sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Cooperativismo

Cooperativas de crédito brasileiras em expansão
                    
O patrimônio líquido das cooperativas de crédito brasileiras cresceu nos primeiros nove meses deste ano 16,5% em comparação com igual período do ano passado, enquanto o Sistema Financeiro Nacional crescia 7,5%. É uma boa notícia, mas nosso cooperativismo ainda é pouco representativo, pois se observa que na área financeira seus ativos não passam de R$ 98 bilhões, contra R$ 3 trilhões dos quatro maiores bancos do país.
Mas o setor vem avançando, como informou este jornal na edição de ontem. No período analisado, a carteira de depósitos das cooperativas de crédito aumentou 26%, contra 3,18% do sistema financeiro como um todo. Em cerca de 500 municípios brasileiros, cooperativa é a única instituição financeira existente. A tendência é a de que elas cresçam de importância, com a criação do fundo garantidor do cooperativismo, conforme anunciado recentemente pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
O governo tem incentivado a expansão do cooperativismo. Em Minas, Estado maior produtor de leite do país, a Secretaria da Fazenda repassa mensalmente todo o ICMS cobrado sobre a captação do leite pelas cooperativas. Para um entendimento do que isso significa, a Cooperprata, com sede em Lagoa da Prata, onde se localiza a Embaré, faturou no mês passado R$ 1 milhão e recebeu do governo de Minas R$ 120 mil (12% de crédito de ICMS). Essa cooperativa começou a funcionar em dezembro de 2009 e, até hoje, só tem uma funcionária que recebe salário de R$ 900 reais. Os honorários de toda a diretoria somam R$ 5 mil.
Não há empreguismo nem mordomia. Os R$ 120 mil são repassados aos cooperados, que receberam em novembro R$ 0,88 por litro de leite e não R$ 0,84 – o valor pago pelo comprador do leite produzido, a Embaré. O leite vai diretamente da fazenda para a fábrica, e o produtor não tem que pagar segundo percurso.
Em fevereiro de 2010, a Cooperprata captou 23 mil litros de leite por dia e recebeu do governo R$ 65 mil, no mês. Um ano e nove meses depois, o benefício praticamente dobrou de valor. O governo abre mão desse imposto, enquanto cobra 18% das empresas que compram leite de outros estados e até do exterior para vender aos mineiros. Ele faz bem em dar o incentivo às cooperativas, mas precisa ficar atento. O dinheiro público não deve sumir nos desvãos de alguma cooperativa pouco transparente, dirigida por aproveitadores. Precisa chegar aos cooperados e favorecer o desenvolvimento do Estado.

Fonte: Hoje em dia em 27/12/2012

Um comentário:

  1. É isso aí!
    O cooperativismo de crédito começou pequeno, mas pensa grande e vai crescer rápido.
    Nós da PERNAMBUCRED alcançamos em Pernambuco o primeiro lugar em ativos.
    Vamos em frente!

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