quinta-feira, 5 de abril de 2012

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Bolsa Verde: Meio Ambiente vai analisar projeto que beneficia famílias que reciclam lixo.

Famílias em situação de extrema pobreza e que trabalham com reciclagem de lixo poderão ser beneficiárias do programa Bolsa Verde. A medida está prevista em projeto (PL 3398/12) do deputado Ronaldo Zulke, do PT gaúcho. O programa de Apoio à Conservação Ambiental, mais conhecido como Bolsa Verde, foi aprovado pelo Congresso em 2011 (Lei 12.512/11) e faz parte do Plano Brasil sem Miséria. Atualmente, o programa beneficia apenas os extremamente pobres que desenvolvem atividades em unidades de conservação de uso sustentável, em projetos especiais de assentamento do Incra e em territórios ocupados por ribeirinhos, extrativistas, indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais. Todos eles têm direito ao valor trimestral de R$ 300. Segundo Ronaldo Zulke, quem trabalha com reciclagem de lixo, coleta seletiva e adequada destinação de resíduos sólidos também deve ser beneficiado.

“Eles desenvolvem um trabalho extraordinário de preservação ambiental e de contribuição para o tratamento adequado dos resíduos sólidos nas cidades brasileiras. Ser hoje um reciclador não é apenas uma atividade que gera oportunidade de renda para famílias que estão na extrema pobreza, mas, acima de tudo, é uma atividade que tem um valor social extraordinário para as cidades brasileiras.”

Ronaldo Zulke argumenta que a proposta é um avanço nas conquistas alcançadas na conservação dos ecossistemas e na inserção social das famílias que contribuem para a sustentabilidade. O programa Bolsa Verde é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e atende hoje 17 mil beneficiados em 33 unidades de conservação e 140 projetos do Incra. A diretora de extrativismo do ministério, Cláudia Calório, confirma a meta de ampliar o programa, mas ressalta que a prioridade é usar o cadastro único do programa Bolsa Família.

“Mais 60 mil famílias até o fim desse ano. O programa está implementado, nós estamos buscando essas pessoas. Nós temos um número grande de pessoas dessas unidades que ainda não estão no CAD Único, mas está sendo feita a busca ativa.”

O projeto que beneficia os recicladores de lixo extremamente pobres será analisado nas comissões de Meio Ambiente, de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça. Se aprovado, pode seguir ao Senado sem passar pelo Plenário da Câmara.

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