domingo, 1 de abril de 2012

Cooperativa revitaliza nascentes e recupera áreas degradadas na Bacia Hidrográfica do Riozinho do Rô

Cooperativa revitaliza nascentes e recupera áreas degradadas na Bacia Hidrográfica do Riozinho do RôA Cooperativa de Trabalho do Acre (COOTAC) realiza o projeto Construção Participativa e Sustentabilidade Hídrica, desde 2011, na bacia hidrográfica do Riozinho do Rôla. O Projeto é patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental. Ao todo estão sendo trabalhadas 10 comunidades, denominadas por Áreas Piloto com o propósito de revitalizar nascentes e recuperar áreas da bacia, como matas ciliares, pastos e quintais das escolas rurais que estejam em fase de degradação.

Esse processo conta com a participação ativa das populações rurais que residem no interior da Bacia, por meio da mobilização social, e apoio de instituições parceiras como o Governo do Estado, Prefeitura Municipal de Rio Branco, Xapuri e Brasiléia, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Associação de Moradores e Produtores da Reserva Extrativista Chico Mendes (AMOPREX).

A bacia hidrográfica do Riozinho do Rôla é considerada como um dos principais afluentes da margem esquerda do Rio Acre, que por sua vez deságua no rio Purus, sendo esse um dos principais afluentes da bacia do Amazonas.

A exemplo do Rio Acre, o canal principal do Riozinho e afluentes tem seus níveis aumentados na época das chuvas em razão da baixa capacidade de armazenamento de água dos solos da região.

Assim, parte da água que não infiltra no solo escoa no leito, ocasionando alagações e prejuízos aos produtores rurais por meio da perda de produção agrícola. Esses prejuízos são sentidos principalmente na parte baixa da Bacia do Riozinho em razão do maior acúmulo de água e da falta de cobertura florestal na margem do rio. Além disso, existem fortes evidências de que a retirada da cobertura florestal na Amazônia tem resultado em mudanças climáticas relacionadas ao aumento de temperatura e de eventos extremos ligados à secas e chuvas.

Para a coordenadora do projeto, Nazaré Macêdo, a revitalização de nascentes e recuperação de áreas degradadas, através do plantio de fruteiras e essências florestais nativas pode contribuir, no futuro, para minimizar as perdas de água por meio da enxurrada, já que a cobertura na margem dos rios, igarapés e nascentes contribuem para melhoria da qualidade da água, microclima local, evitam o aterramento dos rios e diminui o impacto da chuva no solo, facilitando sua retenção por mais tempo.

"É com este propósito que a COOTAC tem trabalhado no sentido de revegetar em torno de 34 ha entre áreas de nascentes, pastos degradados e quintais de escolas rurais. Esta é uma ação multiplicadora, já que mais comunidades rurais, escolas rurais e parceiros poderão replicar as experiências em novas áreas”, afirma a coordenadora.

A presidente da COOTAC, Lucia Hall, explica que, embora muitas áreas do interior da Bacia estejam com cobertura florestal bastante preservada, torna-se importante disseminar a prática de recuperação de áreas degradadas “assim, possivelmente, nós iremos conter o avanço do desmatamento, além de minimizar os períodos prolongados de enchentes desastrosas em nosso Estado”.

Fonte: Assessoria do Projeto Construção Participativa e Sustentabilidade Hídrica em 29/03/2012
 
 
 

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