sábado, 20 de outubro de 2012

Notícias

Bahia gera mais de três mil empregos em setembro de 2012

No mês de setembro, a Bahia gerou 3.479 novos postos de trabalho com carteira assinada. Este resultado decorre, principalmente, da expansão no setor de Serviços (1.793 postos), Comércio (1.683 postos), Construção Civil (1.004 postos), Administração Pública (175 postos) e Extrativa Mineral (59 postos).  Os setores que contabilizaram retração no saldo de emprego formal foram o da Agropecuária (-928 postos), a Indústria de Transformação (-251 postos), e os Serviços Industriais e de Utilidade Pública (-56 postos). As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e foram sistematizadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

Armando Castro, diretor de Pesquisas da SEI, analisa: “O resultado do Caged do mês de setembro aponta uma forte recuperação do setor de Construção Civil e uma continuidade da expansão do emprego nos setores de Serviços e Comércio, refletindo um bom desempenho dessas atividades na economia baiana”. Já no que diz respeito aos nove primeiros meses de 2012, a Bahia contabilizou um saldo de emprego de 45.659 postos de trabalho, levando-se em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo. Este resultado representa o maior saldo emprego do Nordeste no acumulado do ano. Os demais saldos dos estados da região foram: Pernambuco (44.718 postos),Ceará (33.650 postos), Maranhão (16.556 postos), Paraíba (14.455 postos), Rio Grande do Norte (12.433 postos), Piauí (11.497 postos), Sergipe (8.643 postos) e Alagoas (-7.974 vagas).

RMS e interior do estado - Ao se analisar os dados referentes aos saldos de emprego para a distribuição intraestadual no mês de setembro de 2012, constata-se que os resultados do emprego, tanto no interior do estado, quanto na Região Metropolitana de Salvador, foram positivos. No interior, foram criados 2.171 empregos, correspondendo a 62,4% do total, enquanto na Região Metropolitana de Salvador foi apurado um saldo de 1.308 postos de trabalho gerados.
Quanto à geração de emprego de janeiro a setembro de 2012, a participação do interior do estado foi de 33.062 postos, ou 72,4% de todas as vagas abertas no estado. Já a RMS criou 12.597 empregos com carteira assinada, o equivalente a 27,6% das vagas celetistas.

Em setembro de 2012, Salvador, Feira de Santana e Casa Nova destacaram-se com os melhores desempenhos na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia. Salvador gerou 1.360 empregos, Feira de Santana registrou 1.178 empregos e Casa Nova apurou um saldo de 857 novas contratações formais. Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes que tiveram os menores saldos de empregos em setembro de 2012 ressaltam-se Cruz das Almas (-294 vagas), Lauro de Freitas (-286 vagas) e Barra do Choça (-151 vagas).

No acumulado do ano os municípios que obtiveram melhor desempenho em termos de saldos de empregos formais foram Salvador (13.783 postos), Feira de Santana (7.344 postos) e Juazeiro (5.565 postos). Dentre os menores saldos encontram-se São Francisco do Conde, com retração igual a -2.049 vagas, Maragogipe, com -1.054 vagas e Porto Seguro, com -673 vagas.

Cooperativismo

Pernambucred celebra Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito
 
 
Pernambucred celebra Dia Internacional do Cooperativismo de CréditoAssociados e colaboradores da Pernambucred comemoraram hoje (18 de outubro), no Posto de Atendimento da Rua Tabira, o Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito, celebrado em todo o mundo sempre na terceira quinta-feira do mês de outubro. Na oportunidade, estiveram presentes o presidente do CONAD, Dr. Valdir Barbosa, os diretores: Edmilson do Vale (Diretor Financeiro), Marcos Jair (Diretor Administrativo), Antônio Medeiros (Diretor Jurídico), Giovanni do Prado (Diretor de Expansão), José Admilson Oliveira (vice-presidente da OCB para o Ramo Crédito) e Frederico França (Diretor-presidente da Cooperativa Habitacional de Desenvolvimento Imobiliário do Brasil). Na ocasião, foram destacados os valores do cooperativismo de Crédito, bem como o sucesso e o desenvolvimento do setor. A data representa a força dos que acreditam em um mundo mais sustentável e inclusivo, e é uma oportunidade para prever futuras vitórias para as cooperativas.

Fonte: Pernambucred em 19/10/2012

Cooperativismo

Cooperativa investe R$ 70 milhões em complexo logístico e abre novos rumos para a produção cafeeira
 
 
Cooperativa investe R$ 70 milhões em complexo logístico e abre novos rumos para a produção cafeeiraO processo, já utilizado com commodities como o milho e a soja, nunca tinha sido empregado no café, mas a ideia de retirar as sacas de 60kg, operacionalizando o grão de forma a granel e automatizada parecia tentadora, apesar de distante. A inauguração aconteceu nesta quinta-feira (18), com a presença de mais de 1,5 mil cooperados. O evento também abrigou o XXVI Fórum ABAG Desenvolvimento da Cafeicultura Nacional com o tema Café e Saúde que tinha como palestrantes os médicos Miguel Moretti e Dráuzio Varella. Participaram ainda da abertura do Fórum e inauguração do complexo o Presidente da Cooxupé Carlos Alberto Paulino da Costa e o Presidente da ABAG Luiz Carlos Corrêa Carvalho.

O complexo

Depois de diversas reuniões e estudos, a cooperativa começou um projeto ousado, com investimentos de cerca de R$ 70 milhões, que criou um empreendimento logístico para atender tanto aos pequenos quanto os grandes cafeicultores – 97% dos 12 mil cooperados da COOXUPÉ são pequenos e médios agricultores. “Começamos a receber o café a granel em nossa Unidade em Monte Santo de Minas, através de um projeto piloto. Quando 68% dos cooperados da região entregaram o café a granel, concluímos que o projeto poderia dar certo”, conta o presidente da cooperativa, Carlos Alberto Paulino da Costa.

A primeira etapa do Complexo foi inaugurada em 2011 e, este ano, mais de 80% do café da safra de 2012, recebido na COOXUPÉ até o mês de setembro, foi entregue a granel. “A granelização pula uma etapa cara, demorada e artesanal do processo, que era ensacar o café. Além de gerar uma expressiva economia para o produtor, a cooperativa também ganhou velocidade no armazenamento, beneficiamento e distribuição do grão, com a nova tecnologia e automatização dessas etapas. Estes avanços vão deixar o café mais competitivo”, avalia o presidente. As estruturas inauguradas ampliaram a capacidade de armazenagem em 1,5 milhão de sacas.

A partir de outubro, o café também passa a ser rebeneficiado dentro do Complexo, fazendo com que o empreendimento opere com 100% da sua capacidade. Neste contexto, a COOXUPÉ estará preparada para receber volumes crescentes de café ao longo dos próximos 20 anos. Com a nova infraestrutura, o grão passará por etapas totalmente automatizadas que vão realizar a limpeza, retirar paus e pedras, separar os grãos por tamanho e classificar o café. Depois de preparado, o café segue para os silos e está pronto para atender qualquer blend, de acordo com a necessidade do cliente.

Complexo do Japy em números

Com o complexo, a COOXUPÉ, maior cooperativa de café do mundo, dobrará sua capacidade de armazenamento e beneficiamento do grão, correspondendo às necessidades do mercado atual. A unidade de preparo engloba um conjunto de 60 silos, com capacidade para 3 mil sacas cada, que serão utilizados para guardar os cafés preparados para a venda nos mercados interno e externo.

Estas estruturas podem receber, de forma a granel, o equivalente a 3 mil sacas de café por hora. A capacidade de preparo da COOXUPÉ passa a ser de 27.800 sacas/dia.

O Complexo do Japy e o meio ambiente

Para a maior cooperativa de café do mundo, responsável pela produção de um café cada vez mais sustentável, meio ambiente é coisa séria. Por isso, todo o empreendimento foi desenvolvido através

de uma construção sustentável, focado na preservação da natureza no local. Além de não agredir, a proposta do empreendimento é repassar para as novas gerações a importância de preservar. Dentro dos hectares do Complexo a COOXUPÉ está desenvolvendo, em parceria com a BASF, dois importantes projetos que vão disseminar a sustentabilidade. O primeiro é o Mata Viva, ação que tem o objetivo de recuperar as matas ciliares. Outro projeto é o Núcleo de Educação Ambiental, que teve sua pedra fundamental inaugurada em agosto deste ano. O Núcleo funcionará dentro do Complexo e irá levar noções de meio ambiente para os estudantes do ensino fundamental da região.

Para o presidente da cooperativa, o projeto global do Complexo do Japy é visionário e foi pensado para atender diversas demandas futuras. “O produtor rural é um conservador por natureza e, no caso do Núcleo, vamos dar a oportunidade de suas crianças – muitas delas futuros cafeicultores – entenderem a importância da conscientização ambiental. Além de levar para casa exemplos importantes, no futuro, elas devem aplicar suas próprias técnicas para uma lavoura mais sustentável”, conta.

Outras informações pelo site: www.cooxupe.com.br.

Fonte: ExpressoMT em 19/10/2012

Cooperativismo

Inclusão Financeira será tema de fórum promovido pelo Banco Central
A atuação das cooperativas de crédito nesse processo terá destaque especial na programação do evento

O Banco Central do Brasil (BC) promove, entre os dias 29 e 31 de outubro, o “IV Fórum Banco Central sobre Inclusão Financeira”. Realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), com apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o evento tem como objetivo apresentar e discutir o desenvolvimento das ações do Plano de Fortalecimento do Ambiente Institucional, no âmbito da Parceria Nacional para Inclusão Financeira, lannçada durante a edição do ano passado. O Fórum também trará para discussão a atuação das cooperativas de crédito, como forma de celebrar o Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Estão previstas para a abertura, no dia 29, as presenças da presidente da República, Dilma Rousseff, do presidente do BC, Alexandre Tombini, e dos ministros das Comunicações, Paulo Bernardo, e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, também comporá a mesa de abertura.
 
Estratégias para ampliar o acesso da população brasileira aos produtos e serviços do mercado financeiro serão debatidas ao longo dos três dias, com a presença de representantes do governo, segmento de microfinanças, estudiosos e fomentadores, nacionais e internacionais. Dentre os temas que serão abordados nos paineis, estão “Ano internacional das cooperativas: perspectivas para o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo” e “Sistema de proteção e fortalecimento do cooperativismo de crédito: o fundo garantidor nacional das cooperativas de crédito”.

Cooperativismo

Balança comercial das cooperativas tem superávit de US$ 4,075 bilhões
Dados foram divulgados pelo Mdic nesta quinta-feira

A balança comercial das cooperativas apresentou saldo positivo, tendo alcançado US$ 4,075 bilhões de janeiro a setembro de 2012. Nos primeiros nove meses do ano, dos 27 estados brasileiros,19 realizaram exportações por meio de cooperativas. São Paulo teve o maior valor em vendas externas: US$ 1,399 bilhão, representando 32,9% do total do segmento. Em seguida estão: Paraná (US$ 1,327 bilhão; 31,2%); Minas Gerais (US$ 495 milhões; 11,7%); Santa Catarina (US$ 262 milhões; 6,2%); e Rio Grande do Sul (US$ 244 milhões; 5,8%).

De janeiro a setembro deste ano, 161 empresas cooperativas realizaram exportações. A maior parte delas vendeu valores abaixo de US$ 1 milhão. No período, as exportações de cooperativas apresentaram redução de 7,1% sobre os primeiros nove meses de 2011 (US$ 4,7 bilhões), atingindo um total de US$ 4,2 bilhões, o que representa 2,4% das exportações brasileiras no acumulado do ano.

Entre os principais produtos exportados pelo segmento destacam-se: açúcar em bruto (com vendas de US$ 550 milhões, representando 12,9% do total); soja em grãos (US$ 525 milhões, 12,4%); etanol (US$ 507 milhões, 11,9%); açúcar refinado (US$ 474 milhões, 11,2%); e carne de frango (US$ 465 milhões, 10,9%);

As vendas externas das cooperativas alcançaram, de janeiro a setembro de 2012, 133 países. Por conta da participação no total das exportações do setor, merecem destaque: China (vendas de US$ 662 milhões, representando 15,6% do total); Estados Unidos (US$ 581 milhões; 13,7%); Emirados Árabes Unidos (US$ 256 milhões; 6%); Alemanha (US$ 237 milhões; 5,6%); e Países Baixos (US$ 199 milhões; 4,7%).

Importações - Em relação às importações, houve retração de 12,1% nas compras, que passaram de US$ 200 milhões, de janeiro a setembro de 2011, para US$ 175 milhões, no mesmo período de 2012. Entre os principais produtos importados, destacam-se: ureia (teor N>45) (com compras de US$ 26,6 milhões, representando 15,1% do total); cloretos de potássio (US$ 20,8 milhões; 11,9%); soja em grãos (US$ 16,5 milhões; 9,4%); máquinas e aparelhos para preparação de carnes (US$ 12,3 milhões; 7%); diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 9,5 milhões; 5,4%); e batatas preparadas ou conservadas, congeladas (US$ 7,5 milhões; 4,3%).

As compras externas das cooperativas foram originárias de 44 países com destaque para: Paraguai (compras de US$ 26,2 milhões, representando 14,9% do total); China (US$ 16,2 milhões; 9,2%); Estados Unidos (US$ 16,1 milhões; 9,1%); Israel (US$ 10,8 milhões; 6,2%); e Ucrânia (US$ 10,0 milhões, 5,7%).

O Paraná foi o estado com maior valor de importações via cooperativas, US$ 77,2 milhões, representando 44% do total. Em seguida estão: Santa Catarina (US$ 56,7 milhões; 32,3%); Rio Grande do Sul (US$ 15 milhões; 8,5%); Goiás (US$ 12,5 milhões; 7,1%); e São Paulo (US$ 5,6 milhões, 3,2%).

 

Notícias

No Brasil, sobram bens de consumo, mas falta serviço público básico

Nos últimos dez anos, o ganho de renda dos brasileiros proporcionado pela política de valorização do salário mínimo e pelo aumento do número de trabalhadores com carteira assinada elevou o poder de compra da população. Esses fatores, associados também à forte expansão do crédito no período, tornaram o Brasil o oitavo maior mercado consumidor entre 142 países pesquisados, segundo o Fórum Econômico Mundial, e levaram a presença de televisores e geladeiras a superar 96% dos domicílios brasileiros, alcançando 98,7% no caso dos fogões, aproximando assim a presença de algumas comodidades nas casas brasileiras a de países desenvolvidos.

Por outro lado, a oferta de serviços básicos, dependente principalmente de investimentos públicos, alcança porcentagens bastante inferiores da população, embora também tenha avançado na última década. O acesso ao saneamento básico, por exemplo, chega a apenas 55,8% dos domicílios e 31,1% ainda não têm pavimentação na rua, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) e da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 (POF), do IBGE.

Para o diretor de estudos sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Rafael Osório, o aumento real de salários com redução da desigualdade de renda permitiu avanços nos indicadores que dependem principalmente da renda das famílias. Entre 2001 e 2011, segundo o IBGE, o rendimento médio mensal do trabalho avançou 16%, já descontada a inflação do período. Essa variação foi bem mais expressiva para as faixas de menor renda. Segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) com base na Pnad, nos últimos dez anos o ganho real de renda dos 50% mais pobres da população foi de 68%.

Já o crédito total praticamente dobrou no mesmo período, ao deixar a casa de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2002 e saltar para 51% em agosto deste ano. Essa evolução, segundo Osório, permitiu avanços dos índices relacionados à posse de bens duráveis pelas famílias. Ele nota também que as condições de moradia melhoraram, com aumento da proporção das habitações próprias e redução de mais de dez pontos na quantidade de domicílios com quatro ou mais pessoas. "Avançou rapidamente tudo o que dependia mais diretamente da evolução da renda das famílias", diz ele, o que explica a aproximação com países desenvolvidos, como os Estados Unidos. Segundo a Pnad, em 2011, 98,7% das habitações possuíam fogão e 96,3% contavam com geladeira, avanços em relação ao números de 2001, indicadores semelhantes aos vistos nos Estados Unidos, onde 99% dos domicílios possuem o "kit-cozinha" completo, formado ainda por uma pia com água encanada, além desses dois itens.

O crescimento da formalização no mercado de trabalho também beneficiou esse cenário, segundo Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador da FGV. Entre 2003 a 2011, a expansão dos empregados com carteira assinada foi de 48,1%, diante de um crescimento do total dos ocupados de 21,3% no período. Moura acredita que os incentivos do governo, como reduções temporárias de IPI, também colaboraram para esse cenário, além da queda dos preços, favorecida pela entrada da China no mercado global como grande produtor de manufaturados. Assim, mesmo itens antes praticamente inacessíveis, como computador com acesso à internet, mostraram rápida evolução nos últimos anos. Em 2011, 37,1% dos domicílios possuíam essa facilidade, quatro vezes mais do que há uma década.

No entanto, segundo o IBGE, 60,3% das casas têm rede de abastecimento de água e coleta de lixo e esgoto, além de iluminação elétrica. De acordo com o censo da população americana, em 2011 apenas 0,6% das casas não contavam com água encanada, chuveiro e vaso sanitário com descarga.

A área em que o governo teve mais sucesso no objetivo de universalizar os serviços básicos foi em iluminação elétrica, com 99,3% das casas atendidas.

Para Osório, do Ipea, é surpreendente o avanço nessa área porque o índice de cobertura já era alto há dez anos (96%). Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, lembra que o esforço pela universalização desse serviço data de mais de uma década, com ações do governo federal como o Luz no Campo, criado no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Sales afirma, no entanto, que houve reforço importante com o programa Luz para Todos, principalmente na redução de disparidades regionais. Lançado em 2003 pelo governo federal, o programa tinha como meta acabar com a exclusão elétrica no país e canalizou, segundo o presidente do Acende Brasil, "recursos vultosos para estender as redes para regiões cada vez mais distantes".

O Nordeste, que hoje conta com 98,8% das habitações com acesso à iluminação elétrica, foi a região em que o avanço foi mais acelerado nos últimos dez anos. Em 2001, essa era a única região com um índice inferior a 95% de atendimento pelo serviço, com apenas 89% dos domicílios atendidos pela rede.

O preço desse salto nos últimos dez anos, segundo Sales, não foi desprezível. Dependendo da região do Brasil, diz ele, o custo da ligação de uma residência em região afastada pode chegar a R$ 20 mil. Hoje, diz, o programa como um todo demanda menos recursos, o que inclusive permitiu que a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um dos encargos que incidem sobre a conta de luz e financiam o Luz para Todos, fosse reduzida em 75% a partir de 2013.

Para Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil, o mesmo êxito não foi obtido pelo saneamento básico por uma questão de centralização, já que as ações são de competência da administração municipal, e não federal, como acontece com outros serviços públicos que tiveram avanços mais significativos no período.

Segundo ele, a questão mais relevante hoje para este segmento, e que emperra os projetos de saneamento, não é a falta de recursos, mas de projetos, um diagnóstico comum entre especialistas em relação a outras áreas, como transportes. A baixa execução orçamentária da pasta levou o governo federal a adotar como solução a concessão de rodovias e ferrovias à iniciativa privada, o que também deve ser feito com portos.
Carlos afirma que as prefeituras já caminharam nessa direção, por meio de parcerias público-privadas ou sistemas mistos de gestão.

Osório, do Ipea, assim como Carlos, não acredita que a solução seja federalizar o serviço, já que o município é protagonista fundamental para que as políticas voltadas para essa área produzam resultado, pois conhecem demandas e especificidades da região. O ideal, diz, é que os governos estaduais e federal consigam exercer função de coordenação, mas sem transferência de competências. Outra vez aparece aqui o diagnóstico de que não faltam recursos, e sim projetos, para que as políticas de avanço da cobertura de saneamento produzam resultados mais velozes.

Notícias

IPCA-15 sobe 0,65% em outubro e supera expectativas dos economistas

A  inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) avançou para 0,65% em outubro, contra 0,48% em setembro, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A leitura do indicador ficou acima  da média de 0,58% apurada pelo Valor Data junto a dez consultorias e instituições financeiras. O intervalo das projeções ficou entre 0,55% e 0,63%.

No acumulado do ano, o IPCA-15 registra inflação de 4,49%. Nos últimos 12 meses encerrados em outubro, o índice subiu 5,56%. Nos 12 meses encerrados em setembro, a variação tinha sido menor, de 5,31%. Em outubro de 2011, o IPCA-15 teve variação de 0,43%.

Os alimentos responderam por 57% da inflação de outubro, segundo o IBGE. O IPCA-15 mostra que o grupo alimentação e bebidas saltou de 1,08% em setembro para 1,56% em outubro.

Entre os destaques de aumento de preços dentro do setor de alimentação, citados pelo instituto, estão as altas observadas em outubro nos preços de carnes (2,92%) e arroz (11,91%). Estes dois itens foram  os maiores impactos individuais na composição do IPCA-15 de outubro, com 0,07 ponto percentual (pp) cada, detalhou o instituto.

Outros alimentos também mostraram elevação de preços expressiva, no mês. É o caso de batata-inglesa (19,23%), farinha de mandioca (12,52%), cebola (9,97%), feijão carioca (4,66%), frango (4,13%), óleo de soja (3,01%), e pão francês (2,43%).

A inflação dos produtos não alimentícios, por sua vez, acelerou de 0,30% para 0,37% entre setembro e outubro. Os destaques ficaram por conta das elevações em energia elétrica (0,67%); taxa de água e esgoto (1,32%); artigos de limpeza (0,55%) e artigos de higiene pessoal (0,66%).

Segundo o IBGE, entre as nove classes de despesa usadas para cálculo do IPCA-15, sete apresentaram aceleração de preços entre setembro e outubro. Foram vistas acelerações em habitação (de 0,43% para 0,72%); artigos de residência (de 0,19% para 0,26%); vestuário (de 0,47% para 1,05%); transportes (de 0,09% para 0,11%); saúde e cuidados pessoais (de 0,37% para 0,42%), e comunicação (de 0,01% para 0,18%).

Já as duas classes de despesa que apresentaram desaceleração de preços, no mesmo período, foram despesas pessoais (de 0,57% para 0,15%) e educação (de 0,11% para 0,02%).

Notícias

Embraer é a grande campeã na gestão de pessoas em 2012

A trajetória profissional do engenheiro chefe da Embraer, Emílio Matsuo, resume bem o sentimento de orgulho que predomina no ambiente da terceira maior fabricante de jatos regionais do mundo. "Essa paixão e amor pelo que a gente faz é o nosso principal diferencial. Poucas empresas têm em sua organização pessoas tão comprometidas, capazes e determinadas quanto a Embraer ", garante o executivo.

No topo da carreira, Matsuo é considerado pelo diretor-presidente Frederico Fleury Curado um dos dez melhores engenheiros aeronáuticos do mundo. Em seu currículo, acumula a experiência de ter participado ativamente de todos os projetos de aeronaves da Embraer, desde o pequeno Turboélice Xingu, na década de 1970, até o maior avião da história da empresa, o cargueiro KC-390, ainda em fase de desenvolvimento.

Com 35 anos de organização, Matsuo, hoje autoridade máxima em conformidade e excelência técnica internamente, diz que nunca se sentiu e nem agiu como um empregado, mas como dono do negócio. "Dessa forma, quero ver o sucesso da minha empresa e procuro estar sempre trabalhando para criar produtos e otimizar processos", ressalta.

Foi assim, por exemplo, com o projeto da aeronave turboélice de treinamento EMB-312 Tucano, um dos maiores sucessos de vendas da Embraer na área de Defesa, com mais de 600 unidades produzidas para 13 países. "Nosso diretor de engenharia, na época, queria que o Tucano pudesse ser pilotado como um jato, com apenas um manete. Até então, os turboélices eram operados com três", lembra. O desafio foi cumprido com sucesso.

"A gente sente que, de certa forma, está participando de algo que vai além dos portões da fábrica e que é muito importante para o desenvolvimento do país", afirma Jackson Schneider, vice-presidente executivo de pessoas da Embraer. O resultado pôde ser comprovado ontem, com o anúncio da empresa como "A Melhor na Gestão de Pessoas de 2012", prêmio concedido pela revista "Valor Carreira".

A Embraer foi a grande campeã entre os 30 destaques escolhidos por meio de pesquisa feita pela Aon Hewitt em parceria com o Valor. Schneider conta, inclusive, que costuma brincar com os executivos da empresa que esse orgulho de estar participando do processo de desenvolvimento de uma tecnologia extremamente avançada e estratégica para o Brasil é como um salário adicional.

Isso também ficou bastante evidente durante o terceiro Seminário Embraer de Tecnologia e Inovação (Seti), evento interno criado para reconhecer e compartilhar os trabalhos que contribuem para a evolução da companhia. A edição mais recente, realizada no início do mês, registrou o reconhecimento de 12 novas patentes.

Uma das novidades apresentadas, segundo Schneider, foi a de um sistema de controle eletrônico embarcado, que permite ao piloto fazer uma aproximação para pouso mais íngreme do que o normal - e, assim, diminui o trajeto da aeronave em baixa altitude sobre áreas urbanas. A ferramenta, resultado de uma invenção dos engenheiros Reneu Luiz Andrioli Jr, Fabrício Reis Caldeira e Lauro Rocha Borges, também reduz o ruído e a emissão de gases.

O Seti é apenas um dos exemplos que o presidente Frederico Curado faz questão de citar quando afirma que o ambiente corporativo saudável, onde existe o reconhecimento pelo trabalho, é um dos principais fatores de atração e retenção de talentos para a companhia. "O Brasil enfrenta um problema de carência de engenheiros, mas a Embraer tem sido privilegiada nesse aspecto. Não temos nenhuma dificuldade para contratar pessoas e grande parte disso se deve a esse orgulho de trabalhar com um produto e uma tecnologia muito atraentes", afirma.

Além disso, Curado também destaca a existência de um plano de carreira bem estruturado e uma política de remuneração competitiva em relação ao mercado. De acordo com o executivo, uma das principais portas de entrada de engenheiros na Embraer é o Programa de Especialização em Engenharia (PEE), que forma uma média de cem profissionais por ano. Atualmente, o programa possui três turmas, com mais de 160 engenheiros em treinamento. Desde a primeira turma em 2001, o PEE já formou cerca de 1.200 engenheiros.
Realizado em parceria com professores do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), ele oferece o título de mestrado profissional em engenharia aeronáutica, reconhecido pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) do Ministério da Educação (MEC). Estruturado em três fases com duração de cinco a seis meses cada, o PEE oferece fundamentos de aeronáutica, especialização e projeto do avião.

Como empresa globalizada, com linhas de manufatura em quatro países diferentes (Brasil, Estados Unidos, China e Portugal), o desafio de contratar e reter pessoas tem sido superado com bastante tranquilidade, segundo o presidente da companhia. "É muito mais fácil para nós atrair do que perder talentos", garante. Nos últimos 12 meses, por conta do crescimento da demanda dos novos projetos, especialmente na área de Defesa, a Embraer contratou 320 engenheiros - são 4 mil no total dentre os 18 mil funcionários. As mulheres engenheiras já representam mais de 12% da força de trabalho na empresa.

A grande disponibilidade de mão de obra altamente especializada oriunda do cancelamento do programa Space Shuttle da Nasa (Agência Espacial Americana) foi um dos principais fatores para que a Embraer instalasse em Melbourne (Flórida), nos Estados Unidos, uma unidade dedicada à produção de jatos executivos e um centro de engenharia e tecnologia. "Conseguimos recrutar esse pessoal com certa facilidade", diz Curado. Na fábrica americana trabalham hoje cerca de 1.200 funcionários.

Em Portugal, a questão da mão de obra também foi determinante para a companhia escolher a instalação de duas novas fábricas em Évora, na região do Alentejo, onde vai produzir estruturas de fuselagem e componentes em materiais metálicos e compósitos. Para atrair a Embraer para essa região, essencialmente agrícola, o Estado e a prefeitura local decidiram, há três anos, investir pesado na montagem de escolas técnicas, equipadas com laboratórios de última geração. "Conseguimos contratar cerca de cem funcionários que se formaram nessas escolas, que acabaram se tornando um polo de geração de mão de obra especializada".

A Embraer, segundo o executivo, também foi chamada pelo governo local para opinar na grade curricular dessas instituições. "Nossa qualificação tende a ser mais exigente do que a do restante da indústria. Em alguns casos, como fizemos na China, levamos o profissional para fazer um estágio 'on the job training' na nossa fábrica no Brasil", afirma.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Notícias

Café representa 6,5% nas exportações agrícolas de janeiro a setembro de 2012

O café representou 6,5 % de todas as exportações do agronegócio brasileiro de janeiro a setembro de 2012. O resultado faz parte do Informe Estatístico do Café referente a setembro e que é publicado mensalmente pelo Departamento do Café, da Secretaria de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e divulgado dia 9 de outubro.

No entanto, o produto apresentou queda de 24,74% nos nove primeiros meses de 2012, com faturamento de US$ 4,6 bilhões na comparação com o mesmo período do ano passado, quando faturou US$ 6,1 bilhões. O volume embarcado de janeiro a setembro de 2012 teve redução de 19,21% na quantidade de sacas.

A receita cambial do café verde, que representa 5,7% do total das exportações, também teve uma diminuição de 27,41. O principal comprador de café verde brasileiro continua sendo a Alemanha que, apesar de ser o principal destino das exportações da produção nacional, apresentou queda de janeiro a setembro de 2012 de 26,80% na quantidade do produto. O segundo principal importador são os Estados Unidos que teve um recuo de 26,83% nas compras do grão.

De acordo com o relatório mensal, o consumo brasileiro de café em 2012 é estimado em 20,4 milhões de sacas, contra 19,72 milhões de sacas em 2011. Os estoques do Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira) estão, atualmente, em 14 mil sacas.Aqui está disponível o Informe do Café de setembro

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Economia Solidária

Município de Maria da Fé consegue se reerguer com a força dos artesãos

Da Agência Sebrae de Notícias
   Divulgação
Grupo produz cerca de cem tipos de produtos com massa de papelão e folha de bananeira
Com pouco mais de 10 mil habitantes e a produção de batata em crise no final dos anos 90, a pequena cidade de Maria da Fé (MG) buscava uma alternativa para reerguer sua economia. Com a baixa produtividade das fazendas e plantações, os produtores rurais estavam quebrando. Foi quando um filão produtivo ainda tímido começou a aparecer: o artesanato.

Natural da cidade, o artesão Domingos Tótara, hoje conhecido nacionalmente, teve uma ideia. Com o apoio do Sebrae e por intermédio da administração municipal, recrutou um grupo de cinco artesãos locais para produzir peças diferenciadas feitas de massa de papelão misturada à fibra de bananeira, abundante nas redondezas.

A técnica experimental deu certo e, por meio de cursos de capacitação do Sebrae, o negócio começou a prosperar. Um ano depois, os artesãos já haviam formado uma cooperativa – o que lhes permitiu passar a emitir nota fiscal e aumentar a produção.

“O Sebrae nunca falhou nesses 14 anos. Não há um ano sequer que não participemos de pelo menos um curso aqui em Maria da Fé”, diz a artesã da oficina Gente de Fibra e diretora da cooperativa dos artesãos da cidade, Valéria Santos da Costa Mendes.

A Gente de Fibra produz cerca de cem tipos de produtos, entre luminárias, fruteiras e mandalas, todas de papelão reciclado misturado à fibra de bananeira. Ao ser cozida, a fibra adquire um tom dourado que deixa as peças mais bonitas. O papelão é recolhido por catadores contratados e transformado na massa que dá forma às peças.

A produção transpôs as divisas de Minas. Este ano, o Gente de Fibra ganhou pela segunda vez o prêmio TOP 100 de Artesanato do Sebrae, de âmbito nacional. No começo os artesãos produziam cem peças por mês. Hoje chegam a fazer cerca de 1,2 mil, dependendo da demanda e das encomendas. Muitas peças já foram exportadas para a França, Alemanha, Itália e China.

“A estrutura de cursos do Sebrae melhorou muito as condições dos artesãos. Agora sobrevivemos desse trabalho e não somos mais tão pequenos e escondidinhos”, comemora Valéria

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Cooperativismo

Seagri firma parceria para fortalecer cooperativas alagoanas
 
Seagri firma parceria para fortalecer cooperativas alagoanasAs cooperativas de agricultores familiares serão fortalecidas a partir de uma parceria que começou a se estabelecer entre a Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) e a Organização das Cooperativas no Estado de Alagoas (OCB-AL).

Nesta quinta-feira (11), o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, se reuniu com a superintendente da OCB/AL, Márcia Túlia, o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Hibernon Cavalcante, e o presidente da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), Aldemar Monteiro.

Na ocasião, eles trataram das necessidades gerais das cooperativas do meio rural alagoano. De acordo com Márcia Túlia, o cooperativismo é uma oportunidade para o desenvolvimento de um Estado como Alagoas, que tem como base de sua economia as atividades agropecuárias. “Em geral, o agricultor sabe produzir, mas tem dificuldade para comercializar, e a organização em cooperativas abre esse mercado”, comentou.

Segundo ela, a parceria com o Governo do Estado pode fortalecer o cooperativismo. “Acredito que há muito por fazer, por isso precisamos de parcerias”, salientou.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, José Marinho Júnior, alguns programas conduzidos pela secretaria já promovem o associativismo e o cooperativismo. Ele citou o Programa Alagoas Mais Leite, o Balde Cheio, o Alagoas Mais Ovinos e o Programa de Avicultura Familiar. “A maioria desses grupos vende de forma conjunta ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)”, frisou.

“No entanto, sabemos que é sim preciso ampliar essas ações, apoiar outras cooperativas, que precisam de assistência, de tecnologia, de orientação e de acesso a mercados. Para isso, contamos com o apoio de nossos órgãos vinculados”, emendou Marinho, que citou a parceria institucional com a Emater, o Ideral, o Iteral e a Adeal.

“Também estamos resgatando uma parceria com o governo do Canadá, com foco em cooperativismo para pecuária de leite. Outra ação do Governo do Estado nesse sentido são as parcerias com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID)”, reforçou o secretário.

Outros encontros serão definidos entre Seagri e OCB para alinhar as ações da parceria, por meio dos programas já executados pela secretaria, e com o apoio das entidades vinculadas.
Fonte: Tribuna Hoje em 15/10/2012

Cooperativismo

Gestão de Cooperativas de Crédito
 
Gestão de Cooperativas de CréditoO curso tem foco na gestão de uma cooperativa de crédito abordando os principais âmbitos da administração que são específicas deste tipo de instituição financeira.

O foco principal é a gestão econômico-financeira da cooperativa de crédito. O curso surgiu de uma demanda do setor, que, cada vez mais, precisa de profissionais com formação prática e teórica que englobe situações e rotinas de gestão específicas das cooperativas de crédito.

A pós-graduação oferece disciplinas exclusivas da área de gestão contábil e financeira, relacionadas com a realidade das cooperativas de crédito, em sintonia com o sistema financeiro nacional. Todo material didático foi elaborado por professores e profissionais atuantes na área, que dominam conteúdos e práticas, têm experiências em resolver situações conflito e, ainda, em construir alternativas para o desenvolvimento destas organizações cooperativas.



Fonte: Unisul em 15/10/2012

Cooperativismo

Cooperativas agrícolas essenciais para combater a fome
 
Cooperativas agrícolas essenciais para combater a fomeAs cooperativas agrícolas, que beneficiam milhões de pequenos agricultores, podem crescer e fazer uma contribuição ainda maior contra a pobreza e a fome, se receberem o apoio certo por parte de governos, sociedade civil e universidades.

Esta é a principal mensagem deste ano do Dia Mundial da Alimentação, celebrado hoje em 150 países. O tema deste ano centra-se em “Cooperativas agrícolas alimentam o mundo” e coincide com o Ano Internacional das Cooperativas. O Dia Mundial da Alimentação também comemora a data em que a FAO foi fundada em 1945.

Foi dado um novo impulso na luta contra a fome na semana passada, com o lançamento de números que mostram que, apesar de haver 132 milhões de pessoas a menos com fome no mundo, em comparação com há 20 anos atrás, ainda há quase 870 milhões de pessoas que não dispõem de alimentos suficientes todos os dias.

Cerimónia DMA

O Papa Bento XVI afirmou numa mensagem para o Dia Mundial da Alimentação que, dada a dimensão humana, as cooperativas agrícolas são capazes de favorecer o desenvolvimento económico que responde às necessidades locais mais prementes.

“As cooperativas agrícolas têm uma visão alternativa aos modelos económicos que parecem ter apenas como objetivos o lucro, os interesses dos mercados, o uso de culturas alimentares para fins não alimentares e a introdução de novas tecnologias de produção alimentar sem as precauções necessárias” explicou o Papa.

“A presença de cooperativas pode colocar um fim à tendência de especulação nos produtos alimentares básicos destinados ao consumo humano e reduzir as aquisições em grande escala de terras aráveis ​​que em muitas regiões forçam os agricultores a sair das suas terras, porque por si só eles não têm força suficiente para defender os seus direitos”, afirmou.

A mensagem do Papa foi lida pelo arcebispo Luigi Travaglino numa cerimónia na sede da FAO com a presença de personalidades, chefes das agências da ONU com sede em Roma e convidados especiais.

Apelo aos governos

O Diretor-Geral da FAO, José Graziano da Silva destacou a necessidade de trabalharmos com vista à erradicação total da fome, acrescentando que muitos países na América do Sul, África e Ásia, comprovam que é possível.

Graziano da Silva declarou o seu apoio às cooperativas como uma importante maneira para retirar os pequenos agricultores da pobreza e da fome. Embora elas produzam a maioria dos alimentos em muitos países, ele explicou que os pequenos agricultores têm pouco acesso aos mercados para vender os seus produtos, falta de poder de negociação na compra de fatores agrícolas a melhores preços e falta de acesso a serviços financeiros.

“As cooperativas agrícolas podem ajudar os pequenos agricultores a superar essas limitações”, afirmou. “As cooperativas desempenham um papel crucial na criação de emprego, redução da pobreza, melhoria da segurança alimentar e contribuição para o produto interno bruto de muitos países.”

O chefe da FAO apelou aos governos para que façam a sua parte e “criem condições para que as organizações de produtores e cooperativas possam prosperar.”


Mensagem do Secretário-Geral

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou numa mensagem para Dia Mundial da Alimentação que as cooperativas agrícolas seriam cruciais para enfrentar o Desafio Fome Zero que ele lançou em junho na Conferência da ONU Rio +20 sobre Desenvolvimento Sustentável.

“A grande experiência das cooperativas agrícolas será inestimável para atingir um dos principais objetivos da iniciativa: duplicar os rendimentos e a produtividade dos pequenos agricultores”, afirmou o Secretário-Geral.

O FIDA e as cooperativas

O Presidente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, Kanayo F. Nwanze, afirmou na cerimónia que o FIDA trabalha em estreita colaboração com cooperativas de todo o mundo.

“Desde os produtores de chá do Ruanda até aos centros de produção de gado no Nepal, há muitos exemplos de como as cooperativas apoiam os pequenos agricultores, não só a se organizarem, mas também a aumentarem coletivamente as suas oportunidades e recursos”, explicou.

“No FIDA, a nossa experiência de trabalho com os agricultores tem provado uma e outra vez que as cooperativas são fundamentais para alcançar esses objetivos”, afirmou Nwanze. “É por isso que sublinhamos a importância das cooperativas e procuramos continuar a reforçar o nosso trabalho com estas organizações.”

O chefe do PMA sobre a fome

No seu discurso, a Diretora-Executiva do Programa Alimentar Mundial, Ertharin Cousin, falou sobre a necessidade de redes de segurança social para aqueles que mal se conseguem alimentar.

“No nosso mundo, muitos ainda têm dificuldade em encontrar a sua próxima refeição. A proteção social e os programas de redes de segurança permitem que os mais vulneráveis, especialmente as mulheres e crianças, se livrem da fome e da pobreza”, explicou. “Estes programas servem como uma forma de amortecimento, que de outra maneira não estaria disponível, aumentando assim a resiliência perante choques económicos e ambientais.”

Fonte: dnoticias.pt em 16/10/2012

Cooperativismo

Cooperativismo ajuda legalizar atividade de garimpos no Amazonas
 
Cooperativismo ajuda legalizar atividade de garimpos no AmazonasNo passado, a extração de ouro na Amazônia criou tantos e variados problemas que a atividade precisou ser enquadrada pelas autoridades públicas, o que a fez quase desaparecer em todo o Estado. Hoje, uma nova realidade começa a ganhar corpo nos garimpos com a implantação do conceito de cooperativismo na extração de ouro na Amazônia, sem deixar como resultado as mazelas sociais, ambientais e econômicas nas áreas de mineração.

No município de Humaitá, uma nova história sobre extração de ouro começa a ser escrita pela Cooperativa dos Garimpeiros da Amazônia - Coogam, com agressão mínima ao meio ambiente, legalidade na venda do minério, recebimento de impostos pelos entes federativos e muita organização. "Não vamos permitir uma "corrida do ouro", como no passado, quando o garimpo trazia muitos problemas às comunidades onde acontecia a atividade", garante o presidente da Coogam, Geomário Leitão.

Conforme ele explica, os garimpeiros cooperados trabalham com licença ambiental, emitida pelos órgãos encarregados de fiscalizar essa atividade, e por isso podem ser responsabilizados por qualquer dano ambiental. No entanto, Geomário garante que esse risco é mínimo, uma vez que a tecnologia utilizada para extração de metal é mecânica e não mais química, que evita o uso de mercúrio na separação do ouro.

Esse diferencial são as mesas vibratórias instaladas nas dragas que recolhem material do leito rio Madeira, onde a Coogam atua. Após separar o ouro da terra dragada do rio, esse material retorna ao rio, com o mínimo de dano ao meio ambiente. Segundo Geomário, algumas balsas que estão atuando na área do garimpo ainda usam a separação química, mas o processo é realizado em recinto fechado e não deixa os vapores do mercúrio vazar para a atmosfera.

Geomário garante que a atividade cooperativa no garimpo é segura e atua dentro da legalidade. "Hoje garantimos 900 empregos diretos nas balsas e todo ouro extraído é vendido com nota fiscal, em nome do cooperado, com seu CPF, o que permite às autoridades terem controle sobre a comercialização do minério", diz o presidente da Coogam.

De acordo com ele, em agosto, a cooperativa comercializou dez quilos de ouro, o que garantiu ao município de Humaitá 1,5% sobre o total das vendas através do Imposto de Aplicação Financeira (IOF). Além disso, informa Geomário, a cooperativa adquire todo o combustível para operar as máquinas no garimpo no próprio município, assim como se abastece de gêneros alimentícios no comércio local e contrata serviços entre os profissionais da cidade.

Com dez licenças ambientais para garimpar no rio Madeira, a Coogam espera chegar até o final do ano com produção total de 600 quilos de ouro extraídos das áreas autorizadas. Geomário também informa que a experiência cooperativa de mineração vai se estender aos municípios de Manicoré, Borba e Novo Aripuanã.

Fonte: Sistema OCB/Sescoop-AM em 16/10/2012

Notícias

Novo presidente da Embrapa toma posse em Brasília
 
Novo presidente da Embrapa toma posse em BrasíliaFoi empossado na tarde desta segunda-feira (15/10) o novo presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antônio Lopes. A cerimônia, conduzida pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, foi realizada no gabinete do edifício sede do Mapa, em Brasília (DF). O evento contou com a presença de diversas autoridades ligadas ao ramo de atuação da Embrapa, dentre elas, o superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile, representando o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. Nobile ressaltou que este é um momento especial para a Embrapa, entidade que possui importante relação institucional com o cooperativismo. “Nossa expectativa é contribuir para o sucesso desta aliança, apoiando a nova direção da empresa no que for preciso”, pontuou o superintendente.

O ministro Mendes Ribeiro recomendou ao novo Presidente para, em conjunto com seus diretores e funcionários, intensificar as ações necessárias ao fortalecimento da empresa, inclusive no plano internacional. Segundo ele, a Embrapa tem de se firmar como instituição geradora de tecnologia, apoiando o desenvolvimento das propriedades e dos produtores rurais brasileiros.

O novo presidente da Embrapa é defensor das pesquisas genéticas, principalmente as voltadas à área de mudanças climáticas. "Existe uma preocupação muito grande com o desenvolvimento de tecnologias para fazer frente aos eventos climáticos cada vez mais extremos, como o calor e o frio intensos fora de época. Para garantir a produção da agricultura frente a essas mudanças previstas para as próximas décadas, será necessário avançar substancialmente em diversos campos do conhecimento científico e tecnológico", defende. Para Lopes, a grande conquista da pesquisa agropecuária foi reduzir o custo dos alimentos para o povo brasileiro.

Perfil – Graduado em agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (MG), Lopes é mineiro de Bom Despacho e era um dos nomes preferidos do governo para assumir o comando da estatal. Pesquisador da Embrapa desde 1989, atuou como pesquisador no melhoramento genético de plantas, chefiou departamentos de pesquisa e foi coordenador de um programa de cooperação internacional na Ásia. A experiência adquirida no exterior pesou na escolha do cargo. Antes de se tornar presidente, Lopes ocupava o cargo de diretor-executivo de pesquisa e desenvolvimento da estatal. Maurício Antônio Lopes tem mestrado em Genética pela Purdue University (EUA), doutorado em Genética Molecular pela University of Arizona (EUA) e pós-doutorado pelo Departamento de Agricultura da Agência para Alimentação e Agricultura da ONU (FAO), na Itália.

Fonte: Assessoria Embrapa e Valor Econômico em 16/10/2012
 

Cooperativismo

Cooperativismo democratiza crédito para os brasileiro
 
Cooperativismo democratiza crédito para os brasileiroNa próxima quinta-feira (18), o mundo inteiro comemora o Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito. A celebração acontece em um momento de desenvolvimento contínuo do setor. As cooperativas de crédito têm desempenhado papel fundamental no processo de inclusão financeira de milhares de pessoas em todo país. A expansão do setor, a visibilidade e a credibilidade alcançada por meio dos resultados dos últimos anos consolida, cada vez mais, o segmento como uma alternativa forte na economia brasileira. Além de promover, o desenvolvimento socioeconômico sustentável, o segmento oferece vantagens como atendimento diferenciado, crédito facilitado, taxas e juros justos, entre outros.

De acordo com dados da OCB (Organização das Cooperativas do Brasil), os ativos das 1.312 sociedades de crédito cresceram 13,75% em relação a dezembro do ano passado (2011), de R$ 86 bilhões em dezembro de 2011 para R$ 98 bilhões em junho deste ano. As cooperativas de crédito ocupam a 9º posição entre as instituições financeiras de varejo no Brasil em ativos administrados.

Nos depósitos, o setor teve um crescimento de 21,22% no primeiro semestre, saindo de R$ 38 bilhões e alcançando a marca de R$ 46 bilhões em junho de 2012. Trata-se de um crescimento de 5% no comparativo aos seis primeiros meses do último ano e praticamente dez vezes maior do que o percentual apresentado pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN) neste semestre, que foi de 2,33%. O patrimônio das cooperativas cresceu 10,62%, chegando a R$ 17,6 bilhões e no quesito empréstimos, o aumento foi de 9,94%, totalizando R$ 41,6 bilhões.

Atualmente, o setor cooperativista de crédito possui a 2ª maior rede de atendimento em todo território nacional com aproximadamente 5 mil pontos à disposição para 5,8 milhões de pessoas.

No Sicoob, maior sistema de cooperativas de crédito do país, a carteira de crédito registrou crescimento de 23,3% no primeiro semestre de 2012 e já alcança a marca de R$ 18,4 bilhões. Os ativos do Sicoob também evoluíram atingindo R$ 31,2 bilhões, valor 17,1% superior em relação ao mesmo período do ano passado. O patrimônio líquido das cooperativas de crédito do Sicoob teve crescimento de 7,84%, com R$ 7 bilhões.

Cooperativismo de crédito mineiro

Em Minas Gerias não é diferente. De acordo com dados do Anuário de Informações Econômicas e Sociais do Sistema Ocemg, são 176 instituições de crédito registradas no Sistema Ocemg até 2011, somando mais de 672 mil associados e gerando um valor total de operações de credito de mais de R$ 4 bilhões.
Fonte: Assessoria de imprensa Sicoob Confederação em 16/10/2012

Notícias


Notícias

Câmara aprova proposta que destina 10% do PIB para educação
 
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou nesta terça-feira (16) proposta que cria o PNE (Plano Nacional de Educação) e estabelece 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a área de Educação.
 
 
A proposta, que tramita na Casa desde 2010, segue para votação no Senado.
 
Atualmente, União, Estados e municípios aplicam, juntos, cerca de 5% do PIB no setor. Em 2011, o PIB brasileiro somou R$ 4,143 trilhões. Se a lei já estivesse em vigor, a educação receberia R$ 414,3 bilhões.
 
De acordo com o texto aprovado, serão utilizados 50% dos recursos do pré-sal (incluídos os royalties) diretamente em educação para que, ao final de dez anos de vigência do PNE, seja atingido o percentual de 10% do PIB para o investimento no setor.
 
A União deverá promover um Fórum Nacional de Educação com o objetivo de acompanhar a execução do PNE e o cumprimento de suas metas. Caberá ainda aos gestores federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal a adoção das medidas governamentais necessárias ao atingimento das metas previstas no plano.
 
Entre os objetivos estabelecidos está o de universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos.
 
Também está na lista das metas a criação, no prazo de 2 anos, de planos de carreira para os profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e para o plano de carreira dos profissionais da educação básica pública. O piso salarial nacional profissional seria tomado como base.
 
Uma das estratégias definidas na proposta está a de fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência e do aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de transferência de renda, bem como das situações de discriminação, preconceitos e violências na escola, visando ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso escolar dos alunos.

Notícias

Contratações ultrapassam os R$ 20 bilhões em dois meses
 
As contratações do crédito rural para a agricultura superaram a marca dos R$ 20 bilhões nos meses de julho e agosto deste ano. Os números mostram que os financiamentos do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013 superaram em 21,3% o volume contratado em igual período no ano passado (R$ 16,5 bilhões), segundo divulgado no final de setembro pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
 
O desembolso representa 15,1% do montante programado para o ano-safra 2012/2013. Nos dois meses, os produtores contrataram R$ 17,4 bilhões dos R$ 115,2 previstos para a agricultura empresarial. O montante é 19,9% superior ao alcançado em julho e agosto de 2011.
 
“As condições favoráveis do mercado de produtos agrícolas somadas a taxas de juros menores, limites de financiamento mais amplos e uma oferta de recursos maior em comparação com a safra passada foram decisivos para esse aumento das liberações de crédito”, analisa o diretor do Departamento de Economia Agrícola, Wilson Vaz de Araújo.
 
Os recursos para custeio e comercialização ultrapassam R$ 14,2 bilhões, o que representa 16,4% do valor previsto para safra atual (R$ 86,9 bilhões) e um aumento de mais de 30% na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior. Os desembolsos dos programas de investimento chegam a R$ 1,8 bilhão. Nas linhas especiais de crédito, o destaque é o Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK), voltado à compra de máquinas de equipamentos agrícolas. Até agosto, 21,7% do programado já estavam nas mãos dos produtores, o que significa R$ 1,3 bilhão dos R$ 6 bilhões direcionados a essa linha de financiamento.
 
Do crédito rural destinado ao Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) já foram liberados R$ 398,8 milhões – ou 11,7% – dos R$ 3,4 bilhões disponibilizados pelo PAP 2012/2013. O volume é 357% superior ante ao contratado nos mesmos meses de 2011 (R$ 87,3 milhões).
 
Já para o custeio e comercialização do médio produtor foi liberado – por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) –, em julho e agosto desse ano, R$ 1,3 bilhão dos R$ 7,1 bilhões previstos. No segmento de investimento, as contratações alcançaram R$ 231,8 milhões, ou 5,8% dos R$ 4 bilhões programados.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Notícias

Baixo crescimento da economia pode afetar seu emprego; saiba o que fazer

Economistas projetam crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 1,5% neste ano. A crise europeia ainda prejudica o crescimento brasileiro. Por outro lado, o desemprego está bem baixo, na casa de 5%. É uma situação de pleno emprego. Como aumentar o PIB para que isso não afete os empregos?

“Para gerar emprego, tem que haver produção e aumento da produtividade”, diz o economista Eduardo Becker.

O que fazer hoje para evitar o desemprego? A melhor maneira, afirma Becker, é através da qualificação. “A melhor coisa é estudar, ter educação continuada. É isso o que garante o crescimento do Brasil.”

A escolaridade pode proteger os trabalhadores do desemprego. E há um problema a mais. “Estamos enfrentando cada vez mais a entrada de mão de obra europeia no Brasil.”
 

 

Notícias

Inflação pode levar Brasil a rever medidas de estímulo, diz FMI
 
A recuperação do crescimento da economia brasileira, que deve se consolidar em 2013, vai obrigar o Brasil a rever suas políticas de estímulo para frear o aumento da inflação, diz um relatório divulgado nesta sexta-feira (12) pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).

Na revisão do relatório Regional Economic Outlook (Perspectivas Econômicas Regionais), sobre a América Latina e o Caribe, o FMI cita especialmente o Brasil, mas também outros países da região, como o Uruguai, como exemplos dessa tendência.

O Fundo projeta inflação de 5% para o Brasil neste ano e 5,1% em 2013. No mais recente boletim Focus - levantamento semanal feito pelo Banco Central do Brasil com base em consultas ao mercado -, a projeção é de 5,42% para 2012 e 5,44% em 2013.

No mês passado, a inflação oficial no Brasil, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), registrou alta de 0,57%, maior taxa desde abril e maior variação para o mês de setembro desde 2003. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação já acumula alta de 3,77% neste ano.

Desaceleração forte no Brasil

O relatório também destaca a política monetária "especialmente agressiva" do Brasil, ao falar sobre as reduções na taxa básica de juros (Selic) desde agosto de 2011.

Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou a décima redução consecutiva, passando a Selic para 7,25%, menor patamar da série histórica iniciada em 1996.

"Além das incertezas globais, estas medidas respondem ao objetivo de levar a taxa de juros real a níveis comparáveis aos de outras economias emergentes", diz o FMI.

Segundo o FMI, o crescimento na região da América Latina e Caribe sofreu desaceleração desde abril, quando foi divulgado o último relatório.

"A desaceleração foi mais pronunciada no Brasil, a maior economia da região", diz o documento. "Onde as incertezas globais e a aplicação de políticas mais restritivas tiveram impacto maior que o previsto, sobretudo nos investimentos privados."

O FMI projeta crescimento de 1,5% para o Brasil neste ano - queda de 1 ponto em relação ao relatório de abril e em linha com a projeção do mercado, de 1,57% - e 4% em 2013.

De acordo com o FMI, a aceleração do crescimento brasileiro em 2013 será apoiada pelas "importantes medidas de estímulo implementadas recentemente".

Para a região, a previsão é de 3,2% para este ano - 0,6 ponto percentual menor que a previsão de abril - e 3,9% em 2013.

Notícias

Pequenos produtores lutam para melhorar o preço do litro de leite

Eles querem se aproximar dos bons rendimentos dos grandes produtores.Quantidade de leite que entregam por dia é o que mais interfere no preço.

Os pequenos produtores de leite recebem menos dinheiro pelo litro do que os médios e grandes. O que mais interfere no preço é a quantidade do produto que eles entregam diariamente.
 
Hélio Pereira, um pequeno produtor de leite, do município de Uberlândia, no Triângulo Mineiro tem 30 vacas em lactação. Ele consegue retirar 240 litros por dia e neste mês está recebendo R$ 0,83 pelo litro. “Ter uma boa qualidade para poder ter o preço melhor”, comenta Hélio Pereira, Produtor de leite
 
Dos R$ 0,83 pelo litro que Hélio Pereira recebe, dez centavos correspondem ao prêmio pela qualidade do leite. Para garantir esse valor, a família investiu em ordenhadeiras mecânicas. Na desinfecção dos equipamentos, Hélio conta com a ajuda dos filhos André, que é agrônomo, e Adriano, veterinário. “Hoje o mercado exige qualidade então o produtor tem que procurar se adequar a essas exigências”, afirma Adriano Pereira, Veterinário.

Mesmo com qualidade, os pequenos produtores acabam recebendo preços menores do que os grandes criadores. Em outra fazenda são 130 vacas em lactação e a produção diária chega a três mil litros. O preço pago pela cooperativa em outubro chaga a R$ 1,01 e o gerente explica que pretende aumentar o premio que recebe pela qualidade para isso investe em melhorias para a estrutura.“Compramos ordenha nova, fizemos piso com ranhura na sala de espera, na sala de ordenha e estamos montando o sombrite da sala de espera com nebulizador. Tudo isso para poder garantir um ambiente melhor mais adequado para as vacas”, declara Clístenes Procópio, gerente da fazenda.

A quantidade de leite entregue por dia é o principal fator que influi no preço pago pelas cooperativas e laticínios particulares.
 
Em Uberlândia, o pequeno produtor que entrega 50 litros por dia, recebe hoje R$ 0,71, para quem entrega dois mil litros, o valor sobre para R$ 0,88. Esses são os preços básicos. A esses valores são acrescentados os prêmios pela qualidade que variam dependendo do produtor.
 
A cooperativa de Uberlândia, Calu, recebe por dia 140 mil litros, de 800 cooperados. O presidente da cooperativa, Cenyldes Vieira, justifica a política de preços que é aplicada aos fornecedores. "Suponhamos que vamos captar mil litros de leite, nós vamos coletar em uma única propriedade ou podemos fazer em 20 propriedades, com produção de 50 litros. Obviamente que captar esse leite em uma única propriedade é mais barato, custa menos pra cooperativa, do que coletar em 20 propriedades diferentes. Os laticínios e as cooperativas tiveram que adotar tal prática, porque ela é uma prática de mercado e hoje nós não podemos fugir dela", declara.