terça-feira, 7 de agosto de 2012

Cooperativismo

BIOMASSA II: Combustíveis verdes nas cooperativas
 
BIOMASSA II: Combustíveis verdes nas cooperativasO setor cooperativista tem elevado seus investimentos na produção de energia proveniente da biomassa. Silvio Krinski, assessor de meio ambiente do setor técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná, (Ocepar), afirma que essas instituições têm buscado cada vez mais produzir sua própria energia. ''As cooperativas têm passivos que podem se transformar em ativos'', explica o especialista. Krinski completa que dentro do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), criado pelo Ministério da Agricultura, o setor tem buscado respaldo financeiro para fomentar projetos que envolvam energias renováveis.

Aproveitamento - ''No Paraná temos várias cooperativas que aproveitam os rejeitos para produzir energia''. Krinski destaca que cada organização tem buscado utilizar a matéria-prima que possui em abundância na região instalada para baratear os custos de produção. O especialista da Ocepar dá como exemplo as cooperativas Agrária e Copacol que, em parceria com a Embrapa, vêm buscando novas variedades de madeira encontradas na região que possuem maior acúmulo de biomassa. ''Hoje a silvicultura tem garantido a sustentação energética de muitas cooperativas no Estado'', salienta.

Custos de produção - Krinski completa que o valor da energia no Brasil ainda é muito alto e as instituições cooperativistas estão buscando novos meios para baratear os custos de produção. O especialista destaca que outras organizações de produtores têm buscado fontes de energias oriundas de dejetos de animais. Krinski acrescenta que os dejetos de suínos e aves, que antes eram jogados no meio ambiente, hoje tornaram-se fontes de energia. Para acelerar o processo de adesão ao sistema, o técnico explica que empresas e entidades como a Itaipu Binacional, Fundação Getúlio Vargas e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), têm fomentado cursos destinados à produção de bioenergia.

Autossustentável - A cooperativa Cocamar de Maringá, há quase três anos criou uma usina de geração de energia para movimentar seu polo industrial. Com o uso de 70% de bagaço de cana e 30% de madeira de eucalipto utilizada como combustível, a usina produz em torno de três megawatts de energia por dia. ''Na queima do bagaço de cana produzimos vapor que movimenta os nossos geradores'', salienta Arquimedes Alexandrino, superintendente de operações da Cocamar. Ele completa que são necessárias 250 mil toneladas de bagaço e 35 mil toneladas de restos de madeira por ano para tocar a unidade industrial da cooperativa.

Segurança - Alexandrino explica que a produção própria de bioenergia garante segurança de fornecimento para a indústria. ''Quase todas as usinas de cana e indústrias já estão trabalhando com cogeração de energia'', afirma. Porém, o superintendente salienta que a busca por essa matriz energética tem elevado os preços da matéria-prima. Ele completa que para entrar no mercado de bioenergia é necessário planejamento. E reforça que a cooperativa ou a indústria devem utilizar as fontes de energia oferecidas por suas regiões.

Fonte: Sistema Ocepar em 06/08/2012

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