sábado, 5 de maio de 2012

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Pequeno poupador deve continuar a aplicar na poupança, diz Mantega

SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira que, independentemente das mudanças anunciadas nas regras de rendimento da poupança, o pequeno poupador deve continuar aplicando na caderneta.

Em evento realizado em São Paulo, o ministro destacou que, para o pequeno investidor, a poupança ainda é a melhor aplicação, “mais segura e transparente para ele”.

“O pequeno poupador deve continuar na poupança e terá todas as vantagens que a caderneta dá. Também vale a pena, porque a poupança tende a render igual ou mais que os fundos de renda fixa sem incidir imposto de renda e taxa de administração”, comentou.

Agência BrasilMantega lembrou que mesmo com a mudança na regra de rendimento da aplicação, ela continua isenta do pagamento de Imposto de Renda e livre para ser sacada a qualquer momento.

O ministro afirmou ainda que as mudanças na poupança e a queda dos juros reais para o patamar próximo de 2% ao ano realizam “o sonho de todo brasileiro” ao aumentar a disponibilidade de crédito com taxas acessíveis.

“Juro real de 2% é um sonho. [nesse patamar] significa que Brasil poderá aumentar o volume de crédito com juros muito mais baixos”, destacou. Em evento realizado em São Paulo, o ministro também sugeriu que as taxas mais baixas estimularão o consumo. “Em vez de comprar uma TV, ele vai comprar uma TV e meia. Quando esse momento chegar, a inflação deverá estar totalmente sob controle”, destacou.

Decidido a abrir caminho para novas quedas da taxa de juros básica, o governo retirou ontem o maior obstáculo legal para que possa cumprir esse objetivo: mudar as regras de remuneração da aplicação financeira mais popular do país, a caderneta de poupança.

Pelo novo sistema, a caderneta passa a ser remunerada em 70% da taxa Selic quando ela for inferior a 8,5%, e pelo sistema atual, quando for superior. Nada muda para as contas já existentes.

Críticas

O ministro Mantega também atacou novamente os spreads bancários, ao dizer que, no país, eles são muito altos. “Essa é uma anomalia que temos de corrigir. Tem gente que paga 200%, 300% (ao ano) de cheque especial. Isso não pode continuar”, defendeu.

Para o ministro, a queda dos juros e dos spreads bancários serão forçadas pela atuação dos bancos públicos. “Eles vão liberar crédito a taxas menores e fazer concorrência aos bancos privados. Se bancos privados não baixarem, perderão clientes”, previu.

Inflação mais baixa

Mantega afirmou também que a Selic só estará em queda se a inflação estiver totalmente sob controle.

Em evento realizado em São Paulo, o ministro afirmou que a inflação de 2012 ficará abaixo da registrada em 2011. “Em relação ao ano passado, a inflação neste ano deve ficar bem mais baixa”, estimou.

Para o ministro, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar entre 4,5% e 5% este ano. Mantega lembrou ainda que a mudança da poupança abre espaço para que não haja travas para a queda na Selic.

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