quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Economia Solidária

Dia da Economia Solidária: 2011 foi um ano histórico para o movimento!

O ano de 2011 marcou todo o movimento nacional de economia solidária, demos um grande passo para o fortalecimento da identidade desta alternativa política, econômica, ambiental e social pela construção de um outro mundo e uma nova sociedade: justa, solidária, autogestionária e sustentável. Atividades de várias dimensões ocorreram e estiveram relacionados na maior divulgação da economia solidária na sociedade e junto ao poder público federal e locais, no avanço de diversas iniciativas produtivas e educativas, e ainda, no maior diálogo e construção conjunta com outros movimentos sociais.

Este ano consolidou certezas e desafios para o movimento no país, que estão expressados na construção da V Plenária Nacional de Economia Solidária, cujo tema é "Economia Solidária: o bem viver, a cooperação e a autogestão para um desenvolvimento justo e sustentável", e em seus objetivos de consolidar o movimento de economia solidária e ampliar os diálogos, articulações e convergências com outros movimentos sociais. 2012 já têm um caminho desenhado que o movimento aprofundará para o próximo período.

Nesta rápida retrospectiva do ano de 2011, trazemos os fatos e atividades destacadas em três grandes blocos de pautas: do movimento de economia solidária, com outros movimentos sociais nacionais e internacionais e com o Estado.

Notícias

Indústria brasileira precisa de inovação para combater crise externa, diz Dilma


Durante a entrega do prêmio Finep (empresa púbica de Financiadora de Estudos e Projetos), a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (15) que a inovação servirá de antídoto para a indústria brasileira enfrentar a crise econômica internacional. Ela disse que isso e o combate à miséria transformarão o Brasil em um país de classe média.

“O atual cenário internacional exige de nós mais competitividade. Os mercados dos países desenvolvidos e os dos emergentes se reduzem”, afirmou Dilma. “A agregação de valor será, talvez, um dos maiores instrumentos da próxima década e dos próximos anos.”
Segundo ela, “não falta vontade política de investir em inovação”.

A economia brasileira consegue exportar poucos produtos de valor agregado e ainda tem alta concentração em commodities. Entre os artigos mais complexos produzidos no país, se destacam os aviões da Embraer -a principal exportadora brasileira- e automóveis. A agroindústria, mais volátil em crises externas, segue mais importante.

Entre as grandes empresas brasileiras, o governo premiou a fabricante de resinas Braskem como a mais inovadora. Os vencedores receberão recursos não reembolsáveis entre R$ 120 mil e R$ 2 milhões, dependendo da categoria. Ao todo, 21 candidatos premiados nas cinco regiões concorreram ao troféu nacional.

Mais cedo, Dilma recebeu a ex-presidente do Chile e diretora executiva da ONU Mulheres (Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento da Mulher), Michelle Bachelet. A brasileira recebeu a versão em português do relatório Piso de Proteção Social para uma Globalização Equitativa e Inclusiva, para promover o crescimento econômico diante dos efeitos da crise internacional.

“O desemprego nos países avançados e a perspectiva de retrocesso nas políticas sociais colocam também, no centro do dia, o piso mínimo de proteção social. Os governos precisam romper com a dissonância cada vez maior entre a voz dos mercados e a voz das ruas”, afirmou Dilma. 

Notícias

Brasileiros estão menos otimistas com o consumo e o emprego em 2011


Mesmo com o aquecimento do mercado de trabalho e da injeção do décimo terceiro salário na economia, o otimismo dos brasileiros em relação ao consumo e ao emprego não acompanhou esse movimento.

Segundo o ICF (Índice de Intenção de Consumo das Famílias), realizado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio), as famílias estão menos dispostas a consumir, se comparado a 2010.

De acordo com o estudo, mesmo em um período quando há, tradicionalmente, maior disposição à expansão de gastos, percebido na alta de 1,3% na variação mensal, o indicador mostra que a perspectiva de consumo recuou 5,6% em relação a dezembro do ano passado, com destaque para a queda de 5,6% nas expectativas das famílias menos ricas.

O levantamento também levou em consideração as condições atuais e as perspectivas futuras da Economia doméstica, a previsão da Divisão Econômica da CNC é de que o volume de vendas do varejo encerre 2011 com crescimento ao redor de 6%.

Expectativa do emprego em baixa

No item perspectiva do trabalho, o estudo registrou um recuo de 1,7% na comparação mensal. Se comparado ao mesmo período de 2010, o item apresentou queda de 1% em dezembro.

Segundo o levantamento, mesmo com a baixa taxa de desemprego, a desaceleração da massa de rendimentos vem impactando sobre a expectativa das famílias em relação ao mercado de trabalho.

De acordo com a pesquisa, as regiões Centro-Oeste (151,1 pontos) e Norte (144,4 pontos) lideram o ranking regional de otimismo em relação ao mercado de trabalho.

O índice das famílias com renda superior a dez salários mínimos recuou 0,4% em relação a dezembro do ano passado, ao passo que, nos lares mais pobres, houve queda de 0,9% nas expectativas profissionais.

Finanças Pessoais

Dívidas e poupança são os destinos da segunda parcela do décimo terceiro

Se boa parte dos brasileiros pretendia usar a primeira parcela do décimo terceiro salário para pagar dívidas (28,9%) e 27,8% não sabiam o que fazer com o dinheiro extra; na segunda parcela, o pagamento de dívidas divide com a poupança o destino do benefício.

Segundo levantamento realizado pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo), mais de 50% dos brasileiros pretendem pagar dívidas (36%) ou poupar o dinheiro (20%) da segunda parcela do abono natalino.

No caso do pagamento de dívidas, o percentual é maior do que o registrado em 2010 e 2009, quando 26,5% e 22,5% dos entrevistados disseram que usariam a segunda parcela do décimo terceiro salário para quitar débitos vencidos.

Já com relação à poupança, apesar de ocupar a segunda colocação no ranking deste ano, o número de pessoas que pretendem guardar o dinheiro só vem diminuindo ao longo dos anos. Em 2009, 30% pretendiam guardar o dinheiro, número que passou para 26,5% no ano passado e chegou a 20% em 2011.

Compras

Sobre as compras, o levantamento mostra que 18% dos brasileiros usarão a segunda metade do dinheiro extra para este fim, percentual menor do que o registrado nos anos anteriores – 22,5% em 2009 e 22,4% em 2010.

O levantamento também constatou que uma parte dos brasileiros pretende viajar com a segunda parcela do décimo terceiro, 10% - percentual, aliás, maior do que o apurado em 2010, quando esta intenção era de 8,2%.

Outros usos atingiu 6% e 10% dos respondentes não souberam responder.

 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Notícias

Agricultores familiares do Norte da Bahia apostam na apicultura

Agricultores familiares de municípios do Norte da Bahia, como Campo Alegre de Lourdes, Casa Nova, Remanso, Pilão Arcado, Juazeiro, Uauá, Curaçá, Sobradinho e Sento Sé apostam na potencialidade que a apicultura oferece e se estão se especializando na produção de mel e cera.

Somente Campo Alegre de Lourdes, de janeiro a abril desse ano (melhor período para exploração da apicultura), comercializou cerca de 160 toneladas de mel. O valor do quilo do produto, na cidade, gira em torno de R$ 4,30. Dessa forma, a apicultura contribuiu para circulação no comércio local com aproximadamente R$ 666,5 mil reais.

Na região, a produção de mel, em 2011, ficou dessa forma: Remanso, com 64 toneladas toneladas; Pilão Arcado, 63t; Canudos, com 61t; Casa Nova, 62,08t; Juazeiro, 22,02t; Uauá, 26t; Curaçá, 17,24t; Sobradinho, 11,72t; e Sento Sé, com 858kg, totalizando, somente no território do Sertão do São Francisco, uma produção de 483.128 quilos de mel.

Cooperativismo

A cooperação que gera desenvolvimento
 
A cooperação que gera desenvolvimento

Cada vez mais, o mundo reconhece a força da cooperação. O tema teve sua importância respaldada pela própria ONU, que proclamou 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas, atenta ao impacto das cooperativas no desenvolvimento da sociedade.

O cooperativismo traduz um ideal socioeconômico de um tipo societário que carrega os valores da cooperação, forjados a partir das necessidades humanas que precedem, inclusive, as diretrizes contemporâneas do Estado Democrático de Direito. Tem como valores a adesão voluntária, a solidariedade, a cooperação, a colaboração, o interesse coletivo e o compromisso com a comunidade.

Atualmente, novos negócios estão surgindo inspirados nos ideais cooperativos, como as plataformas de compras coletivas, destinadas a tornar mais acessíveis produtos e serviços por meio da aquisição em grupo ou sites que compartilham conhecimento. Muitas mudanças em âmbito político, social e econômico têm ganhado força a partir de mobilizações feitas nas redes sociais. As pessoas estão cada vez mais atentas e sensíveis a questões relacionadas com sustentabilidade e predispostas a participarem de modelos de negócios colaborativos.

Neste contexto, as cooperativas de crédito têm se firmado no mercado financeiro como um sistema mais inclusivo, participativo e democrático. Os resultados gerados pelas cooperativas são repassados aos associados, os donos do negócio, proporcionalmente ao volume das suas operações e reinvestidos no lugar onde vivem, fortalecendo a economia local. Segundo a Woccu (World Council of Credit Union), são mais de 53 mil cooperativas de crédito no mundo, que movimentaram, em 2010, 1,45 trilhões de dólares em produtos, serviços e soluções financeiras. No Brasil, de acordo com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), o setor agrega 5,1 milhões de associados e 4,5 mil pontos de atendimento. São gerados cerca de 300 mil empregos por 6,65 mil cooperativas. O cooperativismo de crédito está alinhado aos pressupostos de crescimento sustentado, onde a organização das pessoas é a base do seu desenvolvimento.

Independentemente do ramo de atuação, a cooperação tem força para transformar o mundo num lugar mais humano, igualitário e sustentável.

Fonte: Jornal da Manhã - Ponta Grossa em 14/12/2011

Economia Solidária

Paul Singer discute a economia solidária com instituições públicas e privadas e políticas no Corecon-PR
 
Paul Singer discute a economia solidária com instituições públicas e privadas e políticas no Corecon-PR
 
O economista e Secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho  e Emprego, Paul Singer, vai participar de um painel de debate sobre “O Papel da Economia Solidária”. O evento que é voltado para lideres de diversas instituições públicas e privadas, será realizado na próxima quinta-feira (15)  na sede do Conselho Regional de Economia do Paraná - Corecon-PR (Rua Professora Rosa Saporski, 989 – Mercês), a partir das 14h30. O evento é voltado para convidados.

Durante o encontro, Singer irá apresentar o conceito de Economia Solidária, principal foco de suas pesquisas e de sua obra, além de sugerir as possíveis ações para Curitiba e região, e ainda citar exemplos bem sucedidos de outras partes do Brasil. Ele defende que é através da economia solidária é possível combater problemas históricos da sociedade brasileira como a miséria, o desemprego, a distribuição de renda e a hierarquização dos meios de produção e distribuição.

Um dia antes, na quarta-feira, Singer participa ao lado do prefeito Luciano Ducci, da inauguração da Feira Solidária.

Paul Israel Singer é formado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e tornou-se doutor pelo Departamento de Sociologia da mesma instituição. Aposentado compulsoriamente pelo governo militar com base no AI-5, foi um dos fundadores do Centro Brasileiro de Planejamento. Desde 1996 se dedica à Economia Solidária. Ele é autor de centenas de artigos e mais de vinte livros sobre economia, como “Introdução à Economia Solidária”, “Economia Política do Trabalho” , “Globalização e Desemprego: diagnósticos e alternativa”, entre outros.

Principais livros publicados

•  Introdução à Economia Solidária. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2002.
•  Para entender o mundo financeiro. São Paulo: Contexto, 2000.
•  Globalização e Desemprego: diagnósticos e alternativas. São Paulo: Contexto, 1998.
•  Uma Utopia Militante. Repensando o socialismo. Petrópolis: Vozes, 1998. 182 p.
•  Social exclusion in Brazil. Geneva: Internacional Institute for Labour Studies, 1997. 32 p.
•  São Paulo's Master Plan, 1989-1992: the politics of urban space. Washington, D.C.: Woodrow Wilson International Center for Scholars, 1993.
• O Capitalismo - sua evolução, sua lógica e sua dinâmica. São Paulo: Moderna, 1987..
• Dominação e desigualdade: estrutura de classes e repartição de renda no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
• Guia da inflação para o povo. Petrópolis: Vozes, 1980.
• Economia Política do Trabalho. São Paulo: Hucitec, 1977.
• A Crise do Milagre. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
• Curso de Introdução à Economia Política. Rio de Janeiro: Forense, 1975.
• A cidade e o campo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1972. Em co-autoria com CARDOSO, F. H.
• Desenvolvimento Econômico e Evolução Urbana. São Paulo: Editora Nacional, 1969.
• Desenvolvimento e Crise. São Paulo: Difusão Européia, 1968.

SERVIÇO: PAUL SINGER
Data: 15 de dezembro, às 14 h30
Local: Conselho Regional de Economia do Paraná (Rua Professora Rosa Saporski, 989 – Mercês)
Informações: 41 3336-0701 ou www.corecon-pr.org.br
O evento é restrito à convidados.

Fonte: Paranashop / Foto: Cecília Bastos em 14/12/2011

Economia Solidária

Rede de Saúde Mental e Ecosol realiza feira na Av. Paulista
 
Rede de Saúde Mental e Ecosol realiza feira na Av. Paulista
 
No último dia 10 de dezembro, em um sábado chuvoso a rede de Saúde Mental e Economia Solidária e a Cooperativa Social 18 de Maio realizaram a Feira de Natal Diferente na Paulista – VI Feira de Saúde Mental e Economia Solidária no Parque Mário Covas, situado na Avenida Paulista.

O secretário do Verde e do Meio Ambiente da Cidade de São Paulo, que cedeu o espaço para a feira, esteve presente e prestigiando o trabalho e as apresentações dos membros da Rede de Saúde Mental e Economia Solidária.

O pessoal da Rede manifesta o seu agradecimento a FETRACESP e Sandra Campos que ajudou para que a feira fosse realizada no parque Mário Covas. 
Fonte: Redação EasyCoop em 14/12/2011

Notícias

Rio Verde (GO) é município mais rico em produção agropecuária do Brasil

Conhecida como a capital do agronegócio em Goiás, Rio Verde se firma como o município mais rico em produção agropecuária do Brasil. Segundo dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta quarta-feira (14) pela Secretaria Estadual de Gestão e Planejamento (Segplan), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município do sudoeste do estado saltou da 12º posição no ranking nacional, em 2008, para a primeira colocação em 2009.

O ponto forte do município campeão no PIB do agronegócio, é a produção de carnes. Segundo o economista da Segplan Marcos Arriel, Rio Verde é o que mais produz aves e suínos no estado, além de ter o terceiro maior rebanho bovino. Boa parte dessa matéria prima abastece um dos maiores complexos de produção de alimentos da América Latina, instalado na cidade.

Mas os destaques não param por aí. No setor agropecuário, é o maior produtor de soja e sorgo em Goiás, segundo lugar no cultivo de milho e terceiro em produção de feijão, de acordo com dados Superintendência de Estatísticas, Pesquisa e Informações Sócioeconômicas (Sepin) da Segplan.

Para a superintendente a superintendente da Sepin, Lillian Prado, o salto dado por Rio Verde se deve, principalmente, à iniciativa privada. "O aumento na indústria de transformação e beneficianto gerou esse impacto positivo", diz Lillian. Ela também destaca a participação do governo por meio de programa de atração de investimentos, como o Poduzir, e os recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) e Agência de Fomento.

Em Goiás, depois de Rio Verde aparece Cristalina, com o segundo maior valor adicionado da agropecuária, seguida por Jataí, terceira no ranking estadual.

Potência

Segunda colocada no ranking estadual, Cristalina, situada no Entorno do Distrito Federal, aparece com o 11º maior PIB do Brasil. Mas a terra dos cristais é apontada pelo coordenador técnico da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Welington Vieira, como uma das maiores potências de Goiás para os próximos anos.

"Cristalina vai surpreender nas próximas pesquisas porque está se industrializando. Três indústrias alimentícias de grande porte foram instaladas lá recentemente. Além disso, o município produz uma série de produtos agrícolas que não são produzidos em outras regiões do estado", explica Welington.

Até 2009, ano referente à pesquisa divulgada nesta quarta-feira, o forte do município eram as culturas diversificadas (como trigo, batata, café, ervilha, milho e tomate), plantadas em terras boas, altas e bem servidas por recursos hídricos. A cidade possui mais de 500 pivôs centrais de irragação, o que a torna a com maior volume de irrigação do país. "Alguns produtores de trigo chegam a colher duas safras e meia no ano", diz o coordenador da Fieg.

http://g1.globo.com/goias/noticia/2011/12/rio-verde-go-e-municipio-mais-rico-em-producao-agropecuaria-do-brasil.html

Notícias


Maioria das cidades do Nordeste depende do governo para gerar riqueza.
A maior parte das cidades do Norte e Nordeste depende de salários e pensões pagos pelo governo para movimentar sua economia. Essa dependência atinge todas as cidades de Roraima e quase todas do Amapá -só Serra do Navio, com suas indústrias, fica de fora.

Dos 5.565 municípios brasileiros, 1.968 (35,4%) têm mais de ...um terço de sua economia dependente da máquina pública, mais especificamente da remuneração paga pela administração, saúde e educação públicas e pela seguridade social. Na região Nordeste, a situação se aplica a 76,3% dos municípios e no Norte, a 57,9%. Na outra ponta, a região Sul tem apenas 0,6% de seus municípios com essa dependência do governo.

As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Fazem parte de uma pesquisa que avaliou o PIB (Produto Interno Bruto) dos municípios brasileiros em 2009. Os dados são de 2009, mas foram divulgados somente agora.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos numa economia durante certo período. Isso inclui do pãozinho até o apartamento de luxo.

O IBGE considera o PIB dos municípios nos setores de agropecuária, indústria e serviços. Dentro do setor de serviços, está a administração pública, bem como os serviços financeiros.

Entre os municípios com maior dependência da máquina pública na sua economia, destacam-se Uiramutã (RR), com 80%, e Areia de Baraúnas (PB), com 71,4%.

Peso do governo no PIB dos municípios cresce nos últimos anos. O peso dessas atividades ligadas à administração pública em relação ao PIB nacional vem aumentando ao longo dos anos. Em 2005, a participação no PIB brasileiro era de 12,9%; em 2006, 13,1%; em 2007, 13,3%; em 2008, 13,4%; e chegou a 14,1% em 2009.

Houve um salto significativo de 2008 para 2009, afirma Sheila Zani, técnica do IBGE. Segundo ela, com a crise global em 2008, os setores de agropecuária e indústria tiveram seu rendimento fortemente afetado, com isso aumentando o peso do setor de serviços --onde se inclui a administração pública.
 
 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Economia Solidária

SP: IMS realiza oficinas e seminário sobre o Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário

Centro Público de Osasco recebe atividades sobre Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário do Estado de São Paulo



No início deste mês empreendimentos econômicos solidários do estado de São Paulo participaram de um encontro em Osasco – SP, que tratou de temas ligados ao Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário (SNCJS) e foi organizado pelo Instituto Marista de Solidariedade (IMS). No dia 06 ocorreu uma oficina de formação na qual foram discutidos temas ligados ao Sistema e análises da situação do processo de atuação do SNCJ. No dia seguinte, 07, ocorreu um seminário aberto sobre o SCJS que contou com a participação de cerca de 70 pessoas representando experiências de empreendimentos de Osasco: agricultura urbana, artesanato, confecção e alimentação.

Os facilitadores da oficina, o analista Anderson Barcellos e a assessora Claudia Lima, ambos do IMS, repassaram informações sobre a atual conjuntura do SNCJS, e construíram juntamente com os empreendimentos os retratos de comercialização e os planos de ação de acordo com os três eixos de atuação: Eixo I – Gestão e Formação, Eixo II – Segurança, Condições de Trabalho e Integração da Cadeia Produtiva e Eixo III – Meio Ambiente. A elaboração destes questionários são balizados nos 7 princípios e critérios do Comércio Justo e Solidário:
  1. Fortalecimento da democracia;
  2. Garantia de condições justas;
  3. Apoio ao desenvolvimento local;
  4. Respeito ao meio ambiente;
  5. Respeito a diversidade;
  6. Garantia de informação ao consumidor;
  7. Estímulo à integração de todos os elos da cadeia produtiva.

Durante a oficina os empreendimentos aprofundaram o debate sobre o que é Comércio Justo e Solidário e como buscar mecanismos para melhoria da produção, comercialização e consumo dentro dos princípios e critérios.

No dia seguinte ocorreu o Seminário aberto sobre o SNCJS que contou com a participação de cerca de 70 pessoas representando experiências de empreendimentos econômicos solidários de Osasco. O seminário teve como objetivo contribuir com o processo de integração de experiências de comercialização solidária locais, articular os atores envolvidos em processos de comércio justo e solidário no estado e debater o SNCJS.

O seminário iniciou-se com uma mesa de abertura contou com a presença da coordenadora do Programa Osasco Solidária do Centro Público de Osasco, Magali Onório; Anderson Barcellos e Claudia Lima, ambos do IMS; Felipe Pateo do Faces do Brasil e Marize Rodrigues, representando os empreendimentos de Osasco.

Após a abertura, ocorreu um debate sobre as estratégias e planos de ação, na perspectiva de pensar de que forma o SNCJS pode contribuir com a economia solidária no estado, quais os desafios para ampliar e consolidar o SNCJS no Estado e, por fim, como os atores e atrizes da Ecosol (Fórum, Conselho, Universidades, EES e outros) podem contribuir para a construção do SNCJS no Estado.

Finalizando o seminário, os participantes discutiram essas questões em grupos de trabalhos e ressaltaram a importância da Campanha da Lei da Economia Solidária, a troca de experiências e a criação de um Centro de Comércio Justo e Solidário como contribuição para consolidação do Sistema e apontaram como desafios: a produção coletiva, fortalecimento de redes de comercialização, conscientização do consumidor sobre todo o processo de produção, comercialização e consumo e investir na qualificação dos empreendimentos.

O projeto

O Projeto Nacional de Comercialização Solidária é executado pelo IMS (Instituto Marista de Solidariedade), em parceria com a Senaes/MTE (Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego), o FBES (Fórum Brasileiro de Economia Solidária), a Plataforma Faces do Brasil e o Centro Público de Economia Solidária de Osasco.

No estado de São Paulo as atividades do SNCJS ocorreram em parceria com o Centro Público de Economia Solidária de Osasco/SP. O Centro faz parte do Programa Osasco Solidária, que desde 2005 vem sendo impulsionado por uma lei municipal que prevê a criação de uma política de desenvolvimento e de fomento à economia solidária na cidade. O programa abrange a comercialização dos empreendimentos consolidados e dos que se encontra em processo de incubação.

O processo de incubação dos empreendimentos ocorre durante dois anos por meio de infraestrutura, cursos de capacitação e assessoramento direto. Além do processo de incubação, o Centro Público tem fomentado o fortalecimento de três redes de comercialização: Rede MAESOL (Mulheres Ativas e Solidária) – rede de alimentação, Rede Atosol (Atitude Trabalho Solidário) – rede com os artesãos e Rede da Costura.

No Centro acontece diariamente a comercialização dos produtos dos empreendimentos na loja solidária localizada dentro dos quase 700 metros quadrados do Centro. Outro ponto de comercialização dentro do Centro Público é o espaço de convivência, onde são vendidos lanches feitos por integrantes dos empreendimentos. O local funciona também como uma cozinha de capacitação e aprendizagem, na qual as mulheres aprendem novas técnicas e aperfeiçoam os produtos que venderão nos seus próprios comércios.

Neste espaço também existe um Telecentro de Inclusão Digital, com disponibilidade com 15 computadores equipados com softwares livres para a capacitação e inclusão de empreendedores. Outros cinco computadores da sala funcionam com acesso livre para o público.

Outra experiência do Centro Público é a Feira Móvel Solidária, que ocorre dentro de um ônibus locado pela prefeitura de Osasco, onde são comercializados alimentos orgânicos: temperos como ervas finas, folhas (alface, rúcula, agrião), plantas medicinais, verduras e legumes de agricultores urbanos da cidade.  A feira móvel ocorre todas as terças-feiras distribuindo e comercializando em toda a cidade de Osasco.

Confira mais fotos do evento:



http://paper.li/brunovideira/1312421433#

Cooperativismo

 
Coopicuí compra Máquinas e Equipamentos para a Cooperativa

O Presidente da Coopicui Mineração (Cooperativa dos Mineradores de Picuí – PB) Antonio Assunção Henriques com apoio do governo do estado que tem investindo no crédito e na orientação para o avanço do setor mineral na Paraíba, comprou sexta-feira (9) de dezembro de 2011 as máquinas e equipamentos para a cooperativa de mineradores de Picuí, o que vai  fortalecer a cadeia produtiva do setor mineral de nosso Município e região  impulsionando a produção do setor e melhorando as condições de vida dos mineradores que aguardam ansiosos pela chegada das máquinas e equipamentos. "Nosso objetivo é que a chegada das tecnologias melhore a produção do setor e traga melhorias às condições de trabalho e mude a realidade nos garimpos agregando valor à produção. Além das máquinas e equipamentos os garimpeiros cooperados receberão equipamentos de proteção individual (EPI´S) com o objetivo de reforçar as questões de segurança na atividade, além de um técnico em mineração dando suporte nas operações, ainda esta semana as máquinas estão chegando a nossa cidade aos que me criticaram só digo uma coisa esta é a hora de comemorar pois o negócio embalou e o inesperado aconteceu vamos comemorar, é o progresso chegando a nosso município, obrigado governador pela confiança depositada". Ressaltou Antonio Henriques.

    “O Curimataú e seridó pela primeira vez na sua história a Mineração está tendo Valor, Com a chegada das tecnologias iremos mudar o cenário econômico deste setor nos próximos anos, possibilitando aos garimpeiros a oportunidade de mostrar o potencial Mineral de nossa região além de trazer desenvolvimento econômico para nosso interior. Nunca tivemos tanto investimento técnico e financeiro como estamos tendo no governo de Ricardo Coutinho.” Comenta Antonio de Pádua Pesquisador e técnico em Mineração recém formado pelo IFPB Campus Picuí.

Cooperativismo

Coopervale é vendida para o SJ Supermercados por R$ 4,5 milhões
 
Coopervale é vendida para o SJ Supermercados por R$ 4,5 milhões
 
Em uma assembleia tumultuada, os associados aprovaram, por aclamação, a venda da Cooperativa de Consumo dos Empregados da Vale (Coopervale), para o SJ Supermercados, por R$ 4,5 milhões. A empresa, que tem sede em Contagem, foi indicada pela diretoria, por ser considerada a que apresentou melhor proposta. A decisão saiu nesta segunda-feira, 12 de dezembro, em Itabira.

O SJ vai pagar R$ 2 milhões na assinatura do contrato; R$ 1 milhão dividido de duas vezes: 50% na data de início da operação da loja e 50% trinta dias após; e R$ 1,5 milhão após 60 dias de operações. A rede também detalhou em sua proposta que não pretende paralisar as atividades e se dispõe a contratar todos os funcionários que atenderem seus requisitos de recrutamento e seleção.

Outras duas empresas formalizaram proposta de compra: o BH Supermercados, que ofereceu R$ 4 milhões, e a MGE Participações, que propôs pagar R$ 3,8 milhões. Manifestaram interesse também o Super Nosso Supermercados, que já teve loja em Itabira; o DMA Supermercado, dono da rede Epa, Via Brasil e Mart Plus; o Rex Supermercados; e o Hiperminas (Supermercados Araújo).

Para chegar ao resultado da venda, uma prospecção de mercado foi feita pela diretoria, com orientação do advogado especializado Hudson Navarro. Uma tabela com diversos critérios também foi elaborada para definir qual o melhor comprador. A diretoria chegou à conclusão de que o SJ Supermercados seria a empresa ideal para adquirir a Cooperativa, por oferecer o melhor preço e melhores condições de pagamento, entre outros itens.

Não deixaram o professor falar

Como havia poucos associados e a votação foi por aclamação – não teve contabilidade de votos –, alguns cotistas protestaram. O professor Fernando Moreira Cunha, membro fundador da Coopervale e presidente da Academia Itabirana de Letras, foi um deles. Ele tentou falar por algumas vezes ao microfone, mas foi impedido. Outros sócios até se manifestaram em público, mas Fernando não. Mesmo assim ele não ficou calado. Fez diversos questionamentos durante a assembleia e interrompeu a apresentação quantas vezes achou necessário.

Na hora da aclamação, quando o presidente Adilson José de Magalhães tentou dar o ultimato, mais confusão. Alguns se levantaram e protestaram, dizendo que o processo estava sendo conduzido de forma errada. Outros propuseram montar uma comissão paritária para acompanhar o desenrolar da situação, e só depois haver a definição de quem compraria a cooperativa. Mas no final, ficou decidido: o SJ é o novo dono da Coopervale.

Milhões

De acordo com o presidente, a decisão de vender o supermercado foi a única saída, frente à concorrência desleal. Adilson afirmou que cooperativas de consumo não têm mais subsídios do governo e precisam disputar o mercado de igual para igual com os demais supermercados. A diferença é que numa cooperativa as decisões não são tomadas com a mesma eficiência que em uma empresa com fins lucrativos, de acordo com ele.

A Coopervale tem uma dívida, de acordo com o presidente, de cerca de R$ 3 milhões – com tendência a aumentar. “Se não tivéssemos vendido, a situação iria piorar”, atesta. O dinheiro da transação será usado para quitar o saldo devedor, acertar os passivos trabalhistas e ressarcir as cotas dos associados. Cálculos que certamente ainda vão gerar muita discussão.    
 

Notícias

Sorocaba vai produzir tubos de plástico reciclado
 
Sorocaba vai produzir tubos de plástico reciclado
 
Uma unidade de beneficiamento de plástico à base de polímeros, como potes de sorvete e margarina, embalagens de detergente, xampu e óleo automotivo, será inaugurada amanhã em Sorocaba, a 92 km de São Paulo.

A fábrica será a primeira ligada às cooperativas de catadores do País a produzir tubos para canos de esgoto a partir de polímeros reciclados. O projeto é da Rede Cata-Vida de reciclagem, mantida pela organização não-governamental Centro de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento, Emprego e Cidadania (Ceadec). Em três linhas de produção, os plásticos serão lavados, moídos, secados e transformados em tubos para esgotos e mangueiras de irrigação.

A fábrica vai permitir a inclusão de novos catadores à rede, formada por cooperativas de catadores de materiais recicláveis que atuam em 11 municípios da região. O Cata-Vida já mantém uma usina de beneficiamento do óleo residual de fritura.

Fonte: Agência Estado em 13/12/2011

Cooperativismo

2012: Ano Internacional do Cooperativismo
 
2012: Ano Internacional do Cooperativismo  Por Arnaldo Jardim


Toda crise gera oportunidades. A 64ª Sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) estabeleceu 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas. Na esteira da crise financeira deflagrada em 2008 e que até hoje abala as principais economias globais, surge uma grande oportunidade para a disseminação e consolidação dos princípios que norteiam a atividade cooperativista em todo o mundo.

No Brasil, é um impulso a mais para termos, finalmente aprovados projetos de lei que há anos tramitam no Congresso Nacional, no sentido de estabelecermos um ambiente legislativo e regulatório favorável ao crescimento e desenvolvimento desta atividade econômica, cunhada pela responsabilidade social.

Em Nova York, pude acompanhar “in loco” o lançamento oficial sob o tema: Empresas Cooperativas Constroem um Mundo Melhor, junto com o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. É um acontecimento que merece ser comemorado, mas que também aumenta a nossa responsabilidade, assim como dos países membros da ONU e das entidades representativas como própria OCB, a OCESP, além das frentes parlamentares como a Frencoop Nacional, para disseminarmos suas vantagens:

– Enaltecer a importância do cooperativismo na redução de pobreza e na inclusão social;

– Mostrar “cases” de sucesso, como o das cooperativas agrícolas brasileiras, uma das principais forças motrizes da nossa economia;

- Encorajar governos a adotarem marcos regulatórios e políticas públicas favoráveis ao desenvolvimento das cooperativas;

- Estimular a proliferação de cooperativas como um modelo socioeconômico alternativo.


Desta maneira, a ONU de maneira definitiva, destaca a contribuição das cooperativas para o desenvolvimento socioeconômico, reconhecendo seu trabalho para a redução da pobreza, geração de emprego e integração social, por oferecerem um modelo de negócio que contribui para o desenvolvimento socioeconômico dos cooperados e das comunidades onde atuam.

O cooperativismo teve origem na Inglaterra, em 1844, por iniciativa de operários da cidade de Rochdale, que prejudicados pelo novo modelo industrial – em que as máquinas substituíram o trabalho artesanal e algumas atividades - procuraram outras formas de garantir o sustento de suas famílias. Desde então, o cooperativismo cresceu e as normas definidas por aqueles tecelões passaram a nortear as ações das cooperativas em todo o mundo.

Atualmente o cooperativismo está presente em mais de 100 países e soma mais de 800 milhões de cooperados, além de ser responsável por cerca de 100 milhões de postos de trabalho em todo globo. No Brasil já são mais de 6.650 cooperativas, com mais de 9 milhões de cooperados, onde destacam-se os ramos agropecuário, de crédito e de trabalho.

Em São Paulo, as comemorações do Ano Internacional do Cooperativismo tiveram inicio na Câmara Municipal, durante a solenidade organizada pelo Vereador Claudio Fonseca (PPS-SP), em que o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), Edivaldo Del Grande, recebeu o título de Cidadão Paulistano.

Destaco ainda que a União das Escolas de Samba Paulistanas (Uesp), entidade que reúne 68 agremiações carnavalescas, lançou o tema e o logotipo oficiais do Carnaval 2012. A entidade homenageia o setor com o lema “Cooperativismo dá Samba!” * (clique e confira o samba).

Em meio às festividades, não podemos esquecer que a luta em prol do cooperativismo continua. Cooperado da Credicoonai e, mesmo tendo conseguido vitórias importantes, como a aprovação da Lei Estadual do Cooperativismo, da Lei do Cooperativismo de Crédito e da inserção das cooperativas no Programa Minha Casa, Minha Vida, destaco os desafios que ainda estão por vir:

- Aprovação do Projeto de Lei 4622/04 que trata da regulamentação do cooperativismo de trabalho e se encontra na pauta de votação da Câmara dos Deputados;

- Revertido o Decreto Nº 55.938/2010 do Governo Estadual, que restringia a participação de cooperativas em licitações públicas, devemos buscar modificar outros decretos semelhantes;

- Aprovarmos o novo texto do Ato Cooperativo.

Diante da minha experiência consigo estabelecer vínculos entre os princípios que norteiam o cooperativismo com a necessidade de repensarmos um novo modelo de economia que desejamos para as próximas décadas, tais como: a adesão voluntária e livre, o interesse pela comunidade, a autonomia e independência, a educação, formação e informação, a gestão democrática, a participação econômica dos membros, a intercooperação, além, é claro, da responsabilidade social.

Aprovar um marco regulatório capaz evitar a bitributação e contemplar as especificidades dos diferentes ramos cooperativismo significa “um divisor de águas”, um impulsiono para o crescimento do setor em todo País, contribuindo assim, para um desenvolvimento com distribuição de renda, mais justo, base para edificar uma grande Nação.

Deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) – Diretor da Frencoop – Frente Parlamentar pelo Cooperativismo.
e-mail: arnaldojardim@arnaldojardim.com.br
Site oficial: www.arnaldojardim.com.br
blog: www.arnaldojardim.com

Cooperativismo

Cooper-Rita investe em usina para beneficiamento de leite

A Cooperativa Regional Agropecuária de Santa Rita do Sapucaí (Cooper-Rita), localizada no Sul de Minas, investiu cerca de R$ 9 milhões na construção de uma usina de beneficiamento para ampliar a produção de leite longa vida. Até então, o leite in natura da cooperativa era beneficiado em São Paulo e retornava ao Estado para ser comercializado.
Com a usina própria, que possui capacidade para beneficiar 300 mil litros de leite por dia, a Cooper-Rita concentrará todo o processo produtivo em Minas Gerais, o que reduzirá os custos de produção, aumentará a competitividade da cooperativa no mercado e agregará valor ao produto no Estado, ampliando sua lucratividade. A estimativa é de que o faturamento alcance R$ 160 milhões em 2012.

De acordo com o presidente da Cooper-Rita, Luiz Fernando Ribeiro, o investimento foi estimulado pelos incentivos concedidos pelo governo de Minas, como isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e financiamento do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
Segundo Ribeiro, a nova estrutura garante produção diária de 10 mil litros de leite e, com os equipamentos, a Cooper-Rita passará a beneficiar leite in natura de outras associações e cooperativas que não têm usina.

"A princípio, a unidade funcionará com apenas um equipamento de beneficiamento do leite, mas devemos atingir o volume máximo de produção até meados de 2012, quando a segunda máquina, com capacidade equivalente, entrará também em funcionamento", diz Ribeiro.

Atualmente, a Cooper-Rita possui cerca de mil associados, dispostos em 40 municípios do Sul de Minas, com captação diária de 140 mil litros de leite. São produzidos derivados, como queijos, manteiga, iogurtes, bebidas lácteas, etc. A cooperativa produz, também, cerca de 200 mil sacas de café por safra. Toda a produção é destinada ao mercado de São Paulo e região Sul de Minas.

Notícias

Classe C consome 1/3 dos alimentos no país

Conforme a CNA, o potencial de consumo da classe C brasileira não está sendo aproveitado.

Brasília - Apenas um terço de toda produção agropecuária do Brasil é consumida pela classe C. A conclusão é de um estudo divulgado ontem pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). De acordo com a presidente da entidade, senadora Kátia Abreu, o potencial de consumo da classe C não está sendo aproveitado.

A classe média, em tese, deveria representar metade do consumo agropecuário, já que ela representa metade da população. "As políticas públicas precisam ser direcionadas para que essa classe se fortaleça e consuma em paz, sem endividamento", afirmou a senadora.

Segundo ela, o país tem potencial para aumentar a produção de carnes e grãos, porém isso tem que ser feito de forma planejada, em equilíbrio com a capacidade de consumo das famílias, especialmente da classe C, que é onde está "o grande potencial de consumo".

A pesquisa separou a classe média brasileira em três subgrupos de acordo com critérios como renda, religião, preferências políticas e nível de escolaridade: a classe C tradicional (41%), a nova classe C (39%) e a nova classe C- (20%).

A principal distinção observada entre os subgrupos do estudo é o nível de satisfação com a vida. Enquanto a tradicional e a C reportam sentimentos de esperança e alegria, a C-, com menor renda e menor escolaridade, permanece preocupada e decepcionada, segundo o estudo.

A classe C- corresponde a 20% do segmento e é onde estão os principais problemas. A pesquisa mostra que essa classe ascendeu socialmente, mas ainda tem uma série de dificuldades, inclusive em termos profissionais. "Esse grupo é menos escolarizado e por isso aproveita menos as oportunidades criadas nos últimos anos. Eles precisam se habilitar", afirmou Kátia Abreu.

O levantamento destacou também que, apesar do incremento do poder aquisitivo, os brasileiros de classe média continuam endividados -28% do total constam no cadastro de inadimplentes do SPC/Serasa e, desse total, 33% são da nova classe C.

As dificuldades financeiras, entretanto, não impedem que 46% dos entrevistados possuam cartão de crédito e consigam comprar bens de consumo antes inacessíveis. Entre os entrevistados, 40% já têm automóvel. A CNA ouviu 2 mil pessoas acima de 16 anos e com renda familiar mensal entre R$ 1,2 mil e R$ 5,2 mil (aproximadamente 2,5 a 9,5 salários mínimos). As entrevistas foram feitas entre os dias 16 e 24 de outubro.

Fonte: Diário do Comércio

Cooperativismo

Capel trabalha educação ambiental

Conscientizar crianças e adolescentes sobre a responsabilidade com o meio ambiente através da arte e da diversão. Com esse objetivo a Cooperativa Agropecuária de Resplendor Ltda (Capel) trouxe ao município, em parceria com a Tetra Pak, o Teatro Itinerante.

O projeto visa promover educação ambiental, além de cultura e lazer às comunidades por onde passa através da apresentação de fantoches, que trabalham junto às crianças e seus familiares, noções sobre a importância da coleta seletiva de lixo, a reciclagem de materiais e a preservação do meio ambiente em geral.
O grupo teatral, que se apresenta nas regiões Sul e Sudeste de Minas, expõe o tema ambiental à comunidade escolar encenando uma história criativa, bem-humorada, e baseada na educação, sustentabilidade e reciclagens para as crianças.

Os pequenos receberam uma cartilha com uma síntese do espetáculo, jogos interativos sobre os temas encenados e canetas recicladas com plásticos e alumínios de embalagens da Tetra Pak.

Além das ações de educação, no último dia 04/12, a Capel destinou seus antigos equipamentos de informática, o chamado "lixo eletrônico", para uma empresa especializada na reciclagem desse tipo de material.

Nos últimos dois anos, a cooperativa também vem renovando a sua frota de veículos. Já são 30 caminhões menos poluentes e que demandam menos consumo de combustível, economizando em manutenção para aplicar em práticas ambientais corretas.

Cooperativismo

Presidente da OCB destaca benefícios do Ano Internacional das Cooperativas

A declaração da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2012 como Ano Internacional das Cooperativas confirma a contribuição efetiva do movimento cooperativista mundial para a redução da pobreza, a partir da geração de  trabalho e renda. Esta é a avaliação do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, que destaca a oportunidade de "consolidar o cooperativismo como alternativa socioeconômica sustentável e como o caminho para o crescimento de várias nações".

"O cooperativismo realmente desperta nas pessoas o espírito empreendedor e as inclui social e economicamente. Tanto é assim que hoje mobiliza cerca de 1 bilhão de cidadãos em todo o mundo. No Brasil, especificamente, esse número chega a 30 milhões", afirma.

Em 2012, o cooperativismo terá a chance de mostrar como contribui para o desenvolvimento global por meio da prática dos seus valores e princípios, alicerçados na união e integração. De acordo com Márcio Lopes, com a disseminação da essência do propósito cooperativista a um número maior de pessoas, valorizando o capital humano, a tendência é o aumento do número de cooperados.

"Mas isso não deve ocorrer de imediato e sim gradativamente. E nesse processo poderemos presenciar o surgimento de novas cooperativas ou a expansão daquelas já existentes. Essa é, inclusive, uma dinâmica que tem ocorrido. As organizações estão se juntando com o objetivo de ganhar escala no mercado. A ideia é mostrar como rabalhamos, sensibilizando as pessoas e convidando-as a fazer parte desse movimento", explica.

De acordo com o líder do cooperativismo brasileiro, a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) já iniciou um trabalho de sensibilização dos  epresentantes das Nações Unidas para que 2012 seja o primeiro ano de uma década dedicada a um fomento mais intenso à prática cooperativista. "O Brasil, como membro da ACI, e nós, cooperativistas brasileiros, apoiamos essa ação e disseminaremos a ideia no governo brasileiro no momento oportuno".

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Economia Solidária

Biodiesel: produção de oleaginosas da agricultura familiar incrementa aquisição por usinas

Biodiesel: produção de oleaginosas da agricultura familiar incrementa aquisição por usinas

Responsável pela produção da maior parte dos alimentos que chegam, todos os dias, à mesa dos brasileiros, a agricultura familiar começa a se destacar, também, na produção e venda das oleaginosas que dão origem a uma das mais importantes fontes de energia renovável do planeta: o biodiesel. As novas culturas, que convivem cada vez mais com a produção de alimentos — prioridade dos agricultores familiares —, já propiciaram que, nos três primeiros trimestres deste ano, as aquisições da matéria-prima do combustível (grãos e óleos) realizadas pelas usinas de biodiesel atingissem R$ 1,15 bilhão. A previsão é de que o total chegue a R$ 1,4 bilhão até dezembro, com crescimento de 32% em relação ao R$ 1,058 bilhão de 2010, quando as vendas dispararam 56% em comparação aos R$ 677,34 milhões de 2009.

O cálculo é do coordenador geral de Biocombustíveis da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Marco Antônio Viana Leite. De acordo com ele, mais do que um complemento na renda dos pequenos agricultores, o biodiesel representa uma reserva de mercado para todos os produtores de oleaginosas, sejam eles de médio e grande portes da Região Sul, onde já estão mais organizados; de menor porte, no Centro-Oeste, onde a maioria vive em assentamentos; ou produtores de mamona no Nordeste, região onde vivem cerca de 40% dos agricultores familiares.

Para Marco Antônio, a previsão de crescimento de 32%, em reais, para este ano, se confirmada, é bastante significativa, ainda que o volume por agricultor registre aumentos menores. “O que ocorre, na verdade, é um aumento da produtividade e, eventualmente, da área plantada, por parte dos agricultores familiares”, observa. Especificamente em relação à soja, os grandes agricultores ainda respondem pela maior parte da produção e da venda, em termos de volume bruto. Mas a tendência, de acordo com o coordenador da SAF, é que a diferença vá diminuindo. “Estamos com uma nova Instrução Normativa, que deve entrar em vigor ainda este ano, e que aumenta a obrigatoriedade de compra de percentuais da agricultura familiar. Então, no médio prazo, caminhamos para um equilíbrio”, analisa Leite.

O biodiesel é um combustível renovável derivado de óleos vegetais, como soja, girassol, mamona, soja, babaçu e demais oleaginosas, ou de gorduras animais, usado em motores a diesel. Desses óleos vegetais que compõem o biodiesel, a soja responde por 84%. Para se identificar, em todo o mundo, a concentração do biodiesel na mistura com o diesel mineral, convencionou-se usar a letra B seguida do número que corresponde à quantidade de biodiesel na mistura. Assim, se uma mistura tem 5% de biodiesel, é chamada B5; se tem 20% de biodiesel, é B20. Atualmente, o biodiesel vendido nos postos pelo Brasil possui 5% de biodiesel (B5).

A elevação desse percentual para, por exemplo, 6%, como defendem alguns especialistas, seria bem-vinda na medida em que aumentaria a quantidade de energia limpa utilizada e reduziria a emissão de poluentes como monóxido de carbono e enxofre. Mas essa alteração ainda depende de algumas adequações. Segundo Marco Antônio, o aumento será interessante para o Brasil se vier acompanhado de inclusão social, produtiva e de uma política que atenda todas as regiões e não apenas as mais competitivas. “Não se trata de um simples aumento; tem um contexto ambiental, social, econômico, microrregional, territorial. Caso contrário, corremos o risco de ficar igual à cana, cuja produção está concentrada em São Paulo”, alerta.

O Programa

  Criado pelo Governo Federal em janeiro de 2005, por meio da Lei 11.097, o Programa Brasileiro de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) surgiu com a finalidade de estimular a produção e uso do biodiesel de forma sustentável, com enfoque na inclusão social e no desenvolvimento regional, via geração de emprego e renda. O PNPB prevê, entre outras vantagens, a redução de tributos federais sobre a produção de biodiesel, desde que as empresas produtoras incluam, em seus projetos, a agricultura familiar, obtendo, assim, o Selo Combustível Social, um instrumento de incentivo ao setor produtivo e que tem contribuído para o desenvolvimento do programa. O resultado, após seis anos, é que, praticamente, todos os projetos no mercado contam com a participação dos agricultores familiares.

Graças ao PNPB, existem, atualmente, 63 Polos de Biodiesel no Brasil, que abrangem 1.091 municípios, onde o MDA concentra esforços de organização da base produtiva de diferentes tipos de oleaginosas produzidas pela agricultura familiar. Os polos de produção de biodiesel do Ministério também identificam as potenciais áreas produtoras e realizam ações de integração entre as empresas interessadas em trabalhar na região.

“Poderíamos definir da seguinte maneira: dentro do Programa Brasil Sem Miséria temos três motes. O primeiro são as políticas de transferência de renda, como o Bolsa Família; o segundo, é o acesso a políticas públicas, como o Luz Para Todos; e o terceiro, a inclusão produtiva Então, o PNPB vem nessa direção. Claro que com dificuldades, com desafios, mas que estão sendo superados nessa caminhada”, avalia Marco Antônio.

No Brasil, o número de agricultores que participam do PNPB passou de 15 mil em 2005, para 51 mil em 2009, e alcançou 100 mil em 2010. A previsão é de que, em 2011, chegue a 112 mil. Para se ter uma ideia da importância dessa evolução, em termos regionais (Nordeste), esses números foram, respectivamente, de 16 mil, 17,7 mil, 41 mil e projeção de 45 mil para 2011. O aumento dessa participação, no entanto, depende de resultados de pesquisa, desenvolvimento e investimento (PD&I) em oleaginosas sustentáveis e de incentivos para compensar as desvantagens competitivas das regiões mais carentes.

Na Região Norte, o Programa de Produção Sustentável de Palma de Óleo funciona como alternativa estratégica para a diversificação de matérias primas para o biodiesel, geração de energia para comunidades isoladas, recuperação de áreas degradadas, regularização fundiária e geração de renda. Atualmente, existem 10 empresas já instaladas ou em processo de instalação realizando parcerias com 2.000 famílias de agricultores familiares que acessam o Pronaf Eco Dendê.

A grande importância da produção de biodiesel está nos benefícios sociais e ambientais que esse novo combustível pode trazer. Além de representar uma alternativa de energia limpa, o biodiesel contribui para a geração de empregos no setor primário, algo bastante relevante em termos de desenvolvimento social. Com isso, evita-se o êxodo do trabalhador no campo e se reduz o inchaço das grandes cidades, favorecendo o ciclo da economia autossustentável, essencial para a autonomia do país.

Para o economista da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, Daniel Furlan Amaral, a agricultura familiar é o grande diferencial do PNPB. “O olhar do governo para o pequeno produtor é um ponto muito positivo. E não só para o produtor de soja, mas também de outras culturas que passaram a ser mais incentivadas, como a canola, a palma e a mamona. Do mesmo modo, outras regiões passaram a ser mais valorizadas, como o Norte e Nordeste”, explica. Furlan também elogia as revisões feitas pelo governo, por meio de Instruções Normativas, no Selo Combustível Social, concedido aos produtores que promovam, comprovadamente, a inclusão e o desenvolvimento regional.

Selo

  Dentre os benefícios que o selo propicia aos produtores de biodiesel, destacam-se o regime diferenciado nos tributos PIS/Pasep e Cofins, bem como participação assegurada de 80% do biodiesel negociado nos leilões públicos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Atualmente, 35 empresas já operam com o Selo Combustível Social, estimulando e fortalecendo mais de 100 mil famílias e 60 cooperativas de agricultores familiares produtoras de oleaginosas em todo o País, dentro de um parque industrial composto por 60 usinas.

Da capacidade total de produção de biodiesel comercializada no País em setembro de 2011 (6,0 milhões de m3 por ano), quase 90% (ou 5,4 milhões) tinham o selo. Até o fim de 2010, 60% das usinas de biodiesel em todo o País trabalharam com agricultores familiares e apresentavam o selo. Para participar do mercado de matéria-prima do biodiesel, os agricultores familiares ou cooperativas podem ofertar seu produto a uma empresa produtora do combustível que possua o selo.

Até agosto de 2011, o Centro-Oeste e Sul respondiam pela maior participação regional da produção de biodiesel, com, respectivamente, 38,9% e 38%. Apesar da liderança, a região Centro-Oeste vem perdendo espaço a cada ano, já que em 2008 respondia por 45,1% da produção, enquanto o Sul apresentava apenas participação de 26,8%.

No cenário mundial, desde os anos 1990, vários países começaram a avançar na produção e consumo do biodiesel, motivados basicamente pela consolidação do conceito de desenvolvimento sustentável. O Brasil tem se situado sempre entre os três maiores produtores e consumidores, com pequenas diferenças em relação aos líderes. Na produção e no uso do biodiesel, a Alemanha está na frente com, respectivamente, 2,611 bilhões de m3 e 2,764 bilhões. Em termos, ainda, de produção, o Brasil aparece em 2º. lugar, com 2,397 bilhões e a Argentina em 3º. lugar, com 2,056 bilhões. Já o segundo maior consumidor é a França, com 2,689 bilhões, seguida do Brasil, com 2,449 bilhões de m3.

Cooperativas

  Outra forma de organização estimulada pelo Governo Federal para o desenvolvimento do biodiesel são as cooperativas. As usinas com o Selo Combustível Social podem adquirir diretamente dos agricultores familiares ou de suas cooperativas agropecuárias. Com a venda coletiva, em grandes quantidades, é sempre possível negociar melhores preços com as empresas. Em 2008, a participação das cooperativas era semelhante à venda de agricultores familiares mas, depois, no ano passado, passou a ser o dobro. “Estamos dando foco nas cooperativas porque se o agricultor familiar tiver um empreendimento dele, futuramente ele poderá deixar de ser vendedor de soja ou de óleo e virar um produtor de biodiesel, efetivamente”, disse Marco Antônio.


Fonte: jornal dia dia em 07/12/2011

Cooperativismo

Indústria que comprar lixo reciclável de cooperativas terá IPI reduzido

As indústrias que comprarem resíduos sólidos recicláveis de cooperativas de catadores de lixo, e usá-los como matéria-prima ou produto intermediário de sua produção, terão redução no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A medida foi publicada em novembro pelo Decreto nº 7.619 e será válida até 31 de dezembro de 2014. Ela determina descontos variáveis sobre o produto final, de acordo com tipo e quantidade de material reciclável utilizado. O produto com matéria-prima originada de plástico e vidro terá redução de 50% no IPI. No caso de papéis e resíduos de ferro, o desconto no imposto será de 30%. Já resíduos de cobre, alumínio, níquel e zinco permitem o abatimento de 10%. Para ter dire ito a essa redução, é obrigatória a emissão de nota fiscal comprovando a compra do material reciclável. O valor descontado dos produtos deve ser registrado na nota emitida pela empresa que adquiriu os resíduos para reciclagem. A redução no IPI só será concedida se o produto final não estiver isento, suspenso ou imune do imposto.