sábado, 26 de outubro de 2013

Notícias

Bahia avança para implantar Programa Estadual de Sanidade dos Caprinos e Ovinos

Trata-se de uma reunião de extrema importância para a atividade no estado, na medida em que deve estabelecer ações de defesa fundamentais para o desenvolvimento do setor


Bahia avança para implantar Programa Estadual de Sanidade dos Caprinos e OvinosFortalecer as ações de defesa pecuária na cadeia produtiva da caprinovinocultura baiana. Com esse propósito, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), realizou a primeira reunião do comitê consultivo para a implantação do pioneiro Programa Estadual de Sanidade dos Caprinos e Ovinos (Pesco).

No encontro multinstitucional, que aconteceu na terça-feira (8), na sede da Agência, em Salvador, foi elaborado e estruturado o estatuto, composto por representantes da Agência Estadual de Defesa Agripecuária (Adab), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Conselho Regional de Medicina Veterinária e Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos da Bahia (Accoba).

Outras quatro instituições serão convidadas a compor o comitê - a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), a União Metropolitana de Educação e Cultura (Unime), a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e o Baby Bode Empreendimentos. Ficou agendada a próxima reunião para o dia 22 deste mês, com o objetivo de validar o estatuto e eleger o grupo gestor definitivo.

“Trata-se de uma reunião de extrema importância para a atividade no estado, na medida em que deve estabelecer ações de defesa fundamentais para o desenvolvimento do setor”, explicou o diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui Leal. Segundo ele, a Bahia tem também um amparo técnico e sanitário eficiente para respaldar a caprinovinocultura, por meio do Laboratório de Defesa Sanitária Animal (Ladesa).

A Bahia ocupa o primeiro lugar no ranking nacional na produção de caprinos e o segundo rebanho de ovinos, totalizando mais de quatro milhões de cabeças. “Já com a portaria publicada desde o ano passado (2012), com a formação do comitê, e a breve implantação oficial esperamos alcançar novos mercados dentro e fora do país”, enfatizou o diretor-geral da Adab, Paulo Emílio Torres.

Levantamento das enfermidades e cadastro das propriedades

O projeto piloto do programa está baseado em dois pilares - o levantamento das principais enfermidades e o cadastramento das propriedades criadoras de caprinos e ovinos da Bahia. No primeiro momento, os produtores farão o cadastramento das propriedades para que, em seguida, as informações colhidas possam ser validadas em conjunto por fiscais da Adab.

Após a realização do cadastramento, os órgãos envolvidos irão elaborar um diagnóstico da atividade nas regiões, contemplando o rebanho caprino e ovino, relatando as principais enfermidades que ocorrem na região. “A intenção é oferecer condições para a regularização dos rebanhos existentes e controlar o trânsito de forma mais efetiva, além de promover uma melhoria da qualidade sanitária dos caprinos e ovinos”, explicou o coordenador do Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos, Marcello Conceição.

De acordo com o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, com a implantação do Pesco, a Seagri consolidará a Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos do Estado, que busca o desenvolvimento sustentável de todos os elos da cadeia produtiva, “inserindo o segmento da defesa agropecuária entre as prioridades do setor”.
Secom - Secretaria de Comunicação Social

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Notícias

Jovens agricultores retornam ao campo para reestruturar empreendimentos familiares

Foto: Bulldog Estúdio
Jovens agricultores retornam ao campo para reestruturar empreendimentos familiares Levantamento recente, realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad/IBGE), revela que o rendimento da população brasileira apresenta ganho real de 16%. Índice superado pela agricultura familiar, que alcançou marca superior a 50% nesse mesmo quesito. Mesmo assim, há quem acredite que oportunidades de crescimento e progressão profissional estão concentradas somente nos grandes centros urbanos. Atraídos por esse conceito, alguns jovens rurais decidem migrar para as cidades, mas, com o passar dos anos e com o apoio das políticas públicas implementadas pelo MDA, decidem voltar e fixar raízes ao lado dos pais.
  
Na família Escher, residente da área rural do município de Campo Magro (PR), por exemplo, o êxodo rural deixou de ser realidade. Há quatro anos, Luciano Escher, 28 anos, optou voltar a viver no campo ao lado da família - dos pais e do irmão mais novo de 25 anos. A decisão ocorreu depois de viver seis anos na cidade. Período em que fez o curso superior de Desenvolvimento Rural e Gestão Agroindustrial, em Sananduva (RS), e trabalhou na Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná, na capital Curitiba.

"Como morei a vida toda no sítio, sempre tive aquela vontade de procurar uma coisa melhor. E, antes, na minha concepção, eu saindo da propriedade para morar na cidade ia conquistar isso. Quando sai, não pensava em voltar, mas, passado algum tempo, percebi que não estava sendo uma pessoa feliz morando na cidade e trabalhando no setor urbano. Aí tomei a decisão de voltar para o campo, para propriedade da minha família”, explica Luciano.
 
Ao regressar, Luciano e a família apostaram na profissionalização das vendas dos produtos cultivados e fabricados na propriedade de 22 hectares. Foi então que ele colocou em prática o conhecimento que havia acumulado. "Toda a gestão que a gente pratica em nosso terreno veio do que aprendi na faculdade", acrescenta. Unidos, eles estruturaram a comercialização e criaram a agroindústria: Orgânicos Escher. O empreendimento é especializado na produção de derivados de leite e vegetais – como manteiga, queijo, pães, geleias, além de comercializar algumas verduras. O investimento foi financiado por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). "Acessamos o crédito justamente para ampliar o empreendimento, para construir e comprar equipamentos que necessitávamos", completa.
 
Atualmente, a agroindústria vende produtos para feiras, mercados, restaurantes e lanchonetes de Curitiba, além do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) que é responsável pela compra de cerca de 40% de toda a produção. Neste ano, a família completará dois anos de comercialização para o mercado de compras institucionais do PAA. Somente em 2012, eles venderam aproximadamente sete toneladas de produtos. Meta que Luciano espera ser mantida. “É um programa de suma importância para a agricultura familiar porque concede uma redistribuição de renda muito grande”, avalia.
 
Baiana também aposta na volta ao rural
 
A mudança de percepção e, consequentemente, de valorização do campo também foi vivida por Maria Natiele Rodrigues, de 19 anos. Natural da área rural do município de Barro Preto (BA), onde mora com os pais e a irmã mais nova de 13 anos, a jovem conta que quando criança tinha a certeza que permaneceria na área rural. Convicção que mudou ao entrar na adolescência e começar a frequentar a cidade para cursar o ensino médio, modalidade que não era ofertada no campo. “Comecei a ver as coisas que não via quando era criança. Comecei a ver as dificuldades que meus pais passavam. Sentia preconceito e tinha vergonha de dizer que era do campo. Com 16 anos, só pensava em sair daqui e levar meus pais. Queria fazer o curso de Direito, porque não havia oportunidades no meio rural.”
 
Natiele, como prefere ser chamada, voltou a ter esperanças quando frequentou o curso Jovem Empreendedor Rural, oferecido pelo MDA em parceria com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), da Bahia. “Fui fazer sem expectativa e achei esperança onde não via antes. Voltei do primeiro dia radiante. Percebi que a realidade estava no campo e não na cidade”, conta.
 
Investindo em conhecimento
 
Depois do curso, Natiele decidiu continuar se especializando em áreas ligadas ao meio rural. Hoje, frequenta aulas do curso técnico de Agropecuária, na cidade vizinha de Uruçuca, também na Bahia. Em janeiro de 2014, ela concluirá essa fase e já planeja ingressar na graduação de Agronomia. Os conhecimentos adquiridos já estão sendo usados para estruturar e expandir a plantação de hortaliças e frutas da família e também dos 65 agricultores familiares da região que integram a Associação dos Produtores da Pedra - organização presidida pelo pai da jovem.
 
Em três anos, Natiele revolucionou o sistema de comercialização do empreendimento ao formular e implementar um projeto de vendas dos itens produzidos pela associação para o mercado de compras institucionais do PAA. A iniciativa deu certo. Já no primeiro ano, a associação comercializou cerca de R$ 20 mil. No ano seguinte, 2012, o número passou para R$ 98 mil. Em 2013, o empreendimento comercializará R$ 193 mil, com a inclusão de 16 produtos.
 
Aquisição de terras
 
O próximo passo de Natiele será a compra de um terreno, já que seus pais não possuem terra própria, são arrendatários. Situação muito comum no município, segundo ela. A aquisição será feita por meio do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), do MDA. “Antes tinha vergonha, mas hoje tenho orgulho de dizer que sou do campo. Quero ter uma propriedade para os meus pais morarem, quero investir na plantação de cacau e também mudar o pensamento dos agricultores daqui, para que eles acreditem mais no meio rural”, finaliza a jovem.
 
Conheça alguns dos programas desenvolvidos pela MDA para atender especialmente a juventude rural:
 
- Pronaf Jovem: que financia qualquer atividade geradora de renda, como projetos agropecuários, de turismo rural, de artesanato, implantação de pomar e horta;
 
- Nossa Primeira Terra, do Plano Nacional de Crédito Fundiário: estimula o empreendedorismo do jovem rural e a permanência dele no campo, com foco na sucessão da agricultura familiar;
 
- Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego no Campo (Pronatec Campo): parceria entre MDA e Ministério da Educação (MEC), é uma das linhas de ação adotadas pelo Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo), do Ministério da Educação (MEC). Seu objetivo é elevar a educação e qualificar a formação de jovens e adultos por meio da expansão, interiorização e democratização da oferta de cursos de educação profissional e tecnológica para a população brasileira.
 
- Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) específica para o jovem: prestação de serviços continuados e selecionados de apoio e orientação
Roberta Paola
(61) 2020 0262/ (61) 2020 0222
imprensa@mda.gov.br

Cooperativismo

Cooperativa movimenta economia rural no interior do Paraná

                                         Cooperativa movimenta economia rural no interior do Paraná

Foto: Rafael Carvalho/MDA

 
Aumento da renda, inclusão produtiva de jovens e mulheres e melhor qualidade de vida. Estas foram algumas das melhorias que a Cooperativa Agroindustrial de Produtos de Corumbataí do Sul e Região (Coaprocor) tem assegurado aos agricultores familiares locais. Criada há cinco anos para garantir a comercialização dos produtos da associação que leva o mesmo nome, a Coaprocor reúne mais de 800 sócios de 21 municípios do estado do Paraná.
Desde 2012, o grupo construiu uma agroindústria para beneficiamento de cerca de 20 variedades de frutas. Destas, se destaca o maracujá. Anualmente, metade da produção da fruta, cerca de duas mil toneladas, é processada. Do maracujá não se desperdiça nada. Além da polpa, a semente é vendida para uma empresa de cosméticos – cerca de 50 toneladas por ano –, e a casca, por enquanto, é utilizada na alimentação animal. O objetivo é transformá-la em subproduto que possa ser comercializado. No primeiro semestre deste ano, foram industrializadas 300 toneladas de polpa da fruta.
O principal mercado para os produtos da cooperativa são as compras governamentais realizadas por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), executados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A Coaprocor atende 425 escolas no Paraná, que são responsáveis pelo escoamento de aproximadamente 70% da produção. “As políticas de comercialização, em especial o Pnae, tiveram uma importância muito grande para nós. A certeza de venda para a alimentação escolar nos deu segurança para começar a industrialização. Agora estamos nos preparando para ampliar os nossos mercados para além destes programas”, destaca o presidente da Coaprocor, Gerson Rodrigues da Cruz, 36 anos, presidente da associação.
Segundo levantamentos, a estimativa é que desde que a agroindústria começou a funcionar, no início do ano passado, a renda dos agricultores tenha aumentado em média 70%. Para o próximo ano, o grupo espera dobrar a produção. E, objetivando aumentar ainda mais o alcance nos anos posteriores, a cooperativa vai contar com políticas de crédito dos governos Federal e estadual para ampliar a agroindústria. O projeto prevê a ampliação do espaço físico de 450 m2 para mais de 1000 m2. O novo espaço contará, por exemplo, com uma câmara fria com capacidade de 600 toneladas, cinco vezes maior que a utilizada atualmente.
Inclusão

A cooperativa garante emprego e renda aos associados e aos municípios. Jovens e mulheres são incentivados a participar ativamente do processo. Aproximadamente 40% das Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativas na cooperativa são de mulheres. Em alguns municípios, o número chega a 90%. Um dos principais resultados deste processo de inclusão produtiva das mulheres é o aumento da autoestima e independência que estas adquirem ao administrar a própria renda.
Os filhos dos produtores são incentivados a permanecer no campo e se aperfeiçoar, principalmente, por meio de cursos profissionalizantes. Um exemplo é Anderson de Oliveira Campos, 20 anos. O jovem estava disposto a deixar o sítio dos pais para trabalhar na cidade, até que foi contratado pela agroindústria. O emprego deu a ele a oportunidade de continuar em casa. No próximo ano, Anderson pretende cursar veterinária. “Poderei fazer um estágio na cooperativa e até mesmo ser contratado posteriormente. É uma ótima oportunidade”, pontua.
Juliana Reis
(61) 2020-023 / 2020-0262
imprensa@mda.gov.br

Cooperativismo

Cooperativas batem recorde de exportações em 2013


Cooperativas batem recorde de exportações em 2013Brasília (22 de outubro) – As exportações das cooperativas brasileiras tiveram aumento de 6,3% nos primeiros nove meses deste ano em relação ao mesmo período de 2012, alcançando US$ 4,694 bilhões, com participação de 2,6% das exportações totais do Brasil no período (US$ 177,650 bilhões). O valor é recorde para período na série histórica setorial, iniciada em 2007. Em relação às importações, de janeiro a setembro de 2013, houve crescimento de 16,2% em relação ao mesmo período de 2012: de US$ 249 milhões para US$ 290 milhões (0,1% do total Brasil).
 
O saldo da balança comercial das cooperativas está positivo em US$ 4,404 bilhões em 2013, valor 5,7% acima do resultado de 2012, quando houve superávit de US$ 4,166 bilhões. Este também é maior resultado da série histórica. Em relação à corrente de comércio, no período comparativo, o resultado foi de US$ 4,984 bilhões, com crescimento de 6,8% sobre o ano passado, quando atingiu US$ 4,666 bilhões.
 
Exportações
 
Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas, nos nove meses de 2013, destacam-se: açúcar refinado (com vendas de US$ 813,3 milhões, representando 17,3% do total exportado pelas cooperativas); soja em grão (US$ 660,4 milhões, 14,1%); carne de frango (US$ 555,4 milhões, 11,8%); farelo de soja (US$ 537,6 milhões, 11,5%); café em grão (US$ 473,9 milhões, 10,1%).
 
As vendas externas das cooperativas alcançaram, no período, 139 países. O número é superior ao registrado entre janeiro e setembro do ano passado, de 133 países. Os maiores volumes de exportações do segmento tiveram como destino: China (vendas de US$ 745,6 milhões, representando 15,9% do total); Estados Unidos (US$ 509,5 milhões, 10,9%); Emirados Árabes Unidos (US$ 354,8 milhões, 7,6%); Países Baixos (US$ 308,7 milhões, 6,6%); e Alemanha (US$ 241,6 milhões, 5,2%).
 
Entre os estados brasileiros, São Paulo teve o maior valor de vendas externas, com US$ 1,527 bilhão, representando 32,5% do total das exportações deste segmento. Em seguida aparecem: Paraná (US$ 1,412 bilhão, 30,1%); Minas Gerais (US$ 459,1 milhões, 9,8%); Santa Catarina (US$ 353,3 milhões, 7,5%); e Mato Grosso do Sul (US$ 324,0 milhões, 6,9%).
 
Importações
 
Os principais produtos importados pelas cooperativas, nos nove meses de 2013, foram: malte não torrado, inteiro ou partido (com compras de US$ 36,2 milhões, representando 12,5% do total importado pelas cooperativas); cevada cervejeira (US$ 35,6 milhões, 12,3%); cloretos de potássio (US$ 28,5 milhões, 9,8%); feijões comuns, pretos, secos, em grão (US$ 16,9 milhões, 5,8%); e milho em grão (US$ 16,0 milhões, 5,5%).
 
As importações das cooperativas foram originárias de 49 países no período, dois a menos que o verificado no acumulado mensal do ano passado. Os principais fornecedores para o setor brasileiro foram: Argentina (compras de US$ 59,9 milhões, representando 20,6% do total); Paraguai (US$ 42,2 milhões, 14,5%); China (US$ 22,2 milhões, 7,6%); Alemanha (US$ 21,7 milhões, 7,5%); e Rússia (US$ 19,0 milhões, 6,5%).
 
Os estados que mais adquiriram insumos e demais produtos, nestes nove meses de 2013, foram: Paraná (US$ 182,8 milhões, representando 63% do total das importações deste segmento); Santa Catarina (US$ 44,9 milhões, 15,5%); São Paulo (US$ 29,3 milhões, 10,1%); Rio Grande do Sul (US$ 20,1 milhões, 6,9%); e Goiás (US$ 8,3 milhões, 2,9%).
 
Mais informações para a imprensa:

Assessoria de Comunicação Social do MDIC
(61) 2027-7190 e 2027-7198
André Diniz
andre.diniz@mdic.gov.br