quinta-feira, 31 de outubro de 2013

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Produtores rurais apresentam resultados do projeto Mata Branca

 
O encontro de disseminação aconteceu no Hotel Sol Bahia, em Patamares, e teve como objetivo apresentar os resultados desenvolvidos a partir de uma nova metodologia de trabalho, com enfoque no aumento do capital social e humano, através de ações nas áreas de associativismo, cidadania, empoderamento comunitário, produção e beneficiamento de produtos e fortalecimento de infraestrutura física e ambiental.
 
Foram apresentadas ações realizadas na área de políticas públicas, voltadas para a gestão integrada de ecossistemas e subprojetos demonstrativos, os quais se caracterizam pela influência profunda e transformadora da qualidade de vida dos sertanejos em relação aos temas mais básicos e essenciais ao ser humano, como acesso a água potável, produção de alimentos e geração de renda sustentável.
 
Estiveram presentes na abertura oficial do evento o diretor executivo da CAR, José Vivaldo de Mendonça Filho, a superintendente geral da Fundação Luís Eduardo Magalhães, Vera Lúcia Queiroz, o coordenador do projeto Mata Branca da Bahia, Cássio Biscarde, e a coordenadora do Ceará, Maria Tereza Bezerra Sales, a coordenadora estadual do programa Vida Melhor, Maysa Flores, entre outras autoridades. Estiveram presentes ainda técnicos do projeto e beneficiários do Ceará e da Bahia. 
 
Para Vivaldo Mendonça, o Mata Branca é um exemplo não só para a Bahia, mas todo o Nordeste. “A Bahia e o Ceará fizeram o esforço de execução e certamente teremos outros investimentos que darão continuidade à convivência com o semiárido, a geração de riqueza e o combate à pobreza, com a perspectiva da conservação, dentro dessa linha de que o homem no vermelho não constrói o verde”.
 
O projeto está encerrando o seu ciclo de trabalho neste mês de outubro. De 2007 a 2013, o Mata Branca beneficiou mais de 9.500 famílias do semiárido com projetos como o de recuperação e preservação de áreas degradadas, construção de cisternas e barragens subterrâneas, hortas pedagógicas, manejo sustentável, beneficiamento de frutas nativas da caatinga, criação de galinha caipira, viveiros, quintais produtivos, criação de abelha sem ferrão, entre outros.
 
Segundo o coordenador do Mata Branca da Bahia, Cássio Biscarde, “o momento é apenas de agradecer a confiança depositada, aos parceiros no âmbito nacional e internacional que fizeram com que tudo isso acontecesse, aos beneficiários que são a razão desse projeto e aos técnicos que fizeram com que o Mata Branca fosse um grande sucesso”.
 
Um desses casos bem-sucedidos é o da beneficiária do projeto, Jaciaria Santos, que relata que antes de tomar conhecimento do projeto Mata Branca, a comunidade sofria com a falta de água, pela falta de um reservatório de água, por isso só se plantava em época de chuva e quando a seca chegava acabava com tudo. “Às vezes a gente não tinha nem o dinheiro para comprar a verdura. Agora já temos uma cisterna, telas, regador, adubo, sementes e uma horta produtiva, além de não precisar comprar, ainda temos a possibilidade de vender alguma coisa”.
 
O técnico João Paulo, responsável pelas ações em Jeremoabo, se emocionou ao falar do projeto. “Fazer parte dessa experiência foi também realizar sonhos. Ele não vai acabar nunca, pois os investimentos e os ensinamentos passados para as comunidades atendidas vão ficar para sempre nessas localidades”.
 
A programação do evento contou ainda com a exposição da avaliação final do projeto feita pelos consultores Carlos Aquino, Martin Obermaier. Foram apresentadas as avaliações dos Componentes I, II e III que contemplam I - Apoio Institucional e Político para Gestão Integrada de Sistemas, II - Subprojetos demonstrativos: Promoção de Práticas de Gestão Integrada de Ecossistemas e III – Monitoramento & Avaliação, Disseminação e Gestão do Projeto. Foi realizada também a apresentação do estudo estratégico de Políticas Públicas/COPPE pela consultora Heliana Vilela.
 
O principal objetivo do projeto é contribuir para a preservação, conservação, uso e gestão sustentável da biodiversidade do Bioma Caatinga nos estados da Bahia e do Ceará, estabelecendo um ciclo eficaz entre as práticas integradas de gestão do ecossistema e a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes. Na Bahia, o projeto integra as ações do Programa Vida Melhor, um conjunto de estratégias que busca incluir socioprodutivamente, pelo trabalho decente, até 2015, pessoas em situação de pobreza e com potencial de trabalho na Bahia, com vistas à sua emancipação.

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