustentabilidade
Inocêncio Magela de Oliveira, Consultor e Educador em Organizações
18h Encerramento
João Luiz Faustino Marques, Chefe-Adjunto do Departamento de Organização do Sistema Financeiro - Banco Central do Brasil - BCB
Cláudio Filgueiras, Chefe-Adjunto do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não-Bancárias no Rio de Janeiro - Banco Central do Brasil - BCB
Silvio Cezar Giusti de Oliveira, Gerência de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Crédito - Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB

Faça inscrição, clicando aqui: www3.bcb.gov.br/evnweb-internet

Cooperativismo

Cooperativas da agricultura familiar podem firmar parceria com Jirau
 
Cooperativas da agricultura familiar podem firmar parceria com JirauAs cooperativas que fazem parte da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia (FETAGRO), foram convidadas a firmarem parceria com o Consórcio Camargo Correa responsável pela obra da Usina Hidrelétrica de Jirau para o fornecimento de alimentos ao canteiro de obras. A iniciativa tem o objetivo de valorizar o produto e a produção de Rondônia.

A reunião aconteceu na manhã desta quarta-feira (05), no canteiro de obras da Usina, com representantes da FETAGRO, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), das cooperativas e ainda do consórcio.

João Henrique, chefe do setor de alimentação explica que a prioridade da empresa sempre foi comprar com os agricultores locais, por esse motivo, o contato. “Cerca de 95% dos produtos usados na alimentação dos trabalhadores são comprados em Rondônia. Somente em último caso que compramos fora do Estado”, conta.

Na obra são servidas mais de 30 mil refeições por dia. Ele explica que quatro fatores são importantes para fechar o acordo do fornecimento: qualidade, volume, prazo e custo. “Nós priorizamos a qualidade, mas damos muita importância ao prazo e volume, pois temos que atender a demanda no prazo determinado”.

As cooperativas, junto com a Federação, se comprometeram a realizar um levantamento dos produtos que podem ser oferecidos, discutir com os cooperados o prazo em que os pedidos podem ser entregues de acordo com que forem sendo feitos. Entre os produtos que podem ser oferecidos, Creonice Vilarim, da FETAGRO, destaca banana, mandioca, farinha, tomate, ovos e melancia. “Nós temos uma variedade boa de produtos nas nossas cooperativas. Se nos unirmos conseguimos atender aos pedidos”, afirma.

A lista de produtos que podem ser disponibilizados será enviada nos próximos 30 dias, quando será marcado um novo encontro para apresentação de amostras dos alimento. “A expectativa é boa das duas partes. Tanto nossa de aprovar os alimentos, quanto dos agricultores de fornecê-los, então nós esperamos que dê certo”, diz João Henrique.

Fonte: www.rondoniadinamica.com em 21/09/2012

Cooperativismo

OCB/Sescoop-PB participa da Feira do Empreendedor
 
OCB/Sescoop-PB participa da Feira do EmpreendedorO Sistema OCB/Sescoop-PB está participando como parceiro da Feira do Empreendedor, que foi aberta ontem (19), no Forrock. Os empreendedores interessados em conhecer melhor o modelo cooperativista podem ter acesso a material informativo e orientações dos técnicos do Sistema em um estande montado no evento. A expectativa é que mais de 16 mil pessoas visitem a Feira, promovida pelo Sebrae-PB, até o próximo dia 22.

A abertura oficial da Feira contou com a presença do governador Ricardo Coutinho, que entregou cheques a cerca de 100 empreendedores dos municípios de Cabedelo, Santa Rita, Bayeux, Lucena e Conde. Entre os beneficiados estava a Cooperativa de Pescadores de Cabedelo (Unipesca), que recebeu um investimento de R$ 200 mil. Ao todo, o Governo concedeu recursos da ordem de R$ 700 mil aos empreendedores.

O presidente do Sistema OCB/Sescoop-PB, André Pacelli, também participou da solenidade de abertura. O evento ainda contou com as presenças do superintendente do Sebrae Paraíba, Júlio Rafael; do secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Renato Feliciano; do secretário de Desenvolvimento Agropecuário, Marenilson Batista; do secretário do Empreender Paraíba, Jadson Xavier; e da presidente da PBTur, Ruth Avelino.

Fonte: Sescoop/PB Com informações da Secom/PB / Foto: Francisco França/Secom em 21/09/2012

Notícias

EBDA oferece curso de Associativismo e Cooperativismo em Irecê
 
Presidentes e secretários de associações do Território de Cidadania de Irecê participam de um curso sobre Associativismo e Cooperativismo, promovido pela equipe técnica da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura (Seagri), entre os dias 18 e 21, das 08h às 17h, no Centro de Treinamento de Agricultores Familiares do Território de Irecê (Centrefértil), em Irecê.

Com o tema “Fortalecendo o Associativismo”, os técnicos sociais da Empresa conduzem a capacitação, através de dinâmicas de grupo, para potencializar as lideranças das associações e discutir as práticas de convivência nas comunidades.

As aulas serão divididas em teóricas e práticas, com destaque para a origem, benefícios e valores do associativismo. Os requisitos básicos para criação de uma associação, seus tipos e procedimento para constituição de uma associação também estarão em discussão.

Os participantes serão orientados pelas técnicas sociais da Gerência Regional da EBDA em Irecê, Asnavete Pereira, Edenilde Diniz e Durvlina Limeira.

Fonte: Bahia Já em 21/09/2012

Economia Solidária

 Carta das mulheres da economia solidária: mulheres transformando a América Latina
 
Carta construída durante o 2o Encontro Latino Americano e Caribe das mulheres da economia social e solidária.
 
Nós, mulheres, que somos a grande maioria na Economia Solidária.
 
Somos negras, indígenas, brancas, jovens, idosas, de todas as crenças e de todos os territórios, reunidas no 2o Encontro das mulheres da América Latina e Caribe da Economia Solidária: Mulheres Transformando a América Latina, para aprofundar o debate sobre temas comuns da nossa realidade. Estamos todas produzindo ou comercializando coletivamente como catadoras, agricultoras, costureiras, artesãs, cozinheiras, doceiras, pescadoras, sociólogas, educadoras, dentistas, metalúrgicas, tecelãs, outras e até mesmo como Gestoras Públicas.
 
O atual modelo de desenvolvimento é estruturado na exploração do trabalho, nos valores capitalistas, pela apropriação privada de recursos naturais, pela concentração de riquezas e da terra e pela mercantilização da vida. Isto produz discriminação e desigualdades estruturais nas relações sociais entre homens e mulheres e, sobretudo, para as populações negras, indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais, sendo as mulheres e crianças, oriundas desses grupos, as maiores vitimas. Diante disto, reafirmamos a necessidade de políticas públicas estruturantes para um novo modelo de desenvolvimento que possibilite o reconhecimento das mulheres como sujeito político, a importância da sua auto-organização e o fim da divisão sexual do trabalho, que desvaloriza e separa o trabalho das mulheres em relação ao dos homens.
 
Por isso nosso 2o Encontro - Economia Solidária: Mulheres transformando a América Latina apontam para a necessidade de:
 
Garantir mecanismos de mudança do modelo econômico de desenvolvimento, centrado no mercado e no mercantil;
 
Garantir a visibilizar e a valorização das experiências, dos conhecimentos e das práticas das mulheres na construção da Economia Solidária, da agroecologia, da justiça ambiental para garantindo a sua autonomia econômica.
 
Garantir o reconhecimento da esfera produtiva ( criação dos filhos, os cuidados do trabalho doméstico) para a sustentação da sociedade, pondo fim a sua invisibilidade e afirmando a necessidade de investimentos e políticas publicas nesta área.
 
Garantir que o poder sobre a economia e sobre o que produzimos esteja nas mãos do povo, com igual participação das mulheres.
 
Garantir equipamentos públicos como creches, coletivas, padarias e restaurantes comunitários; lavanderias.
 
Garantir a efetividade das políticas de enfrentamento a Violência contra a Mulher.
 
Garantir assessoria técnica na área da agro ecologia, gestão de resíduos sólidos, autogestão, produção e comercialização;
 
Garantir políticas de incentivo à produção, comercialização, e consumo consciente, favorecendo uma relação direta e transparente entre quem produz e quem consome, aproximando produtor (a) e consumidor (a).
 
Garantir investimento direto nos empreendimentos com políticas públicas de crédito e financiamento desburocratizado para as mulheres, e criação do fundo nacional de Economia solidaria.
 
Garantir a implantação da Lei das Compras Coletivas onde o Estado adquire os produtos da Economia Solidária e da Agricultura Familiar, estendendo-as em todas as esferas de Governo.
 
Garantir a integração da Economia solidaria em toda a America Latina, intensificando o processo de autogestão, cooperação e bem viver para um desenvolvimento Justo e Sustentável.
 
Porto Alegre, RS, 14 de Setembro de 2012.