domingo, 6 de novembro de 2011

Cooperativismo

'O cooperativismo é a ponte entre o capitalismo e o socialismo'
 
O cooperativismo é a ponte entre o capitalismo e o socialismo   

Jadir Girotto começou falando aqui hoje, 17, 8h, em Poconé-MT, no 8º Encontro de Líderes e Profissionais de SPC, da história do cooperativismo.

"A primeira cooperativa nacional é de Petrópolis, 1802", lembra. Mas, conforme Girotto, até a década de 80, esta forma de negócio ficou estagnada, por uma série de fatores socioeconômicos e políticos, mas principalmente culturais. "E chegamos a 2011, com números assustadores de cooperativas, um crescimento muito grande no País", aponta ele, lembrando uma reunião com o ex-presidente Lula da Silva e o então na época ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues. "Face a pressões para que Rodrigues fosse tirado do ministério por não ter partido político, o ministro lembrou ao presidente que ele era do PCA, Partido do Cooperativismo e Agricultura, e apontou que 40% do PIB nacional está nas mãos das cooperativas de crédito, o que fazia de seu partido uma organização significativa".

No contexto em que são inseridas social e economicamente as cooperativas no Brasil, muitas vezes subestimadas em sua capacidade no cenário de planos e metas de desenvolvimento do País, o também presidente do Sicoob Central MT/MS Girotto lembrou o importante fator cultural em que estas estão de fato.

"Existe um rio entre o capitalismo e o socialismo. Eles prosseguem paralelos, mas, por mais que partidos políticos tentem misturá-los, não se misturam, realmente, os conceitos. E o cooperativismo é a ponte que une perfeitamente a ambos".

Sicoob - 600 cooperativas singulares. Este é o número Sicoob nacional. O Sicredi é a segunda maior, com 130 em todo o Brasil. As agências Sicoob somam 1884. "Se unissemos todas as cooperativas do País seríamos mais de 5.500 agências no País, a segunda maior rede bancária do Brasil". Estes números mostram o quanto este tipo de organização fomenta hoje a economia nacional e o quanto vem progredindo autonomamente do sistema financeiro tradicional. "Atualmente nosso sistema tem seu banco, o Bancoob, que é a sustentação de todo este sistema financeiro", exemplifica ele, completando que além da lista completa de serviços e produtos de bancos usuais, o Sicoob tem seu próprio Fundo Garantidor, a exemplo do que é exigido nos bancos. "O dinheiro do cooperado fica assegurado, pois temos esta cobertura, que é no mesmo nível do mercado, R$ 70 mil".

Ele lembrou ainda que o Sicoob tem um foco especial para buscar e atender o Setor de Comércio. "Entendemos suas problemáticas, temos produtos e serviços direcionados aos comerciantes e temos tido muito sucesso nesta proposta, porque trabalhamos, inclusive, com dirigentes do Comércio dentro das cooperativas". Hoje no Sicoob, 102 mil associados são do Comércio.

Mais números Sicoob - São 14 cooperativas centrais, e além do Bancoob, conta-se com uma confederação, 1.300 postos de atendimento cooperativo (PACs) e 1.884 pontos de atendimento, atendendo a 1.921.322 associados em todo o Brasil.

R$ 14.033 milhões em operações de crédito; R$ 2.599 milhões em depósitos à vista; R$ 11.139 milhões em depósitos à prazo; R$ 13.738 milhões em depósitos totais; R$ 6.146 milhões em patrimônio líquido; R$ 667 milhões de resultado do ano;R$ 24.716 milhões de ativos totais. Este são dados até dezembro último. O índice de empregos gerado diretamente é também interessante: 15.045 funcionários e 7.382 dirigentes.

Cooperloja - O superintendente do Sicoob Cooperloja, Jessé Ribeiro, contou parte da história da Cooperloja, nascida em 1999, com apenas 36 cooperados, com R$ 36 mil (Hoje as regras do Banco Central não permite esta abertura com menos de R$ 1 milhão). "A ideia partiu do empresário Ruyter Barbosa, que conheceu a cooperativa chamada 'Acredito', em outro estado, e naquela época já entendeu a importância daquele processo para o nosso Estado e capital, principalmente para o Setor de Comércio", comentou Jessé, apontando que até agosto deste ano a instituição somou mais de 1.560 cooperados, em sua maioria empresas do Setor de Comércio, associados nos PACs Cuiabá e Várzea Grande-MT.

O superintendente explicou que a missão das cooperativas não é dar lucro a um dono, mas propiciar soluções financeiras aos seus associados, que são todos donos do banco e clientes ao mesmo tempo, e os detentores do lucro no final de cada exercício, que são as chamadas "sobras".

Como a um banco comercial, a Cooperloja tem todos os serviços e produtos para tender a clientes pessoas jurídica e física, mas com taxas de juros mais competitivas e diferencial nas tarifas e cobranças.
 

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