terça-feira, 6 de dezembro de 2011

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Universidade Federal de Viçosa (UFV) discute acessibilidade.

Acessibilidade ao ensino superior: Potencializando ações e espaços. Este foi o tema de evento realizado na Universidade, no dia 29 de novembro, para discutir os desafios da Universidade em garantir a acessibilidade aos alunos com deficiências

A estudante de Arquitetura e Urbanismo da UFV, Larissa Silva Evangelo, desenvolve um trabalho sobre acessibilidade arquitetônica nas escolas de Viçosa. Ela apontou que quis assistir à palestra pela integração do assunto com a área de educação.

Larissa reconhece que o campus da Universidade, além de não ter uma infa-estrutura adequada aos portadores de deficiência física, não possui muitos materiais para deficientes visuais e auditivos. “Pensando na parte arquitetônica, na questão dos espaços, acho que tem muitas rampas pela Universidade, como por exemplo, aqui na Biblioteca Central, mas o elevador não funciona. O cadeirante tem acesso ao hall, mas não consegue acessar os outros andares da biblioteca. Assim como o pouco número de materiais, livros em braile, além de alguns objetos essenciais para os cegos.”

É justamente esta questão que foram discutidas nos dois dias de evento. As palestras fizeram parte do projeto ‘Incluir’ do Ministério da Educação que tem como principal objetivo criar e consolidar núcleos de acessibilidade nas Instituições Federais de Ensino Superior.

A coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Apoio à Inclusão, professora do Departamento de Educação, Esther Giacomini Silva, explica que o primeiro passo é realizar uma sensibilização sobre o assunto dentro da Universidade. “Iniciamos a inclusão com toda a comunidade universitária, envolvendo não só alunos, mas professores e servidores. É necessário esclarecer a todos sobre a questão do acesso às pessoas que apresentam deficiência, que tem competência para estarem inseridas no meio acadêmico, tanto como discentes quanto profissionais.”

A professora Esther Giacomini ressalta que além dos espaços físicos dentro do campus, devem ser realizadas ações que contemplem os diversos tipos de acessibilidade. “É preciso estabelecer relações com os vários setores de forma a providenciar ações que contemplem essa acessibilidade, que não é só física, com rampas e elevadores. O principal é que a Universidade tenha intérprete de libras, acesso a equipamentos para pessoas que tenha uma baixa visão que elas possam usufruir da qualidade acadêmica e também como pessoas.”

Com apoio da Pró-reitoria de Ensino e da Pró-reitoria de Assuntos Comunitários, o evento contou ainda com duas oficinas. Uma para discutir a atuação pedagógica com alunos surdos, e outra para a atuação pedagógica com alunos deficientes visuais.

O pró-reitor de Ensino, professor Vicente de Paula Lelis, destaca que o apoio de toda a comunidade acadêmica é fundamental para garantir a acessibilidade aos alunos da UFV. “Tratar as pessoas que tem necessidades especiais é um papel de toda a comunidade. Não só o professor, mas estudantes, colegas, também têm que colaborar e participar, porque nem sempre nós docentes estaremos perto dos estudantes que tenham essa necessidade. Esse evento é muito importante para que possamos criar a cultura de conviver com essas pessoas que precisam da nossa ajuda”, finalizou.

(Por Luan Santos e Rafaela Mello, bolsistas)

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