terça-feira, 6 de junho de 2017

Cooperativismo



TOCANTINENSES CONHECEM EXPERIÊNCIAS COOPERATIVISTAS EM SANTA CATARINA

Florianópolis (5/6/17) – Um grupo formado por representantes do Sescoop/TO, Sebrae Tocantins, Cooperativa Agroindustrial Norte do Tocantins (Agrivita), Associação dos Avicultores do Norte do Tocantins (Avinto) e produtores de aves, esteve no oeste de Santa Catarina, na última semana, para conhecer a experiência cooperativista da região e o “Encadeamento Produtivo: Aurora Alimentos – Sebrae/SC: suínos, aves e leite”.
Acompanhada pela equipe do Sebrae Santa Catarina, a comitiva visitou a Embrapa, a Copérdia e uma propriedade rural, em Concórdia, além de participar de reunião com a diretoria da Aurora, na matriz em Chapecó, e conhecer a Ferticel, em São Carlos.
A comitiva representou a região do Bico do Papagaio, situada no extremo norte do Tocantins e sul do Maranhão, formada por 25 municípios. A região tem duas integradoras com capacidade de produção de mais de 6 milhões de frango e, no momento, está passando por déficit nos aviários de mais de 50%. Situada próxima à área de grandes produtoras de grãos, conta com a ferrovia norte/sul, está perto da hidrovia Tocantins/Araguaia, da BR 153 em Brasília, além da Transamazônica.
Em março de 2016 iniciou as atividades da Agrivita, sediada em Tocantinópolis, e que atualmente conta com 25 cooperados. A iniciativa surgiu para atender todos os setores do agronegócio, visando desenvolver o setor por meio do cooperativismo. “Para obtermos melhores resultados viemos conhecer a experiência cooperativista de Santa Catarina e apresentar o potencial de nossa região”, destacou o presidente da Agrivita, Edson Negreiros Lima, que avaliou como positiva a missão.
“Observamos que a cultura daqui é diferente de nossa região. As pessoas estão bem inseridas no cooperativismo, o que é visto como uma grande família, ou seja, uma pessoa ajuda a outra. É esse espírito que queremos para nossa região”, afirmou. 
A prefeita de Palmeiras do Tocantins, Erinalva Alves Braga, que representou os demais gestores municipais do Bico do Papagaio, complementou que a região norte do Tocantins tem produção considerável no setor avícola. “Nossa intenção é fortalecer ainda mais o segmento e, consequentemente, pensar na instalação de uma indústria de fertilizantes, aproveitando essa matéria-prima, buscando a geração de renda e a melhoria da qualidade de vida de nossa região”.
Para ela, conhecer as cooperativas e os projetos desenvolvidos no oeste catarinense oportunizou uma vasta bagagem de novos conhecimentos sobre alternativas e modelos de negócios que deram certo e ganham espaço no setor.
O analista técnico da coordenadoria regional Bico do Papagaio do Sebrae/TO, André Luiz Naves Rocha, enfatizou que o intuito foi internalizar o cooperativismo. “Não temos essa modalidade que aqui funciona muito bem. Nossa missão primordial é ver como funciona para que possamos redimensionar essa atividade que tem grande expressividade em nossa região. Estamos impressionados por perceber como o espírito cooperativo faz a diferença e, Tocantins, como um Estado novo, deve adotar essa prática visto que temos uma fatia de pequenos produtores que precisam estar organizados para se manter no mercado”, finalizou.
AURORA
Acompanhados pelo coordenador regional oeste do Sebrae/SC, Enio Albérto Parmeggiani, pela gestora local do Encadeamento Joselita Tedesco e pela consultora credenciada Beatriz Silveira, o grupo de Tocantins visitou a cooperativa Central Aurora Alimentos. Lá, foram recebidos pelos diretores Mário Lanznaster (presidente), Neivor Canton (vice-presidente) e Marcos Antonio Zordan (diretor de agropecuária) e conheceram a estrutura do terceiro maior conglomerado industrial do setor de carnes do Brasil.
A Aurora conta com 26.649 colaboradores diretos, além das 72.203 famílias rurais cooperadas no campo e os 9.580 colaboradores das 13 cooperativas agropecuárias que a constituem. É âncora do maior projeto voltado ao agronegócio do País, o “Encadeamento Produtivo: Aurora Alimentos – Sebrae/SC: suínos, aves e leite”, que iniciou em 1998, denominado na época de Programa de Desenvolvimento de Empreendedores Rurais Cooperativistas. A iniciativa beneficiou mais de 35 mil produtores rurais.
Lanznaster destacou o êxito do programa ao comentar que a produtividade melhorou expressivamente e a qualidade dos produtos é uma das prioridades. “No sistema cooperativo é fácil falar de Encadeamento Produtivo porque o dono da cooperativa são os produtores rurais. Eles aceitam com facilidade e vão adiante. Isso é muito positivo porque as regiões que atuam com o sistema cooperativo se diferenciam no campo. Os produtores rurais aceitam melhor a tecnologia e as recomendações dos técnicos. Isso é positivo porque as famílias evoluem, a propriedade fica mais receptiva, mais acolhedora e organizada. Os filhos desses associados veem uma oportunidade de permanecerem no campo porque percebem que há futuro”, comentou.
Parmeggiani realçou que o sucesso do cooperativismo no segmento do agronegócio no oeste de Santa Catarina é resultado de um trabalho intenso das cooperativas e entidades ligadas ao setor. “Entre as ações que consolidaram o segmento está o Encadeamento Produtivo, que deu certo porque o que se propôs na essência continua acontecendo. Não temos notícia de outro programa que se propagou e que tenha promovido o desenvolvimento e a transformação em resultados. Realmente a solução permite preparar os pequenos negócios para elevar o nível de competitividade no contexto das cadeias produtivas”, avaliou.



(Fonte: Aurora)

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