sábado, 12 de maio de 2012

Cooperativismo

Juros em baixa, cooperativismo de crédito em alta               
 
Juros em baixa, cooperativismo de crédito em altaRepresentantes e delegados das cooperativas de crédito no estado aprovaram a política de governança corporativa para o sistema organizado pela Central das Cooperativas do Estado de São Paulo (CECRESP) no último sábado. Lideranças do cooperativismo de crédito estiveram reunidas no teatro do Novotel Jaraguá – São Paulo Conventions - em assembléia anual que discutiu também as recentes estratégias do governo para pressionar a queda dos juros cobrados pelos bancos comerciais no Brasil.

O planejamento estratégico da central prevê investimentos em tecnologia, treinamento e ações de comunicação e marketing para atender a crescente demanda de pessoas que buscam os benefícios proporcionados pelas cooperativas de crédito. Atualmente o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) reúne 14 cooperativas centrais, presentes em 20 estados da federação e mantém 1747 pontos de atendimento cooperativo.

Segundo Manoel Messias da Silva, presidente por quatorze anos do Conselho de Administração do Sicoob Central Cecresp, o cooperativismo está à frente da queda dos spreads bancários, reafirmando característica do setor que, por sua própria natureza, está naturalmente comprometido com o desenvolvimento sustentado das comunidades em que atua, e saúda a iniciativa do Governo Federal por estimular a redução do spread bancário.

Por serem também donos de sua própria instituição financeira, e pelo fato de as cooperativas de crédito não visarem ao lucro, os cooperados usufruem de produtos e serviços com preços aquém dos praticados no mercado, independentemente do tempo de relacionamento e do volume de sua movimentação financeira.

Além disso, ao final de cada exercício, as sobras produzidas durante o ano são devolvidas aos associados proporcionalmente às operações que realizarem no período, reduzindo ainda mais os preços pagos pelos usuários.

Sicoob – Crediacisc

Fundada em 2005 por membros da associação comercial da cidade, a Cooperativa de Crédito Mútuo de Micros e Pequenos Empresários e Microempreendedores de São Carlos (Crediacisc) é uma das cooperativas que atende o desejo das pessoas interessadas em produtos e serviços bancários com taxas competitivas, tarifas reduzidas e menor burocracia. A nova política de governança corporativa no sistema Sicoob conduz a cooperativa de crédito de São Carlos para um processo crescente de profissionalização.

Hercílio Antonio de Carvalho, diretor presidente da diretoria executiva desde o início das atividades, explica que para comportar o crescimento do seu quadro de cooperados foi necessário segregar as competências entre o conselho de administração e a diretoria executiva. “Essa nova forma de governança é alinhada à política nacional do nosso sistema e permite que um grupo trabalhe na expansão orgânica da cooperativa e outro se dedique aos melhores negócios para os cooperados”.

A participação do delegado por São Carlos na assembléia anual registra a importância que a Crediacisc dá ao ano de 2012, estabelecido pela Organização das Nações Unidas como o Ano Internacional das Cooperativas.

“No ano passado reforçamos a equipe de atendimento e investimos em tecnologia. Nesse ano aprovamos um orçamento adequado às metas presentes no plano estratégico do sistema. É um ano de crescimento do quadro de cooperados, estimulados por essa busca dos correntistas por taxas e tarifas mais baixas. O que os bancos oficiais estão fazendo agora nós já disponibilizamos há anos” afirma Marcos Alberto Martinelli, um dos fundadores da Crediacisc e representante da cooperativa na última assembléia.
Fonte: Martinelli em 10/05/2012

Cooperativismo

Coopercicli de Caetité dá exemplo de como se faz coleta seletiva de lixo               
 
Coopercicli de Caetité dá exemplo de como se faz coleta seletiva de lixoEm Caetité, o lixo que antes ia parar no lixão do município, poluindo o meio ambiente, hoje tem um destino nobre e se reverte em renda para 25 famílias. Em fevereiro de 2009, a Prefeitura Municipal de Caetité, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, implantou a Cooperativa Coopercicli com o objetivo de realizar a Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis. O processo contribui com a preservação da natureza, com a geração de emprego e renda e com a inclusão social na cidade.

Além da Coleta Seletiva, a Coopercicli realiza também a compostagem, o que diferencia a Cooperativa de Caetité das outras da região do Sudoeste da Bahia. A compostagem é um processo de transformação do lixo orgânico em adubo orgânico. Após a transformação, o adubo é empacotado e, assim como os materiais reciclados, é vendido. Estima-se que a compostagem proporcione um aumento de 15% na renda dos cooperados.

A Coopercicli vem conquistando melhorias nas condições de trabalho e na quantidade de materiais coletados. No início, eram 14 cooperados, que arrecadavam, em média, 8 toneladas de materiais recicláveis ao mês, o que revertia em uma renda de, em média, R$80,00 para cada cooperado. Hoje, os 25 cooperados arrecadam, em média, 30 toneladas ao mês, e ganham cerca de R$350,00.

Outra grande conquista da Coopercicli, que vem contribuindo expressivamente no processo da Coleta Seletiva em Caetité, é a parceria entre a Bahia Mineração e a Prefeitura Municipal, firmada em 2010, com a implantação do Projeto Circuito do Lixo, executado através da Bainema - empresa de Salvador especializada em gestão de resíduos.

O Projeto Circuito do Lixo atua junto à sociedade intensificando a conscientização ambiental e apoiando a Coopercicli com assessoria técnica especializada e em investimentos importantes ao seu funcionamento. A cooperativa já comemora melhorias em sua infraestrutura, com a aquisição de equipamentos destinados à coleta (prensa de grande porte, balança eletrônica, 10 carrinhos e um caminhão que fica a disposição da coleta dos materiais recicláveis no município) e a instalação de seis Ecopontos (Pontos de Entrega Voluntária) em locais estratégicos da cidade para facilitar a entrega dos materiais pela população.

Hoje, o maior desafio da Coopercicli é atingir o índice de coleta indicado ao município de Caetité que, segundo estudos especializados, é de 70 toneladas ao mês. Mas para isso é preciso conquistar um maior apoio da população. Se todos adotarem esta ideia, ganha a cidade, ganha a natureza, ganha a Coopercicli.

Fonte: Portal Bahia Já - Por Giselli Ribeiro Quintão em 10/05/2012

Cooperativismo

Cooxupé deve seguir como maior exportador individual de café
 
Cooxupé deve seguir como maior exportador individual de caféA Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), no sul de Minas, deve sustentar nesta safra 2012 a liderança na exportação individual do grão verde, conquistada no ano passado. Em 2011, ano de safra baixa, a Cooxupé embarcou cerca de 4,2 milhões de sacas de 60 kg de café. Este ano a previsão é exportar de 5,5 milhões a 6 milhões de sacas, conforme avaliação do diretor de Exportação da Cooxupé, Joaquim Libânio Ferreira Leite, que participou nesta quarta-feira do 19º Seminário Internacional de Café de Santos, em Guarujá, no litoral paulista.

"O interessante é que boa parte desse volume exportado é representada por pequenos produtores, já que dos cerca de 12 mil cooperados perto de 80% são pequenos e médios cafeicultores", afirma. Ferreira Leite salienta que os produtores cada vez mais estão se dedicando a produzir café de qualidade, com alto valor agregado. "Há um crescimento de produto certificado, mostrando a conscientização do produtor, do exportador e da indústria em relação à importância da produção ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável. É uma tendência irreversível para todos os tipos de alimentos. E o Brasil vem respondendo bem a isso", garante.

Quanto à entrega do café brasileiro na Bolsa de Nova York, que será permitida a partir de 2013, Ferreira Leite comenta que "é uma coisa boa". "Teremos uma base de preço para o nosso café", disse. Ele considera, no entanto, que dificilmente o Brasil entregará grandes volumes inicialmente, "porque o mercado está pagando mais do que a bolsa". Além disso, ele explica que o volume de café cereja descascado, que será aceito na bolsa, ainda é limitado no País. "Só é possível processar o cereja descascado a partir do grão maduro. Mas é difícil, como produtor, colher todos os grãos maduros ao mesmo tempo. Você só colhe um porcentual de grãos maduros, que tradicionalmente não passa de 25%", justifica.

Fonte: Agencia Estado em 10/05/2012

Cooperativismo

Cooperativa de crédito já pratica taxas reduzidas em RS e SC

Cooperativa de crédito já pratica taxas reduzidas em RS e SCA orientação do governo federal em baixar as taxas de juros das operações de crédito para estimular a economia nacional sempre teve um aliado: a cooperativa de crédito Sicredi Região da Produção.

O presidente Saul João Rovadoscki realça que as taxas médias praticadas pela Sicredi, em grande parte dos produtos do crédito comercial, já se encontram abaixo da média do mercado muito tempo antes do governo federal adotar essa diretriz.

O dirigente lembra que, pela natureza jurídica, societária e organizacional, o cooperativismo de crédito trabalha para agregar renda aos seus associados e à comunidade onde está inserido.

“O crédito é uma ferramenta essencial para o crescimento de todos, e o modelo de negócio cooperativo apresenta, como diferencial competitivo, a distribuição de sobras aos associados, decorrente da utilização dos produtos e serviços e do crescimento das cooperativas”, explica.

Para o presidente da Sicredi Região da Produção, as novas taxas do mercado financeiro incentivarão o desenvolvimento no País e tornarão esses recursos mais acessíveis à população. Enfatiza que o cooperativismo de crédito está alinhado aos pressupostos de crescimento sustentado, onde a organização das pessoas é a base do seu desenvolvimento. “Por isso, trabalhamos com o conceito de crédito responsável, orientando os associados em seu planejamento financeiro”.

Para realçar o papel da Sicredi, Rovadoscki mostra que em 2011 a cooperativa registrou crescimento de 31% nos depósitos totais (a soma dos depósitos à vista e a prazo, poupança e fundos) que cresceram de 124,2 milhões para 162,4 milhões de reais. As operações de crédito tiveram expansão de 21,5% (para 168,1 milhões de reais) e os recursos totais operados em 2011 avançaram 32% (para 195,1 milhões de reais).
Fonte: MB Comunicação em 10/05/2012

Economia Solidária

Microcrédito é tema de encontro entre cooperativas               
 
Microcrédito é tema de encontro entre cooperativasEm Santa Catarina, dos 1.480 pontos de atendimento bancário, 40% são de cooperativas de crédito, segundo dados do portal de Cooperativismo de Crédito. Diante da expressiva participação do setor no estado, o Sebrae em Santa Catarina promove o Workshop Catarinense de Boas Práticas em Cooperativas de Crédito para Micro e Pequenas Empresas, nesta sexta-feira (11). O tema central será o microcrédito produtivo e orientado.

O workshop será realizado em parceria com a Cooperativa de Crédito Urbano (Cecred), o Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) e o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob). “As cooperativas de crédito têm um papel fundamental na nossa economia. Além disso, são regidas por princípios cooperativistas, como educação, formação e informação, e os recursos são aplicados em benefício da localidade onde eles foram captados, incentivando o desenvolvimento local”, ressalta o diretor superintendente do Sebrae em Santa Catarina, Carlos Zigelli.

O presidente da Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc), Nelson Santiago, vai apresentar a primeira palestra do evento. Ele vai abordar o papel da instituição no microcrédito. “Somos uma importante fonte de recursos também para as micro e pequenas empresas. O Programa de Microcrédito do Badesc atingiu a marca de R$ 100 milhões este ano. A maioria dos empreendedores beneficiados, 75%, são informais”, diz Santiago.

Ao longo do dia, o workshop vai debater também as perspectivas da inclusão financeira do setor produtivo, boas práticas em cooperativas de crédito que atendem micro e pequenas empresas (MPE), oportunidades de negócio e de fontes de recursos para as cooperativas.

O Workshop Catarinense de Boas Práticas em Cooperativas de Crédito para Micro e Pequenas Empresas é um evento anual que reunirá cerca de 150 pessoas. A edição de 2012 será realizada na sede do Conselho Regional de Contabilidade, em Florianópolis, a partir das 9h30.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias em 10/05/2012

Cooperativismo

Câmara aprova PL que estabelece políticas de cooperativismo na capital

Câmara aprova PL que estabelece políticas de cooperativismo na capitalFoi aprovado na sessão desta quinta-feira, 10, na Câmara Municipal de Rio Branco, o projeto de lei que institui a política municipal do cooperativismo em Rio Branco e estabelece novas diretrizes para o setor.

O autor do projeto, o vereador Gabriel Forneck (PT), avalia positivamente a aprovação, que recebeu apoio unanime dos vereadores. “As cooperativas são sociedades de pessoas que unem voluntariamente e estão muito bem organizadas, prezam pelo resultado econômico, desenvolvimento social e melhoria na qualidade de vida, com isso nada mais justo que regulamentamos políticas dos cooperados de Rio Branco”.

A instituição das políticas municipal de cooperativismo tem como objetivo o desenvolvimento no município de Rio Branco, o poder executivo atuará de forma a estimular as atividades já existentes bem com o de grupos interessados em constituir novas cooperativas.

Além disso, a política de cooperativistas municipais garante a sustentabilidade e continuação do crescimento do ramo, pois segundo pesquisas, Rio Branco concentra cerca de 90% das cooperativas acreanas, em suas grandes maiorias voltadas à agregação de pessoas carentes buscando meios de produção, renda familiar básica e comércio.

O projeto prever também educação aos cooperados e as escolas municipais de ensino fundamentais e médias, podem incluir em suas grades curriculares, conteúdos e atividades relativas ao empreendedorismo e cooperativismo, abrangendo ainda, o funcionamento, a filosofia, a gestão e a operacionalização do cooperativismo.

Depois de sancionado pelo prefeito Raimundo Angelim, o projeto será encaminhado para a redação final. Para o autor do projeto, Gabriel Forneck (PT), o número de assento preferencial é insuficiente para atende a demanda. “Por esta razão faz necessário darmos também prioridade a uma pequena parcela onde muitas vezes eles são alvos de preconceito e exclusão, principalmente os deficientes que ganharão mais direitos de inclusão social e justiça”, ressalta.

O projeto já foi aprovado pelo prefeito, depois de votado pelos vereadores, será encaminhado ao setor jurídico da câmara para redação final.

Fonte: Portal O Rio Branco em 11/05/2012

Notícias

Pequenos negócios são beneficiados com novo posto de atendimento               
 
Pequenos negócios são beneficiados com novo posto de atendimentoNa quarta-feira (9), os diretores da Desenvolve – Agência de Fomento de Alagoas e o presidente da Cooperativa Pindorama abriram as portas para os pequenos produtores e comerciantes do Litoral Norte e do Baixo São Francisco, com a finalidade de apresentar e explicar as diversas linhas de financiamento disponíveis no mercado. Na ocasião, foi lançada uma nova parceria que firma um posto de atendimento ao crédito, que vai contemplar os diversos municípios da região.

O lançamento do projeto foi feito em forma de reunião, onde foram apresentadas as principais linhas de crédito da instituição financeira e feito o primeiro diagnóstico das necessidades locais. Participaram do evento representantes de diversas associações e cooperativas de produtores da região.

O posto de atendimento terá por finalidade orientar micros e pequenos empresários da região sobre como abrir e fazer desenvolver seus empreendimentos, com informações sobre o programa do Micro Empreendedor Individual (MEI), acesso às capacitações e às linhas de crédito disponíveis pela Agência de Fomento.

Segundo o diretor de Desenvolvimento e Projetos da Desenvolve, Fábio Leão, o procedimento do posto de atendimento será o mesmo que ocorre na sede da Agência, em Maceió. “Todas as demandas e cadastros dos clientes serão feitos no município e repassados para a agência, onde vamos avaliar as propostas para a liberação do crédito”, explicou.

Para o diretor-presidente da Desenvolve, Antonio Carlos Quintiliano, a parceria com a Pindorama é fundamental para o fortalecimento dos pequenos negócios da região. “Este trabalho conjunto vai fortalecer ainda mais as atividades desses pequenos comerciantes, e isso traz um retorno positivo para todos os envolvidos”, ressaltou.

Facilidades

A parceria entre a Desenvolve e a Cooperativa Pindorama vai possibilitar também mais comodidade aos microempresários cooperados da região, pois irá disponibilizar dois agentes de fomento, que estarão alocados na colônia, para agilizar os processos de microcréditos. Os agentes serão disponibilizados pela cooperativa e capacitados pela Desenvolve.

De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Leite do Ipiranga e Região, Romilson de Souza, a instalação desta sala de atendimento irá facilitar a adesão dos produtores ao crédito. “Isto vai nos proporcionar mais comodidade, pois não vamos mais precisar nos deslocarmos até Maceió”, destacou.

Para o presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos, a presença da Desenvolve gera as melhores expectativas, pois irá proporcionar mais apoio para os micros empreendedores cooperados da região. “Necessitamos ampliar a atenção aos pequenos negócios que tanto necessitam deste apoio financeiro. E agora, com a parceria, o desenvolvimento do nosso estado só tem a ganhar”, enfatizou.

Expectativas

Segundo informações do Relatório de Administração da Desenvolve, em 2011 foram liberados quase R$ 150 mil em empréstimos para pequenos produtores e comerciantes da região, que será beneficiada com o novo posto de atendimento. Ainda de acordo com o relatório, só para clientes de Coruripe foram liberados pouco mais de R$ 131 mil, o que deixa o município como a terceira localidade com maior atuação da Desenvolve.

De acordo com o diretor-presidente da Agência de Fomento, Antonio Carlos Quintiliano, com a instalação do posto de atendimento a tendência é aumentar o número de liberações para Coruripe e os demais municípios da região. “Além disso, estamos preparando novos convites com o objetivo de ampliar as parcerias com os demais municípios e desta forma estender o crédito da agência para todos os alagoanos”, completou.

Fonte: Tribuna Hoje - Alagoas em 11/05/2012

Cooperativismo

Cohapar constrói mil casas com cooperativa de agricultores familiares               
 
Cohapar constrói mil casas com cooperativa de agricultores familiaresO presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche, reuniu-se na quarta-feira (9), em Curitiba, com o coordenador da Cooperativa de Habitação dos Agricultores Familiares (Cooperhaf), Martinho Manoel da Silva. Durante o encontro, Silva prestou contas sobre as primeiras 300 casas construídas por meio de um convênio entre a empresa, a entidade e a Caixa Econômica Federal. As moradias, destinadas a pequenos produtores rurais, são parte de um projeto que prevê a entrega de mil unidades habitacionais até o fim deste ano. O investimento total é de cerca R$ 25 milhões.

As casas, já entregues, foram construídas por meio do programa Morar Bem Paraná Rural, do Governo do Estado, com recursos do Minha Casa Minha Vida Rural, do governo federal. A Cooperhaf é responsável pela vistoria das obras. As moradias, que têm entre 52 e 70 metros quadrados, atendem pequenos agricultores dos municípios que possuem sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf-Sul).

“As parcerias que o Paraná firma com o governo federal e a Cooperhaf são de extrema importância para atender as famílias rurais mais carentes, fixando-as no campo e proporcionando melhor qualidade de vida”, afirmou Chaowiche.

“Além dessas mil casas, nós já estamos negociando um novo convênio com a Cohapar para construir outras 500. Isso vai proporcionar mais tranquilidade ao homem do campo”, disse Martinho.

Fonte: Agência de Noticías Paraná em 11/05/2012

Cooperativismo

Cooperativa Santa Clara fará o maior investimento em 100 anos

Cooperativa Santa Clara fará o maior investimento em 100 anosA Cooperativa Santa Clara deve marcar em alto estilo o centenário da operação, celebrado em 2012. Com o sinal verde do Conselho de Administração já disparado, a direção executiva modela o projeto e faz estudos financeiros para colocar em marcha, até o fim do ano, o que deve ser o maior investimento nos 100 anos de história da organização.

A cooperativa, com sede em Carlos Barbosa, na Serra gaúcha, construirá uma nova planta, cujos aportes são avaliados em R$ 50 milhões (a cifra pode ser alterada até a conclusão do projeto), com capacidade para processar um milhão de litros diários de leite. A única planta própria de laticínios, situada na sede, industrializa 550 mil litros ao dia. Com o novo complexo, a ser implantado em dos municípios da região de fornecimento de matéria-prima, a Santa Clara pode triplicar o poder de fogo. O empreendimento também é estratégico para pavimentar a trajetória da última década de forte expansão no faturamento bruto anual, que saltou de R$ 85 milhões, em 2001, para R$ 618 milhões, no ano passado.

Em 2011, a meta era crescer 10%, e a cooperativa avançou 20%. “Hoje temos mercado, mas não temos produção suficiente”, contrasta o diretor administrativo e financeiro Alexandre Guerra, que cuida de perto da gestação do investimento. A iniciativa, que será custeada por recursos próprios e por financiamento a ser buscado em linhas de juro menor em bancos como Bndes e Badesul, deve entrar em atividade até começo de 2015. A localização da planta não deve ser a região onde a Santa Clara nasceu. O presidente do conselho, Rogério Bruno Saltier, adianta que já está prospectando áreas no polo da Grande Paraí. “Vamos buscar outra região e avaliar prós e contras. Estamos olhando Paraí, Vila Maria, São Domingos e Casca”, revela o dirigente.

Até lá, a organização terá de afinar sua base de fornecimento, hoje com pouco mais de 3 mil produtores entre os 4,4 mil associados situados em 94 municípios (há dez anos eram 40). Não há intenção de ampliar o número de propriedades.

“O desafio é elevar a produção verticalmente, aportando mais assistência técnica e suporte aos associados, para melhorar a produtividade”, destaca Guerra. A direção executiva quer manter a escala de crescimento na oferta de matéria-prima, hoje de 5% a 7% ao ano. O ritmo suprirá a demanda industrial e garantirá que a planta própria atenda até o esgotamento da capacidade, previsto justamente para 2015. Com a nova indústria, o plano é elevar o volume de longa vida dos atuais 300 mil para 600 mil litros diários e de 50% na produção de 550 toneladas de queijo.

Negócio é viabilizado com muita parceria e cooperação

A estrutura produtiva da cooperativa não dá conta de todas as frentes de derivados. Para alcançar o processamento atual de 700 mil litros diários, a Santa Clara conjuga conceitos de parceria e cooperação, adequadas ao tipo de organização, terceirizando alguns nichos para players locais, como CCGL (da qual é associada) e outras agroindústrias gaúchas. “Não viabilizaríamos sozinhos uma planta de leite em pó, por isso buscamos parcerias”, justifica o diretor administrativo e financeiro.

Definitivamente, o foco da Santa Clara é o mercado doméstico, leia-se o gaúcho, onde está 60% da demanda em lácteos, segmento responsável por 50% da receita. O restante se distribui entre derivados de carne suína (10%), varejo, cozinha industrial, distribuição e serviços aos associados. “Não queremos ser os maiores, mas ter o melhor produto e controle total sobre a nossa operação”, resume o presidente.

Fonte: Jornal do Comércio - Rio Grande do Sul em 11/05/2012

Cooperativismo

Cooperativas do PR antecipam venda de insumos para safra de verão

Parece loja em liquidação, com direito a sorteio de fogão elétrico, mas é a cooperativa de Cascavel lançando a campanha de insumos para a próxima safra, este ano, bem mais cedo que o normal.

O costume era vender adubos, sementes e defensivos em junho, mas os próprios agricultores pediram para comprar com antecedência.

Para a cooperativa é bom porque ela consegue se planejar melhor na reposição dos estoques. Por outro lado, os agricultores também encontram vantagens: têm mais prazo para pagar, aproveitam os bons preços da soja e ganham um descontinho.

A Coopavel espera negociar, durante a campanha, 80% das vendas de insumos de toda a safra de verão, incluindo soja e milho.

O produtor tem a opção de comprar de várias formas: com pagamento direto para dezembro ou trocando pelo grão que vai colher só no ano que vem.

O preço que está sendo travado nesta negociação é de R$ 51 para a saca de soja e R$ 23 para o milho.

Outra cerealista também antecipou a campanha de venda de insumos e a maioria dos clientes já adquiriu, principalmente, os fertilizantes para a safra de verão. O adubo representa mais de 60% dos custos e este ano teve alta de pelo menos 30%.

A alta do dólar mexe diretamente com o bolso do agricultor de maneira positiva. Dilvo Grolli, agricultor e presidente da Coopavel, explica o mercado financeiro na comercialização da safra.Confira a entrevista no vídeo com a reportagem completa.

Fonte: Expresso MT em 11/05/2012

Cooperativismo

Cooperativas apresentam superávit de US$ 1,605 bilhão no quadrimestre               
 
Cooperativas apresentam superávit de US$ 1,605 bilhão no quadrimestreNo primeiro quadrimestre de 2012, as exportações das cooperativas brasileiras foram de US$ 1,674 bilhão e houve retração de 0,4% sobre igual período de 2011 (US$ 1,681 bilhão). A vendas do segmento Nas importações, houve expansão de 8,7% nas compras efetuadas pelo setor, que passaram de US$ 63,5 milhões, em janeiro a abril de 2011, para US$ 69,1 milhões, neste ano.

Com esses resultados, a balança comercial registra saldo positivo de US$ 1,605 bilhão, com queda de 0,7% em relação ao mesmo período de 2011 (US$ 1,617 bilhão). A corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$ 1,743 bilhão, com recrudescimento de 0,1% em relação ao quadrimestre de 2011 (US$ 1,744 bilhão).

Mercados e Produtos

As cooperativas brasileiras exportaram para 119 países de janeiro a abril deste ano. No período, os principais mercados foram: China (vendas de US$ 277,1 milhões, representando 16,5% do total); Alemanha (US$ 129,2 milhões, 7,7%); Estados Unidos (US$ 124,2 milhões, 7,4%); Países Baixos (US$ 109 milhões, 6,5%); e Emirados Árabes Unidos (US$ 107,9 milhões, 6,4%).

Já os produtos mais vendidos, em valor, no período, foram: açúcar refinado (com vendas de US$ 321,4 milhões, representando 19,2% do total exportado pelas cooperativas); soja em grãos (US$ 242,4 milhões, 14,5%); café em grãos (US$ 232 milhões, 13,9%); pedaços e miudezas comestíveis de frango (US$ 178,3 milhões, 10,7%); e farelo de soja (US$ 166,1 milhões, 9,9%).

O Paraná foi o estado com maior valor de exportações de cooperativas, de US$ 583,9 milhões, representando 34,9% do total das exportações deste segmento. Em seguida aparecem: São Paulo (US$ 378,4 milhões, 22,6%); Minas Gerais (US$ 244,7 milhões, 14,6%); Rio Grande do Sul (US$ 135,8 milhões, 8,1%); e Santa Catarina (US$ 122,3 milhões, 7,3%).

Em relação às importações, as cooperativas realizaram compras de 35 países nos quatro primeiros meses de 2012. As principais origens foram: Estados Unidos (compras de US$ 8,5 milhões, representando 12,4% do total); Paraguai (US$ 8 milhões, 11,5%); China (US$ 6,2 milhões, 8,9%); Japão (US$ 5,3 milhões, 7,7%); e Espanha (US$ 4,1 milhões, 6%).

Os produtos mais adquiridos pelo setor cooperativista brasileiro foram ureia (com compras de US$ 9,8 milhões, representando 14,3% do total importado pelas cooperativas); máquinas e aparelhos para preparação de carnes (US$ 5,8 milhões, 8,4%); cloretos de potássio (US$ 4,7 milhões, 6,8%); diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 4,1 milhões, 5,9%) e feijões comuns, pretos, secos, em grãos (US$ 4,0 milhões, 5,7%).

O Paraná foi o estado que importou mais, com aquisições de US$ 34,2 milhões, representando 49,6% do total das importações do setor. Em seguida aparecem: Santa Catarina (US$ 14,1 milhões, 20,4%); Rio Grande do Sul (US$ 6,9 milhões, 10%); Goiás (US$ 6,4 milhões, 9,3%); e Mato Grosso (US$ 3,1 milhões, 4,4%).

Fonte: Portal Último Instante em 11/05/2012

Cooperativismo

Sescoop/AL se reúne com gestores para implantação do Cooperjovem

Sescoop/AL se reúne com gestores para implantação do CooperjovemPreparar as crianças e adolescentes para o futuro é o maior desafio da educação regular em todo mundo. É com ajuda da escola que as famílias formam cidadãos. E com a proposta de colaborar com a escola, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo em Alagoas (Sescoop/AL), discutiu com representantes do município de Penedo a implantação do Cooperjovem, programa que visa levar uma formação cooperativa a alunos das redes públicas e privadas.

Destinado a estudantes dos ensinos fundamental e médio, o Programa Cooperjovem vai debater com base em experiências do dia a dia, cooperação, voluntariado, solidariedade, autonomia, responsabilidade, democracia, igualdade e equidade, honestidade e ajuda mútua. Em Alagoas, quatro unidades cooperativas desenvolvem o programa, uma delas, no município de Penedo, a Cooperativa Educacional de Penedo (Coopepe).

A primeira etapa para implantação do projeto é a capacitação dos professores, com a disseminação de projetos pedagógicos de inclusão cooperativa. “É com programas como o Cooperjovem que cumprimos nosso papel social. O Sescoop/AL está de portas abertas para instituições públicas e privadas que tenham interesse de conhecer a filosofia do cooperativismo. O Cooperjovem trabalha na base da educação, pensando no futuro”, frisou Marivá Pereira, gerente de capacitação do Sscoop/AL.

Fonte: Tribuna Hoje - Alagoas em 11/05/2012

Cooperativismo

Senado aprova desoneração para cooperativas de radiotáxi.

O Plenário do Senado, no dia 25 de abril, aprovou Projeto de Lei de Conversão (PLV) contendo dez outros assuntos não presentes no texto original enviado à Câmara, incluídos no texto da MP por emendas aprovadas naquela Casa, a maior parte relacionada à desoneração de tributos, que, de acordo com estimativas do governo federal, levará à renúncia de receitas em torno de R$ 161,99 milhões em 2012 e de R$ 178,80 milhões em 2013. O texto segue para sanção presidencial.

Entre os beneficiados com a desoneração das contribuições para o PIS e COFINS, bem como, de suas dívidas tributárias com multa e juros, estão as cooperativas de taxistas. O dispositivo se encontra no art. 10 do PLV e possibilita as cooperativas de radiotáxi excluir da base de cálculo da PIS e do COFINS: os valores repassados aos cooperados; os valores das receitas de bens e serviços repassados aos associados e as despesas financeiras decorrentes de empréstimos contraídos para cooperados. Além disso, também foi inserida a remissão das dívidas tributárias dessas cooperativas.

Notícias

Ford avança no uso de materiais alternativos

Celulose, cana-de-açúcar, dente-de-leão, milho, fibra de coco e até dinheiro reciclado são utilizados pela Ford em substituição a derivados de petróleo na produção de peças para suas linhas de automóveis, picapes e caminhões globais.

No começo dos anos 2000, quando a Ford começou a investir forte na pesquisa de materiais sustentáveis, o petróleo era farto e relativamente barato, a US$16,65 o barril. Este ano, seu preço chegou a US$109,77. A Ford trabalha com uma lista crescente de colaboradores, como empresas químicas, universidades e fornecedores, para desenvolver materiais alternativos capazes de substituir ao máximo a média de 136 kg de plástico usados em um veículo.

Quando atendem os rigorosos padrões de qualidade da Ford, novos materiais sustentáveis podem se juntar à lista de substitutos de derivados de petróleo já em uso. Os novos materiais são testados para avaliar como se comportam sob determinadas condições e, se aprovados, têm o seu uso recomendado.

A soja pode ser considerada o primeiro passo no uso de materiais sustentáveis na Ford. Henry Ford apresentou em 1941 o protótipo Soybean Car, com carroceria feita de composto plástico com fibra de soja, sisal, cânhamo e palha de trigo. O “Carro de Soja” era 450 kg mais leve que o de aço estampado e dez vezes mais resistente. Na sua demonstração, Henry Ford usou uma marreta para provar essa qualidade. O projeto atual de uso da soja começou há 10 anos, quando um grupo de fazendeiros se aproximou da Ford buscando novos usos para as colheitas abundantes do meio-oeste americano. Os pesquisadores da Ford se desafiaram a desenvolver espumas a partir da soja que atendessem os requisitos de desempenho e durabilidade.

Além disso, ideias até pouco tempo consideradas fantasiosas, como o aproveitamento de papel moeda reciclado e fibra de coco, hoje são vistas como opções atraentes de negócio devido, inclusive, à abundância: cerca de 3,5 a 4,5 toneladas de papel moeda são retiradas diariamente de circulação nos Estados Unidos, material que acaba transformado em tijolos, queimado ou destinado a aterros. No entanto, segundo a pesquisa da Ford, não há ainda garantia de que dinheiro reciclado seja usado em veículos da montadora, mas as perspectivas são promissoras, principalmente para confecção de bandejas e porta-objetos da cabine.

Casos concretos

Na linha de produtos globais da marca, o Novo Fusion, por exemplo, vai usar o equivalente a duas calças jeans transformadas em material isolante para atenuar os ruídos da pista, do vento e do motor.
Atualmente, todos os carros produzidos pela Ford na América do Sul utilizam de 5 a 7 kg de PET reciclado na forma de carpetes, forro de teto, caixas de roda e mantas de forração acústica. O painel dos novos caminhões Cargo é feito com fibra natural de sisal.

Na América do Norte, todos os carros da Ford trazem bancos feitos com espuma à base de soja. O Escape usa o kenaf, um tipo de algodão, aplicado nos apoios das portas, além de 4,5 kg de algodão reciclado de calças jeans, camisetas, suéteres e outras peças no painel. Cerca de 25 garrafas plásticas também são usadas na produção dos carpetes deste modelo.

O Focus Electric usa materiais à base de fibra de madeira nas portas e garrafas plásticas recicladas no tecido dos bancos. O Flex utiliza palha de trigo nos porta-objetos. Já o Taurus SHO aplica um tipo de camurça feita com fios 100% reciclados

Notícias

As vantagens do associativismo profissional ou empresarial

"Aqueles que tiverem a habilidade de se associar, de somar inteligências e habilidades profissionais, poderão atingir um grande sucesso e realização pessoal de modo mais rápido e eficiente"

Por Luiz Guilherme Brom

Um mito bastante difundido de forma recorrente por escolas, famílias, veículos de mídia e departamentos de recursos humanos das empresas é o de que o mercado de trabalho é apenas um local de concorrência entre profissionais, que nele se engalfinham por melhores posições. Nessa luta feroz, de concorrência entre indivíduos, quem é profissional não tem qualquer alternativa além de concorrer e disputar com outros profissionais. Em uma espécie de cada um para si e Deus para todos, o profissional é obrigado a agir sozinho e a enxergar outros profissionais como inimigos perigosos, adversários que precisam ser superados a qualquer custo. Essa concepção de mercado de trabalho evidentemente atende ao interesse de alguns que têm a ganhar com esse campo de batalha, em que impera o individualismo profissional na disputa por postos de trabalho. O único que não ganha com isso, com toda certeza, é o próprio profissional.

É possível atuar no mercado de trabalho de várias maneiras e as mais comuns são como empregado de uma empresa ou como profissional autônomo. Essas duas modalidades de inserção no mercado se caracterizam, principalmente, pela atuação individual do profissional, ainda que sempre em equipe com outros profissionais depois de entrar em uma empresa. Mas há também formas importantes de se entrar e atuar no mercado de trabalho através de parcerias com outros profissionais. Sobretudo através de associação entre profissionais ou de empreendedorismo com dois ou mais sócios. Ou ainda: empreendedorismo por meio de parcerias entre várias empresas, que se complementam e que atuam em conjunto no mercado. Hoje a lei brasileira permite a abertura de empresa de um único dono, sem sócio. Várias empresas desse tipo, por exemplo, podem desenvolver uma ação conjunta no mercado, produzindo ou vendendo serviços ou mercadorias.

As vantagens de se trabalhar de forma associada – seja como profissional autônomo ou como empresário – são muitas. Primeiro porque não se está sozinho: seu esforço é somado ao esforço de outros parceiros, aumentando assim, e muito, as chances de que as coisas deem certo. A troca de ideias, a interação entre parceiros e as ações conjuntas no sentido do sucesso dos trabalhos são algumas das outras vantagens. A associação entre amigos e colegas profissionais pode levar à independência mais rapidamente do que outros caminhos profissionais. Como associados ou como sócios, ninguém é patrão de ninguém. O que é necessário, porém, é a maturidade e honestidade na relação entre os parceiros, pois uma condição essencial desse modelo é a confiança entre as pessoas que trabalham de forma associada ou como sócias.

Não é verdade, portanto, que no mercado de trabalho todos concorrem com todos. Não necessariamente. Aqueles que tiverem a habilidade de se associar, de somar inteligências e habilidades profissionais, poderão atingir um grande sucesso e realização pessoal de modo mais rápido e eficiente. O estímulo à associação, infelizmente, é ainda muito pouco por parte das escolas e da sociedade em geral. Ainda se bate muito na ideia antiga e falsa de que só é possível agir individualmente no mercado de trabalho. A atuação em grupo abre horizontes para a autonomia profissional, permitindo que os parceiros decidam sobre o que é melhor para eles, sem pressões nem imposições externas. Hoje, no Brasil, de acordo como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os empregados com carteira de trabalho assinada representam menos da metade de todos aqueles que trabalham no setor privado. Ou seja, a maioria das pessoas que trabalha no Brasil o faz como profissional autônomo ou como empresário de qualquer porte. Resta agora aos profissionais brasileiros desenvolverem melhor a capacidade de se associar.



Luiz Guilherme Brom é doutor em Ciências Sociais e diretor-superintendente da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap). E-mail: luizgbrom@fecap.br

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Cooperativismo

Coopertinga: trabalho, desenvolvimento e prosperidade
Produtividade e desenvolvimento sustentável são alguns dos norteadores percorridos pela Cooperativa Agropecuária da Região do Piratinga (Coopertinga). Criada em 1990, a entidade reúne 82 cooperados, é referência na região e alavanca do desenvolvimento econômico e social do município de Formoso, no noroeste de Minas Gerais (MG).

Da tecnologia de ponta, passando pelo asfalto até os cuidados com o meio ambiente, tudo gira em torno da ação cooperativista local. São diversas conquistas que só chegaram à comunidade por intermédio da Coopertinga, responsável, por exemplo, por 38 km de asfalto da estrada que dá acesso à BR-020. A obra foi executada em parceria com o estado de Goiás, que hoje cuida de sua manutenção. O provimento de acesso à internet possibilitou a inclusão digital dos 400 alunos atendidos pela escola rural do complexo, além dos moradores de outras 20 propriedades vizinhas.

Com um faturamento de R$ 72 milhões por ano, a cooperativa responde por mais de 70% da movimentação econômica do município, o que garante retorno aos cerca de oito mil habitantes da cidade e emprego para mais de mil trabalhadores.

A preocupação com o meio ambiente é uma das características da cooperativa. Localizado em pleno cerrado brasileiro, o complexo de cultivo reúne 77 propriedades que, juntas, produzem uma safra anual superior a 115 toneladas de café, laranja, feijão, soja, milho e sorgo. A área plantada nos mais de 20 mil hectares é monitorada pelo departamento de Meio Ambiente da cooperativa, garantindo, assim ,a preservação das nascentes, o reflorestamento das áreas degradadas e 100% de certificação das propriedades no que diz respeito às exigências do licenciamento ambiental.
 
“A Coopertinga possui uma área própria reflorestada com eucalipto, onde é extraída a madeira destinada às fornalhas dos secadores de grãos, o que permite manter a vegetação nativa atual intacta. Visando diversificar a produção, alguns cooperados também estão realizando reflorestamento de eucalipto”, orgulha-se o diretor presidente da cooperativa, Irineu José Balbinot.

Além disso, a Coopertinga desenvolve trabalhos voltados para o monitoramento de rios, proteção de nascentes, além do recebimento de embalagens vazias para reciclagem (atendendo à disposição legal contida no Decreto 4.074/2002).


Fundação: 1990
Cooperados: 82
Faturamento: 72 milhões por ano

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Cooperativismo

Dia C 2012 terá abordagem comemorativa ao Ano Internacional das Cooperativas

A nova campanha do Dia de Cooperar (Dia C) já está disponível no blog www.minasgerais.coop.br/diac. Este ano, a campanha está focada no Ano Internacional das Cooperativas, que tem como tema "Cooperativas constroem um mundo melhor". Ações que transformam, resultados que emocionam foi o slogan escolhido pelo Sistema para impulsionar as ações a serem desenvolvidas no Dia C do segmento cooperativista mineiro.

Um lançamento oficial da edição 2012 será realizado no próximo dia 28 de maio, na sede do Sistema Ocemg, para iniciar o período de sensibilização e mobilização das cooperativas para o projeto.

O Dia C tem o objetivo de promover e estimular a integração das ações voluntárias de todas as cooperativas, cooperados, colaboradores e familiares, em um grande movimento de solidariedade cooperativista.

Este ano o Dia C está marcado para 1º de setembro. Nesse dia, as cooperativas participantes, individualmente ou em grupo, mais uma vez, desenvolverão em suas localidades um elenco de realizações sociais, na forma de projetos, atividades e iniciativas que, priorizando o trabalho voluntário, demonstrarão a capacidade e o empenho do setor para atuar socialmente.

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas no blog do Dia C. De acordo com Cláudia Mello, responsável pela área de promoção social do Sistema Ocemg, o Dia C já está consolidado no calendário do Sistema Ocemg e recebe um grande volume de inscrições todo ano. "O número de cooperativas interessadas aumenta cada ano. Esperamos bater o recorde de participações do ano passado, quando tivemos mais de 200 instituições inscritas,"disse.

Cláudia ressaltou que o Sistema oferece todo apoio e direcionamento aos cooperados que participam do projeto, fornecendo um Kit com camiseta, balão, flyers, chaveiros, dentre outros brindes, além de uma cartilha informativa com o regulamento do Projeto.

História
O Dia C aconteceu pela primeira vez em 2009, quando 139 cooperativas realizaram, num mesmo dia e em todo o Estado, ações sociais voluntárias diversificadas. Naquele ano os resultados foram fantásticos e o sucesso foi estendido também ao ano seguinte. Em 2010, foram 182 cooperativas participantes, 12 mil voluntários envolvidos e mais de 100 mil pessoas beneficiadas.

Em 2011, 216 cooperativas integraram a proposta. Foram cerca de 18 mil voluntários, mais de 218 mil pessoas beneficiadas e 214 municípios envolvidos. O crescimento expressivo de pessoas envolvidas mostra que o Dia de Cooperar vem representando uma mobilização pela qualidade de vida e por uma sociedade mais igualitária em Minas.

Cooperativismo

Coapimig oferece cursos e promove o desenvolvimento do segmento apícola mineiro

A história da Apicultura em Minas Gerais se confunde com a fundação da Cooperativa Agrícola de Minas Gerais (Coapimig), em 1981. Data dessa época o nascimento de empresas que trouxeram para o Estado tecnologias de manipulação de produtos derivados, principalmente aqueles formulados com própolis.

A apicultura começava a se profissionalizar agregando valor aos produtos in natura. Ao longo de 29 anos de atuação, a cooperativa chegou a ter 1.350 cooperados e ministrou, por todo interior de Minas, cursos de formação de novos apicultores. Mais de 1.000 desses associados passaram por treinamentos oferecidos pela Coapimig.

De acordo com dados da cooperativa, em 2010, a apicultura e o mel produzidos em Minas Gerais experimentaram um desenvolvimento vindo com a tecnologia e com os cursos promovidos pela Coapimig nunca antes observado.

Atualmente, a Coapimig oferece cursos práticos e teóricos para formação de apicultores e implantação de apiários, por meio do fornecimento de enxames com rainha selecionada, montagem e assistência técnica. A cooperativa possui ainda uma Central de Vendas de produtos, material e equipamentos apícolas e está implementando salas de recepção e manipulação de produtos apícolas in natura, além de laboratório de controle de qualidade.

Aberta aos novos tempos, a cooperativa se prepara ainda para atuar em toda a cadeia produtiva do agronegócio apícola.

Economia

A necessidade de uma política de preços mínimos no agronegócio das uvas finas de mesa

Este artigo é a continuação de uma reflexão analítica sobre a atual condição da viticultura no Vale do São Francisco e está mais relacionado com os preços. Na equação que define a rentabilidade, o preço do produto e a quantidade vendida estão diretamente relacionados com o lucro e os custos inversamente relacionados.
Com base na teoria econômica, em mercado de concorrência perfeita os preços e as quantidades de equilíbrio são definidos pela lei da oferta e demanda. Entretanto, no caso dos produtores agrícolas, a estrutura de mercado que estão inseridos é diferente. De um lado um setor oligopolista, dominado por um pequeno número de empresas vendedoras dos insumos necessários à produção e que cobram preços acima do que seria em concorrência perfeita. Na outra ponta, um oligopsônio em que um número reduzido de empresas (tradings) comercializam as uvas no mercado internacional e pagam ao produtor um preço menor do que o obtido no caso de livre concorrência.

As tradings, que forma um oligopsônio, tem a função de facilitar o fluxo de transações no mercado internacional, atuando nas exportações e também importações. Segundo informações da Folha de São Paulo do dia 30/01/2012 (http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1041444-tradings-representam-mais-de-11-de-tudo-o-que-brasil-exporta.shtml), entre 2005 e 2011, as tradings exportaram cerca de US$ 30 bilhões.

A maior desvantagem dos produtores de uva de mesa na comercialização é entregar sua mercadoria sem saber quanto receberá por ela. Além do grande período custeando a atividade sem entrada de receita, ocorre a colheita e a entrega do produto para ser encaminhado para o mercado externo. Deste período até o momento do recebimento do relatório e a informação do quanto o produtor irá receber líquido no bolso pode levar até 5 meses em alguns casos. O risco nesta situação cresce de forma exponencial. O preço é componente fundamental para definir se haverá lucro ou prejuízo com a atividade.

Existem algumas possibilidades para o produtor: a) não exportar; b) não usar as tradings e tentar fazer exportação direta; c) conseguir um comprador que garanta um preço mínimo pela fruta. Sobre a primeira possibilidade, é viável desde que consiga vender no mercado interno. Na média, consegue-se hoje preços melhores no mercado interno do que no externo, dada a demanda e a quantidade ofertada. Contudo, se não houver planejamento e ocorrer um excesso de oferta no mercado interno, os preços cairão e isto poderá ser extremamente desvantajoso para o produtor. Além disto, no mercado interno também existem os atravessadores e estes, da mesma forma, buscam maximizar seus lucros (comprar o mais barato possível e vender o mais caro possível). Com relação à segunda a possibilidade, para um conjunto de produtores não é viável, dado que dependem dos adiantamentos em dinheiro para poder custear a atividade, por não estarem capitalizados e, consequentemente, sem acesso ao crédito bancário oficial. Além disto, não é tarefa simples exportar diretamente, existe a necessidade de buscar encontrar compradores, a burocracia do processo, etc. A terceira possibilidade é a garantia de um preço mínimo para a uva proporcionado por alguns compradores.

Por João Ricardo Ferreira de Lima
Doutor em Economia Aplicada – UFV. Pesquisador A da Embrapa Semiárido. Prof. Titular na FACAPE-Petrolina e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da UFT-Palmas/Tocantins.

Economia

Poder de mercado e diversificação para minimizar riscos no agronegócio

Este artigo tem o objetivo de debater sobre duas questões importantes para quem está inserido em alguma atividade do agronegócio: as relações entre produtor versus atacadista e o papel da diversificação para reduzir o risco total. Na teoria econômica existe um ramo dedicado exclusivamente ao estudo de estruturas de mercado oligopolizadas, denominado de economia industrial. O sentido de industrial não está relacionado ao setor “secundário” da economia e sim ao que se considera como indústria na microeconomia, um conjunto de firmas com correlação técnica-produtiva que fornecem para o mesmo mercado. Além do oligopólio, existem outras estruturas de mercado, como a concorrência perfeita e o monopólio. Na livre concorrência existe um grande número de compradores e vendedores de forma que nenhum possui condições de ditar os preços. Ao contrário, no monopólio (monopsônio) existe apenas 1 empresa vendedora (compradora) que define o preço do mercado. Assim, são dois extremos quando se estuda estruturas de mercado. O oligopólio (oligopsônio) é uma estrutura intermediária, possuindo poucas empresas vendedoras (compradoras), na qual os preços praticados são menores do que no caso do monopólio, mas maiores em comparação ao de livre concorrência.
Por poder de mercado se entende a “habilidade” das firmas para influenciar o preço do produto que vende ou compra. Existe uma grande quantidade de estudos empíricos que visaram analisar o poder de mercado em vários setores do agronegócio. No geral, os resultados indicam que poder de mercado dos produtores é muito baixo e os preços são influenciados pelos atacadistas. No Vale do São Francisco existe uma quantidade muito grande de pequenos produtores, que isoladamente não possuem condições de influenciar os preços. Do outro lado, se defrontam com um número reduzido de compradores que exercem seu poder de mercado para definir o preço de compra.
O exercício do poder de mercado gera diversas consequências, relacionadas com perda de bem estar, desde que este poder não seja socialmente aceitável. Um efeito do poder de mercado é a transferência de renda dos produtores vitícolas para os atacadistas/atravessadores. Ao se acumular durante anos, esta transferência de renda altera a distribuição da riqueza na região, levando a perda da capacidade financeira dos produtores e aumento da renda dos atacadistas. Isto explica em parte a maior capitalização dos atravessadores e a cada vez pior condição financeira dos produtores.
Ao se deparar com estas condições, uma possibilidade é buscar o apoio governamental para que desenvolva algum tipo de política que corrija as distorções do mercado. Em artigo anterior, intitulado “A necessidade de uma política de preços mínimos no agronegócio das uvas finas de mesa” foi demonstrado que no Governo Federal existe uma política de garantia de preços mínimos (para diversos produtos, mas não para uva de mesa), gerando uma alternativa de venda aos produtores, reduzindo a dependência dos atravessadores. A outra opção é se unir para fortalecer. Para isto, ao invés de cada um buscar agir individualmente no momento de venda de suas uvas, a melhor estratégia é reunir uma grande quantidade de forma que se tenha maior poder de barganha na negociação com o comprador. Isto não seria uma novidade para a região, que já possuiu uma organização de produtores-exportadores, a Brazilian Grapes Marketing Association (BGMA) e conta com profissionais capacitados e com experiência em exportação de frutas.
O segundo aspecto a que se refere este artigo é a diversificação produtiva para minimizar riscos. Segundo a Teoria do Portfólio, desenvolvida pelo economista Harry Markowitz e publicada em 1952, é possível obter retornos iguais, mas com riscos menores, diversificando os investimentos ao invés de concentrar em apenas uma atividade. Desta forma, os produtores precisam ter múltiplas fontes de renda, oriundas de mais de uma atividade. Para isto existem diversas possibilidades, algumas delas já executadas por alguns produtores: a) produzir variedades de uvas diferentes; b) vender no mercado externo para destinos diferentes; c) produzir para o mercado externo e também para o mercado interno, considerando que não necessariamente o mercado interno deve consumir o que não tem condições de ser exportado. No Brasil existem muitas famílias com renda suficiente para comprar uma uva de qualidade comprovada e que tem um preço mais elevado; d) diversificar as frutas produzidas, não se especializando como produtor de manga ou de uva apenas, por exemplo. O importante é ter receita na maior parte do ano; e) Diversificar com produção animal, a exemplo da frutiovinocultura, ou com alguma outra atividade, até mesmo não agrícola.

Por João Ricardo Ferreira de Lima
Doutor em Economia Aplicada – Universidade Federal de Viçosa. Pesquisador A da Embrapa Semiárido. Prof. Titular na FACAPE-Petrolina e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da UFT-Palmas/Tocantins.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Notícias

Última Atualização: 07/05/2012

Principais Bancos Centrais
Próxima Reunião
Última Alteração
Taxa Atual
Banco Central do Brasil 29/05/2012 18/04/2012 9,00%
Banco Central do Canadá 05/06/2012 08/09/2010 1,00%
Banco da Inglaterra (BoE) 10/05/2012 05/03/2009 0,50%
Banco do Japão (BoJ) 23/05/2012 19/12/2008 0,10%
Banco Ceuntral Eropeu (BCE) 06/06/2012 08/12/2011 1,00%
Federal Reserve (Estados Unidos) 20/06/2012 16/12/2008 0,25%
Banco Central da Suíça 14/06/2012 03/08/2011 0,00%
Banco Central da Austrália 05/06/2012 01/05/2012 3,75%
África
Países
Taxa Atual
Última Alteração
Taxa Anterior
Egito
9,25%
24/11/2011
8,25%
África do Sul
5,50%
10/09/2010
6,50%
Ásia
Países
Taxa Atual
Última Alteração
Taxa Anterior
Austrália 3,75% 01/05/2012 4,25%
China 6,56% 06/07/2011 6,31%
Hong Kong 0,50% 17/12/2008 1,50%
Índia 8,00% 17/04/2011 8,50%
Japão 0,10% 19/12/2008 0,30%
Coreia do Sul 3,25% 10/06/2011 3,00%
Nova Zelândia 2,50% 09/03/2011 3,00%
Taiwan 1,875% 01/07/2011 1,75%
Europa
Países
Taxa Atual
Última Alteração
Taxa Anterior
República Tcheca
0,75%
06/05/2010
1,00%
Dinamarca
1,25%
08/07/2011
1,00%
União Européia
1,00%
08/12/2011
1,25%
Hungria
7,00%
20/12/2011
6,50%
Islândia
5,00%
21/03/2012
4,75%
Noruega
1,50%
14/03/2012
1,75%
Polônia
4,50%
08/06/2011
4,25%
Suécia
1,50%
16/02/2012
1,75%
Suíça
0,00%
03/08/2011
0,25%
Reino Unido
0,50%
05/03/2009
1,00%
Eslováquia
1,75%
13/05/2009
2,25%
Oriente Mé
Países
Taxa Atual
Última Alteração
Taxa Anterior
Turquia
5,75%
05/08/2011
6,25%
Américas
Países
Taxa Atual
Última Alteração
Taxa Anterior
Canadá
1,00%
08/09/2010
0,75%
Estados Unidos
0,25%
16/12/2008
1,00%
Brasil
9,00%
18/04/2012
9,75%
Argentina 11,15%
N/A
10,50%
Chile 5,00%
14/02/2012
5,25%
México 4,50%
17/07/2009
4,75%

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Notícias

Classe C troca geladeira por TV a cabo e poupança

Após sucessivos estímulos do governo para baratear o preço de geladeiras, fogões, máquinas de lavar roupas --a chamada linha branca-- e aumentar o consumo, esses produtos vêm deixando a lista de prioridades da nova classe média, mais disposta a poupar ou gastar com TV a cabo, telefonia e educação.

A renovação da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) foi uma das primeiras medidas anunciadas para tentar impulsionar a indústria e melhorar o desempenho da economia, considerado fraco neste ano.

Como esse instrumento vem sendo usado pelo governo desde 2009, sua eficácia começa a ser questionada. Apesar de afirmarem que ainda há espaço para o consumo, especialistas creem que o ritmo de crescimento das vendas tende a ser menor, mesmo com incentivo fiscal.

Levantamentos do Data Popular, instituto com foco na nova classe média, público-alvo da medida, mostram que serviços --o que inclui o conserto de eletrodomésticos-- representam a maior parte dos gastos das famílias.

O item "serviços", que representava 49,5% dos gastos efetuados em 2002 por esse público, já responde por 65%, segundo a pesquisa do Data Popular, de setembro de 2011.

O trabalho, que indica também que as despesas com a compra de produtos caíram de 50,5% para 34,8% no período, é baseado em projeções feitas a partir do cruzamento de dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), ambas do IBGE.

Para especialistas, não há dúvidas de que a nova classe média continua consumindo, mas o perfil está gradualmente mudando, pois a prioridade mudou. "Quem comprou uma TV nova quer TV a cabo; a máquina precisa de manutenção", diz Renato Meirelles, dono do Data Popular.

Para o professor Luiz Alberto Machado, do Conselho Federal de Economia, o impacto inicial da redução do IPI foi absorvido e o nível elevado do emprego está garantindo renda para consumir.

"Ainda há espaço a ser explorado, mas o crescimento marginal desse consumo tende a ser cada vez menor."

Professor de economia da UnB (Universidade de Brasília), João Carlos de Oliveira diz que a redução do IPI não terá impacto "para a vida toda". Ele argumenta que o sucesso da medida também depende da oferta de crédito.

POUPANÇA

Recebendo R$ 800 mensais como diarista, Neide Batista de Moraes, 32, de Águas Lindas de Goiás, comprou um micro-ondas e uma TV nova recentemente. Ainda quer trocar a geladeira, "que está bem velha, soltando os pedaços". Mas, se recebesse dinheiro extra, diz que pouparia para comprar à vista.
"As lojas falam em redução de imposto, mas nem sempre vejo isso", diz. "Anunciam a geladeira como se estivesse com preço menor, mas acompanho e o preço não mudou. Com dinheiro na mão, tenho como negociar melhor."