quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Cooperativismo

Cooperativa movimenta economia rural no interior do Paraná

                                         Cooperativa movimenta economia rural no interior do Paraná

Foto: Rafael Carvalho/MDA

 
Aumento da renda, inclusão produtiva de jovens e mulheres e melhor qualidade de vida. Estas foram algumas das melhorias que a Cooperativa Agroindustrial de Produtos de Corumbataí do Sul e Região (Coaprocor) tem assegurado aos agricultores familiares locais. Criada há cinco anos para garantir a comercialização dos produtos da associação que leva o mesmo nome, a Coaprocor reúne mais de 800 sócios de 21 municípios do estado do Paraná.
Desde 2012, o grupo construiu uma agroindústria para beneficiamento de cerca de 20 variedades de frutas. Destas, se destaca o maracujá. Anualmente, metade da produção da fruta, cerca de duas mil toneladas, é processada. Do maracujá não se desperdiça nada. Além da polpa, a semente é vendida para uma empresa de cosméticos – cerca de 50 toneladas por ano –, e a casca, por enquanto, é utilizada na alimentação animal. O objetivo é transformá-la em subproduto que possa ser comercializado. No primeiro semestre deste ano, foram industrializadas 300 toneladas de polpa da fruta.
O principal mercado para os produtos da cooperativa são as compras governamentais realizadas por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), executados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A Coaprocor atende 425 escolas no Paraná, que são responsáveis pelo escoamento de aproximadamente 70% da produção. “As políticas de comercialização, em especial o Pnae, tiveram uma importância muito grande para nós. A certeza de venda para a alimentação escolar nos deu segurança para começar a industrialização. Agora estamos nos preparando para ampliar os nossos mercados para além destes programas”, destaca o presidente da Coaprocor, Gerson Rodrigues da Cruz, 36 anos, presidente da associação.
Segundo levantamentos, a estimativa é que desde que a agroindústria começou a funcionar, no início do ano passado, a renda dos agricultores tenha aumentado em média 70%. Para o próximo ano, o grupo espera dobrar a produção. E, objetivando aumentar ainda mais o alcance nos anos posteriores, a cooperativa vai contar com políticas de crédito dos governos Federal e estadual para ampliar a agroindústria. O projeto prevê a ampliação do espaço físico de 450 m2 para mais de 1000 m2. O novo espaço contará, por exemplo, com uma câmara fria com capacidade de 600 toneladas, cinco vezes maior que a utilizada atualmente.
Inclusão

A cooperativa garante emprego e renda aos associados e aos municípios. Jovens e mulheres são incentivados a participar ativamente do processo. Aproximadamente 40% das Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativas na cooperativa são de mulheres. Em alguns municípios, o número chega a 90%. Um dos principais resultados deste processo de inclusão produtiva das mulheres é o aumento da autoestima e independência que estas adquirem ao administrar a própria renda.
Os filhos dos produtores são incentivados a permanecer no campo e se aperfeiçoar, principalmente, por meio de cursos profissionalizantes. Um exemplo é Anderson de Oliveira Campos, 20 anos. O jovem estava disposto a deixar o sítio dos pais para trabalhar na cidade, até que foi contratado pela agroindústria. O emprego deu a ele a oportunidade de continuar em casa. No próximo ano, Anderson pretende cursar veterinária. “Poderei fazer um estágio na cooperativa e até mesmo ser contratado posteriormente. É uma ótima oportunidade”, pontua.
Juliana Reis
(61) 2020-023 / 2020-0262
imprensa@mda.gov.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado! Sua opinião é muito importante.