terça-feira, 3 de julho de 2012

Notícias

CMN mantém meta de inflação para 2014

O Conselho Monetário Nacional (CMN) – de acordo com notícia veiculada no portal do Ministério da Fazenda no dia 28 de junho – decidiu, por unanimidade, fixar em 4,5% a meta da inflação para 2014, com intervalos de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, como forma de o Brasil ter mais resistência aos choques externos. Para isso, o CMN considerou o cenário de incerteza no mercado internacional e a perspectiva de recuperação do vigor a economia nos próximos trimestres, a partir das medidas de estímulo a investimento anunciadas pelo governo.

Lembrando que “as expectativas inflacionárias não são construídas por um mero anúncio de regime de meta por autoridade econômica, mas a partir da observação dos analistas, dos economistas e dos diversos setores produtivos”, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, observou que “essa meta de inflação vem nos dar tranquilidade para absorver flutuações não antecipadas de dificuldades das economias mundiais e, ao mesmo tempo, nos dá flexibilidade para fazer política macroeconômica no conjunto da economia”, e destacou que o cenário atual é “diferente do período 2008, em que, a partir da quebra do Lehman Brothers, vivenciamos uma crise internacional mais aguda. Esta crise atinge as economias de forma lenta e gradual”.

O regime de metas de inflação, implantado em 1999, segundo Holland, tem sido uma estratégia de política monetária bastante exitosa para o País. “Desde 2005, praticamente em todos os anos, a inflação tem se comportado dentro dos intervalos anunciados pelo CMN”, completou ao ressaltar que a variabilidade das taxas de inflação também vem caindo no País, fator que auxilia na manutenção da estabilidade monetária: “Não é importante somente mantermos a inflação, em média, sob controle, mas a variabilidade também deve se acomodar. Até setembro do ano passado a inflação acumulava 7,31% a.a. e acumula, segundo o nosso último indicador, 4,99% a.a., indo para o centro da meta até o final desse ano”.

O secretário lembrou que o último índice de inflação (IPCA-15 para junho de 2012), de 0,18%, já antecipa que a inflação se acomoda mais rapidamente no Brasil.

Com relação à perspectiva de retomada crescimento econômico, citou as medidas adotadas pelo governo para expandir a oferta de bens e serviços, através do Plano Brasil Maior, do aumento dos desembolsos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do PAC Equipamentos. “Essas medidas geram estímulos adicionais para que a economia se mantenha vigorosa esse ano”.

Holland destacou ainda que o Brasil tem hoje equilíbrio macroeconômico capaz de sustentar o crescimento do país mesmo diante do cenário de agravamento da crise internacional. Para ele, o equilíbrio macroeconômico permitirá ao País crescer em 2012 a uma taxa superior à verificada em 2011, quando o PIB foi de 2,7%. “Nós acreditamos que podemos crescer mais esse ano do que ano passado e termos taxas de crescimento ao final do ano entre 4,5% e 5,5%”.

Ele ponderou, no entanto, que o PIB é apenas uma variável do crescimento econômico, pois “mais importante que uma taxa de crescimento em ano-calendário é o cenário de crescimento com o desemprego baixo”, exemplificou, lembrando que o Ministério da Fazenda ainda não consegue avaliar um número mais claro sobre o crescimento porque aguarda outros indicadores da economia e frisou: “De qualquer forma, essa visão para frente, de crescimento a taxas crescentes, faz manter o ânimo dos investimentos e os planos serem tirados da gaveta e colocados na mesa”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado! Sua opinião é muito importante.