Seminário apresenta modelos de desenvolvimento sustentável
Cooperativas do Pará, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
apresentam cases de sucesso na promoção do desenvolvimento humano
Cooperativas ajudam a construir um mundo melhor. O slogan do Ano
Internacional das Cooperativas pode ser verificado na prática durante o I
Seminário de Desenvolvimento Humano promovido pelo Serviço Nacional de
Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Na ocasião, três estados mostraram o
quanto as cooperativas trabalham pelo desenvolvimento sustentável de suas
comunidades. No Pará, a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé- Açu (CAMTA) ajudou a
melhorar a vida não apenas de seus associados, mas de todos os habitantes de
Quatro Bocas, localizada a 230 Km de Belém. “Esta cidade só está aqui hoje
porque existe a cooperativa. Não tinha nada no entorno, só a sede e as casas dos
funcionários. O resto era mato ou pimentais cultivados pelos cooperados”,
lembrou o presidente da CAMTA, Ivan Hitoshi Saiki.
O trabalho da cooperativa começou com a produção de pimenta-do-reino –
monocultura – sendo a primeira maior produtora e exportadora no Brasil. Depois
de muitas dificuldades enfrentadas – como a baixa da pimenta-do-reino no
mercado, pragas e enchentes –, cooperados e associados conseguiram desenvolver e
implantar o sistema de produção sustentável. O método, hoje conhecido como
agroflorestal, possibilitou a ampliação da produção, com a introdução de frutas
tropicais, oferecendo mais qualidade aos produtos e rentabilidade aos
cooperados. Nós queremos ensinar as pessoas a trabalhar, a serem empresários da
terra, para que possam multiplicar os resultados”, finalizou o dirigente.
A experiência de Santa Catarina foi apresentada por Isabel Cristina
Machado, da fundação Aury Luiz Bodanese – uma organização social sem fins
lucrativos, mantida pela cooperativa Central Aurora Alimentos. A fundação, com
sede em Chapecó, em quatro anos de existência, já melhorou a qualidade de vida
de 268.737 pessoas. O projeto tem três eixos: Ambiental, Cultural e
Social.
Oportunizar acesso ao trabalho e renda àqueles que não se enquadram no
perfil do mercado, por meio cooperação. Este é o trabalho feito pela Cootravipa
(Cooperativa de Trabalho, Produção e Comercialização dos Trabalhadores Autônomos
das Vilas de Porto Alegre (RS). A trajetória dos 29 anos de trabalho foi
apresentado pela gaúcha Margaret Garcia. “Ao ser constituída, a cooperativa
atende a necessidades sociais e também econômicas de um grupo. Os exemplos do
Pará, Santa Catarina e Rio Grande do Sul provaram que o movimento valoriza e
prioriza o capital humano, mostrando que é possível gerar trabalho e renda com
inclusão social", ressaltou o superintendente do Sescoop, Luís Tadeu Prudente
Santos, que assistiu à apresentação dos cases, e agradeceu a participação de
todos os 23 estados que estiveram presentes.
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