sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

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Exportação do agronegócio é recorde em 2013 e eleva superávit do Brasil
 
A receita com as exportações do agronegócio brasileiro foi de US$ 101,5 bilhões em 2013, valor 4% superior ao do ano anterior, o que se configura novo recorde – em termos nominais –, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, divulgado em 06 de fevereiro.
 
Essa expansão ocorreu via volume (IVE-Agro/Cepea), que alcançou nova máxima histórica, com alta de 14,2%, já que os preços médios de exportação em dólar (IPE-Agro/Cepea) recuaram 7,5% no período. Como a Balança Comercial brasileira apresentou superávit de apenas US$ 2,5 bilhões no ano, o agronegócio contribui para amenizar o saldo comercial dos outros setores da economia, uma vez que gerou superávit da ordem de US$ 83 bilhões, constada o relatório.
 
Apesar de terem recuado em um ano, os preços médios de exportação em dólar (IPE-Agro/Cepea) mantiveram-se em patamares elevados, com a demanda seguindo tão firme a ponto de elevar o volume (IVE-Agro/Cepea) ao recorde. Nesse período, houve desvalorização do Real (Índice de Câmbio Efetivo do Agronegócio – IC-Agro/Cepea), de 1,2% em relação a 2012, mas essa queda não foi suficiente para compensar toda redução nos preços médios em dólares (IPE-Agro/Cepea). Assim, a atratividade das exportações (IAT-Agro/Cepea) – medida pelos preços externos convertidos em Reais – apresentou variação negativa no ano, de 7%.
 
Segundo pesquisadores do Cepea, nos últimos 14 anos (de 2000 a 2013), o agronegócio brasileiro tem contribuído fortemente para a geração de divisas para o País. No período, o volume exportado cresceu quase 230% e os preços externos, 101%. O saldo comercial (receitas das exportações menos gastos com importações) mais que quintuplicou, com crescimento de 468%.
 
No acumulado desses últimos 14 anos, foram gerados, líquidos, mais de US$ 500 bilhões, sendo quase US$ 83 bilhões só em 2013. Pesquisadores do Cepea indicam que esse resultado mostra a importância do agronegócio para a economia brasileira, já que, além de criar emprego e renda, o setor tem contribuído fortemente para a estabilidade macroeconômica do País por meio de seu faturamento, ajudando a amenizar o déficit comercial oriundo de outros setores produtivos.
 
A China se consolidou como a principal parceira comercial do agronegócio brasileiro em 2013, absorvendo 22,9% do total exportado pelo setor, em termos de faturamento. A Zona do Euro se configurou como segundo maior destino, com participação de 20,7% na receita gerada, percentual ligeiramente inferior ao do ano anterior, que foi de 21,6%. Os Estados Unidos se mantiveram em terceiro lugar, com 7,1% do total exportado pelo Brasil. Além destes, os outros importantes demandantes foram: Japão, Rússia, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Venezuela, Hong Kong e Irã.
 
Para 2014, segundo pesquisadores do Cepea, a produção agropecuária brasileira deve continuar crescendo, assim como a demanda da China e Índia, embora a taxas menores. A expectativa é que o Real continue se desvalorizando, devido à recuperação da economia norte-americana. Sendo assim, o cenário positivo para as exportações agrícolas brasileiras deve se manter neste ano.

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Demanda por cafés especiais do Brasil cresce 15% ao ano
 
Foto: Divulgação Embrapa
O consumo dos cafés especiais cresce de maneira expressiva no Brasil e no mundo comparativamente ao mercado dos cafés comuns. Dados recentes mostram que a demanda pelos grãos especiais cresce em torno de 15% ao ano, principalmente no exterior, em relação ao crescimento de cerca de 2% do café commodity. O segmento representa hoje cerca de 12% do mercado internacional da bebida.
 
O valor de venda atual para alguns cafés diferenciados tem um sobrepreço médio que varia entre 30% e 40% do café convencional. Em alguns casos, pode ultrapassar a barreira dos 100%. Devido à diversidade de regiões ocupadas pela cultura do café, o País produz tipos variados desse produto, fato que possibilita atender às diferentes demandas mundiais, referentes a paladar e preços.
 
O Brasil tem 12 principais regiões produtoras de café (identificados como Sul de Minas, Matas de Minas, Chapada de Minas, Cerrado de Minas, Mogiana-SP, Montanhas do Espírito Santo, Conilon Capixaba, Paraná, Planalto da Bahia, Cerrado da Bahia e Conilon de Rondônia), o que evidencia a variedade de aromas e sabores dos cafés do Brasil. Mesmo sendo os aspectos sensoriais os mais relevantes na caracterização de um café especial, os padrões de sustentabilidade ambiental, econômica e social da cafeicultura brasileira cada vez mais têm influenciado na caracterização do produto.
 
Para saber da expansão dos vários Cafés Especiais do Brasil no mercado interno e externo, e ainda sobre o que falta fazer para consolidar e conquistar novos mercados, a Embrapa Café (Brasília, DF), coordenadora do Consórcio Pesquisa Café, entrevistou Vanúsia Nogueira, diretora-executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais – BSCA.
 
Para ler a matéria na íntegra, acesse os sites da Embrapa Café e do Consórcio Pesquisa Café.

Carolina Costa (MTb 7433/DF) e Flávia Bessa (MTb 4469/DF)
Embrapa Café
Contatos: 61 9221-9484 / flavia.bessa@embrapa.br
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Mapa elabora política fitossanitária que inclui cultura do cacau
 
A elaboração da política fitossanitária para o cacau foi um dos temas apresentados aos integrantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Cacau, nesta quinta-feira, 13 de fevereiro, em Brasília. O diretor de Sanidade Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Luís Rangel, informou que a nova proposta pretende direcionar a ação governamental para sanidade vegetal, com vistas a contribuir para a formulação da política agrícola.
 
De acordo com o diretor da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Helinton Rocha, culturas permanentes como o cacau são muito vulneráveis às doenças e pragas, causando danos a médio e longo prazos, fora os investimentos realizados na plantação. “As lavouras encontram-se nos biomas Mata Atlântica e na Floresta Amazônica e esses biomas são desafios tecnológicos para o terceiro milênio no desenvolvimento de uma agricultura de alta sustentabilidade”, afirma.
 
Outro momento de discussão foi na apresentação das funções da Agência de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). O presidente da Câmara, Guilherme Moura, disse que foi organizado um grupo de trabalho que oferecerá ao Mapa e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário uma agenda de trabalho para a modernização da extensão rural exercida pela Ceplac há 56 anos, e aos parceiros das antigas Ematers e da Embrapa. Eles irão atuar nos sistemas agroflorestais que incluem as culturas consorciadas com o cacau (banana, seringueira etc) e com a nova conformidade que a política da Anater preconiza.
 
O primeiro encontro de 2014 estabeleceu ainda a agenda de trabalhos e discussões que a instância irá travar durante o ano.
 
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Projeto Reniva prevê mudanças radicais na cadeia produtiva da mandioca na Bahia
 
A cadeia produtiva da mandioca na Bahia envolve diretamente 100% dos agricultores familiares do Estado e é considerada pelos técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), responsável pela Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) pública, gratuita, como a mais importante cadeia, do ponto de vista socioeconômica da agricultura familiar.
 
A mandioca é uma cultura alimentar considerada a base da população mais carente do Estado. Apesar de ser considerado um produto de subsistência, a mandioca também é um produto de mercado, pois todo o excedente produzido pela agricultura familiar é comercializado na forma dos seus diversos derivados.
 
Na Bahia, levando em conta a importância socioeconômica, a cadeia da mandioca possui alguns gargalos na produção, tais como baixa adoção de tecnologia por parte dos agricultores de produtividade.
 
Por muitos anos, a Bahia foi o primeiro produtor nacional de mandioca e, hoje, detém o terceiro lugar, por conta de redução da área plantada e a produtividade ter se estabilizado em um patamar muito baixo, sendo superado por outros estados como Paraná e São Paulo. Em área plantada, a Bahia é o segundo Estado, ficando atrás apenas do Pará.
 
Esses e outros entraves, como a estiagem prolongada que atingiu o Estado desde 2011, que reduziu a zero a produção de diversas regiões produtoras, perdendo inclusive as sementes, levaram a EBDA, a Embrapa, e outros parceiros, a desenvolverem um projeto que visa a multiplicação e transferência de materiais propagativos de mandioca, com qualidade genética e fitossanitária para o estado da Bahia, o Projeto Reniva.
 
Criado em 2011, este projeto prevê inclusive uma mudança nos paradigmas culturais, um dos maiores entraves para a adoção, pelos agricultores familiares do Estado, de técnicas e tecnologias recomendadas. “A resistência à introdução de novas variedades mais resistentes e produtivas, às técnicas de plantio e tratos culturais, como espaçamento, limpeza da área e adubação, são fatores que deverão ser reavaliados em consonância com os agricultores”, disse o engenheiro agrônomo da EBDA e um dos coordenadores do projeto, Nereu Pereira do Monte.
 
Segundo o agrônomo, o projeto se propõe na etapa inicial, a levantar, em todo o Estado, sementes de material genético de qualidade, e a pesquisa destes materiais, com avaliação tanto do ponto de vista qualitativo quanto quantitativo. “É importante conhecermos questões como produtividade, resistência a pragas e doenças, tempo de maturação, dentre outros aspectos que determinam um bom produto, considerando ainda a região para onde cada variedade deve ser plantada”, explicou Do Monte.
 
Com a identificação de variedades apropriadas, o programa vai tratar da implantação de unidades didáticas em áreas dos agricultores familiares, onde eles poderão acompanhar o desempenho do material indicado pela pesquisa e, dessa forma, possam livremente melhorar a sua produção. “Essa é uma forma garantida de demonstrarmos a necessidade que o agricultor possui de mudar a forma de cultivar a mandioca, pois estará acompanhando o plantio em sua região, e observando os resultados obtidos com o uso de tecnologia”, disse o agrônomo.
 
Outra vantagem para o agricultor familiar que aderir ao Reniva, é que outras questões estarão sendo implementadas paralelamente, como a comercialização e o aproveitamento integral da cultura. “A mandioca deixa de ser um produto apenas alimentar e passa a ser industrial, com o aproveitamento total da planta, desde as folhas e o caule, como também de sua raiz”, garante o técnico.
 
Albérico Paixão, também um dos colaboradores do Projeto e do Comitê Técnico, comenta a importância da recente participação de outros programas de comercialização, no Projeto. “Além do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), que já adquire os produtos da agricultura familiar, está sendo vinculado o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), que garantirá, por sua vez, a compra e doação simultânea das manivas-sementes produzidas pelos agricultores familiares”, complementou Paixão.
 
 
 Fonte: 
Assimp/EBDA, 14/02/2014
(71) 3116-1907
ebda.imprensa@ebda.ba.gov.br                                      
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