terça-feira, 24 de julho de 2012

Cooperativismo

Presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS participa de debates sobre o desenvolvimento rural do RS
 
O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, participou nesta segunda-feira (23), do seminário “Diálogos CDES-Desafios para o Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul”. O evento, organizado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS) e pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), aconteceu no Palácio Piratini.
Com o objetivo de discutir estratégias de desenvolvimento rural sustentável, o evento contou com a presença do governador do Estado, Tarso Genro, do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, representantes de entidades rurais, movimentos sociais do campo e secretários do Estado.

Em seu pronunciamento, o governador Tarso Genro dialogou sobre de que forma a política pode auxiliar no equilíbrio da relação entre o meio rural e urbano. “A política auxilia no equilíbrio da relação entre campo e cidade, que sempre foi de perdas e ganhos. Estamos hoje tratando de ganhos e ganhos. De nada adianta o crescimento, se deixarmos parte da sociedade para trás”. Ele ainda destacou a importância de diálogos como esse para as tomadas de decisões do Governo.

O secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, anunciou ações para a expansão da eletrificação rural do Estado. Além disso, apresentou a estrutura básica do Comitê de Planejamento Energético do Rio Grande do Sul (COPERGS) e a complementar, que conta com inúmeras cooperativas de eletrificação rural. “Sem energia, o Estado não prospera e a agricultura não vai para frente”, defende.

O ministro Pepe Vargas discorreu sobre o “Pacto Estadual Brasil sem Miséria”, em que o RS foi o primeiro estado a assinar depois do Nordeste, sobre as mudanças no Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF) e a ampliação da renda bruta através do microcrédito rural. "O trabalho que estamos desenvolvendo no Rio Grande do Sul serve de modelo para o resto do País", afirmou.

Outro aspecto ressaltado foi a importância da agricultura familiar para a economia brasileira, que ele mostrou através de gráficos, como o dos dados do Censo Agropecuário de 2006. Ele chama a atenção para o fato de que 84% dos estabelecimentos agropecuários existentes no país são de agricultores familiares e para o fato de que a produção das pequenas propriedades atende a 70% do consumo interno e representa 28% das exportações.

Além disso, foram apresentados gráficos da evolução de 400% nos recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) nos últimos dez anos, com investimentos de R$ 3 bilhões para o Estado. O ministro ainda afirma que o apoio às cooperativas, devido ao Ano Internacional das Cooperativas, instituído pela ONU, pode significar uma estratégia de crescimento dos setores do leite, vitivinícola e de crédito.
Em seu pronunciamento, Perius, além de homenagear o colono pelo seu dia, comemorado no dia 25 de julho, apresentou três medidas para que o pequeno agricultor familiar cresça: a energia, sem a qual o produtor fica preso ao subdesenvolvimento e não cresce; a assistência técnica, fundamental para o monitoramento da propriedade, e, por fim, a necessidade da agroindústria para incentivar a permanência do homem no campo. “No Ano Internacional das Cooperativas, o governo federal, estadual e municipal devem se unir às cooperativas para que o progresso possa vir para todos”, finaliza.

Após as contribuições e reivindicações dos representantes do Estado, conselheiros e lideranças de movimentos ligados à agricultura, os conselheiros da Câmara Temática Economias do Campo do CDES-RS apresentaram um documento com as diretrizes para o desenvolvimento rural.
Também foi assinado um Termo de Cooperação entre o Estado do Rio Grande do Sul, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Fiergs, para a promoção de estudos que avaliem a competitividade das cadeias produtivas das carnes de frango e de suínos e conservas de frutas e hortaliças no Estado.

O governo do Estado e União receberam as resoluções da 3ª Marcha da Juventude Rural e pedidos da Federação das Associações e Comunidades Quilombolas solicitando agilidade na regularização fundiária das áreas quilombolas e facilidade no acesso às políticas públicas. Participaram ainda do debate representantes de organizações como MST, Fetag, MPA, Fetraf/Sul, Farsul, Unicafes e organizações quilombolas.

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