domingo, 6 de novembro de 2011

Cooperativismo

Exportação - Cooperativas e Mercado Internacional


As cooperativas respondem por quase metade da produção do agronegócio brasileiro, mas apenas por cerca de 6% das exportações diretas do setor. Essa diferença mostra que ainda há necessidade de profissionalização da gestão e de capacitação em tecnologias de acesso a mercado.

Em 2009, as exportações do agronegócio cooperativo brasileiro alcançaram US$ 3,6 bilhões e se concentraram nos produtos do complexo soja, açúcar e etanol, carne in natura e café em grão, que, em conjunto, responderam por 87% das exportações das cooperativas do agronegócio brasileiro.

As cooperativas lograram ampliar suas exportações nos últimos 10 anos, acompanhando o aumento expressivo das exportações agropecuárias do país. Ainda que bastante expressiva em termos absolutos, as exportações diretas das cooperativas brasileiras corresponderam a apenas 6,6% das exportações agropecuárias totais do Brasil em 2009. Portanto, a participação nas exportações do agronegócio é ainda incipiente, comparada à sua participação na produção agropecuária do país, estimada em pouco mais de 40%.

Os dez principais destinos das exportações agrícolas das cooperativas brasileiras em 2009 foram: União Europeia, China, Emirados Árabes Unidos, Índia, Japão, Arábia Saudita, Hong Kong, EUA, Rússia e Coreia do Sul. Vale destacar o primeiro lugar geral da Alemanha, considerando-se os países individualmente, com uma cifra da ordem de US$ 367 milhões (cerca de 10% do total). Ainda entre os europeus destacam-se os Países Baixos (principal entreposto europeu, com US$ 285 milhões), França (US$ 173 milhões) e Reino Unido (US$ 86 milhões).

No gráfico abaixo, percebe-se a concentração das exportações de cooperativas para os 27 Estados-Membros da União Europeia, responsáveis pela compra de cerca de 1/3 do total exportado pelas cooperativas brasileiras.

Não obstante, existe uma substancial fatia de 24% das exportações do setor cooperativista brasileiro que foi destinada a mercados bastante distintos como Canadá (US$ 76 milhões), Irã (US$ 66 milhões), Nigéria (US$ 65 milhões), Bangladesh (US$ 60 milhões) e Indonésia (US$ 50 milhões), o que sugere um potencial ainda inexplorado nesses mercados.

Cabe ainda destacar a forte presença de destinos localizados no Extremo Oriente entre os dez maiores compradores do cooperativismo brasileiro - nada menos que quatro (China, Japão, Hong Kong e Coreia do Sul).

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