sábado, 15 de junho de 2013

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Em abril, vendas no varejo baiano crescem 0,9%
O volume de vendas baiano apresentou uma suave melhora no mês de abril. Segundo informações da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), o varejo na Bahia registrou crescimento de 0,9% nos negócios, sendo a mais baixa da série nesse mês, desde abril de 2003, quando a taxa foi negativa em 5,2%. Na comparação entre abril de 2013 e março de 2013, houve uma variação positiva de 2,4 % no volume de vendas. Os dados foram apurados pela pesquisa realizada em âmbito nacional pelo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).
Em abril de 2013, os dados do comércio varejista da Bahia, quando comparados com abril de 2012, revelam que cinco de um total de oito ramos que compõem o Indicador do Volume de Vendas apresentaram resultados positivos. Listadas pelo grau de magnitude das taxas em ordem decrescente, têm-se: Livros, jornais, revistas e papelaria (26,0%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (24,6%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (22,3%); Móveis e eletrodomésticos (20,1%), Tecidos, vestuário e calçados (11,1%). Para o subgrupo de Super e hipermercados o resultado apurado foi negativo em 3,6%. O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação registrou queda pelo quarto mês consecutivo (-15,9%), Combustíveis e lubrificantes pelo sétimo mês apresentou variação negativa (-13,7%), seguido por Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-6,1%). 
O comportamento das vendas no mês de abril foi determinado pelo segmento Móveis e eletrodomésticos que expandiu as vendas em 20,1%. Esse desempenho é atribuído à variação de preços em alguns produtos como os aparelhos eletroeletrônicos. Conforme dados do IBGE, a variação nos preços desses bens foi de 1,8% em contrapartida a uma inflação média de 6,5% para os últimos 12 meses.
O segundo segmento a influenciar as vendas no mês foi Outros artigos de uso pessoal e doméstico que expandiu as vendas em 24,6%. Esse desempenho é atribuído às promoções e liquidações realizadas pelos lojistas para escoar os estoques, e também ao efeito base.
A terceira maior contribuição para o varejo baiano decorreu do segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos que registrou a taxa de 22,3% no volume de vendas em relação a abril de 2012. Esse resultado é atribuído a essencialidades dos produtos comercializados nesse segmento, e a suave melhora na massa de salários.
Em relação aos segmentos que contribuíram para frear o ritmo de crescimento do comércio varejista baiano, destaca-se o segmento Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo que registrou no mês de abril variação negativa de 6,1%. A razão para esse ramo voltar a registrar quedas nas vendas, após o mês imediatamente anterior ter sido positivo, é atribuída a forte alta dos preços do segmento nos últimos 12 meses. Segundo o IBGE, o subgrupo Alimentação no Domicílio do IPCA apresentou elevação de 15,7%, além do fato da Páscoa nesse ano ter ocorrido no mês de março.
O crescimento verificado nas vendas do comércio baiano, considerando o ajuste sazonal, ainda não é suficiente para animar as análises sobre o setor. O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getúlio Vargas mostra que o setor inicia o segundo trimestre em ritmo de crescimento moderado. Esse comportamento é resultado da percepção de desaceleração das vendas no próprio mês de abril.

De acordo com as informações da Confederação Nacional da Indústria (CNI) a expectativa do consumidor recuou 1,9% em abril sobre março, passando para 112,1%. Em relação a abril de 2012 a queda foi de 0,8%, sendo o menor valor desde agosto de 2011. Para os analistas de mercado a queda do otimismo dos brasileiros é reflexo da preocupação com a elevação dos preços, bem como o comportamento da renda futura.
 Comportamento do comércio varejista ampliado
 O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, apresentou em abril acréscimo de 4,8% nas vendas, em razão do comportamento dos dois segmentos que compõem o setor do varejo ampliado terem registrado crescimento nesse mês. No acumulado dos últimos 12 meses a expansão no volume de negócios foi de 8,8%.
O segmento de Veículos, motos, partes e peças registrou variação positiva de 11,5% em abril, em relação a igual mês do ano anterior. Esse resultado pode ser atribuído ao efeito base, já que em igual mês do ano passado as vendas cresceram 3,6%, e ao fato do governo continuar com a política do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que favorece permanência dos preços em patamares baixos.
No que tange ao segmento Material de Construção, este apresentou em abril crescimento de 14,1% nas vendas em relação a igual mês do ano passado. O comportamento positivo no mês de abril representa o melhor resultado para o segmento desde o mês de março de 2012 quando o mesmo apresentou uma taxa mensal de 21,7%.

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