quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cooperativismo

Cooperativa: oportunidade para pequenos empreendedores
Há 89 anos, no primeiro sábado de julho, o mundo comemora o Dia Internacional do Cooperativismo. Este ano, a comemoração teve um estímulo maior. A Organização das Nações Unidas, em reconhecimento à contribuição desse sistema econômico para um mundo melhor, proclamou 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas. É um incentivo para comemorar hoje o que podemos ainda realizar no amanhã.

Do crescimento da economia brasileira surgem oportunidades em vários ramos, não apenas para grandes investidores, mas especialmente para os pequenos empreendedores. Nesse contexto, o cooperativismo desponta como modelo ideal para os cidadãos que desejam ter seu próprio negócio, mas não dispõem de recursos necessários para a empreitada. A união dessas pessoas numa cooperativa aumenta seu poder de barganha, uma vez que negociam em grupo ou cooperativamente o seu produto ou a prestação de serviços.

Presente no mundo todo, os empreendimentos cooperativos, com a força e a vontade de pequenos empreendedores unidos, estão mudando a realidade de muitas famílias. Sem o objetivo do lucro, proporcionam melhores condições de vida a seus associados e familiares, gerando e distribuindo renda aos cooperados de forma proporcional ao trabalho ou participação de cada um. Diferentemente das empresas tradicionais, as cooperativas não têm um dono. Todos os cooperados são donos, empresários que participam ativamente da formulação de suas políticas e da tomada de decisões.

O cooperativismo também está presente em iniciativas que, além de gerar renda a seus cooperados, cumpre papel social fundamental. É o caso das cooperativas de reciclagem. A tendência é que esses empreendimentos ganhem mais força nos próximos anos, diante da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Hoje, as cooperativas de catadores são responsáveis por 98,2% da reciclagem das latas de alumínio e 56% das garrafas PET.

Pesquisa da Universidade de São Paulo demonstra que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é maior em municípios que contam com a atuação de cooperativas. Seja no campo ou na cidade, o cooperativismo brasileiro avança, proporcionando a seus cooperados não apenas uma fonte de renda, mas a oportunidade de concretizar com um mundo mais justo e humano.
(*) Edivaldo Del Grande é presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP)
 

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