domingo, 1 de julho de 2012

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Embrapa desenvolve projetos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia

Aproveitando a Rio+20, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, apresentou balanço de sua atuação na redução e no controle do desmatamento na Amazônia, ações que são desenvolvidas em parceria com outras instituições do Governo Federal. Uma das formas de atuação da Embrapa na Amazônia é por meio dos diversos projetos de pesquisa e desenvolvimento que estão sendo executados em suporte à Operação Arco Verde, uma ação interministerial que realiza ações em 43 municípios dos Estados do Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima.
A Embrapa Produtos e Mercado, juntamente com a Embrapa Amazônia Oriental e a Embrapa Agrosilvopastoril, Unidades Descentralizadas da Embrapa, em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), desenvolvem projeto com o objetivo de organizar o sistema de produção de sementes e mudas nativas amazônicas, desde a seleção de áreas destinadas aos viveiros até a certificação do material resultante, de forma a alcançar a recuperação das áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente de oito municípios do programa Arco Verde. Estão sendo realizadas ações para a organização da cadeia, implantação de áreas de coleta de sementes e infraestrutura de produção de mudas com o objetivo de legalizar os viveiros e profissionalizar a atuação dos coletores de sementes.

O objetivo da produção de sementes e mudas – além de recompor o passivo ambiental amazônico – é proporcionar aos agricultores familiares uma alternativa de renda. A ação é realizada no Pará, nos municípios de Marabá, Itupiranga, Pacajá e Paragominas, e, no Mato Grosso, em Querência, Peixoto de Azevedo, Nova Ubiratã e Confresa. Ao final, a ação deverá beneficiar 7.094 famílias, com a implantação de 95 viveiros satélites e 16 áreas de coleta de sementes (ACS).

Durante 2010 e 2011, as ações do projeto se concentraram nos municípios de Marabá, no Pará, e em Confresa, no Mato Grosso. Em Marabá, a ação ocorre em nove projetos de assentamento, com a implantação de 19 viveiros. Outros dez projetos de assentamento estão sendo envolvidos para implantação de mais 11 viveiros. Além disso, já foram implantadas áreas de coleta de sementes em três diferentes projetos de assentamento do município. Foram realizados, também, dois cursos de capacitação sobre o tema, com a participação de cerca de 50 pessoas, entre agricultores familiares e extensionistas. A execução do projeto está ocorrendo a partir de parcerias com agentes locais, como Prefeitura Municipal, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), movimentos sociais e organizações produtivas do município.

No município matogrossense de Confresa foram selecionados sete projetos de assentamento onde uma equipe de técnicos da Embrapa, Prefeitura Municipal, Emater e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso (IFMT) está trabalhando para a implantação de 12 viveiros e duas áreas de coleta de sementes. Com a implantação dos viveiros e o treinamento dos assentados, o grupo poderá repassar as técnicas aprendidas aos demais moradores da comunidade. O sistema de organização de produção de mudas florestais nativas proposto pelo projeto está sendo usado como modelo a ser replicado a outros projetos nos diversos biomas brasileiros, além de ser um forte subsidio à implementação da nova legislação de sementes e mudas florestais e ao novo Código Florestal.

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