terça-feira, 28 de maio de 2013

Notícias

Mercado prêvê aumento da Selic
Analistas esperam que a taxa suba para 7,75% ao ano
Brasília, 28/5/2013 - Analistas de instituições financeiras consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) esperam por elevação de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, na próxima quarta-feira (29/05). O BC usa a taxa Selic como instrumento para calibrar a inflação. Atualmente a taxa está em 7,50% ao ano, depois de ter subido 0,25 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC do mês passado. Neste mês, a reunião está marcada para terça e quarta-feira (28 e 29/05). Ao final do ano, a expectativa das instituições financeiras é que a Selic esteja em 8,25% ao ano – previsão que se mantém inalterada há cinco semanas. Para o final de 2014, a projeção subiu de 8,25% para 8,50% ao ano.
 
A expectativa de aumento da Selic acontece devido à alta da inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador do governo para a meta de inflação, ficou em 6,49% em 12 meses encerrados em abril. O resultado ficou um pouco abaixo do teto da meta, que é 6,50% para o ano. O centro da meta, que deve ser perseguida pelo BC, é 4,50%.
 
De acordo com as expectativas dos analistas, o IPCA deve encerrar este ano em 5,81%, contra 5,80% previstos na semana passada. Para 2014, a mediana das expectativas (que desconsidera os extremos nas projeções) permanece em 5,80%.
 
No último dia 21, o presidente do BC, Alexandre Tombini, ressaltou que a inflação, depois de atingir picos no primeiro trimestre, começou a desacelerar e tende a continuar em queda nos próximos meses. Em audiência pública na Câmara dos Deputados, Tombini assegurou que os preços estão sob controle e que não há risco de o índice oficial fechar o ano acima do teto da meta.
 
A pesquisa do BC a instituições financeiras também traz projeções para outros índices de inflação. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) passou de 4,90% para 4,92%, neste ano e segue em 5%, em 2014.
 
A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi alterada de 4,39% para 4,36%, neste ano e permanece em 5,10%, em 2014. Para o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 4,50% para 4,40%, este ano e de 5,30% para 5,28%, em 2014.
 
Fonte: Agência Brasil)

Economia Solidária

Consumo consciente para uma sociedade mais sustentável

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Acordar, tomar banho, se alimentar, sair de carro, pegar elevador até o andar do escritório, ligar o computador, ir até o cafezinho… Todas essas ações fazem parte do nosso cotidiano e acarretam impactos ambientais, sociais e econômicos. Se por um lado há quem não perceba que suas atitudes impactam o coletivo e têm efeitos em longo prazo, por outro existem aqueles que consomem de acordo com os recursos – naturais e econômicos – que possuímos, sem esquecer as gerações futuras.

“A proposta do consumo consciente não é parar de consumir, nem passar fome, mas sim consumir de maneira diferente. Sua família vai continuar se alimentando bem, sem desperdiçar, e você vai economizar muito além de alimentos”, explica Estanislau Maria de Freitas Junior, coordenador de comunicação e conteúdo do Instituto Akatu. O consumo consciente, juntamente com a educação e as políticas públicas, é uma das três bases para se conseguir uma sociedade mais sustentável. Estanislau vê como os dois principais resultados desta prática o ganho em qualidade de vida e a economia. “Seguindo princípios de um consumo consciente você vai ter mais tempo útil, de lazer, prestar mais atenção no ambiente do entorno, fazer mais atividade física, além de sentir a diferença no próprio bolso também. Ao economizar recursos como água e energia elétrica, evitar o desperdício e comprar o necessário você vai automaticamente gastar menos. O mais importante é dar o exemplo”.
 
Tipos de Consumidores – O Instituto Akatu e o Instituto Ethos apresentaram em dezembro o levantamento inédito “O Consumidor Brasileiro e a Sustentabilidade: Atitudes e Comportamentos frente o Consumo Consciente, Percepções e Expectativas sobre a Responsabilidade Social Empresarial. Pesquisa de 2010 que revelou, entre os resultados positivos, a manutenção do percentual de consumidores “conscientes” em 5%.
 
Considerando-se o aumento populacional alcançado, o resultado implica um crescimento de cerca de 500 mil consumidores aderindo a valores e comportamentos mais sustentáveis. “Juntamente com os 23% de consumidores ‘engajados’, eles formam o núcleo mais mobilizado e acabam se tornando os multiplicadores das ideias de sustentabilidade e consumo consciente”, conta Estanislau.
 
Entretanto, por outro lado, a pesquisa, que ouviu 800 mulheres e homens maiores de 16 anos, de todas as classes sociais e regiões do país, constatou o crescimento (de 25% para 37% do total) do segmento de consumidores mais distante desses valores e comportamentos, o grupo chamado de “Indiferente”. Este aumento de consumidores “indiferentes” é atribuído à ascensão social e à incorporação no mundo do consumo de uma parte signifi cativa da população brasileira, verifi cados especialmente ao longo dos dois governos do presidente lula. De acordo com o estudo, apesar de o termo sustentabilidade estar tão na moda, muita gente não conhece o seu signifi cado: no Brasil, 56% dos consumidores nunca ouviram falar em sustentabilidade. Dos que conhecem, poucos se interessam e transformam o seu signifi cado em prática cotidiana.
 
A aposentada Analice Cruz fez o teste do consumidor consciente no site do Instituto Akatu e obteve o resultado “Indiferente”, o tipo que tem consciência do que deve ser feito, mas falha na hora de pôr em prática. “Sei que tenho que fazer, mas não sei como começar. Falta incorporar a cultura da sustentabilidade e do consumo consciente, cada um fi ca esperando o outro fazer e todo mundo termina fi cando de braços cruzados. É uma questão de educação”, diz ela. A aposentada reconhece que desempenha algumas práticas do consumo consciente, como não desperdiçar comida, planejar o que vai comprar e optar por produtos que consumam menos energia: “Só vou ao mercado com uma lista de compras, assim não caio na tentação de levar o supérfluo e desnecessário. Por isso, sempre reflito antes de colocar no carrinho algo que não tinha sinalizado a necessidade anteriormente”.
 
O estudante de Oceanografia e voluntário do Greenpeace na Bahia, Mateus Felipe Tavares, chama a atenção para pequenas mudanças no comportamento que podem fazer a diferença: “Além de reduzir a quantidade de material consumido, algo que infelizmente nem todo mundo aceita, como deixar de comprar por simples prazer ou deixar de pegar aquele saquinho do mercado. Pode-se optar por produtos feitos a partir de materiais reciclados, tentar aprender a fazer novos objetos a partir daquilo que já possui e descartaria e, principalmente, consumir mais orgânicos e produtos locais”.
 
Para ele, outra forma de exercer seu papel consciente é estar atento para o fato de que as empresas atendem às tendências de mercado. “Havendo consumidores mais preocupados com  causas socioambientais, teremos produtos mais preocupados também”. Beatriz luz, da área de Desenvolvimento Sustentável da Braskem, concorda com o raciocínio: “O consumidor bem informado tem consciência do impacto de seu consumo e procura atuar de forma responsável dando exemplo e incentivando as boas práticas dentro de casa, na empresa onde trabalha e na comunidade onde vive”.

Notícias

  
Agricultores familiares geram renda com plantas medicinais.
Por Paloma Brito, Secretaria da Agricultura Familiar do MDA.

Uso de fitoterapia no SUS permite que famílias apostem no cultivo de insumos para farmácias de manipulação e indústrias de medicamentos para aumentar a renda mensal
Agricultores familiares geram renda com plantas medicinais
Agricultores exibem a colheita de plantas medicinais 
                        
A produção orgânica de plantas medicinais e aromáticas tem se tornado uma alternativa rentável para a agricultura familiar. O uso da fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS) amplia a demanda por tinturas e extratos secos – insumos para farmácias de manipulação e indústrias de medicamentos.

A alternativa é rentável e sustentável. O casal Sidney e Roseli Eurich, por exemplo, passou de uma renda mensal média de R$ 90 para R$ 1,2 mil em cinco anos de dedicação ao plantio de alcachofra, melissa, alecrim, capim limão, orégano e tomilho. “Nos quatro meses de época da melissa, tiramos até R$ 4 mil”, conta Roseli, que também produz feijão, milho, ovos e legumes.

Com certificação orgânica pela Ecocert, a família preserva mata em 70% de seus 21 hectares, em Arvoredo (PR), uma das cidades cobertas pela assistência técnica do Instituto Agroflorestal Bernardo Hakvoot (IAF).

Desde 2005, o IAF ajuda a formar sistemas agroflorestais de 160 famílias agricultoras com certificação de responsabilidade ambiental e social. “As plantas desidratadas são matéria-prima para cosméticos, fármacos e chás”, explica o agrônomo da IAF, Douglas Dias de Almeida.

Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo também são grandes produtores, mas as iniciativas semelhantes estão sendo fomentadas em todo o País. Há três anos, por exemplo, uma associação de mulheres desenvolve cosméticos à base da palmeira gueroba (Syagrus oleracea), em Buriti de Goiás. Além das 13 mulheres da Associação dos Ipês, 120 famílias da região coletam os frutos da gueroba de seus pastos.

Na mini-agroindústria da Associação, a torta da farinha da amêndoa serve para doces ou ração animal. O óleo das amêndoas vai para a uma fábrica terceirizada que faz sabonete, loção e óleo de massagem corporal. “O cosmético é vendido de porta em porta e em feiras regionais ou nacionais, como a Feira Nacional da Agricultura Familiar”, diz Lourdes Cardozo Laureano, uma das coordenadoras técnicas da Articulação Pacari, rede formada por grupos comunitários que trabalham com plantas medicinais do Cerrado em Minas Gerais, Tocantins, Maranhão e Goiás.

Economia Solidária

O que é Economia solidária?

                                    
Iniciativas

Nas últimas décadas, as mudanças socioeconômicas ocorridas no mundo levaram ao aumento da informalidade e do trabalho precário. Uma situação na qual boa parte dos trabalhadores se sujeita a qualquer ocupação para garantir a sobrevivência, mesmo que seus direitos sociais não sejam atendidos. No entanto, surgiram outras formas de organização do trabalho como alternativa de geração de renda.
 
A economia solidária é uma dessas formas, além de ser um instrumento de inclusão social. É um jeito diferente de produzir, comprar, vender e trocar o que é necessário para viver, sem que haja vantagem para um ou outro lado da negociação. As atividades da economia solidária se opõem à exploração do trabalho e dos recursos naturais e promovem o desenvolvimento sustentável, ou seja, o crescimento econômico em harmonia com a proteção da natureza.
 
Cooperativas e associações visam dividir os resultados dos negócios entre os produtores
São exemplos de empreendimento econômico solidário: cooperativas, associações, grupos de produção e clubes de trocas que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário. Essas organizações têm algumas características em comum. Entre elas o fato de serem empreendimentos coletivos; de terem atividades permanentes ou principais que são a razão de ser da organização; de serem constituídas por trabalhadores urbanos ou rurais que exercem a gestão das atividades de maneira coletiva e dividem os resultados; e de poderem ou não ter registro legal (prevalecendo a existência real ou a vida regular da organização).
 
A economia solidária ganhou força no Brasil com o apoio de instituições e entidades a iniciativas associativas comunitárias e com a constituição de cooperativas populares, feiras de cooperativismo e redes de produção e comercialização. Em 2003, foi criado o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) e hoje há fóruns locais e regionais para debater e promover o assunto. A atividade ganhou também o apoio de governos municipais e estaduais, o que levou a um aumento no número de programas de economia solidária, como bancos do povo, centros populares de comercialização e projetos de capacitação.
 

domingo, 26 de maio de 2013

Notícias

Brasil perdoa 900 milhões de dólares em dívidas de países africanos

Medida anunciada durante as celebrações dos 50 anos da União Africana visa reforçar relação do País com o continente
               
por AFP publicado 25/05/2013 15:32
 
ADIS ABEBA (AFP) - A Presidência da República anunciou neste sábado 25, em Addis Abeba, na Etiópia, a anulação de 900 milhões de dólares em dívidas de 12 países africanos, durante as celebrações do cinquentenário da unidade africana. "Manter relações especiais com a África é estratégico para a política externa brasileira," explicou à imprensa o porta-voz da presidenta Dilma Rousseff, Thomas Traumann.

Dilma foi a Addis Abeba para as celebrações, em sua terceira viagem à África em três meses.

Dos 12 países que terão suas dívidas perdoadas, os principais beneficiados serão a República do Congo (Brazzaville), com uma dívida de 352 milhões de dólares cancelada, e a Tanzânia, com 237 milhões. Entre os outros países a serem beneficiados estão Costa do Marfim, Gabão, Guiné, Guiné-Bissau, República Democrática do Congo e São Tomé e Príncipe.

Traumann explicou que a medida é destinada a dinamizar as relações econômicas entre o Brasil e a África, continente que tem registrado forte crescimento econômico.
Dilma está entre os líderes mundiais que participam do jubileu de criação da Organização da Unidade Africana (OUA), substituída em 2002 pela União Africana e com sede na capital etíope.

Também participaram das celebrações o presidente francês François Hollande, o secretário de Estado americano John Kerry, o vice-primeiro-ministro chinês Wang Yang e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Segundo o governo brasileiro, as trocas comerciais entre o Brasil e o continente africano foram de 25 bilhões de dólares em 2012.
http://www.cartacapital.com.br/politica/brasil-perdoa-900-milhoes-de-dolares-em-dividas-de-paises-africanos-1807.html

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Com o objetivo de estimular o debate sobre a Bahia Rural, o Governo do Estado da Bahia realizará, no mês de agosto, em parceria com o Governo Federal, a 2ª Conferência Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (CEDRSS). Entre os meses de maio e julho, etapas Territoriais irão preceder a CEDRSS nos 27 Territórios de Identidade da Bahia.
Com o tema “Por um Brasil Rural com gente do jeito que a gente quer”, cada etapa terá a função de aprofundamento do debate e construção de documentos com diretrizes que atendam aos novos desafios para a consolidação da Bahia Rural. Além disso, o documento estadual deverá compor, de forma participativa, o Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário a ser aprovado na 2ª Conferência Nacional, que acontecerá em setembro.
Devem participar das Conferências Territoriais os gestores públicos municipais e estaduais, dirigentes de Colegiados Territoriais, representantes de organizações, entidades e outros movimentos sociais relacionados aos agricultores e agricultoras familiares.
A realização das Conferências de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário representa uma ação importante para contribuir com a ampliação e qualificação das políticas públicas voltadas para o desenvolvimento da Bahia e do Brasil Rural.
Segue abaixo, documentos com todas as orientações sobre a 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário e suas etapas municipais, territoriais e estadual para leitura e apoio de todos na mobilização.

 
 

Para maiores Informações:

Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforna Agrária, Pesca e Aquicultura - SEAGRISuperintendência de Agricultura Familiar - SUAF
Comissão Organizadora Estadual e Secretaria Executiva do CEDRS (Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável
(
71) 3115-2879 / 2864 e-mail: cedrs@seagri.ba.gov.br

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Petrobras e Bahia Pesca incentivam pesca artesanal no recôncavo
 
 
Pescadores de São Francisco do Conde receberão cursos de capacitação, 20 embarcações e exames médicos gratuitos
 
 
Proporcionar um grande salto na renda e na qualidade de vida dos pescadores e marisqueiras de São Francisco do Conde. Esta é a meta do convênio firmado pela Petrobras e Secretaria da Agricultura, por meio da Bahia Pesca, dentro do Projeto Saberes, que contará com oficinas de capacitação, exames médicos e aquisição de ferramentas de pesca, beneficiando 382 famílias.
 
“As atividades permitirão aos profissionais melhorar a manipulação e o transporte dos pescados e mariscos, aumentará a segurança durante o trabalho, minimizará os riscos à saúde e permitirá a ampliação da área de atuação”, diz o Presidente da Bahia Pesca, Cássio Peixoto.
 
No âmbito da saúde ocupacional, a Bahia Pesca oferecerá, além dos exames médicos, palestras educacionais de conscientização do uso de equipamento de proteção individual (EPIs) e correção de posturas. “Além disso, as atividades de capacitação englobam oficinas de confecção e consertos de apetrechos de pesca e instrumentos de trabalho, como redes e anzóis”, explica a subgerente de pesca da Bahia Pesca, Eliana Carla Ramos.
 
Por fim, as associações de pescadoras e marisqueiras de São Francisco do Conde receberão também 20 embarcações motorizadas para facilitar a mobilidade aos locais de pesca e o transporte dos produtos. O projeto terá início no próximo mês de junho e duração de 12 meses. “É um projeto de curto prazo, mas cujo benefício maior, a aprendizagem, acompanhará os pescadores por toda a vida”, finaliza o Secretário de Agricultura, Eduardo Salles.
 
Fonte:
Ascom/Bahia Pesca 

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ABERTAS INSCRIÇÕES PARA TURMAS DE DOUTORADO EM PLANEJAMENTO TERRITORIAL E DESENVOLVIMENTO SOCIAL E MESTRADO EM PLANEJAMENTO AMBIENTAL

 A Católica abriu inscrições para duas turmas de pós-graduação com início previsto para agosto próximo. O Doutorado em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social disponibiliza dez vagas e o Mestrado Profissional em Planejamento Ambiental, vinte e cinco.
O programa de Doutorado em Planejamento Territorial tem por objetivo “criar competências acadêmicas em planejamento do território urbano e regional, na perspectiva do desenvolvimento social, como também formar pesquisadores qualificados para desenvolver atividades nesta área do conhecimento”.  São duas linhas de pesquisa: 1 - Territorialidade e Planejamento Urbano e Regional; 2 – Territorialidade, Desenvolvimento Social e Meio Ambiente. 
Já o Mestrado em Planejamento Ambiental quer capacitar profissionais “a acompanhar e avaliar a execução de planos de gestão ambiental, assim como realizar diagnósticos ambientais e elaborar planos e projetos em diferentes escalas, setores e contextos institucionais”. As linhas de pesquisas propostas são: 1 – Identificação e remediação de comprometimentos biológicos, físicos e químicos no planejamento ambiental com uso de tecnologias ambientais; 2 – Compreensão e atenuação de constrangimentos históricos, políticos, socioeconômicos e geográficos no planejamento ambiental.
 
Acessem:http://www.ucsal.br/

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Programação (aqui)
Ficha de Inscrição (aqui)
Inscrições: preencher a Ficha de Inscrição e enviar para o e-mail seminario.rms@ucsal.br

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Quanto vale o ensino superior brasileiro?
 
O ano de 2012 foi marcado pela farra das fusões, aquisições e compras bilionárias no setor da educação. Os casos mudam de nome, mas as histórias são as mesmas. São sempre grupos empresariais que são diretamente vinculados a bancos estrangeiros e ao Banco Mundial, e recebem aportes financeiros de valores astronômicos para o investimento no negócio da educação no Brasil, chegando a quintuplicar seus lucros ano após o ano de aquisição. A estratégia destes conglomerados após adquirir 
 
alguma instituição é sempre igual: reduzem os custos, demitem professores de maior titulação, fecham unidades, superlotam as salas de aula, e principalmente, implantam definitivamente as aulas de Ensino à Distância (EAD) em todo o currículo, precarizando totalmente o processo educacional.
 
Alguns exemplos são marcantes para mostrar quanto vale o ensino superior brasileiro. No dia 22 de abril foi anunciada a fusão dos dois maiores grupos empresariais de educação no país:  Kroton Educacional e Anhanguera Educacional. A  Kroton, até então, foi um dos grupos que mais cresceu no país, estando presente em todos os estados da federação, e apresentou um lucro líquido de R$ 61 milhões no terceiro trimestre de 2012; o que significou um crescimento de mais de 194% em relação ao mesmo período de 2011. Como parte da estratégia para atingir esse resultado, a empresa adquiriu a paranaense Unopar por R$ 1,3 bilhão. A Unopar é uma das líderes brasileiras no ensino a distância, segmento de maior rentabilidade no ensino superior. Já o grupo Anhanguera é campeão disparado no 
número de reclamações e processos administrativos referentes a qualidade, estrutura dos cursos, e ao não pagamento de professores, que em quase todas as suas unidades entraram em greve, reivindicando salários atrasados. Se a fusão for aprovada, a companhia criada terá faturamento bruto de R$ 4,3 bilhões, mais de um milhão de alunos e valor de mercado próximo a R$ 12 bilhões. Se não bastasse isso, a nova empresa assume o posto de maior empresa educacional do mundo, ficando na frente inclusive da chinesa New Oriental. Na empresa resultante, 73% da receita virá do ensino superior em campus, 23% do ensino superior em polos associados e 4% de educação básica. O grupo terá cerca de 800 unidades de ensino superior e 810 escolas associadas.
 
Outro exemplo é a multinacional norte-americana  Laureate, uma das primeiras a adquirir instituições de ensino brasileiras. Além de ter empresas próprias em mais de 30 países só explorando a educação, no Brasil a Laureate é dona da Universidade Anhembi Morumbi, BSP  – Business School São Paulo, Centro Universitário IBMR; ESADE  – Escola Superior de Administração, Direito e Economia; Centro Universitário do Norte (Uninorte), Universidade Salvador (Unifacs), Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), Universidade Potiguar (UnP); Faculdade dos Guararapes (FG) e Faculdade Unida da Paraíba (UNPB). 
 
Essa é a receita com a qual o Brasil vem se tornando o paraíso financeiro para o investimento de capitais internacionais em educação. Não há mecanismos de regulamentação nem de fiscalização sobre o que operam as mantenedoras. Ao mesmo tempo se sucateia a qualidade e transforma direitos em serviços. Neste jogo, no qual as empresas fazem a farra dos bilhões, quem fica no prejuízo são os estudantes.
 
Nesta lógica, com o discurso de ampliar o acesso ao ensino superior para estudantes de baixa renda egressos do ensino público, foi instituído em 2005, por meio da lei 11.096/2005, o Programa Universidade Para Todos (PROUNI), garantindo a concessão de bolsas de estudos integrais ou parciais de 50% ou 25% em instituições privadas de ensino. No entanto, se vemos a inclusão de certa parcela de jovens, o PROUNI beneficia os empresários da educação, não garante permanência aos estudantes e muito menos a qualidade do tripé graduação, pesquisa e extensão.
 
De acordo com a lei, a adesão das faculdades privadas no programa garante a isenção de diversos tributos como o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a Contribuição Social para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), e a Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS). Somadas, garantiram uma isenção tributária na ordem de R$700 milhões aos empresários do ensino só no ano de 2012. Para além das isenções já existentes, em julho de 2012, através da lei 12688/2012, o governo possibilitou às IES (Instituições de Ensino Superior) privadas a conversão de 90% das suas dívidas tributárias federais em bolsas PROUNI, o que corresponde a aproximadamente R$ 15,7 bilhões, deixando claro que o ensino superior público, democrático e de qualidade, está longe de ser uma prioridade do governo diante da sanha do mercado do ensino. Por isso nós do Juntos!, ao mesmo tempo que lutamos contra a privatização da educação, lutamos também pelo direito dos estudantes das instituições privadas por uma formação de qualidade e por permanência estudantil.
 
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Marcello Barra