sábado, 11 de agosto de 2012

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Diretor do BC vê recuo da inadimplência no segundo semestre


Por Fernando Travaglini | Valor
 
SÃO PAULO – Os indicadores de inadimplência apontam recuo neste segundo semestre, assim como o comprometimento da renda da população com dívidas nos últimos meses. A afirmação foi feita pelo diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, durante a abertura do VII seminário sobre riscos, estabilidade financeira e economia bancária, realizado pelo BC nesta sexta-feira.

“O aumento recente [de atrasos] das pessoas físicas em parte refletiu fatores específicos, tempestivamente corrigidos pelas medidas prudenciais”, disse.

Segundo o diretor do BC, em nenhum momento o avanço do atraso dos pagamentos colocou em risco a estabilidade do sistema financeiro, que se encontra bem provisionado e capitalizado, “capaz de acomodar eventuais perdas”.

“O comprometimento da renda tem recuado nos últimos meses e os indicadores antecedentes indicam a continuidade dessa tendência”, disse. De acordo com o diretor, a relação entre o estoque de dívida e a renda anual das famílias está próxima de 43%, mas excluindo a parcela de crédito habitacional a proporção cai para cerca de 30%.

Hamilton lembrou que no fim de 2010 o BC identificou excessos em alguns segmentos de crédito e que providências foram tomadas para corrigi-los.

“Há poucos dias, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou dois relatórios sobre estabilidade e regulação bancária, em que avaliou como eficaz nossa rede de proteção financeira, em particular o FGC [Fundo Garantidor de Créditos]”, disse.

Evolução do crédito
Para o diretor de Política Econômica do Banco Central, a evolução do crédito no Brasil tem ocorrido de forma sustentável. Ele observa um aprofundamento entre o mercado de crédito e a economia brasileira.

“Temos um sistema financeiro sólido, bem regulado e bem supervisionado”, disse. Hamilton observou que o ritmo de crescimento do crédito tem desacelerado. Segundo ele, o crédito cresceu a taxas de 20% nos últimos anos, mas nos últimos meses nota-se desaceleração para taxas de 15%. “Certa redução seria natural.”

O diretor do BC ressaltou, porém, que existe espaço para expansão do crédito, expansão essa que é possível e desejável. “Temos espaço para crescer de forma segura”, disse Hamilton.

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