sábado, 24 de dezembro de 2011

Notícias

Cenário de preços reduzidos e crescimento para 2012

Carta de Conjuntura apresenta e analisa dados do terceiro trimestre de 2011 e faz projeções para o próximo ano

A inflação está controlada no Brasil, uma boa notícia, apesar de seus vilões frequentes: os preços de serviços (como água, luz, gás) e transportes, por conta da contaminação do aumento do preço dos combustíveis, ocorrido em trimestres anteriores. “É apenas um reflexo da política monetária corretamente adotada anteriormente”, afirmou Roberto Messenberg, coordenador do Grupo de Análises e Previsões do Ipea, durante a apresentação da 15ª Carta de Conjuntura, na última quinta-feira, 15, no Rio de Janeiro. A outra boa notícia presente no documento é a desaceleração do repasse da alta dos preços no atacado aos preços ao consumidor. Tudo indica que nos próximos meses ocorrerá uma desinflação, por conta das políticas adotadas pelo Banco Central na atual gestão.

Apesar dos dados divulgados recentemente pelo IBGE – Produto Interno Bruto (PIB) com crescimento nulo entre o segundo e o terceiro trimestres de 2011 –, o Brasil apresentou crescimento positivo e dentro do esperado ao longo do ano. “Mesmo que este último trimestre apresente crescimento zero, na média anual o crescimento seria da ordem de 2,8% a 3,0%, mas esperamos chegar aos 3,3%”, disse o economista Leonardo Carvalho, membro do GAP e um dos colaboradores da Carta de Conjuntura.

O resultado do PIB no terceiro trimestre, o pior desde o primeiro trimestre de 2009, significou uma forte desaceleração em relação ao período imediatamente anterior, quando o mesmo havia crescido 0,7%. As medidas macroprudenciais adotadas em dezembro de 2010 tinham como principal objetivo conter o ritmo de crescimento da economia, diagnosticado como excessivo, diante da deterioração da inflação e do cenário favorável no mercado de trabalho – com a manutenção do rendimento médio real em patamares elevados e dos baixos níveis de desocupação registrados.


Entre o terceiro e o segundo trimestres de 2011, a contenção do ritmo de crescimento da atividade econômica atingiu, principalmente, a indústria (-0,9%) e, secundariamente, o setor de serviços (-0,3). A agricultura, por sua vez, foi o único setor a registrar crescimento positivo (+3,2%), em função do aumento do acesso ao crédito no terceiro trimestre.

Desalinhamento
Segundo Messenberg, a crítica à atual política econômica se deve à histórica falta de alinhamento entre as políticas fiscal e monetária. Numa perspectiva histórica, declarou o coordenador, “o Plano Real foi uma boa tacada, mas deixou sequelas que sofremos até hoje”. Messenberg fez uma comparação da política econômica do governo Fernando Henrique Cardoso com a trajetória do personagem de Paul Newman no filme The Hustler (Desafios à Corrupção), do cineasta norte-americano Robert Rossen. “Tínhamos, então, uma política econômica sem personalidade. O personagem do filme, como a política econômica daqueles anos, torna-se um grande jogador internacional, mas sem crescimento – no caso do Brasil, econômico, e no caso do personagem, emocional.”

O desenvolvimento econômico no Brasil só ocorreu de fato, segundo Messenberg, após as políticas adotadas durante o governo Lula, e que se estendem até hoje, com o governo atual, principalmente com gestão do Banco Central. Nesse sentido, acrescentou, “a política econômica não deve olhar só para as metas de inflação, mas fazer como se faz hoje, analisar as trajetórias dos preços dos ativos, da inflação, do emprego, dos níveis do crédito e de atividade, entre outras variáveis.” De acordo com o coordenador, “ainda levará tempo para que a política fiscal ajuste-se à condução da monetária, mas estamos no caminho correto e não há nada nele que possa assustar os trabalhadores ou os consumidores”.

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Parceria do Brasil com a África é foco de estudo
Relatório foi lançado nesta terça-feira, em Brasília, por especialistas do Ipea, MRE, Banco Mundial e UnB

Para analisar a crescente participação política e econômica do Brasil em vários países africanos, principalmente os subsaarianos, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) desenvolveu, em Parceria com o Banco Mundial (BM), o relatório Ponte sobre o Atlântico – Brasil e África Subsaariana: parceria Sul-Sul para o crescimento, lançado nesta terça-feira, 13, na sede do Instituto, em Brasília. O documento representa, de acordo com o diretor de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais (Dinte), Marcos Cintra, o esforço pra se tentar entender as inúmeras relações entre Brasil e África (cooperação, política externa, investimento e comércio).

O ministro Marco Farani, diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores (MRE), afirmou que o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, estabeleceu acordo de cooperação financeira com países daquele continente, para que eles possam solicitar empréstimos, com juros de aproximadamente 2% ao ano, para a compra de mini tratores voltados à agricultura familiar. “A cooperação brasileira se dá no campo da capacitação técnica. O Brasil quer ter papel importante também no campo da cooperação financeira”, apontou.

Desafios

Farani considerou que a relação com a África transcende a cooperação técnica e que a priorização da região sul do continente vem ocasionando a abertura de novas oportunidades comerciais e investimentos. “Lula, durante o período de sua presidência, viu que o Sul será importante para desenvolver relação política e discurso mais uniforme, e o Brasil tem um papel importante na construção de uma agenda internacional nessa perspectiva”, disse.

A ABC tem procurado qualificar a sua cooperação nessas duas áreas (técnica e financeira). “Isso não se dá por escolha, mas porque o Brasil não tem ainda uma agência estruturada, assim o trabalho fica ao sabor do movimento política; o segundo ponto é pelo nosso orçamento, muito pequeno, e não podemos nos lançar em projetos que financiem projetos de maior assistência, mais estruturantes.

Ele garante que se esses atuais obstáculos forem resolvidos isso, o Brasil poderá trabalhar de forma mais efetiva. “O que fazemos hoje é muito bom, mas os resultados são de longo prazo. Poderíamos fazer muito mais se o Brasil tivesse uma visão mais clara de como trabalhar no campo da cooperação internacional”, alertou.

Outro ponto importante elencado pelo ministro é que se o Brasil mostrar ainda mais engajado nos processos de cooperação internacional, países desenvolvidos que dispõem de recursos podem se interessar e colaborar. “Gostaria que o BM fizesse novo relatório em cerca de três anos, para analisar se as coisas avançaram, pois o estudo vai nos ajudar a ter clareza sobre o futuro”, afirmou. Em 2010, concluiu ele, o Brasil gastou 0,04% do PIB em cooperação internacional e precisa fazer crescer essa parcela de contribuição com a comunidade internacional.

Elos

Tânia Malinski, do Departamento da África do MRE, ressaltou que o continente é uma área geográfica de permanente interesse para o país. “O período colonial nos uniu de forma trágica e isso ainda nos une, portanto, temos o desafio de superar as marcas da escravidão, que ainda se fazem sentir”, iniciou. Ela lembrou que a migração maciça involuntária de africanos nos faz o segundo maior país em descendência africana.

O que une essas duas margens do Atlântico Sul na política internacional, de acordo com Tânia, são fatos emblemáticos, como o apoio do Brasil aos processos de emancipação política dos países africanos; o esforço conjunto na superação do subdesenvolvimento; o Brasil ter condenado o regime de apartheid na África do Sul; e por fim, o movimento importante das décadas de 1960 e 70 para se tentar conferir mais dinamismo na relação Brasil-África.

Os interesses mútuos dessa parceria são a agricultura tropical e familiar, agroexportação, reaparelhamento de hospitais, combate à malária, à AIDS e à anemia falciforme, diversificação do comércio, interconectividade por rotas marítimas e aéreas.

Já o grande interesse convergente destacado por Tânia é o trabalho político para tornar os países do Hemisfério Sul mais presentes e estruturados na política internacional, “na advocacia por uma nova ordem mundial”.

Quem também participou da cerimônia de lançamento do relatório foram: o coordenador geral de Operação do Banco Mundial, Boris Utria; Keith Martin, Susana Carrillo e Eduarda Hamann, integrantes do BM envolvidos na elaboração do documento; a técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Fernanda Lira Goes e o professor da Universidade de Brasília, José Flávio Sombra Saraiva, ambos também participantes da equipe.

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Estudo confirma que desenvolvimento baiano avança nos Objetivos do Milênio

Fonte: SECOM / BA

O primeiro Relatório de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) na Bahia, trabalho que apresenta o desempenho do estado em relação aos oito objetivos do milênio estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2015, foi lançado no Hotel Golden Tulip, em Salvador, nesta segunda-feira (19), pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan). O relatório está disponível para download na internet.

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A SEI levantou 70 indicadores para acompanhar o desempenho do estado quanto ao cumprimento dos oito objetivos e 18 metas dos ODM. O estudo aponta que a Bahia avança no cumprimento do compromisso. Dois exemplos são a redução da pobreza, objetivo número um, cujo indicador até 2008 já havia caído para menos de um quarto do observado em 1990, e a redução da mortalidade infantil para crianças até cinco anos, indicador traçado pela ONU que na Bahia, em 1990, estava em 60 por mil e agora é de 21 a cada mil crianças.

O trabalho é coordenado nacionalmente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que, além da Bahia, conta com a parceria de mais dez estados. O documento realizado pela SEI foi apresentado para gestores governamentais e sociedade civil em forma de relatório, dividido em oito capítulos correspondentes ao monitoramento das metas de cada um dos oito objetivos.

Segundo o secretário nacional de Estudos e Políticas Institucionais da Secretaria Geral da Presidência da República, Wagner Caetano, a Bahia, como o Brasil, melhorou muito os seus indicadores nos últimos anos, por meio de políticas públicas de educação, saúde, nas questões ambientais e no combate à fome. “Mas a Bahia evoluiu mais rápido. Enquanto o Brasil melhorou bastante seus indicadores, o Nordeste, especialmente a Bahia, alcançou indicadores chineses, entre os melhores do mundo”.

Para Caetano, esse avanço é muito importante, porque a desigualdade no país é muito grande. “Então é preciso que os estados do Nordeste e do Norte cresçam mais do que os outros, porque sempre cresceram menos. E isso é o que vai tornando o Brasil mais igual. Nesse sentido, a Bahia é um exemplo para o restante do país”.

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Caetano explicou que o sucesso da Bahia é o resultado, primeiro, de um compromisso com as políticas sociais, demonstrado nos últimos anos. “Segundo, é saber fazer o diagnóstico correto – quais são verdadeiramente os nossos problemas e quais são as políticas para corrigi-los. Esse diagnóstico e a decisão política de se combater as desigualdades e a pobreza são essenciais, porque é à luz desses compromissos que a gente trabalha no dia-a-dia”.

Ainda de acordo com o secretário, o Brasil já produziu quatro relatórios nos últimos quatro anos. “Quando a Bahia produz o seu primeiro relatório mostra que o país está no caminho certo. É importante que cada um dos 27 estados tenha o seu relatório, vamos poder identificar os reais problemas de cada um e trabalhar as políticas públicas para essas especificidades de cada região. A iniciativa é extraordinária para se reduzir a miséria e as desigualdades”.

Inclusão social é marcante na Bahia
Para o secretário estadual do Planejamento, Zezéu Ribeiro, os principais desafios vividos hoje pela Bahia estão nas áreas históricas – saúde, educação, segurança –, onde as necessidades públicas são mais efetivas. “O processo que o Brasil todo vivenciou e que a Bahia tem um traço marcante é o da inclusão. Temos o programa Viver Melhor, de inclusão produtiva, que promove a desconcentração de renda para que seja possível criar um mercado interno e um círculo virtuoso de desenvolvimento efetivo com sustentabilidade”.
O superintendente da SEI, Geraldo Reis, disse que, de uma forma geral, as políticas de transferência de renda e as ações de caráter social que atingem o interior do estado, como o programa Água para Todos, outros trabalhos de inclusão produtiva e as ações nas áreas de saúde e educação, contribuem para que o estado se aproxime das metas do milênio.

O coordenador de Pesquisas Sociais da SEI, Armando Castro, responsável pelo projeto no estado, ressaltou que o relatório traz um panorama de como está a Bahia, por meio de gráficos, tabelas, com todos os indicadores pensados pela ONU e outros indicadores adicionais. “O relatório vai ajudar não só na avaliação, mas vai apontar as áreas mais carentes, onde há entraves sociais consideráveis, que é onde devem ser aplicadas com mais cuidado as políticas públicas”.

O secretário da Educação, Osvaldo Barreto, informou que a meta de universalização da educação básica na Bahia está praticamente atingida. “O governo aceitou o desafio e está desenvolvendo projetos importantes nessa área. O ensino médio com intermediação tecnológica, dirigido à população do campo, por exemplo, hoje se encontra com 16 mil alunos. Outros 3,65 mil jovens concluíram o ensino este ano, através desse projeto, além dos programas de colaboração com os municípios”.

De acordo com Barreto, o Pacto com os Municípios envolve 329 cidades e pretende assegurar que toda a criança que entre nas redes de educação, tanto dos municípios como do estado, esteja plenamente alfabetizada e letrada até os oito anos. “Já estamos atingindo a meta quantitativa. O grande desafio agora é buscar a qualidade, evitar a repetência, a reprovação, corrigir as distorções idade/série e possibilitar que nossas crianças tenham um percurso normal nas nossas redes de educação”.

Na opinião do secretário de Promoção da Igualdade Racial, Elias Sampaio, todos os objetivos do milênio têm espaço para que a questão da igualdade racial seja incluída. “A discussão sobre as desigualdades de raça deve ser tratada de forma transversal. Se você verificar no relatório, as três primeiras metas já incorporam a questão racial como um dos elementos que estão sendo observados e intrínsecos às ações para que se possa alcançar os objetivos do milênio”.

Os objetivos do milênio são: acabar com a fome e a miséria, educação básica de qualidade para todos, igualdade entre os sexos e valorização da mulher, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde das gestantes, combater a Aids, a malária e outras doenças, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente e todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento.

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SIPS revela percepção do brasileiro sobre a pobreza
Para brasileiros, desemprego e falta de acesso à educação são principais causas da pobreza.


Para a maior parte da população brasileira, desemprego e falta de acesso à educação são as principais causas da pobreza. Essa constatação está no Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS): Assistência Social - percepção sobre a pobreza: causas e soluções, divulgado nesta quarta-feira, 21, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O SIPS ouviu 3.796 pessoas em todo o país, entre os dias 08 e 29 de agosto deste ano, sobre causas da pobreza e possíveis soluções. As opiniões colhidas mostraram ainda se os brasileiros percebem ou não uma redução nos níveis de pobreza nos últimos anos e como eles classificam a importância deste problema em relação a outros como violência, desemprego, educação, saúde, etc.

O desemprego foi apontado por 29,4% dos entrevistados como o fator que mais influencia os níveis de pobreza, seguido pelo item educação sem qualidade/acesso ao ensino, com 18,4%. Outras causas muito citadas foram corrupção (16,8%) e má distribuição de renda (12%).

“As razões apontadas pela população indicam que existe a percepção de que o problema da pobreza é estrutural e não uma questão individual, apenas 2,8% dos entrevistados mostraram acreditar que as pessoas são pobres por preguiça ou comodismo”, analisou Jorge Abrahão de Castro, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea.

Violência e saúde

O SIPS revelou ainda que fome e pobreza não são consideradas os principais problemas do país. Os entrevistados pela pesquisa indicaram violência/insegurança e saúde como preocupações que mais os afligem (23% e 22,3%, respectivamente). Apenas 6% apontaram pobreza/fome.

Essa percepção, no entanto, variou de acordo com a renda. Entre os mais pobres, saúde e violência continuaram com os mais importantes, e a pobreza teve 7,5% das indicações. Nas faixas mais ricas, a corrupção foi mais citada, e a pobreza teve referências residuais.

O diretor do Ipea acredita que a redução dos níveis de pobreza nos últimos anos contribui para a menor percepção dela como problema nacional. “Essa questão perdeu importância relativa em função do aumento do poder aquisitivo do assalariado e dos programas sociais, tivemos um crescimento recente que gerou muitos empregos e reduziu a desigualdade”.

De acordo com a pesquisa, 41,4% dos brasileiros acreditam que a pobreza teve uma redução nos últimos anos, enquanto 29,7% creem que houve aumento. Para os entrevistados, pode ser considerada pobre uma família com renda familiar per capita inferior a R$ 523,00, valor próximo ao salário mínimo atual (R$545,00).

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Economia Solidária

Campanha: Somos contra Cisternas de Plástico!


Por José Carlos Zanetti*

Senhores eleitos pelo povo e pelo povo observador,

Olhem só na lista abaixo o tamanho do absurdo conflito provocado pelo gestor governamental de plantão, ao desprezar a pedagogia de um dos mais exitosos programas públicos tocados pela formidável rede social - uma verdadeira teia de pequenas e grandes articulações coordenadas pela ASA. Um programa que, inclusive, recebeu de Lula - centenas de milhares de cisternas depois - o Prêmio Direitos Humanos. Agora desprezado em nome de "metas" e ainda reverberando o charmoso termo "segurança hídrica", injustamente menosprezando quem mostrou o caminho. Cabeça arrogante de quem prefere apoiar-se no milagre corporativo de empresas de ocasião.

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Será que neste caso valerá a experiência mínima de 3 anos no "negócio" das cisternas? Não se trata, no âmbito da ASA, de grupos institucionalizados tratando de proteger "reserva de mercado", mas de quem inventou, construiu e protagonizou socialmente uma estratégia local de convivência com o semiárido, e hoje em pleno estado de mobilização social. Por traz de cada associação ou cooperativa, sindicato ou federação, grupos de famílias ou de cada liderança comunitária, existe em comum um projeto de sociedade, de um novo "bem viver", de eleitores-cidadãos que pela tradição na educação popular ou internetemente ao conquistarem sua inclusão digital, darão seu troco no processo da luta política.

A miopia é tanta, que o esperto estrategista desta alternativa de cisternas plásticas (que poderia ser testada concomitantemente ao comprovado e mais barato sistema de placas, e até mesmo experimentando a inovação tecnológica em pilotos com empresas do ramo, sem tirar o protagonismo e a comprovada competência da ASA), não se dá conta do quanto está perdendo politicamente ao se desgastar com atores politicamente maduros, calejados por anos de tinhosa luta sertaneja em defesa de um Nordeste que já está dando certo - porque mais justo, democrático e sustentável.

Que o momento natalino ilumine no govenante o exercício da humildade, que antes de empinar o nariz, de se portar como juiz, aceite-se aprendiz.

A campanha lançada nacionalmente em novembro pela Articulação do Semiárido (Asa Brasil) tem o objetivo de alertar a sociedade brasileira sobre o impacto e efeitos negativos da disseminação de cisternas produzidas com plástico/PVC para o fortalecimento da estratégia de convivência com o Semiárido, no qual as organizações que fazem a articulação têm investido seus esforços nos últimos anos.

A Cáritas Brasileira é uma das instituições que atuam junto a Asa Brasil.

Economia Solidária

São José dos Pinhais comemora Dia Nacional da Economia Solidária

No último dia 15 de dezembro houve a comemoração do dia Nacional de Economia Solidária. São José dos Pinhais juntamente com Curitiba e demais municípios da Região Metropolitana. A data foi comemorada com um evento na Praça 29 de Março em Curitiba.

A primeira mostra de Economia Solidária na capital contou com a presença do secretário nacional de Economia Solidária, Paul Singer. A lógica do trabalho em Economia Solidária é que não há patrão e nem empregado. Que todos são iguais e desenvolvem uma atividade produtiva que gera renda de uma forma que coloca o ser humano como núcleo, valorizando seu esforço.

http://www.fbes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6662&Itemid=62

Economia Solidária

Banco Pire amplia atuação

A Associação “Mulheres em Movimento” vem desenvolvendo seu trabalho em Dourados, desde o ano de 2004, promovendo o desenvolvimento local através do incentivo a geração de trabalho e renda, sempre com base nos princípios da Economia Solidária. Pois se acredita que outra sociedade e outra economia é possível ser viabilizada através de práticas que valoriza o(a) trabalhador(a) e cuida do meio ambiente.

Em 2006, “Mulheres em Movimento” assume junto a Rede Brasileira de Bancos Comunitários, a gestão do BANCO PIRE, criado para fortalecer a Rede de Economia Solidária, através do acesso ao crédito solidário e outros serviços, aos empreendimentos econômicos solidários de Dourados.

O BANCO PIRE é um Banco Comunitário de Desenvolvimento, voltado para a geração de trabalho e renda na perspectiva de reorganização das economias locais. Seu objetivo é promover o desenvolvimento de territórios de baixa renda, através do fomento à criação de redes locais de produção e consumo.

Desde o mês de setembro, algumas comunidades da Região do Jokey Clube vêm se encontrando para discutir a possibilidade da implantação do Banco Comunitário na localidade. Encontros, reuniões e assembléias fizeram parte desta caminhada junto à comunidade que decidiu assumir a gestão do Banco Pire. No último dia 19 de dezembro foi inaugurado o Ponto de Finanças Solidárias do BANCO PIRE.

Economia Solidária

Feira Regional de Agricultura Familiar em Lagoa do João Ferreira


Aconteceu nos dias 17 e 18 do corrente mês a primeira Feira Regional de Agricultura Familiar e comemorações do 153° aniversário da comunidade de Lagoa do João Ferreira. A feira foi uma realização da Associação Agropastoril e Comunitária e do IRPAA com apoio de diversas entidades e empresas particulares.

No dia 17 pela manhã foram recebidos os produtores e produtoras de várias comunidades de Uauá e Monte Santo. Foram comercializados vários produtos da rede familiar a exemplo das Cerâmicas da senhora Galdina Maria de Santana Moradora de Muquém – Monte Santo – BA que produz suas peças totalmente manual e que se deslocou dezenas de quilômetros para a exposição; Os sequilhos do grupo de produção da comunidade de Lagoa do João Ferreira um dos resultados das oficinas ministradas pelo IRPAA na região; Além de comidas e bebidas típicas da região, artesanatos de palha e pano, doces e geléias da COOPERCUC entre outros.

A EBDA também foi uma das expositoras ao lado do stand do Banco Bradesco. Nas baias várias raças e tamanhos de animais. Desde Anglo Nubiana, Boer, Santa Inês entre outras. Visitas ilustres do Quênia, e da Tanzânia chamaram a atenção dos produtores. O senhor Heradiuns Mbeyela da Tanzânia falou da imagem negativa que a mídia passa da África. Disse ainda que o Brasil parece e muito com a África, e que o povo ainda mais com sua simpatia. Ele estuda teologia em São Paulo faz um ano.

Foi a primeira vez que esteve no Sertão e gostou muito dos sertanejos. Também foram visitar a comunidade BGG da Mata Virgem para gravação do seu Programa de Rádio “O berro do Bode”; Lindomar Abreu Dantas, Moisane França, Nildinha, Milton Rodrigues, Seu Isaias e dona Edite, Jair Moura, Haildes de sinhá e seu esposo Edson Bahia, Miroval Marques, David da Mota, entre outras figuras culturais do município. Outras visitas de políticos e autoridades de Monte Santo, Canudos e Euclides da cunha abrilhantaram a noite de festa dançante. Durante a noite foi apresentado aos visitantes e comunidade o Documentário “Histórias e desenvolvimento da Lagoa do João Ferreira”. Foi uma atração particular para aquele povo que se via no grande telão falando deles mesmos. Muitos se emocionaram. Logo depois aconteceu show musical com grupos da região. No dia 18 a feira se estendeu até as 13:00 horas da tarde e foi encerrada com a promessa de ano que vem ser novamente realizada.

Segundo Willian de Souza Silva um dos organizadores e vice presidente da Associação Agropastoril e Comunitária a feira buscou viabilizar a comercialização de animais e de produtos oriundos da agricultura familiar, possibilitando a troca de experiências sobre as tecnologias de sequeiro, praticadas na região, e a cadeia produtiva da caprinovinocultura que é característica do Semiárido e atividade pecuária dominante na região.

Reginaldo Souza Alves presidente da Associação Agropastoril e Comunitária da lagoa do João Ferreira avaliou o evento como positivo, falou das dificuldades em conseguirem apoio principalmente o financeiro. Disse que era esperado maior publico, mas que isso não aconteceu pelo fato de a data ter sido numa época de estiagem. Falou ainda da importância do evento para a promoção da comunidade no município e da boa imagem de comunidade pacifica que se mostrou principalmente na festa dançante.

Notícias

Agricultores defendem em Petrolina continuidade da construção de cisternas



 
 

Milhares de agricultores e integrantes das organizações – a organização fala em mais de 5 mil - participaram na manhã desta terça-feira (20) de um ato público pela continuidade das ações da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), entre eles o Programa Um Milhão de Cisternas. A mobilização teve início na orla de Juazeiro onde agricultores de dez estados que chegaram em comitivas foram reunidos e seguiram em marcha pela Ponte Presidente Dutra. A caminhada dos agricultores interrompeu por cerca de uma hora o trânsito na ponte que liga Juazeiro a Petrolina.

Em Petrolina, a concentração aconteceu na Praça Dom Malan onde foram montadas tendas para abrigar os agricultores e um palco onde foram feitos pronunciamentos por representantes dos agricultores. A mobilização foi motivada por declarações do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) que indicam o fim da parceria do governo federal com a ASA, como a suspensão do repasse de R$ 120 milhões que iria beneficiar 165 mil pessoas. O compromisso no repasse dos recursos foi firmado, pelo MDS, através do Diário Oficial da União do dia 17 de agosto deste ano. Este recurso, segundo a ministra do MDS Tereza Campelo, foi empenhado para governos estaduais executarem as metas do Programa Água para Todos.

“O governo federal diz que agora vai mudar a estratégia e construir cisternas via governo do estado, via município, nós não somos contra, não disputamos com o Estado, o problema histórico do Semiárido é a falta do Estado, da politica publica, então ampliar uma politica é importante, mas estranho romper com a ASA que criou esse programa e tem uma atuação significativa e premiada mundialmente”, analisa o coordenador nacional do programa Uma Terra e duas Águas, Antônio Barbosa.

Notícias

Exportação de mel atinge US$ 65,23 milhões em 2011
 
Exportação de mel atinge US$ 65,23 milhões em 2011
 
De janeiro a novembro, o país enviou ao exterior 20,6 mil toneladas de mel, com receita de US$ 65,2 milhões. Os números demonstram aumento de 24,1% em valor e 17,8% em peso, em relação ao mesmo período de 2010, segundo levantamento do Sebrae. O preço médio pago pelo produto exportado foi de US$ 3,16/kg, crescimento de 0,6% na comparação com o ano passado.

São Paulo lidera a lista dos estados brasileiros exportadores, com 5,3 toneladas, ao preço de US$ 3,19 o quilo e valor total de US$ 16,9 milhões. Em segundo lugar vem o Rio Grande do Sul, com 3,9 toneladas, US$ 3,08 o quilo e US$ 12,1 milhões. Em terceiro, aparece o Ceará, com 3,6 toneladas, US$ 3,14 o quilo e US$ 11,5 milhões. O Piauí está em quarto lugar, com 3,3 toneladas e US$ 10,9 milhões. Este estado foi o que conseguiu vender o mel por melhor preço, US$ 3,23 por quilo.

O resultado reflete a realidade da Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (Coomapi), no Piauí. A produção de mel saltou de 176 toneladas, em 2010, para 400 toneladas, em 2011. Para o gerente administrativo da Coomapi, Paulo José da Silva, o crescimento decorre de mudanças internas como aumento da florada, melhoria técnica por parte dos produtores brasileiros e crescimento do consumo do alimento pelos brasileiros.

Paulo também aponta aspectos externos. “Recentemente, a União Europeia, por meio de uma norma, proibiu a entrada, nos países membros, de produtos geneticamente modificados, a exemplo do milho e da soja”. A medida, segundo ele, possibilitou maior abertura de mercado a produtos que não enfrentam esse tipo de problema, como o Nordeste brasileiro. “Nosso mel é de produção orgânica e silvestre”, destaca.

Na avaliação do gerente de Agronegócios do Sebrae, Enio Queijada, o mercado externo é importante para o apicultor  brasileiro, e, em 2012, permanece o desafio de vender mel com valor agregado e diferenciado, mesmo com a existência de barreiras técnicas internacionais. Sobre a questão de inovar o produto, ele destaca que a instituição conta hoje com um portfólio de  serviços como o Sebraetec, programa de capacitação e consultoria tecnológica, e o Programa de Alimento Seguro (PAS) Mel.

Destino

Os Estados Unidos foram o principal destino das nossas exportações de mel, com receita de US$ 42.831.845, respondendo por mais da metade do total. A Alemanha ficou em segundo, com US$ 12.210.794. O Reino Unido absorveu US$ 4.826.151 dessas vendas. Outros países importadores de mel do Brasil foram Canadá, Israel, França, Cabo Verde, Peru, China, Argentina, Japão e Emirados Árabes.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias em 22/12/2011

Cooperativismo

COOPEBRAS Sesau prorroga contrato e anuncia seletivo
COOPEBRAS Sesau prorroga contrato e anuncia seletivo

Embora o Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério Público de Roraima (MP/RR) tenham se manifestado conta a contratação de médicos intermediada, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) realizou ontem o pregão presencial para contratação de pessoa jurídica para prestação de serviços de mão de obra médica e outros profissionais de nível superior. Mesmo com o processo, o governo informou que não vai contratar a empresa ganhadora, e sim prorrogar o contrato atual até a realização de um processo seletivo.

Apenas a Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde (Coopebras) compareceu e foi a vencedora do certame, porém, no registro de preço não há obrigatoriedade de contratação dos serviços pelo Governo do Estado.

Logo após o pregão, Ministério Público do Estado, Procuradoria Geral (Proge), secretarias de Estado da Saúde (Sesua) e de Administração (Segad) assinaram um aditivo ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) prorrogando por mais 90 dias o contrato atual com a Coopebras, que termina dia 31 de dezembro. Nesse período, a Sesau se comprometeu em organizar processo seletivo para contratar 250 dos 410 médicos do seu quadro.

A alegação do MPT e MPRR, ao rechaçarem o pregão, é que a contratação estaria burlando Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Governo do Estado de Roraima e MPRR, em junho deste ano, em que o Estado se comprometeu em não contratar servidores sem concurso público para suprir as suas necessidades permanentes. Ainda segundo o TAC, a Sesau tem até agosto para realizar concurso público.

Além do posicionamento do Ministério Público, o Conselho Regional de Medicina (CRM) também condena o pregão, que é acusado de ter sido direcionado para que apenas a Coopebras pudesse participar. Segundo o presidente do CRM, Wirlande da Luz, o edital foi formulado em desacordo com o que vinha sendo discutido com a Sesau, de que seria destinado à contratação de cooperativa de serviços médicos somente e não de outros profissionais da área de saúde. "O governo não cumpriu com o que ficou definido nas discussões", disse.

Os anestesistas foram os únicos que conseguiram formar uma cooperativa para concorrer à licitação, a Coopan. Como a impugnação ao edital não foi aceita, a categoria requereu as mudanças na Justiça. A cooperativa requereu na Justiça mudança nos pontos relativos à forma de contratação que, segundo a categoria, teria que ser feita em lotes separados, dando a oportunidade para que as cooperativas de profissionais de áreas e especializações específicas participassem.

O advogado da Coopan, Allan Kardec, explicou que também foi questionado o valor da carga horária (R$4.380,00 por 40 horas semanais) que estaria abaixo da média nacional. "Se a Coopebras for contratada, nós entraremos na Justiça novamente para reverter a contratação", disse.

CASO - O Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), por meio da Promotoria do Patrimônio Público, e o Ministério Público do Trabalho encaminharam, no dia 14 passado, Recomendação Notificatória ao secretário estadual de Saúde, Leocádio Vasconcelos, para que se abstivesse de contratar profissionais da área da saúde, por intermédio de interposta pessoa, física ou jurídica, burlando o TAC firmado entre o Governo do Estado de Roraima e MPRR, em junho deste ano, e decisão liminar deferida no dia 12 pela 3ª Vara do Trabalho de Boa Vista.

De acordo a Recomendação, o edital de pregão presencial nº 057/2011, da Sesau, que tem por objeto a contratação de pessoa jurídica para prestação de serviços de forma contínua, de médicos e outros profissionais de nível superior e médio da área da saúde, descumpre o TAC em que o Estado firmou o compromisso de não contratar servidores sem concurso público e também a  decisão liminar deferida que determina que o Estado de Roraima se abstenha de contratar os serviços da Coopebras ou de qualquer cooperativa que atue como mera fornecedora ou intermediadora de mão de obra.

http://www.easycoop.com.br/cooperativismo/noticias/noticia.asp?id=16376

Notícias

Coop vai deixar de fornecer sacolas gratuitas
 
Coop vai deixar de fornecer sacolas gratuitas
 
A Coop Cooperativa de Consumo aderiu ao termo de cooperação da Associação Paulista de Supermercados, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente e Governo do Estado de São Paulo, que tem como slogan "Vamos tirar o planeta do sufoco".

Com esta adesão, a partir do dia 25 de janeiro do próximo ano a Coop deixará de fornecer gratuitamente sacolas plásticas descartáveis na sua rede. Esta ação será válida para toda a rede Coop, com exceção da unidade localizada em Tatuí, cuja cidade ainda não foi impactada pela campanha.

"Continuaremos intensificando o uso de sacolas retornáveis e quando a ação entrar em vigor, haverá a opção do cooperado adquirir a sacola biodegradável compostável, ao custo de R$ 0,19 a unidade. Vale ressaltar que a sacola biodegradável compostável também gera resíduo. Por isso, a conscientização das pessoas em buscar novas opções para acondicionar suas compras é fundamental",  explica Luciana Benteo, responsável pelo Planeta Coop - núcleo socioambiental da Cooperativa.

Mensalmente, São Paulo descarta 664 milhões de sacolas, representando oito bilhões de sacolas descartáveis por ano ou 30 mil toneladas.

Perfil

A Coop possui atualmente 29 unidades de distribuição, localizadas no Grande ABC, São José dos Campos, Sorocaba, Piracicaba, Tatuí e São Vicente e mais de 1,5 milhão de cooperados. Fechou 2010 com faturamento bruto de R$ 1,522 bilhão. No ranking da Associação Brasileira de Supermercados, figura na 13ª posição.

Fonte: Diário do Grande ABC em 22/12/2011

Economia Solidária

Compras de fim de ano beneficiam economia solidária
 
Compras de fim de ano beneficiam economia solidária
 
Desenvolvimento humano e organização coletiva como prioridades na economia. Assim, há um desenho diferente para as relações comerciais. A proposta casa com a 2ª Mostra de Economia Solidária que segue até o próximo dia 23, sexta-feira.

Para a realização do evento foram disponibilizados R$ 120 mil, afirma a gerente municipal da célula de Economia Solidária da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Márcia Pessoa.

Os produtos expostos em 40 estandes na feira são aproximadamente de R$ 2 até R$ 300. Como opção, há brincos e artigos decorativos.

De acordo com ela, neste ano, diferente da edição anterior, haverá rodada de negócios. No entanto, ainda não há estimativa de montante de negócios.

“A economia solidária é uma forma diferente de se trabalhar. Tem muitos microempreendedores trabalhando com o artesanato. Nosso estado é muito rico nessas atividades. Mas a economia solidária se diferencia pela forma da organização coletiva, pelas pessoas trabalharem não só pensando no lucro. É um trabalho em família”, afirma Márcia Pessoa.

Dentro da programação da Mostra, está a realização de oficinas e a gerente faz questão de ressaltar que elas são ministradas pelos próprios artesãos participantes.

Entre os feirantes, está a artesã Aurenivia da Silva, 52, que trabalha com artesanatos desde os 20 anos. Conforme Aurenivia, o artesanato é bem representado no Ceará, mas os artesãos ainda não têm condições de arcar sozinhos com a compra do material para a confecção.

“Tem alguns empréstimos, mas ainda não fizemos. A gente também precisa de mais espaço para aparecer”, comenta. Ela também cobra mais divulgação dos eventos de economia solidária, além de cursos de capacitação sobre comercialização.

“O artesanato é muito conhecido e bom. Mas a gente tem esperança que melhore. com mais apoio e mais crédito para podermos comprar”, sugere a artesã.

Encomendas
Artigos decorativos em ferro também estão na feira. São parte do trabalho do desenhista industrial Antonio Carlos Gouveia, que trabalha há um ano com esse tipo de produto. Com uma variação de R$ 20 a R$ 300, as peças são feitas por encomenda e ele chega a ir à casa do cliente para fazer a exata medição.

A economia solidária no Ceará está presente em 1.854 empreendimentos, conforme informações da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes) de 2007.

Serviço

2ª Mostra de Economia Solidária

Quando: até 23 de dezembro Onde: Praça Verde do Dragão do Mar de Arte e Cultura. As ruas José Avelino e Dragão do Mar dão acesso ao local.

Horário: 15 às 21 horas
O pagamento dos artesanatos , em geral, só é feito em dinheiro .

Entrada franca.
No evento, há atrações musicais, palestras, oficinas e exposição de produtos em estandes.

Mais informações: www.fortaleza.ce.gov.br

Fonte: Jornal de Hoje / Foto: Fábio Lima em 22/12/2011

Cooperativismo

Nove cooperativas de reciclagem Camaçari vão comprar sete caminhões
 
Nove cooperativas de reciclagem Camaçari vão comprar sete caminhões
 
Foi assinado na última sexta-feira (16/12) um convênio de aproximadamente R$ 1 milhão para a compra de sete caminhões que atenderão a um Complexo de Cooperativas de Reciclagem, composto por nove cooperativas, entre elas, a Coopmarc (Cooperativa de Materiais Recicláveis de Camaçari).

Com recurso do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), o convênio foi firmado através da Fundação Banco do Brasil e o montante será liberado em fevereiro de 2012. Além de Camaçari, foram beneficiados os municípios de Salvador, Simões Filho, Lauro de Freitas e Cruz das Almas.

Durante a assinatura, realizada na agência Nova Abrantes do Banco do Brasil, em Camaçari, o presidente da Coopmarc, Jerônimo Bispo dos Santos, agradeceu o apoio da Prefeitura e falou da emoção em celebrar um momento tão importante na vida dos cooperativados. "Estamos há 11 anos trabalhando em Camaçari e esse é o primeiro convênio que ganhamos. Teremos muita responsabilidade com o projeto."

Marco Túlio Lacerda, gerente Geral da agência Nova Abrantes, declarou que "esse é o primeiro de muitos contratos voltados para a área ambiental" e que o Banco do Brasil tem proposta para colaborar com a preservação do meio ambiente no Município.

 O projeto para a aquisição dos caminhões foi desenvolvido pelas cooperativas em parceria com a Incubadora de Empreendimentos Solidários da Universidade Estadual da Bahia - Incuba Uneb. A Limpec (Limpeza Pública de Camaçari) e a Sedes (Secretaria do Desenvolvimento Social) participaram do projeto através de uma parceria técnica com a Coopemarc.

A assinatura do convênio contou ainda com as presenças da diretora presidente da Limpec, Lezineide Andrade, do secretário da Cidadania e Inclusão, Carlos Silveira, representantes das secretarias do Desenvolvimento Urbano e da Fazenda, do Banco do Brasil, da Petrobrás, da UNEB, Odebrecht e das cooperativas beneficiadas.

Fonte: Portal Bahia Já em 22/12/2011

Cooperativismo

Cooperativismo avança no segmento de agricultura familiar
 
Cooperativismo avança no segmento de agricultura familiar
 
A Bahia não tem um movimento cooperativista denso e que envolve setores produtivos com grandes valores agregados como existem em Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul no campo do agronegócio.


Podemos dizer, ainda assim, que neste ano de 2011 aconteceram alguns avanços no estado graças a incentivos do projeto de lei do Executivo aprovado pela Assembléia Legislativa, ano passado, e do emprenho da SEAGRI e do SEBRAE, e de outros órgãos e associações, no segmento da agricultura familiar.


E isso é muito bom para a Bahia, estado que tem a maior população rural do país espalhada num imenso território, do tamanho da França, mais de 500 mil km quadrados, e com milhares de famílias que sobrevivem da agricultura familiar, muitas delas atuando isoladamente em suas comunidades, sem conseguir adicionar um valor maior aos produtos que levam às feiras livres e aos mercados dos seus municípios.


Com esse aporte do governo do Estado, SEBRAE, agências de desenvolvimento, associações técnicas e outros pode-se perceber avanços como os verificados na última Fenagro que aconteceu em Salvador, recentemente.


As dificuldades ainda são imensas, o grande entrave está na comercialização, sobretudo quando as associações se organizam em maior escala e fundam uma cooperativa, e aí esbarram na resistência dos agentes de comercialização das grandes cidades, os supermercados, os entrepostos comerciais, as mercearias e assim por diante, e muitas vezes têm que submeter seus produtos ao crivo de intermediários, de agentes de vendas que atuam com outros produtos industrializados e sofrem muito com isso.


Veja o que acontece, por exemplo, com a Cooperativa dos Produtores Associados de Cana e seus Derivados da Microregião de Abaíra, a COOPAMA: ela tem produto para entregar (açúcar mascavo, rapadura, cachaça de boa qualidade, caldo de cana, etc - mas tropeça na comercialização, não consegue expandir seus negócios e tem que dividir às vendas com uma representação comercial conjunta.


Um dos seus diretores com quem conversei na Fenagro disse-me que há uma necessidade de maior suporte técnico nessa área, mais apoio financeiro e a montagem de uma estrutura de venda exclusiva.


Já a Cooperlic, dos Colhedores e Beneficiadores de Licuri, de Caldeirão Grande, a situação é ainda mais complexa, ainda que não retire à sua condição de interagir nas comunidades onde atua, na zona rural, em 10 povoamentos, porque tudo ainda está por fazer, na produção, na melhor organização do cooperativismo e assim por diante. Mas, também está avançando.


Na verdade diante dos exemplos dados nota-se uma grande dificuldade por parte das cooperativas no que diz respeito à forma de comercializar seus produtos por diversos motivos. O principal é a falta de gestão e visão empreendedora na hora de enfrentar o mercado. É preciso mais investimentos, capacitação no que diz respeito à gestão de negócios, cursos e educação continuada nesse segmento.


O sistema de cooperativas não visa lucros é importante salientar isso senão se confundiria com empresa. Contudo os cooperativados precisam vender seus produtos a preços justos e ter um tratamento diferenciado no que diz respeito à comercialização dos produtos.


De toda sorte, o que se pode verificar na Fenagro, num pavilhão da feira reservado só para as associações e cooperativas é que esse movimento é crescente, está disseminado em várias áreas territoriais do estado, de Uauá, no Norte; a bacia do Almada, no Sul; no Oeste, no Nordeste e em todos os quadrantes do estado, trabalhando com produtos que vão do sisal, algodão, cana de açúcar, umbu, buchas, cacau, piaçava, dendê, pupunha e muito mais.


Bom sinal para o cooperativismo baiano que avança exatamente nas áreas onde as pessoas mais precisam na zona rural, na pobreza e nas famílias de menor renda.

Fonte: Portal Bahia Já - Ohara Grece / Foto: Divulgação em 22/12/2011

Notícias

Decoração de Natal é feita com recicláveis em Lençóis Paulista, SP
 
Decoração de Natal é feita com recicláveis em Lençóis Paulista, SP
 
A decoração de Natal de Lençóis Paulista, no interior de São Paulo, une preservação do meio ambiente e solidariedade. Quinze artesãos da Associação dos Deficientes Físicos da cidade confeccionaram as peças decorativas feitas com materiais recicláveis, como garrafas pet, que estão espalhadas por toda a cidade.

Os artesãos fazem parte do programa de capacitação e geração de renda promovido pela Diretoria de Desenvolvimento da Prefeitura. De acordo com a coordenadora da iniciativa, Cássia Rando, o trabalho de decoração da cidade acontece desde 2001 e a partir de 2009 as peças passaram a ser produzidas com material reciclável.

“Os materiais são oferecidos pela própria associação e pela Cooperativa de Reciclagem de Lençóis Paulista, que obtém os materiais por meio da coleta seletiva. Utilizamos também descartes das escolinhas infantis e pessoal da comunidade”, explica Cássia.

As peças decorativas podem ser encontradas em vários pontos da cidade, além do trabalho dos artesãos, funcionários da prefeitura ajudam na montagem das estruturas de ferragem e iluminação.

Fonte: Mariana Bonora Do G1 Bauru e Marília / Foto: Prefeitura de Lençóis Paulista/divulgação em 22/12/2011

Cooperativismo

Cooperativa de União Bandeirantes planta 50 mil mudas de banana
 
Cooperativa de União Bandeirantes planta 50 mil mudas de banana
 
Em um clima de alegria natalina 82 famílias de agricultores familiares de União Bandeirantes, município de Porto Velho, receberam e plantaram 50 mil mudas certificadas de banana, 10 mil da variedade prata nanicão, 30 mil prata gorotuba e 10 mil maçã BRS tropical. O plantio é uma ação do projeto Tempo de Empreender Rondônia, desenvolvido pelo Instituto Camargo Corrêa (ICC) em parceria com o Sebrae e a construtora Camargo Corrêa. As mudas foram adquiridas com recursos do projeto e plantadas esta semana no viveiro da Cooperativa Agrossustentável de União Bandeirantes (Unicoop), construído pelos cooperados como contrapartida da ação.

As festividades natalinas em União Bandeirantes, localizada no entorno da Usina Hidrelétrica de Jirau (UHE Jirau), certamente terão uma razão a mais para comemoração, pois as mudas são o início do cultivo de lavouras a partir de plantas desenvolvidas em laboratório com tecnologia avançada. As variedades produzirão frutos de bom valor comercial, livres de doenças e de alta produtividade.

O agricultor Josimar Martinho do Nascimento, 38, Diretor Administrativo da Uniccop, é um dos cooperados que chama a atenção pelo seu empenho na estruturação do viveiro. “A construção do viveiro e o plantio das mudas totaliza 365 dias trabalhados. Não que já tenhamos trabalhado aqui durante um ano, esse é o total de dias de trabalho se somarmos os dias de trabalho desempenhados pelos cooperados nas últimas semanas.”, explica o agricultor.

A dedicação de Josimar é reflexo do reconhecimento da oportunidade de crescimento que Tempo de Empreender representa para ele, sua família e demais cooperados. Há sete anos a visão de futuro de Josimar era de poucas perspectivas. Ele e os outros produtores da região enfrentavam dificuldades para prover o sustento de suas famílias. Nessa época o agricultor compôs uma música com estrofes que diziam “Da terra a minha parte é a poeira do chão; Quando os donos da terra passam em seus carrões; A minha parte do moderno é a poluição;”. As ações do projeto trouxeram a Josimar e aos demais participantes novas perspectivas e a certeza de que a parte do moderno que lhes cabe é um futuro promissor através do empreendedorismo.

Parceiros

Tempo de Empreender Rondônia é uma realização do Instituto Camargo Corrêa, Sebrae, construtora Camargo Corrêa em parceria com Emater, Prefeitura de Porto Velho, Organização e Planejamento em Biodiversidade, Universidade Federal de Santa Catarina, Sescoop, Embrapa, Federação do Comércio, Federação da Agricultura, FCDL, Federação das Indústrias, Facer, Secretaria de Finanças de Rondônia, Sedam, Incra, Ibama, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Caixa Econômica Federal, Sedes, Semagric e Eletrobras Distribuição Rondônia.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias em 22/12/2011

Economia Solidária

Agricultores Familiares são beneficiados com curso de capacitação em associativismo
 
Agricultores Familiares são beneficiados com curso de capacitação em associativismo
 
O Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins – Ruraltins, em parceria com o Consórcio Estreito Energia – Ceste, ministra curso a 15 agricultores familiares, interferidos por barragens, sobre associativismo e cooperativismo. O treinamento acontece no município de Barra do Ouro, na Região Norte do Estado, na Fazenda Aprazível.

De acordo com a Coordenadora de Capacitação do Ruraltins, Iranilde Gonçalves, que participa do treinamento como monitora e avaliadora, o objetivo é mostrar a importância do trabalho organizado e em grupo como forma de melhorar a renda e promover o desenvolvimento local. “Queremos que os agricultores, cada vez mais, alcancem qualidade e excelência na atividade escolhida para trabalhar e entendam que por meio da organização social podem fazer a diferença no processo de crescimento e desenvolvimento da comunidade rural”, destaca.

O curso que vai até quinta-feira, 22, e atende a uma reivindicação dos próprios agricultores, que tem como meta trabalhar nas lavouras de arroz, milho, feijão, mandioca e criação de pequenos animais.

Paralelo ao curso de Associativismo e Cooperativismo, agricultoras jovens e adultas também estão sendo capacitadas em Curso de Trabalhos Manuais em Crochê com Barbante. A ideia é proporcionar alternativa de renda e ocupação da mão de obra familiar, com o objetivo de formar grupos de interesse. As peças confeccionadas durante o treinamento serão comercializadas no comércio local e o dinheiro revertido em prol da atividade.

O Ruraltins, ao longo de 2011, ofereceu mais de 30 cursos em diversas áreas, sendo que mais de 1.600 mulheres e jovens foram incluídos no processo produtivo e de geração de renda.

Fonte: Portal Surgiu.com.br em 22/12/2011

Cooperativismo

Programas do MDA chegam a 4 mil cooperativas de agricultores
 
Programas do MDA chegam a 4 mil cooperativas de agricultores
 
Café orgânico da amazônia, castanha de baru, pequi, faveira, arroz orgânico e plantas medicinais são alguns dos produtos produzidos por agricultores familiares organizados em cooperativas apoiada por um conjunto de políticas públicas desenvolvidas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Ações como chamadas públicas para o fortalecimento de cooperativas e programas como o Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), de Aquisição de Alimentos (PAA) e o de Alimentação Escolar (PNAE) têm incentivado o cooperativismo em todo o país.

Atualmente, o MDA apoia com crédito, garantia de comercialização e assistência técnica diferenciada aproximadamente 4 mil cooperativas e associações de agricultores familiares. Destas, 1.570 possuem declaração de aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) na modalidade jurídica, o que possibilita sua participação em políticas públicas como o PAA e o PNAE.

O diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF/MDA), Arnoldo de Campos, destaca que todas o conjunto das ações desenvolvidas pelo ministério tem o foco na organização produtiva e econômica dos agricultores familiares. “O Programa de Aquisição de Alimentos, por exemplo, que é uma compra do mercado institucional, beneficia hoje mais de 4 mil organizações produtivas da agricultura familiar, servindo como uma alavanca para a organização dos trabalhadores em cooperativas, permitindo uma consolidação dos empreendimentos”.

O programa do Biodiesel - que neste ano vai atingir a marca de R$ 1,4 bilhão em compras de oleoginosas da agricultura familiar - também tem incentivado a organização dos agricultores em associações e cooperativas. “No programa do Biodiesel, tínhamos em 2005 um índice de mais de 90% das comercializações sendo diretamente da usina com o agricultor familiar. Hoje, esta lógica se inverteu e as cooperativas representam mais de 70% das compras das usinas”, destaca Campos.

Outro programa pensado para incentivar o cooperativismo é o PNAE, que leva alimentos saudáveis para a mesas das escolas brasileira: aproximadamente R$ 1 bilhão vem sendo movimentado para a compra de alimentos da agricultura familiar, investidos prioritariamente em cooperativas. O programa permite a compra diretamente de um único produtor rural, ou de grupos informais, mas em sua regulamentação os agricultores familiares têm prioridade.

Um bom exemplo do sucesso de políticas públicas como o PNAE e o PAA é a Rede de Comercialização Solidária de Agricultores Familiares e Extrativistas do Cerrado, criada em 2002, que organiza 1,5 mil famílias de agricultores familiares em 45 municípios dos estados de Goiás, Minas Gerais e Bahia na produção de alimentos para as escolas. Um dos principais produtos da Coopercerrado para a alimentação escolar é a farinha de baru, castanha coletada no cerrado e beneficiada em uma casa de farinha construída com o apoio do MDA.

Adalberto Gomes dos Santos, um dos cooperados da rede, conta que a organização dos agricultores tem mudado a vida das pessoas no campo. “Hoje estamos comercializado produtos de forma conjunta, porque individualmente seria impossível. Com a cooperativa, a gente tem a certeza que não estar sozinho, temos mais força para reivindicar nossas demandas e a condição de melhorar de renda”.

A garantia de comercialização de sua produção com o PAA e PNAE, criou a condição para a melhoria de vida de Adalberto, que acaba de fazer um financiamento do Mais Alimentos para implementar uma série de melhoria sem sua propriedade – barragem para preservar água, qualificação das pastagem e plantio de flores para produção de mel -, e adquirir um mini trator de 18CV.

Territórios Rurais e da Cidadania

O MDA também atua incentivando a organização produtiva dos agricultores familiares com ações de apoio a redes e a cooperativas como os chamamentos públicos para a qualificação de gestão, e também por ações dentro dos Territórios da Cidadania e Territórios Rurais, atuando de forma conjunta com estados e prefeitura, e a sociedade civil organizada dentro dos colegiados territoriais.

Segundo o consultor especialista em cooperativismos da Coordenação Geral de Associativismo e Cooperativismo da Secretario de Desenvolvimento Territorial (SDT/MDA), Luis Tizidini, o apoio que o MDA dá para cooperativas vai além de mecanismos de garantia de comercialização abrangendo ações que auxiliam na estruturação dos empreendimentos. “O ministério tem investido na formação dos agricultores familiares cooperativados, para a gestão de seus empreendimentos, disponibilizamos assessorias e acompanhamento e auxilio na elaboração de planos de negócios”.

Outra iniciativa importante que o MDA tem desenvolvido para fomentar e fortalecer a organização produtiva dos trabalhadores é o apoio a feiras e eventos, viabilizando a participação de produtores de todo o pais em eventos tanto locais como nacionais , onde podem trocar experiencias de produção e gestão de seus empreendimentos. com a Feira da Economia Solidária de Santa Maria.

Para o agricultor familiar e presidente da Cooperativa de Produtores Rurais Organizados para Ajuda Mútua (Coocaram), Joaquim Cordeiro da Silva, a organização dos trabalhadores além de melhorar a condição financeira dos agricultores, tem outros benefícios. “Aqui estamos vivendo na prática a mudança do cultivo com o uso de agrotóxico, para um cultivo orgânico, mais saudável, e que também está mudando a cabeça do agricultores, que agora pensa bem mais em como cooperar para se tornar mais forte, ter mais mercado e vender mais”, destaca.

A Coocaram, articula mais de 300 agricultores familiares em Ji-Paraná no estado de Rondônia, onde produz café orgânico ao mesmo tempo que preserva a floresta amazônica. São 1,2 mil hectares plantados com café e 4 mil de floresta preservada. Cerca de 30% da produção da cooperativa já é orgânica certificada.

2012: Ano Internacional das Cooperativas

A Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou, em dezembro do ano passado, a resolução sobre “Cooperativas e Desenvolvimento Social”, que declara 2012 como ano Internacional das Cooperativas (IYC, na sigla em inglês). Com isso, a ONU reconhece o modelo cooperativo como fator importante no desenvolvimento econômico e social dos países. Esta é a primeira vez na história que um ano será dedicado ao setor cooperativista.

Consideradas economicamente viáveis e socialmente responsáveis, as cooperativas operam em setores que vã desde a agricultura até finanças e saúde. A ONU se propõe a três objetivos: aumentar a consciência sobre esse modelo empresarial e sua contribuição positiva, promover sua formação e seu crescimento, e impulsionar os Estados-membros para que adotem políticas que favoreçam sua expansão.

Sem importar o setor no qual atuam, as cooperativas são consideradas modelos de empresas bem sucedidas porque seus integrantes são responsáveis por todas as decisões da instituição. Além disso, elas não objetivam a maximização dos lucros, mas atender às necessidades de seus membros, que participam do gerenciamento.

O potencial das cooperativas para ajudar a erradicar a pobreza, criar e fortalecer práticas sustentáveis e contribuir para o desenvolvimento são as características que a ONU pretende destacar para que os Estados-membros as promovam. Um dos principais assuntos que a agenda da ONU para o desenvolvimento propõe é destacar o aspecto humano, mais do que o financeiro – e as cooperativas combinam ambos.

O início das cooperativas remonta à Europa dos anos 1800. Na Alemanha, em 1860, Friedrich Raiffeisen projetou uma empresa de poupança e crédito para ajudar os agricultores. Sua ideia de banco cooperativo se propagou a outras partes da Europa. Ao mesmo tempo, Schultze-Delitsch criou um banco semelhante em áreas mais urbanas.

Também surgiram cooperativas de consumo entre trabalhadores têxteis por volta de 1840 na Grã-Bretanha, em época de crise econômica. Posteriormente, na década de 1950, esse tipo de empresa constituía 12% do comércio varejista. Atualmente, as cooperativas contam com um bilhão de membros em mais de cem países.


Fonte: Jornal Dia a Dia em 23/12/2011

Notícias

Convênios vão capacitar 1,6 mil catadores da capital e do ABC Paulista
 
Convênios vão capacitar 1,6 mil catadores da capital e do ABC Paulista
 
Dois convênios que vão beneficiar 1,6 mil catadores de materiais recicláveis do município de São Paulo e do ABC Paulista foram assinados hoje (22) pelo Ministério do Trabalho em São Paulo. O projeto irá contribuir para sensibilizar, mobilizar e organizar os catadores que atuam em lixões e nas ruas das cidades.

Um dos acordos firmados com a Cooperativa Central de Catadores e Catadoras de Material Reciclável do Grande ABC (Coopcent ABC) irá atender 800 catadores na região do ABC Paulista e tem como um dos objetivos solucionar os problemas referentes à coleta seletiva.

O período para a realização do projeto é estimado em três anos e prevê o cadastramento de 600 catadores que trabalham na rua e que não pertencem a nenhum grupo de trabalho organizado, além da capacitação de 200 catadores – já organizados e incluídos nos programas municipais –, de gestores públicos e de novos catadores. Outro objetivo é ampliar e qualificar a infraestrutura das cooperativas com equipamentos. Serão direcionados R$ 2 milhões para a implementação do projeto.

O segundo convênio firmado foi com o Instituto Rede de Base Orgânica Catasampa, que irá atender 800 catadores. O objetivo é organizar catadores individuais de materiais recicláveis em situação de extrema pobreza na região metropolitana de São Paulo e em empreendimentos econômicos solidários, por meio de formação e assessoria técnica.

As ações serão desenvolvidas nas regiões sul, leste e central do município de São Paulo, na região metropolitana de São Paulo, no município de Guarulhos, além da microrregião do Alto Tietê, nos municípios de Poá, Biritiba Mirim, Salesópolis, Suzano e Arujá.

O projeto prevê a criação de 560 postos de trabalho formal para catadores de materiais recicláveis. O período de execução chega a três anos, com investimentos de R$ 2 milhões.

Desde 2003, a Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego, estabelece prioridades para o fomento às organizações de catadores de materiais recicláveis e atualmente desenvolve a Ação 8.274 de Fomento para a Organização e o Desenvolvimento de Cooperativas Atuantes com Resíduos Sólidos.

Fonte: Agência Brasil em 23/12/2011

Notícias

No Natal dos Catadores, MDS assina convênio com cooperativas
 
No Natal dos Catadores, MDS assina convênio com cooperativas
 
A presidenta Dilma Rousseff reafirmou hoje (22), em São Paulo, durante a celebração do Natal dos Catadores, seu compromisso com os trabalhadores da cadeia de recicláveis e a população em situação de rua. Após ouvir reivindicações de representantes do público do Plano Brasil Sem Miséria, ela prometeu dar continuidade às políticas sociais, ambientais e de inclusão econômica e segurança pública iniciadas no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante a festa, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, assinou convênio com o Instituto Rede de Base Orgânica Cata Sampa e a Cooperativa Central de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis do Grande ABC (Coopcente ABC), vencedores de edital de incentivo à organização de entidades de coleta seletiva e reciclagem no Brasil. A licitação, que prevê investimentos de R$ 19 milhões, tem parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A concorrência, vencida por 29 entidades, proporcionará a inclusão econômica de 8 mil catadores em todo o país.

O Brasil Sem Miséria fortalece as políticas sociais e cria oportunidades para a população de baixa renda, disse Dilma Rousseff no evento. Ela pediu aos prefeitos e governadores a inserção dessas populações no Cadastro Único para tirá-los da invisibilidade e permitir o acesso às políticas públicas. “É importante ampliar o cadastramento. Cadastrar é proteger e permitir que políticas públicas e recursos cheguem a essa população. Sem a parceria dos municípios, não temos como saber como atingir os que trabalham no lixão.”

Representantes dos movimentos nacionais dos catadores de recicláveis e dos moradores de rua pediram políticas específicas para a população em situação de rua e para a segurança e direitos humanos dos catadores. “Existem muitos catadores em lixões e em condições desumanas. Milhares não estão aqui porque precisam ser resgatados”, assinalou a representante do Movimento Nacional dos Catadores de Matérias Recicláveis (MNCR), Matilde Ramos.

Um termo de cooperação técnica para primoramento da coleta seletiva entre o MNCR e o estado de São Paulo e convênios entre o Ministério da Saúde e cooperativas paulistas também foram assinados no Natal dos Catadores.

Brasil Sem Miséria – O Plano Brasil Sem Miséria prevê a capacitação de trabalhadores da reciclagem e tem a meta de incluir 280 mil catadores até 2014.

Em 2011, o governo federal publicou o Decreto nº 7.619, que regulamenta a concessão de crédito para empresas que comprem resíduos sólidos de cooperativas de catadores de materiais recicláveis para utilização em matérias-primas ou produtos intermediários na fabricação de seus produtos.

O projeto Logística Solidária, do MTE, com apoio da Petrobras, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Fundação Banco do Brasil, destinará R$ 26 milhões para compra de caminhões, capacitação e assistência técnica, estruturação e instalações de cooperativas e fortalecimento de redes de organização de catadores.

O MNCR estima que entre 300 mil e 1 milhão de pessoas vivem no país diretamente do recolhimento de materiais recicláveis. O Brasil tem cerca de 1,1 mil cooperativas e associações de trabalhadores da área. De acordo com dados do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), o setor movimento cerca de R$ 8 bilhões por ano.

Fonte: Ascom/MDS em 23/12/2011

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Notícias

Sebrae capacita catadores de materiais recicláveis

Sebrae capacita catadores de materiais recicláveis
 
Quinhentos catadores de materiais recicláveis, integrantes de associações e cooperativas serão beneficiados com a implantação do Projeto de Capacitação e Fortalecimento do setor. A partir do próximo ano, a metodologia desenvolvida pelo Sebrae no Distrito Federal será aplicada nas 29 cooperativas do DF, com o objetivo de estimular nos catadores competências necessárias para a melhoria da gestão. Com isso, estima-se elevar o grau de eficiência organizacional, desde a coleta até a comercialização de produtos.

Para Daniel Hudson, gestor do projeto do Sebrae no DF, a expectativa é aumentar o volume de material reciclado produzido pelas cooperativas e também elevar a renda média dos catadores. “Se aumentarmos em 15% o volume do que for coletado, ou seja, de 2.700 para 3.105 toneladas, a renda média da categoria passa de R$ 485 para R$ 557,75. Assim, o valor recebido por mês ultrapassa o salário mínimo”, examina Daniel.

Outro objetivo do projeto é preparar os catadores para a realização de megaeventos esportivos no Brasil, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. “Sabemos que os mundiais terão a sustentabilidade como um dos princípios, prevendo a coleta seletiva e a triagem do material, recolhido pelos catadores”, observa.

A Cooperativa Popular de Coleta Seletiva de Produtos Recicláveis com Formação e Educação Ambiental – Coopativa foi a primeira a receber a metodologia desenvolvida pela instituição, em 2010. Para atender aos próximos catadores que participarão do projeto, entre associados, dirigentes e conselheiros, serão formadas 10 turmas de 25 alunos para cada oficina.

“Essa quantidade é adequada para aplicação da metodologia, pois os dirigentes e os catadores líderes serão multiplicadores. Assim, toda a organização será impactada”, frisa Daniel Hudson. Além disso, várias cooperativas e associações estão localizadas na mesma região e área, o que possibilita a aplicação integrada em mais de um local.

Os parceiros do Sebrae no Distrito Federal no projeto são a Central de Cooperativas de Materiais Recicláveis do Distrito Federal (CENTCOOP), o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (UnB), a Fundação Banco do Brasil e a Organização das Cooperativas do Distrito Federal.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias em 21/12/2011

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Produtores nordestinos de cana incentivam reativação de usina cearense
               
O estado do Ceará pode voltar a produzir grande quantidade de cana de açúcar na região do Cariri. E para isto acontecer, a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) desenvolveu projeto, que tem o apoio do governo estadual, a fim de retomar o funcionamento da Usina Manoel Costa Filho. O projeto prevê a aquisição da unidade industrial pela Petrobras Biocombustível, ou ainda pelo próprio Estado para ser vendida a cooperativa de canavieiros da região.

Segundo a proposta, a aquisição da usina seria feita através de leilão judicial. Atualmente, a unidade acumula débitos trabalhistas na ordem de R$ 22 milhões. Entretanto, no caso do comprador desejar investir no local, o custo da aquisição teria uma desvalorização de no mínimo 50%. “Ou até menos, dependendo do interesse daqueles que queiram investir na compra da unidade”, diz o presidente da Unida, Alexandre Andrade Lima. Ele destaca que o comprador estará livre de todo o débito fiscal, bancário e trabalhista que restar.

Dessa forma, dentre as possibilidades de aquisição e gestão da usina, o projeto propõe a criação de uma cooperativa de fornecedores de cana do Cariri. Porém, a cooperativa precisaria do apoio do governo do estado, pois sem ele, teria dificuldade de buscar recursos para desenvolver o projeto. O Governo adquiria a unidade e venderia para a cooperativa em um empréstimo de longo prazo. Outra medida seria a compra da usina pela Petrobras Biocombustível, a qual buscaria formas para a cooperativa se associar à empresa.

O projeto de incentivo à produção de cana no Cariri também propõe outras forma de aquisição da Usina Manoel Costa Filho. Dentre elas, a compra pela iniciativa privada ou através de Parceria Publica Privada (PPP). “O atual setor sucroenergético nordestino atravessa um momento de crescimento, portanto, uma grande oportunidade para investidores”, conta Andrade Lima. Ele ressalta que no caso da PPP, a parceria poderia ser feita entre a Petrobras Biocombustível com o setor privado, ou com a cooperativa de produtores de cana da região.

Cenário – No começo do próximo ano, o governador do Ceará, Cid Gomes, o presidente da Unida, Alexandre Andrade Lima e o secretario estadual de Agricultura, Nelson Martins, agendarão um encontro para analisar a viabilidade do projeto. A reunião ainda não tem data marcada, mas deve acontecer em Brasília. A próxima etapa será uma reunião com o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto.

Fonte: Portal Boa Informação em 21/12/2011

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Rede Brasil Rural fortalece a agricultura familiar

Rede Brasil Rural fortalece a agricultura familiar
 
A Presidenta Dilma Rousseff lançou no último dia 13, em Porto Alegre, uma ferramenta virtual que propiciará aos agricultores familiares comprar insumos, materiais e itens para beneficiamento, além de vender produtos pela internet. Trata-se da Rede Brasil Rural (www.redebrasilrural.mda.gov.br) que, coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, vai permitir organizar toda a cadeia produtiva da agricultura familiar, abrangendo serviços, articulação institucional e comercialização.

A Rede destina-se a aproximar as cooperativas de produtores rurais dos fornecedores de insumos, da logística de transporte e dos consumidores públicos e privados. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, por meio de um termo de cooperação com o MDA, será a operadora oficial da logística da agricultura familiar.

Inicialmente, cerca de 1,6 mil cooperativas e associações terão acesso à Rede, beneficiando cerca de 200 mil agricultores que poderão comprar e vender produtos por meio do Armazém Virtual da Agricultura Familiar. Serão comercializados diversos tipos de produtos, como cachaças orgânicas, embutidos artesanais, queijos, sucos, vinhos, artesanatos, cosméticos, entre outros. Por meio da ferramenta, essas mercadorias poderão ser negociadas no atacado, diretamente com o produtor. O comércio realizado por meio do Armazém Virtual vai permitir que o deslocamento das cargas seja planejado. Com cotação de transporte e possibilidade de fretamento conjunto entre as cooperativas participantes, os valores dos fretes, que embutem os elevados custos dos pedágios, serão barateados.

O acesso dos produtores rurais aos editais relativos às demandas de merendas de cada região será outro benefício. Os editais serão divulgados pela Rede e permitirão que os interessados encaminhem propostas aos compradores. Um dos objetivos da Rede é reorganizar o sistema de compras da produção familiar pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Hoje os municípios, estados e escolas ainda têm dificuldades para encontrar produtores que atendam às demandas. Os agricultores, por seu turno, muitas vezes carecem de informações sobre abertura de processos de compras.

As compras efetuadas pelos produtores da Rede Brasil Rural serão financiadas pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES). O Banco vai disponibilizar um limite de negociação de até R$ 1 milhão por cartão, com opção de cinco cartões por cooperativa, financiamento de 3 a 48 parcelas e taxas de juros pré-fixadas no ato da compra. Com essa parceria, as cooperativas poderão solicitar financiamento para as áreas de soluções de internet, comunicação visual, reciclagem logística e armazenagem, entre outros.

O programa agora lançado alcançará, sem dúvida, o objetivo de reduzir o preço do produto para o consumidor final e de aumentar a renda dos agricultores por meio de ganhos em cada etapa da cadeia produtiva. Mais do que isso, a Rede Brasil Rural contribuirá para preservar a identidade da agricultura familiar, responsável hoje por 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros.

Fonte: Jornal da Manhã - Ponta Grossa em 21/12/2011

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Como A Imprensa e Comentaristas Estão Piorando A Crise Mundial


Download (2)Sabemos que os 10% mais ricos da população mundial detém 40% destes títulos da dívida europeia, como detém 40% das ações das empresas de Bolsa.

Se perderem metade do valor destes títulos, nada irá acontecer com eles.

Ficarão chateados, vão esconder dos amigos quanto perderam, e assim por diante. Mas continuarão a comer em bons restaurantes, viajar, não vão despedir suas empregadas e camareiras. Efeito sobre o PIB mundial é igual a zero.

Do lado das ações, continuarão a receber 40% dos dividendos das empresas, e continuarão a ser donos de 40% destas empresas, que temporariamente valem menos. Novamente efeito sobre o PIB mundial é zero.
Digo mais, se perderem metade da dívida, o que consertaria todos estes países, a Bolsa mundial dobraria, e portanto ganhariam mais de um lado, do que perderiam do outro. Efeito novamente zero.
 
O problema é que ninguém escreve sobre isto, ninguém faz conta, e todo dia temos manchetes dizendo que o mundo irá acabar, que estes 10% ficarão mais pobres e isto será um desastre mundial.

Quando fui entrevistado pela TV Bandeirantes no meio da Crise de 2008, o apresentador me alertou para não "mostrar otimismo exagerado". Pessimismo exagerado pode.

Veja o pânico gerado pela BBC e o Fund Manager. "Dez anos de recessão".


Fica claro que o entrevistador não tem nenhum dinheiro aplicado, e que o entrevistado tem tudo a ganhar se for vendido e estiver vendendo o seu peixe para gerar uma queda generalizada.

Se Bill Gates e Warren Buffett perderem metade do patrimônio deles, nada vai acontecer para eles, e nem para nós.

Mas estas manchetes estão mudando o comportamento dos 90% que estão lentamente entrando em pânico.

Subiu agora para 55% o número de famílias americanas que temem que um dos dois da família perderão emprego nos próximos 12 meses. ( Felizmente a imprensa não acompanha esta estatística porque não é seguido por economistas, somente Diretores de RH )

Este pessoal em pânico não compra carro nem imóveis, responsável por 30% do PIB.

Economistas que visitam Nova York voltam impressionados como os restaurantes estão cheios e como as lojas estão lotadas.

Óbvio, se você e sua esposa decidiram não gastar 30% de sua renda em casa, carro e eletrodomésticos, sobra dinheiro para gastar em outras coisas.

Como gastar pelo menos 10% em roupas e restaurantes, e economizar os 20% para quando o pânico passar.

Estamos no meio do que se chama "visão seletiva". Quando as coisas mudam para o ruim, comentaristas mudam o foco e procuram o que mais pode acontecer de ruim.

Eu vi isto claramente quando eu lancei o meu livro "O Brasil Que Dá Certo". Todo mundo achava que o Plano Real daria errado, e só olhavam o negativo.

O "Brasil Que Dá Certo" foi uma quebra de paradigma no sentido que olhava para o que estava dando certo.

E muitos começaram a aceitar a minha tese e passaram a olhar para outras coisas que também estavam dando certo.

Um exemplo foi o Ricardo Amorim, que de pessimista como todo economista, passou a olhar também o lado positivo, e se convenceu de que eu estava certo.

Infelizmente, a maioria dos comentaristas e a imprensa em geral, estão apavorando os 90% da população que não possuem títulos da Grécia, Japão e Alemanha, que não tem ações que podem cair pela metade, mas mesmo assim acham que suas vidas e emprego correm perigo.

Muito triste a falta de responsabilidade social da maioria dos comentaristas, que não são formados em finanças, a maioria nem possui títulos da Grécia e ações na Bolsa, nem 5 milhões de dólares, para saber que para a maioria dos ricos esta crise não fará diferença.

E se fizer, eles são menos do que 10% da população e notoriamente não reduzem o seu consumo numa crise, pelo contrário.

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