Embarques do país deverão aumentar em 2013
As exportações brasileiras de suco de laranja somaram 149,6 mil
toneladas e renderam US$ 155,5 milhões em julho, segundo levantamento
divulgado ontem pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/Mdic). Em relação a
junho, o volume cresceu 8,5% e o valor dos embarques subiu 0,8%. Na
comparação com julho do ano passado, contudo, o volume recuou 26% e a
receita registrou baixa de 27,2%.
Com a retomada de julho e o ritmo mais acelerado das vendas ao exterior
nos primeiros cinco meses do ano, com destaque para o crescimento dos
embarques aos Estados Unidos, a tendência é que o resultado anual seja
positivo para as exportações. Em 2012, foram 1,097 milhão de toneladas,
5% menos que em 2011, que renderam US$ 2,276 bilhões, uma queda de 4,2%
na mesma comparação.
As adversidades climáticas e fitossanitárias que prejudicam a produção
na Flórida têm colaborado para o aumento das exportações brasileiras que
deverá dar o tom neste ano. Nos últimos meses, os problemas no Estado
americano, que reúne o segundo maior parque citrícola do mundo - menor
apenas que o paulista - têm oferecido suporte às cotações internacionais
do suco.
Na bolsa de Nova York, os contratos futuros de segunda posição de
entrega do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em
inglês), encerraram julho com cotação média mensal 2,54% inferior à de
junho. Mas em relação à média de julho de 2012, houve um aumento de
20,2%, conforme o Valor Data.
Ontem, os papéis com vencimento em novembro encerraram a sessão
negociados a US$ 1,4490 por libra-peso, com uma valorização de 80 pontos
em relação à véspera. Analistas notaram que a valorização do dólar
chegou a provocar a queda das cotações, mas que o risco de que
tempestades tropicais ainda afetem pomares na Flórida prevaleceu e houve
a alta.
Apesar de o mercado de suco estar relativamente sustentado, os preços
pagos pelas indústrias exportadoras do produto brasileiro (Cutrale,
Citrosuco/Citrovita e Louis Dreyfus Commodities) seguem abaixo dos
custos de produção, já que os estoques continuam elevados após duas
supersafras seguidas nas temporadas 2011/12 e 2012/13. (FL)
http://www.seagri.ba.gov.br/noticias.asp?qact=view¬id=27956
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