quinta-feira, 3 de novembro de 2011

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Professor aponta características e caminhos que indicaram
crise do capitalismo

Carlos Alberto Vilar Estévão, da Universidade de Minho, em Portugal, abordou temas como educação e lógica dos mercados em conferência

Tomado pela experiência de vivenciar na terra natal uma crise econômica, política e social classificada por ele como "grave", o professor Carlos Alberto Vilar Estévão, da Universidade de Minho, Portugal, trouxe bases teóricas sólidas para explicar caminhos, segundo ele equivocados, do capitalismo que levaram a esse momento histórico. A apresentação realizada nesta sexta-feira, 21, como parte da programação da XIV Semana de Mobilização Científica (Semoc) da Universidade Católica do Salvador (UCSal) foi acompanhada por estudantes e professores de diversas áreas e faculdades no Campus da UCSal na Federação.
"É preciso revisitar a ética", disse Estevão em um dos momentos da conferência em que tratava sobre o modelo atual de educação e sobre caminhos possíveis para o que chamou de construção da Educação Cidadã. Para ele, as escolas têm se afastado da função de educar para a formação de cidadãos, devido a mercantilização cada vez maior dessas instituições. "Algo que já é chamado de McEscola, em referência direta a rede de fast food", comentou.
Para tratar do tema da conferência - “Educação, Justiça e Direitos Humanos na era dos mercados” -, o professor explicou que atualmente o sistema econômico em que vivemos pode ser entendido como uma espécie de fundamentalismo: "é o fundamentalismo de mercado que se destaca hoje, com seus profetas, crenças, lugares sagrados e povos de eleição. Ou seja, nesse sistema não são todos os países que importam, mas apenas aqueles escolhidos".
Na visão do professor, para criarmos um mundo melhor, é preciso pensar a teoria e a prática de inventar a humanidade e o primeiro passo é ter em mente que o sistema vivenciado hoje não é o único possível.

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