quinta-feira, 3 de novembro de 2011

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Plataforma Empresas Pelo Clima dissemina boas práticas de RSE



 
epc
Plataforma na internet reúne cases empresariais sustentáveis, além de oferecer subsídios para boas práticas/Imagem: Reprodução


Mobilizar, sensibilizar e articular lideranças empresariais para a gestão e redução das emissões dos gases de efeito estufa, de riscos climáticos e a proposição de políticas públicas e incentivos positivos no contexto das mudanças climáticas. Estes são os principais objetivos da plataforma Empresas Pelo Clima (EPC), lançado há dois anos pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV-Eaesp), em parceria com a rede The Prince of Wales Corporate Leaders Network For Climate Action (CLN).

Atualmente, a EPC conta com 40 empresas-membro, que são engajadas nas discussões e ações relacionadas à gestão e redução de emissões corporativas de GEE, mas também no posicionamento do setor nos assuntos referentes à clima e na construção de propostas de políticas públicas que contribuam para uma economia de baixo carbono no Brasil, como se fosse uma espécie de fase seguinte ao Programa Brasileiro GHG Protocol, vinculado ao Protocolo de Kyoto.

“As empresas que fazem parte da plataforma estão à frente já que as exigências do mercado internacional e da sociedade em relação a práticas sócio e ambientalmente responsáveis e sustentáveis são cada vez maiores", destacou Fernanda Carreira, pesquisadora do Programa de Sustentabilidade Global do GVces.

Além disso, o consumidor está se tornando mais consciente e com isso passa a valorizar companhias que tem boas práticas socioambientais ou a pressionar aquelas cujos impactos prejudicam o meio ambiente e a sociedade - Fernanda Carreira.
 
tabela

Considerada como uma plataforma empresarial brasileira permanente para a transição rumo a uma economia de baixo carbono, a Empresas Pelo Clima também busca contribuir para:
  • Fortalecer a competitividade da indústria nacional em um novo contexto econômico global;
  • Garantir o acesso dos produtos brasileiros aos mercados internacionais, cada vez mais exigentes em padrões socioambientais;
  • Construir um mercado interno propício ao desenvolvimento tecnológico, à inovação e a práticas empresariais com menor potencial emissor de GEE;
  • Promover a segurança energética brasileira.
Boas práticas

A plataforma EPC possui oito áreas temáticas: Adaptação, Agropecuária, Energia, Indústria, Inovação, Resíduos, Transportes e Setor Financeiro. Cada uma delas é estudada de forma profunda por meio de análises e diagnósticos quanto aos desafios climáticos, que geram subsídios para políticas públicas, além de oferecer ferramentas de implementação do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, da Política Nacional de Mudanças Climáticas e dos Planos Setoriais.

Outra seção de destaque no site da plataforma é a "Práticas Empresariais", que mostra algumas iniciativas do mundo corporativo para lidar com as mudanças climáticas e contribuir para a transição rumo a uma economia de baixo carbono.

Um exemplo é a Suzano Papel e Celulose, líder no mercado no Brasil e na América Latina, que é a pioneira ao quantificar a pegada de carbono dos seus produtos. Por essa razão, a companhia conquistou o selo “Carbon Reduction Label” da Carbon Trust. O projeto da pegada de carbono, iniciado em 2009, compreende o cálculo das emissões de GEE associadas ao ciclo de vida. Os limites de cálculo da pegada de carbono variam conforme a categoria.

A petroquímica Braskem, por sua vez, reduz o impacto das atividades que desenvolve a partir da produção de plástico oriundo de matéria-prima 100% renovável. O desenvolvimento do polietileno proveniente do etanol da cana-de-açúcar, certificado mundialmente, substitui o uso do petróleo e resulta na redução do efeito estufa pela absorção do CO2 da atmosfera. Para cada tonelada de polietileno verde produzida são sequestradas e fixadas até 2,5 toneladas de CO2.

Já a Natura, por meio do programa Carbono Neutro, realiza diversas ações para reduzir a emissão dos GEE, como: substituição do álcool comum por álcool orgânico (perfumaria e desodorantes), substituição de óleos minerais por vegetais; substituição do papel da revista Natura; maior uso de material reciclado e introdução de biopolímeros nas embalagens; abertura de novos centros de distribuição e utilização de softwares de roteirização para otimizar os transportes, diminuindo a quilometragem percorrida no percurso.

As novas empresas interessadas em aderir ao EPC, no que diz respeito as atividades do ciclo 2012-2013, passam a integrar, automaticamente, o Programa Brasileiro GHG Protocol.
O vídeo abaixo explica como funciona a plataforma EBC:

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